Você está na página 1de 41

Unidade I

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Profa. Ma. Flávia Souza


Processos de exclusão x inclusão

 Negros.
 Índios.
 Homossexuais.
 Moradores de rua.
 Mulheres.
 Idosos.
 Quilombolas.
 Pessoas com deficiência.
 Afrodescendentes.
Af d d t
Processos de exclusão x inclusão

 São excluídas porque destoam do


padrão “normal” imposto pela
sociedade.
 Esses padrões são construídos
culturalmente.
 A sociedade impõe a forma de se vestir,
de se comportar, o padrão físico
considerado como belo.
 As pessoas são reconhecidas pelo que
elas têm e não pelo que elas são.
Processos de exclusão x inclusão

 A única forma que temos de equacionar


as desigualdades é instituindo
legislações.
A história da educação especial é retratada
em três momentos, sendo eles:
a) Paradigma da institucionalização/
institucionalização.
b) Paradigma de serviços/ integração.
c) Paradigma de suportes/ inclusão.
Embora haja essa classificação, um
paradigma se materializa, na prática,
justaposto ao outro.
Paradigma da institucionalização

 Paradigma: são valores, ideias e ações


que contextualizam as relações sociais.
 A forma como a sociedade lida com a
deficiência e com as pessoas
deficientes.
 Conventos, asilos e hospitais
psiquiátricos eram instituições de
confinamento.
Paradigma da institucionalização

 Caracterizava-se pela retirada das


pessoas do meio social.
 Nesse período, a matrícula em
instituições totais indicava a forma que
as famílias sentiam e viviam a deficiência
de seus familiares.
 Somente a partir da década de 1960 é
que o paradigma da institucionalização
passou a ser criticado.
Iniciativas contrárias ao paradigma
de institucionalização

 Deficientes improdutivos custavam caro


aos cofres públicos.
 Críticas de acadêmicos e profissionais
da área.
 Movimento de não institucionalização.
 Iniciativas pautadas na ideia de
normalização.
 Deficiente se adapta à sociedade.
Paradigma de serviços

 Conceito de integração: paradigma de


serviços.
 Teve início na década de 1960.
“[...] Necessidade de modificar a pessoa
com necessidades educacionais especiais,
de forma que esta pudesse vir a se
assemelhar, o máximo possível com os
demais cidadãos.”
(ARANHA, 2005, p. 18)
Oferta de serviços em três etapas

1. Avaliação: uma equipe identificaria o que


precisaria ser modificado no sujeito.
2. Intervenção: atendimento formal e
sistematizado, orientado conforme os
indicativos da fase anterior.
3. Encaminhamento da pessoa para vida
em sociedade.
Ocorreu: nas escolas especiais, classes
especiais e centros de reabilitação.
Paradigma de serviços

Começa a ser criticado:


 pela comunidade científica;
 pelas organizações dos próprios
deficientes.
Diferenças não se apagam
apagam, mas são
administradas na convivência social.
Busca-se a igualdade do deficiente com
aqueles que não são deficientes.
Interatividade

Não podemos falar de inclusão sem pensarmos nos


processos de exclusão. Em relação a esses
processos, é correto afirmar:
a) Eles não existem em nossa realidade, uma vez
que o nosso país adota um regime democrático.
b) A exclusão é um processo natural
natural, pois para que
uma sociedade possa se sustentar é necessário
que poucos tenham muita riqueza e muitos não
tenham o mínimo para a sua sobrevivência.
c) A exclusão é o resultado das diferenças que se
perpetuam em nossa sociedade.
d) É excluído aquele que tem acesso a todos os
bens culturais.
e) Apenas os deficientes são excluídos em nossa
sociedade.
Paradigma de suportes

 Formas de garantir o acesso de todos a


tudo (escola, ônibus, departamentos
públicos, empregos etc).
 Suportes que propiciam acesso a todo e
qualquer recurso da comunidade.
Prevê adequações em dois âmbitos:
 No processo de desenvolvimento do
sujeito.
 No processo de ajuste à realidade social.
Paradigma de suportes

