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Manual - Do - Formando - RISCOS E AFINS PDF
Manual - Do - Formando - RISCOS E AFINS PDF
da Construção Civil
Manual do Formando
Índice
Manual do Formando
Capítulo 1 .................................................................................................................................. 6
1. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 6
2. Introdução.............................................................................................................................. 7
3. Características do sector da construção civil e obras públicas............................................. 8
4. Noção de acidente............................................................................................................... 10
5. Estatísticas da sinistralidade ............................................................................................... 12
6. Causas e factores causais dos acidentes ........................................................................... 15
7. Consequências dos acidentes de trabalho ......................................................................... 17
8. Custos dos acidentes .......................................................................................................... 18
9. Índices de sinistralidade ...................................................................................................... 19
10. Registos da análise estatística dos valores da sinistralidade ........................................... 34
Bibliografia ............................................................................................................................... 37
Capítulo 2 ................................................................................................................................ 38
1. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 38
2. Contexto histórico ................................................................................................................ 39
3. Enquadramento da segurança e saúde do trabalho ........................................................... 45
4. Organização e funcionamento dos serviços de segurança, higiene e saúde do trabalho.. 52
5. Relatório anual da actividade dos serviços de SHST ......................................................... 57
Bibliografia ............................................................................................................................... 58
Capítulo 3 ................................................................................................................................ 59
1. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 59
2. Equipamentos de protecção colectiva................................................................................. 60
3. Protecção colectiva contra quedas em altura ..................................................................... 62
4. Protecção colectiva nos trabalhos de escavação ............................................................... 68
5. Delimitação física do estaleiro (vedação)............................................................................ 69
6. Protecção colectiva contra perfuração por varões de aço .................................................. 71
Bibliografia e Legislação aplicável........................................................................................... 72
Capítulo 4 ................................................................................................................................ 73
1. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 73
2. Equipamentos de protecção individual................................................................................ 74
3. Protecção da cabeça........................................................................................................... 76
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Capítulo 5 ................................................................................................................................ 96
1. Objectivos Específicos ........................................................................................................ 96
2. Introdução............................................................................................................................ 97
3. Sinalização de segurança e saúde do trabalho .................................................................. 98
4. Sinalização de trabalhos na via pública ou na sua proximidade....................................... 111
Bibliografia ............................................................................................................................. 118
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Capítulo 1
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
A geral que, não obstante a tendência decrescente que se tem verificado, a sua
ocorrência assume proporções que levam obrigatoriamente a uma reflexão.
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E
m Portugal, o sector da Construção Civil e Obras Públicas é de primordial
importância para o Emprego e para a Economia do país.
Tomando por base os dados fornecidos pelo DE-MTS, a esmagadora maioria das empresas
do sector (mais de 90%) emprega menos de 50 trabalhadores, representando, no seu
conjunto, pouco mais de 50% do volume total de emprego. No outro extremo, apenas cerca
de 0,1% das empresas emprega 500 ou mais trabalhadores, correspondendo a perto de 13%
do total do emprego do sector.
Segundo o INE, entre 2000 e 2003 este Sector de actividade empregou, em média, cerca de
596.050 trabalhadores.
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4. Noção de acidente
Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou onde
deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito
ao controlo do empregador.
Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que preceder o
seu início, em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em actos
também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.
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5. Estatísticas da sinistralidade
A partir de 1989, a publicação regular das estatísticas de acidentes de trabalho tem sido feita
pelo Departamento de Estatísticas do Ministério do Emprego e Segurança Social e tem por
base os mapas de acidentes de trabalho fornecidos pelas companhias de seguros ou as
comunicações das entidades patronais, com reconhecida capacidade económica para
assumirem, directamente, a responsabilidade pelos riscos de acidente de trabalho inerentes
à sua actividade.
Através dos dados mais recentes publicados pela IGT, a Construção continua a ser o sector
que regista o maior número de acidentes mortais. No entanto, a sinistralidade tem vindo a
baixar, o que é digno de registo.
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Fonte: IGT
Nota: Não inclui os acidentes “in itinere”.
Como podemos verificar, as principais causas de morte por acidente de trabalho no sector da
Construção Civil e Obras Públicas são as quedas em altura, esmagamento, soterramento e
electrocussão.
Perante este cenário pouco animador, não restam dúvidas de que o acidente é uma
realidade cada vez mais presente no mundo do trabalho e cabe a todos os intervenientes no
processo construtivo contribuir para a diminuição da sua frequência e gravidade, através de
uma prevenção eficaz. O espírito de prevenção e uma acção sistemática de segurança são
factores básicos para evitar o acidente de trabalho.
