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DÉBORA LERRER
Aos 14 anos, Ana Correa, 52, começou a ler baralho comum e mão,
por brincadeira, intuição. Hoje em dia sei que era o inconsciente
coletivo familiar, porque sou descendente de ciganos. Para ler o
tarô foi um passo. Ana considera esse baralho de 22 cartas que
representam figuras emblemáticas, conhecidas como arcanos
maiores, e as 56 cartas semelhantes ao baralho comum,
conhecidas como arcanos menores, uma sínteses de muitos
conhecimentos. Para ela, o tarô é um veículos de auto-
conhecimento, uma ferramenta para você entrar em contato com
as leis cósmicas que vivem dentro da gente.
Formado em teologia e
pastor da Igreja Reformada,
Antoine Court Gebelin (1725-
1784) devotou 20 anos à
pesquisa que resultou em
nove volumes publicados sob
o nome de Le Monde Primitif,
analysé et compare avec leê
monde moderne. No primeiro
volume de sua obra, Gebelin
apresenta a teoria de que as
cartas de Tarô nasceram das
páginas do Livro de Thot
salvo das ruínas dos templos
egípcios. Conta-se que tal
livro possuiria as respostas
para todos os problemas da
humanidade e foi concebido
por sacerdotes após
consultas com o deus da magia, Thot, que
também seria o Mercúrio egípcio. Esses
sacerdotes teriam ocultado esse conhecimento
secreto no baralho de tarô.
Enquanto Gebelin e
Etteilla procuraram,
zelosamente, provar a
origem egípcia das cartas
do tarô, Eliphas Levi
acreditou que elas fossem
um alfabeto sagrado e
oculto, atribuído, pelos
hebreus, a Enoch, filho
mais velho de Caim; pelos
egípcios, a Hermes
Trimegistus, ao deus
egípcio Thoth; e, pelos gregos, a Cadmus, que
fundou a cidade de Tebas.
Tipos de baralho
Tarô de Marselha
Tarô de Etteilla
Tarô Rider-Waite
Tarô de Thoth
Tarô de Wirth
O baralho de Case
Paul Foster Case, em seu livro The Taro, A Key to the Wisdom of the
, usa, para as 22 cartas dos Arcanos Maiores, desenhos que em
alguns casos são similares aos desenhos de Waite. As cartas de Case
trazem um número arábico no canto inferior esquerdo e uma letra
hebraica no canto inferior direito. O Aleph, por exemplo, é atribuído ao
Bobo, enquanto que Beth é atribuído ao Mago. Os desenhos em branco
e preto do baralho Case permite que a pessoa lhes dê o colorido que
O baralho do tarô usado por C.C. Zain em seu livro The Sacred Tarot
publicado pela Igreja da Luz, também é em branco e preto e se presta
para colorir. Embora as cartas sejam ricas em matéria de simbolismo
egípcio, elas se afastam completamente dos símbolos usuais de Tarô.
Tarô Mitológico