 Prevê a intervenção junto as diferentes


instâncias: administrativa, saúde,
assistência social e educação.
 Estrutura arquitetônica.
 Formação de professores.
 Currículos.
 A ideia principal é: que a pessoa com
deficiência tenha direito à convivência
não segregada e ao acesso imediato e
contínuo aos recursos disponíveis aos
demais cidadãos.
Paradigma de suportes

 Inclusão: igualdade de acesso à


sociedade, como o defendido na
integração.
 Qual é a diferença entre o paradigma de
serviços e de suportes?
 Paradigma de serviços: o investimento
está centrado em mudanças no
indivíduo.
 Paradigma de suportes: o investimento
está centrado em suportes e
instrumentos que auxiliam no
desenvolvimento do sujeito.
Constituição Federativa do Brasil

 Estabelece que a educação é um direito


de todos e dever do Estado e da família.
(Art. 205).
 Discorre sobre os princípios da
educação: igualdade de condições para
o acesso e a permanência na escola.
(Art. 206)
 O dever do Estado com a educação será
efetivado mediante a garantia de
atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de
ensino. (Art. 208)
Lei de Diretrizes e Bases – LDB
9.394/96

 Educação Especial é uma modalidade


de ensino.
Poderá:
 apoiar;
 complementar os serviços educacionais;
 suplementar;
 substituir.
Deve garantir:
 desenvolvimento das potencialidades.
potencialidades
Suporte pedagógico especializado

CLASSE COMUM
Ensino colaborativo
intérprete dos códigos aplicáveis
serviço de itinerância

ITINERÂNCIA
ITINERÂNCIA SALAS DE RECURSOS
intra
intraou
ou interinstitucional
inter-institucional ProfºdedeEducação
Prof. Educação Especial
Especial
Prof.
Profºespecializado
especializado Complementar ou suplementar o ensino curricular
apoio i técnico-pedagógico
apoio técnico
é i pedagógico
técnico-pedagógico
d ó i periodicidade
i di id d variável
iá l - atendimento
di ààs NEE

CLASSE ESPECIAL
Em caráter extraordinário
para alunos com acentuados comprometimentos
currículo especial- alto grau de individualização

CLASSE HOSPITALAR ATENDIMENTO DOMICILIAR


recursos educacionais especiais atendimento especializado
alunos em condições incapacitantes alunos impossibilitados de freqüentar as aulas
impossibilidade de locomoção até a escola tratamento de saúde
Alunos com NEEs conforme a
Resolução CNE/CEB no 2/2001

1. Dificuldades acentuadas de
aprendizagem e limitações no processo
de desenvolvimento que dificultem o
acompanhamento das atividades
curriculares, divididas em dois grupos:
a) Aquelas não vinculadas a uma causa
orgânica específica.
b) Aquelas relacionadas a condições,
disfunções, limitações ou deficiências.
Alunos com NEEs conforme a
Resolução CNE/CEB no 2/2001

2. Dificuldades de comunicação e
sinalização, demandando a utilização de
linguagens e códigos aplicáveis.
3. Altas habilidades/superdotação,
facilidade de aprendizagem que permite
dominar conceitos, procedimentos e
atitudes.
Características principais e formas de
atuação com:
Deficientes intelectuais, visuais, auditivos,
físicos ou motores.
Interatividade

Em relação ao paradigma de suportes, é correto


afirmar:
a) Esse paradigma sustenta os preceitos da
integração.
b) Nesse paradigma, a sociedade é que se adapta
para atender as necessidades das pessoas com
deficiências.
c) Nesse paradigma, o sujeito precisa primeiro
melhorar o seu desenvolvimento, para depois
ser inserido na comunidade.
d)) Nesse p
paradigma
g é comum as crianças
ç ficarem
em instituições.
e) Os preceitos desse paradigma instituem que os
alunos com deficiências devem ser matriculados
nas escolas regulares, mas não prevê nenhum
tipo de suporte pedagógico especializado.
Deficiência Intelectual (DI)

