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Histologia

Relatório de atividades laboratoriais

Andressa Beatriz do Nascimento Monteiro


Curso: Farmácia; 1° Período
Docente: Sebastião Tilbert
Resumo

Este presente relatório descreve e discute as atividades realizadas no


Laboratório de Histologia e Citologia da Universidade Estadual da Paraíba,
Campus I, pelos alunos da turma de Farmácia do primeiro período. Durante o
processo de aprendizado, teve-se por orientadores o professor da disciplina em
questão, Sebastião Tilbert, e a técnica de laboratório, Maria Honório Oliveira,
que, por meio de lâminas histológicas utilizaram-se de demonstrações práticas
das diferentes disposições dos tecidos epitelial e conjuntivo, que formam,
revestem ou sustentam os diferentes órgãos do corpo humano. Dessa forma,
concretiza-se, cada vez mais, por intermédio de observações microscópicas, as
abstrações existentes no âmbito celular.
Introdução

Todo tecido do corpo humano é formado, basicamente, por células e


matriz extracelular (MEC), sendo, esta, a sua parte não celular. Nesse viés, o
tecido epitelial dispõe de pouca MEC devido a suas células serem justapostas,
o que atesta uma das suas principais funções, a de revestimento. Dentre outras,
e, não menos importantes, funções do epitélio, estão a de secreção (tida por
meio das glândulas), absorção de moléculas (mediante as microvilosidades
existentes no epitélio, principalmente, do intestino) e percepção sensorial (por
células neuroepiteliais).

Para mais, as células epiteliais podem se arranjar em uma só camada,


formando, assim, o tecido epitelial simples; em mais camadas, podendo ser
nomeadas por tecido epitelial estratificado, ou, ainda, darem a impressão de
possuírem várias camadas, em razão de suas células terem diferentes alturas,
mas formarem apenas uma, sendo classificado como pseudoestratificado. Além
disso, outra classificação relevante é quanto ao formato celular, dando-se por
pavimentoso, cúbico e colunar ou prismático. No mais, quando o epitélio é
estratificado, deve ser nomeado tendo por base sua camada mais apical.

Outra classificação importante, é quanto ao tecido epitelial de


transição, que dispõe de estratificação, porém, dependendo do grau de
distensão que o epitélio sofra, suas células mudarão de forma, estando, este tipo
de tecido, presente exclusivamente na bexiga, no ureter e em uma porção da
uretra.

Além do discutido, é igualmente indispensável saber que o tecido


conjuntivo é formado de uma grande quantidade de MEC, fibras e células, tendo
por principais funções preencher espaços entre os tecidos, dar sustentação aos
órgãos, produzir células sanguíneas na medula óssea, atuar diretamente na
defesa do organismo por suas células de defesa e nutrir tecidos adjacentes, o
que justifica o fato de que o tecido epitelial, por não possuir vascularização,
precisa de um tecido bastante vascularizado, como o conjuntivo, que nutra suas
células, ocorrendo o processo, nesse caso, por meio de difusão.
O tecido conjuntivo pode ser classificado por denso e frouxo. Denso,
quando possui muita MEC, com predominância de fibras e poucas células
presentes, sendo encontrado, neste arranjo, na derme, devido a sua resistência
a pressões mecânicas, e, também, nos tendões. Ademais, frouxo, quando possui
pouca MEC, prevalecendo as células como os fibroblastos, fibrócitos (que são
fibroblastos com menor atividade de síntese de proteínas), linfócitos, eosinófilos
e neutrófilos, que estão presentes, principalmente, participando da defesa
imunológica do nosso corpo. Outra classificação válida para o tecido conjuntivo
denso é com relação às suas fibras, se estas forem organizadas em feixes, será
dito que é denso modelado, se a organização se der pelas fibras entrelaçadas,
diz-se que é não modelado.

Vale-se salientar, que no decorrer deste relatório, a maioria das


informações dadas sobre os tecidos epitelial e conjuntivo poderão ser
observadas de forma prática por meio da microscopia, contendo, para maior
compreensão, imagens e uma discussão ainda mais aprofundada, para a
efetivação do conhecimento.
Materiais e métodos

Os materiais utilizados nas aulas práticas em laboratório foram as


lâminas histológicas, jaleco, aparelhos celulares, para a retirada das fotos
anexadas no tópico seguinte e folhas, juntamente com canetas, para anotações
do que foi dito em sala.

