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Λύκος θεασάμενος ἄρνα ἀπό τινος ποταμοῦ πίνοντα,

τοῦτον ἠβουλήθη μετά τινος εὐλόγου αἰτίας


καταθοινήσασθαι. Διόπερ στὰς ἀνωτέρω ᾐτιᾶτο αὐτὸν
ὡς θολοῦντα τὸ ὕδωρ καὶ πίνειν αὐτὸν οὐκ ἐῶντα. Τοῦ
δὲ λέγοντος ὡς ἄκροις τοῖς χείλεσι πίνει, καὶ ἄλλως οὐ
δυνατὸν, αὐτοῦ ἑστῶτος κάτω, ἐπάνω ταράσσειν τὸ
ὕδωρ, ὁ λύκος ἀποτυχὼν ταύτης τῆς αἰτίας ἔφη· «Ἀλλὰ
πέρυσι τὸν πατέρα μου ἐλοιδόρησας.» Εἰπόντος δὲ
ἐκείνου μηδέπω τότε γεννηθῆναι, ὁ λύκος ἔφη πρὸς
αὐτόν· «Κἂν σὺ ἀπολογιῶν εὐπορῇς, ἐγώ σε οὐχ ἧττον
κατέδομαι.»
Ὁ λόγος δηλοῖ ὅτι οἷς πρόθεσίς ἐστιν ἀδικεῖν, παρ᾿
αὐτοῖς οὐδὲ δικαία ἀπολογία ἰσχύει.
Um lobo vendo um cordeiro que bebia água dum certo
rio, queria devorá-lo, mas precisava de um pretexto
razoável. Por isso, quando estando numa altura maior,
acusava-o de agitar a água e não permitir bebê-la. O
cordeiro respondeu que bebia água com a ponta dos
lábios e que, estando mais abaixo, sendo impossível
agitar a água mais acima, ao que o lobo, tendo
fracassado, disse: “Mas ano passado tu insultaste meu
pai”. E dizendo o cordeiro que naquele tempo ainda não
havia nascido, o lobo respondeu: “Mesmo que tenhas as
melhores justificativas, eu não te comerei menos”.
A fábula mostra que, para aqueles cujo propósito é fazer
o mal, nenhum argumento justo vale.
Βάτραχοι λυπούμενοι ἐπὶ τῇ αυτῶν ἀναρχίᾳ πρέσβεις
ἔπεμψαν ἱκετεύοντες τὸν Δία, ὅπως αὐτοῖς βασιλέα
παράσχῃ. Ὁ δὲ συνιδὼν αυτῶν τὴν εὐήθειαν, ξύλον
ἔπηξε μέσον τῆς λίμνης. Συστελλόμενοι δὲ τῷ φόβῳ οἱ
βάτραχοι εἰς τὰ βάθη ἑαυτοὺς κατέδυον. Χρόνου δὲ
πολλοῦ παρῳχηκότος, ὡς ἑώρων τὸ ξύλον ἀκίνητον,
ἀπεβάλοντο τὸν φόβον καὶ τοσοῦτον κατεφρόνησαν
αὐτοῦ, ὥστε ἐπιβαίνειν καὶ ἐπικαθέζεσθαι τούτῳ. Μὴ
ἀξιοῦντες δὲ αὐτὸν ἔχειν βασιλέα, ἐκ δευτέρου ἦλθον
πρὸς τὸν Δία, καὶ παρεκάλουν ἀλλάξαι αὐτόν. Τότε δ᾿
ἔδωκεν αὐτοῖς βασιλέα ἔγχελυν. Ἰδόντες δὲ αὐτοῦ
εὐήθειαν, οὐκ ἀπεδέξαντο αὐτὸν. Ἦλθον οὖν ἐκ τρίτου
πρὸς τὸν Δία, ὅπως καὶ τοῦτον ἀλλάξῃ. Καὶ ὁ Ζεὺς
ἀγανακτήσας κατ᾿ αὐτῶν, ὕδραν ἐπέπεμψεν, ἥτις ἕνα
καθ᾿ ἕνα τῶν βατράχων ἤσθιεν.
Ὁ μῦθος δηλοῖ ὅτι ἄμεινόν ἐστι θεῷ πείθεσθαι, καὶ μὴ
πονηροὺς ἔχειν ἄρχοντας καὶ ταραχοποιούς.
As rãs, cansadas de seu desgoverno, enviaram
embaixadores a Zeus a fim de que ele lhes desse um rei.
E ele, percebendo a simplicidade delas, lançou uma
madeira no lago. E as rãs, assustadas, mergulharam para
o fundo do lago, mas como a estaca estava inerte,
voltaram à superfície e tão grande desprezo criaram por
seu rei que subiam nele e ali se sentavam. Não o achando
digno de ser rei, de novo foram a Zeus para pedir-lhe
que o mudasse. Então ele lhes deu uma enguia como rei.
Vendo a simplicidade dele, não o aceitaram. Então
foram uma terceira vez até Zeus para pedir-lhe que
mudasse novamente seu rei. E Zeus, sentindo-se
irritado com elas, envia-lhes uma hidra, que come cada
uma das rãs.
O mito mostra que é melhor obedecer a deus, e não ter
um governante duro e causador de problemas.

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