 Uma das maiores consequências é a


perda da capacidade mental.
 Comportamento adaptador: refere-se ao
quadro ambiental no qual o sujeito se
desenvolve, que pode minimizar os
efeitos da deficiência.
 Teste de QI não deve ser o único
parâmetro para classificar o grau da
deficiência intelectual.
Causas da Deficiência Intelectual
(DI)

Fatores genéticos: alterações na divisão


dos cromossomos.
 Síndrome de Down: a presença de um
cromossomo extra no par 21.
 Chamada de Trissomia 21 ou Síndrome
de Down.
Fatores tetratogênicos: alterações
relacionadas ao ambiente no qual o sujeito
vive.
Deficiência Intelectual (DI)

 Ingestão de drogas.
 Doenças contraídas pela mãe.
 Carência nutricional da genitora.
 Doenças que a criança possa adquirir
nos primeiros anos de vida
vida.
 Excesso de ingestão de álcool pela mãe
(Síndrome do Alcoólica fetal).
Identificar o tipo e o grau de deficiência é
importante, mas não fundamental para a
intervenção pedagógica, psicológica e
social.
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) ao DI

 Repensar as funções do professor da


escola regular e do AEE.
 Delimitam-se as funções, mas ambos
trabalham de forma conjunta.
 Antes trabalhava-se
trabalhava se com os DIs apenas
conhecimentos práticos.
 O ideal é trabalharmos também com
conhecimentos teóricos, pois o sujeito
com DI deve transpor a condição de
senso comum, como os seus demais
pares normais.
Deficiência Intelectual (DI)

 O professor do AEE não trabalha com


conteúdos curriculares.
 Escrita, cálculo e leitura é
responsabilidade do professor da escola
regular.
 O AEE trabalha rumo à superação dos
limites da pessoa com DI.
 Não há materiais específicos para
atender as suas necessidades.
 O objetivo é sair de uma condição
passiva diante do conhecimento.
Deficiência Visual (DV)

É definida como perda total ou parcial:


 Cegueira: perda total da visão.
 Visão parcial ou subnormal: necessitam
de lentes, lupas, dentre outros materiais,
para ler textos.
Podem ser de ordem:
 Congênita: nasce com a deficiência.
 Adquirida: surge após o nascimento.
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) ao DV

 A compreensão do mundo que nos cerca


se faz pela apreciação de imagens.
 A escola faz uso de símbolos gráficos
para a aprendizagem escolar.
E o aluno com deficiência visual?
 Necessita de instrumentos e recursos
que possibilitem a aprendizagem e a
percepção do mundo.
 O aluno com deficiência visual utiliza-se
da linguagem oral.
oral
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) ao DV

 O professor do AEE deve fazer uso de


estratégias diversificadas que atendam
as necessidades dos alunos.
 Recursos ópticos: lentes, lupas ou
telescópio.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) ao DV

 Recursos não ópticos: material


ampliado, lápis 4B ou 6B, gravadores,
softwares, uso de chapéus e bonés e
circuito fechado de televisão. Esse
recurso pode ser visto abaixo.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) ao DV

 O mobiliário deve ser estável.


 A linguagem deve ser incentivada.
 O material adaptado deve ser
confeccionado em relevo.

http://www.fcee.sc.gov.br/index.php?Optio
com_docman&task=doc_view&gid=210
Interatividade

Sobre o Atendimento Educacional


Especializado, é correto afirmar:
a) É um serviço desenvolvido apenas para os
deficientes intelectuais.
b) O pedagogo sem habilitação na área de
Educação Especial pode trabalhar nesse
serviço.
c) O aluno frequenta esse serviço no mesmo
período em que está na escola regular.
d) É uma forma de atuação com as pessoas
com deficiência que foi substituída.
e) É oferecida em período contrário ao qual o
aluno estuda e desenvolvido por
profissionais habilitados ou
especialistas na área.
Deficiência Auditiva (DA)

 Refere-se à incapacidade de ouvir.