Os métodos utilizados contaram com comentários e registro em


quadro, feitos pelo professor e pela técnica de laboratório, além das trocas das
objetivas dos microscópios, dando o zoom necessário para a percepção, para
que a turma pudesse enxergar com maior clareza o que estava sendo mostrado.
Para mais, contou-se com a demonstração prática das estruturas dos tecidos em
questão e dispusemos de uma simulação de prova prática na segunda aula, de
tecido conjuntivo, para que se testasse com mais precisão o que se estava
entendendo da aula, devendo, a turma, identificar se o tecido seria denso ou
frouxo, modelado ou não modelado e se as células identificadas nas lâminas se
tratavam de fibroblastos ou fibrócitos, podendo-se identificar, em alguns casos,
alguns linfócitos que estavam presentes no tecido.
Resultados e discussão

• Aula 1 (Tecido epitelial)

MICROSCÓPIO 1 (ABAIXO)

Tecido epitelial de revestimento


estratificado de transição, não
queratinizado. (BEXIGA)

Objetiva: 10x

Tecido conjuntivo abaixo do


tecido epitelial (TE)

TE

Objetiva: 40x
MICROSCÓPIO 2 (ABAIXO)

Corpúsculo renal ou
corpúsculo de Malpighi

Tecido epitelial pavimentoso


simples não queratinizado
(RINS)

Objetiva: 40x

O corpúsculo renal é formado por uma cápsula renal, que envolve um glomérulo.
A cápsula renal é formada por uma camada de células epiteliais pavimentosas.

MICROSCÓPIO 3 (ABAIXO)

Tecido epitelial pavimentoso


estratificado (LÍNGUA)

Objetiva: 10x
MICROSCÓPIO 4 (ABAIXO)
QUERATINA

Tecido epitelial de
revestimento pavimentoso
estratificado queratinizado
(PELE)

Objetiva 10x

MICROSCÓPIO 5 (ABAIXO)

Tecido epitelial
pseudoestratificado
cilíndrico ciliar (VIAS
RESPIRATÓRIAS/PULMÃO

Objetiva: 10x
• Aula 2 (Tecido conjuntivo)

MICROSCÓPIO 1 (ABAIXO)

Fibrócitos

Fibroblastos
Tecido conjuntivo denso
não modelado (PELE)

Objetiva: 40x

MICROSCÓPIO 2 (ABAIXO)

Tecido conjuntivo
denso não modelado
(LÍNGUA)

Objetiva: 40x
MICROSCÓPIO 3 (ABAIXO)

Tecido conjuntivo
denso não modelado
(DENTINA E POUPA)

Objetiva: 10x

MICROSCÓPIO 4 (ABAIXO)

Corte transversal de
uma artéria presente na
parte evidenciada.

Tecido conjuntivo frouxo.

Objetiva: 40x
MICROSCÓPIO 5 (ABAIXO)

Tecido conjuntivo denso


de fibras elásticas
(AORTA)

Objetiva: 10x

No decorrer do processo de aprendizado nas aulas práticas pôde-se


examinar que diversas noções e informações sobre estruturas específicas dos
tecidos só poderiam ser reconhecidas com instrução e práticas laboratoriais. Por
exemplo, a noção de que no tecido conjuntivo frouxo há uma melhor visualização
de células, linfócitos e de vasos, já que possui poucas fibras.

Conforme visto nas fotos e observações tidas acima nas lâminas


histológicas equivalentes às aulas de tecido epitelial e conjuntivo, percebe-se
que as práticas laboratoriais são essenciais para a identificação coerente das
estruturas celulares vistas em teoria, além de facilitar a concretização do
conteúdo visto e viabilizar ainda mais o aprendizado.
Referências

L.C JUNQUEIRA. Histologia Básica- Texto e atlas:13. ed. Rio de


Janeiro: Editora Guanabara Koogan,2017

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