A análise e controlo dos riscos contraria a ideia, por vezes tão em voga, de que o acidente é
fruto de qualquer fatalidade ou azar. Sempre que um acidente acontece, podemos saber
porque se deu, como se deu o com quê. Conhecendo as suas causas reais é possível tirar
conclusões objectivas que, de futuro, poderão ajudar a controlar os riscos evitando outro
acidente.
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6.1. Introdução
acidente de trabalho não é uma fatalidade, pois tem causas bem identificáveis e
Num momento, um acontecimento não pretendido cria uma situação anómala que,
constituindo um estado inicial indesejado, se desenvolve por vias normais até determinar
uma sequência ou um processo de lesões conducentes ao estado final lesivo.
Tanto o estado inicial indesejado (o acidente) como o estado final lesivo explicam-se pela
interacção de um conjunto de factos causais, cada um deles considerado como efeito ou
consequência de outros anteriores.
Os factores causais humanos são constituídos por aquelas acções ou omissões das
pessoas que, originando situações de risco, dão lugar à aparição de acidentes e respectivas
consequências. Estes factores, também conhecidos por “falhas humanas”, imputáveis ao(s)
sinistrado(s) ou a terceiros, são devidos a deficiências:
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D
ificilmente se pode avaliar o custo de um acidente. Poderemos, no entanto, afirmar
que, independentemente do sofrimento da vítima e dos seus familiares, qualquer
acidente conduz a um défice económico altamente significativo.
Salários
Custos Directos ou Segurados Indemnizações
(Cd) Assistência médica
Pagamento do prémio de seguro
Tempo perdido pelo sinistrado
Perdas de eficácia e rendimento do
trabalhador quando retorna ao serviço
Custos Indirectos ou Perdas do tipo comercial por não poder
Não Segurados satisfazer os prazos de entrega estabelecidos
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9. Índices de sinistralidade
• Nº de trabalhadores;
• Nº de acidentes (com baixa, incluindo mortais, e sem baixa);
• Nº de dias perdidos por acidentes de trabalho;
• Nº de horas de exposição ao risco ou nº de horas de trabalho.
O índice de frequência indica quantos acidentes com baixa, incluindo os mortais, ocorrem em
cada milhão de horas – homem de trabalho realizadas e é representado pela expressão:
N × 10 6
If =
T
N= Nº de acidentes de trabalho com baixa, incluindo os mortais.
T= Nº de horas de exposição ao risco.
O índice de incidência indica o nº de acidentes com baixa, incluindo os mortais, por cada mil
trabalhadores e calcula-se através da expressão:
N × 10 3
Ii =
NT
N= Nº de acidentes de trabalho com baixa.
NT = Nº médio de trabalhadores
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O índice de gravidade indica o nº de dias perdidos por acidente de trabalho por cada mil
horas – homem de trabalho realizadas, calculando-se através da expressão:
Dp × 10 3
Ig =
T
Dp = Nº de dias perdidos por acidente de trabalho.
T= Nº de horas de exposição em risco.
Ig
Iag = × 10 3
If
Ig = Índice de gravidade;
If = Índice de frequência.
Este índice indica o número de dias (úteis) perdidos, em média, por acidente.
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(De notar que estes valores são tidos como referência na maioria dos países europeus,
segundo orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no entanto podem
variar por sector de actividade).
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RELATÓRIO MENSAL
Mês…. /Ano….
Data …/ … /…
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Mês…. /Ano….