 Não percebem os sons da fala nem
mesmo com a ajuda de amplificadores
(AASI – aparelho de amplificação
sonora).
 Implante coclear: permite a percepção
dos sons da fala.
Causas da deficiência auditiva:
 Pré-natal: rubéola materna,
hereditariedade nascimento prematuro,
hereditariedade, prematuro
incompatibilidade de RH e causas
desconhecidas.
 Pós-natal: meningites,
encefalites e acidentes.
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para o DA

 O AEE trabalha com o conhecimento das


línguas de Sinais e Portuguesa.
 Função do AEE: complementar e ajudar
o aluno a acompanhar a escola regular.
 Diagnóstico das habilidades e das
barreiras no processo de escolarização.
Envolve três momentos específicos:
 Atendimento Educacional Especializado
em Libras: utiliza a Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS) para fornecer a base
conceitual dos conteúdos.
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para os DAs
e os Deficientes Físicos (DF)
 Atendimento Educacional Especializado
de Libras: o ensino da Libras, se do
canal visual-espacial.
 Atendimento Educacional Especializado
de Língua Portuguesa: orienta-se por
uma concepção bilíngue.
 Deficiência física é um desvio em
habilidades motoras básicas.
 AEE para os alunos com DF deve
trabalhar com a tecnologia assistiva.
 Tecnologia assistiva: comunicação
alternativa, comunicação aumentativa e
recurso adaptado.
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para os DF

 Recursos adaptados: assegura


condições para adquirir a aprendizagem.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf
Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para os DF

 Comunicação aumentativa: utilizada para


compensar as falhas na fala.
 Comunicação alternativa: substitui a fala.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdaee_df.pdf
Transtornos Globais do
Desenvolvimento (TGD) e
transtornos funcionais
 Autismo.
 Síndrome de Rett.
 Transtorno de Asperger.
 Espectro Autista.
 O professor deve trabalhar com a função
executiva.
 As pessoas com TGD têm dificuldade
com a flexibilidade.
 Ambiente escolar tem rotina e mudanças
ç
de rotinas.
 Professores devem ser orientados a
como lidarem com as famílias.
Superdotação/ altas habilidades

 Pessoas com algumas aptidões


biopsicológicas acima do padrão.
 A identificação das altas habilidades
deve iniciar na sala de aula.
 Possibilitar a socialização com os
colegas.
 Trabalho conjunto dos profissionais da
escola regular e da Educação Especial.
 Articulação com outras instâncias:
instituições de Ensino Superior,
Superior órgãos
de pesquisa, de artes e esportes.
 Situações de aprendizagem que acolham
as possibilidades dos alunos.
Superdotação/ altas habilidades

Objetivos do Atendimento Educacional


Especializado:
 Maximização da participação dos alunos
na escola regular.
 Potencialização das habilidades dos
alunos.
 Oferecer recursos tecnológicos,
pedagógicos e bibliográficos de
interesse dos alunos.
 Incentivar a participação dos alunos em
pesquisas.
 Estimular a implementação de projetos
com temáticas diversificadas.
Interatividade

Em relação à Deficiência Auditiva (DA), é


correto afirmar:
a) A situação de deficiência é superada
quando a pessoa usa um AASI.
b) A situação de deficiência é superada
quando a pessoa realiza um implante
coclear.
c) O surdo utiliza a LIBRAS como primeira
língua.
d) O surdo deve somente fazer uso da Língua
Portuguesa, pois é essa linguagem que as
pessoas usam para se comunicar.
e) O deficiente auditivo fará uso de um
outro tipo de linguagem que é
denominada Braille.
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar