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Introdução

Nas últimas décadas, várias mudanças foram inseridas nas sociedades de todo o mundo.
Devido aos avanços tecnológicos a matemática discreta adquiriu um papel fundamental
dentro dessa nova perspectiva com contribuições decisivas para o surgimento e o
incessante aperfeiçoamento das tecnologias, uma vez que os computadores são
considerados peça chave dessa revolução.
O Motivo por termos escolhido grafos dentre vários tópicos que a Matemática Discreta
apresenta, segue pelo fato de poder ser explorado com facilidade na Matemática da escola
básica e também por utilizarmos frequentemente em pesquisas operacionais.
Uma das grandes dificuldades hoje encontradas nas escolas básicas brasileiras é a
possibilidade de poder integrar as disciplinas escolares para que um tema especifico possa
ser estudado em diversas áreas do conhecimento e a teoria dos grafos felizmente possui
forte atração sobre quem vem estuda-la, pois além de possuir uma enorme quantidade de
aplicações com problemas do cotidiano podemos abordar via modelagem. Além disso,
sua exploração vem de encontro aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), pelo fato
de possuir interdisciplinaridade, transversalidade e contextualização.
Porém, infelizmente Teoria dos Grafos é um tema utilizado com muita pouca frequência
na Educação Básica, porque não está incluso nas diretrizes curriculares, implicando no
desconhecimento pela maioria dos professores de matemática de todos os níveis
educacionais e implicando na confusão do tema grafo com gráficos, algo que de fato não
tem nada a ver.
Ao contrário das escolas de décadas passadas, hoje há uma maior preocupação em
explorar exemplos práticos e novas formas de ensino que buscam trazer as disciplinas
mais perto do mundo real, consequentemente para surpresa de muitos pais, este conteúdo
vem atraindo a atenção dos alunos que considerava a matemática com uma disciplina
temida e com poucos fãs, apelidada muitas vezes como “bicho-papão” da vida escolar.
Foi nos anos de 1980 que as mudanças no ensino da matemática começaram, procurando
integrar cada vez menos construções abstratas e sim, acrescentar mais aspectos do nosso
cotidiano, com objetivo de reduzir cada vez mais o modelo mecanizado do ensino
tradicional. Para isso, o ensino da matemática precisou assumir outras características
principais. A primeira característica que podemos citar é em relação da Matemática com
problemas ou situações do mundo real como forma de estimulação. A outra característica
é introduzir algumas atividades para tornar mais compreensível e acessível o processo de
aprendizagem, com por exemplo uso de jogos para os alunos manipularem.
Além disso, há uma outra alternativa não muito acessível dependendo da escola, pelo fato
de passarmos hoje por um descaso na educação pública brasileira, onde muitos colégios
não tem laboratório com computadores ou quando se tem, não há máquinas suficientes
para que todos os alunos possam participar das atividades com uso de software e
simuladores que iriam auxiliar no aprendizado. Todas essas alternativas citadas possui
sempre o objetivo de fazer o aluno compreender os problemas e ter a autonomia de
selecionar a melhor maneira de solucioná-los, sem ter a necessidade de decorar.
Para que possamos fazer com que os alunos utilizem os conteúdos e as habilidades que
foram adquiridas e desenvolvidas na escola no seu cotidiano, a escola precisa prepará-
los, pois através da Educação Matemática podemos notar que os problemas apresentados
pelas situações cotidianas não são lineares. Podemos relatar com outras palavras, que para
o aluno estabelecer relações entre a Matemática do cotidiano e a Matemática escolar, é
necessário que o docente faça o estudante reconhecer e refletir que a Matemática é apenas
uma outra maneira dele poder pôr no papel aquilo que ele vivencia e dependendo do
problema já está até acostumado a solucioná-lo com naturalidade.
Portanto, este trabalho terá como objetivo levar para o currículo escolar, principalmente
ao Ensino Médio, uma Matemática moderna e recente que esteja sendo foco de pesquisas
ultimamente. Além disso, temos como objetivo também introduzir grafos a partir de
problemas cotidianos e preferimos por debater algumas atividades que envolvam
serviços, particularmente como entrega de correios, coleta de resíduos sólidos,
distribuição de energia elétrica, dentre outros, todos referentes a problemas de percursos.

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