Data …/ … /…
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Obra
Estaleiro
Central
Índice de Frequência
Índice de Gravidade
Índice de Incidência
Mensal Anual
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CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
ASPECTOS GERAIS
Mês …. /Ano…
MENSAL ANUAL ACUMULADO
ACIDENTES DE TRABALHO Data …/…/…
SEM BAIXA
COM BAIXA
MORTAIS
DIAS PERDIDOS
HORAS DE EXPOSIÇÃO AO RISCO
CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
CAUSAS DOS ACIDENTES
Mês …. /Ano…
CAUSAS HUMANAS
PRÓPRIO
TERCEIROS
FISIOLÓGICA
PSICOLÓGICA
PROFISSIONAL
OUTRA
CAUSAS MATERIAIS
MÁQUINA/FERRAMENTA
SINALIZAÇÃO
ARRUMAÇÃO/ARMAZENAGEM
HIGIENE
MATERIAL DEFEITUOSO
OUTRAS
CAUSAS FORTUITAS
FENÓMENO ATMOSFÉRICO
ANIMAL/VEGETAL/MINERAL
OUTRAS
TOTAL
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CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
TIPOS DE ACIDENTES
Mês …. /Ano…
Data …/…/…
ABRASÃO
ENTALADO
EXPLOSÃO
HIPER-ESFORÇO
INTOXICAÇÃO OU ASFIXIA
PENETRAÇÃO DE OBJECTOS
VIAÇÃO
MÚLTIPLO
OUTRO TIPO
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Mês …. /Ano…
Data …/…/…
LOCAIS
QUEDA AO MESMO
INTOXICAÇÃO OU
DE
PENETRAÇÃO DE
HIPER-ESFORÇO
CONTACTO COM
CONTACTO COM
FRIO OU CALOR
QUEDA A NÍVEL
ATINGIDO POR
TRABALHO SEM
CHOQUE COM
OUTRO TIPO
BAIXA
DIFERENTE
ENTALADO
EXPLOSÃO
OBJECTOS
OBJECTOS
OBJECTOS
MÚLTIPLO
ABRASÃO
MÉDICA
MORTAIS
ASFIXIA
VIAÇÃO
TOTAL
NÍVEL
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
OBRA
ESTALEIRO
CENTRAL
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CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
TIPOS DE ACIDENTES
Mês …. /Ano…
Data …/…/…
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CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
PARTES DO CORPO ATINGIDAS
Mês …. /Ano…
Cabeça
Olhos
Pescoço
Tronco
Membros Superiores
Mãos
Membros Inferiores
Pés
Múltipla
Sistémica
Total
29
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CARACTERIZAÇÃO DA SINISTRALIDADE
PARTES DO CORPO ATINGIDAS
Mês …. /Ano…
Data …/…/…
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Mês …. /Ano…
Data …/…/…
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Mês …. /Ano…
Data …/…/…
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ÍNDICES DE SINISTRALIDADE
Mês …. /Ano…
Data …/…/…
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10.1. Preâmbulo
F
oi analisada a sinistralidade nos seus aspectos gerais, bem como a determinação
dos acidentes por níveis etários, dias de semana, horas do dia, tipo de acidente,
localização da lesão. Foi também analisada a incapacidade através da sua duração
média em dias.
Acidentes de trabalho........................................................................................................
Mortais...............................................................................................................................
Com baixa.........................................................................................................................
Sem baixa.........................................................................................................................
Número de trabalhadores..................................................................................................
Horas de exposição ao risco.............................................................................................
Dias de incapacidade........................................................................................................
Índice de frequência..........................................................................................................
Índice de gravidade...........................................................................................................
Índice de incidência...........................................................................................................
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N.o %
Menos de 20 anos ……………………………………… -
De 20 a 24 anos ……………………………………… -
De 25 a 29 anos ……………………………………… -
De 30 a 34 anos ……………………………………… -
De 35 a 39 anos ……………………………………… -
De 40 a 44 anos ……………………………………… -
De 45 a 49 anos ……………………………………… -
De 50 a 54 anos ……………………………………… -
De 55 a 59 anos ……………………………………… -
Com 60 ou mais anos ……………………………………… -
N.o %
Segunda-feira ………………………………………............. -
Terça-feira ………………………………………............. -
Quarta-feira ………………………………………............. -
Quinta-feira ………………………………………............. -
Sexta-feira ………………………………………............. -
Sábado ………………………………………............. -
Domingo ………………………………………............. -
N.o %
Das 8 às 10 horas ………………………………………......... -
Das 10 às 12 horas ………………………………………......... -
Das 12 às 14 horas ………………………………………......... -
Das 14 às 16 horas ………………………………………......... -
Das 16 às 18 horas ………………………………………......... -
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N.o %
Atingido por objectos …………………………............... -
Choque com objectos …………………………............... -
Contacto com …………………………...............
-
Substâncias corrosivas
Contacto com electricidade …………………………............... -
Contacto com frio ou calor …………………………............... -
Entalado …………………………............... -
Explosão …………………………............... -
Hiper-esforço …………………………............... -
Intoxicação ou asfixia …………………………............... -
Penetração de objectos …………………………............... -
Queda a nível diferente …………………………............... -
Queda ao mesmo nível …………………………............... -
Viação …………………………............... -
Múltiplos …………………………............... -
Outros …………………………............... -
N.o %
Cabeça …………………………............... -
Olhos …………………………............... -
Pescoço …………………………............... -
Tronco …………………………............... -
Membros Superiores …………………………............... -
Mãos …………………………............... -
Membros inferiores …………………………............... -
Pés …………………………............... -
Múltipla …………………………............... -
Sistémica …………………………............... -
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Bibliografia
www.detefp.pt
www.idict.gov.pt
www.europe.osha.eu.int
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Capítulo 2
1. Objectivos Específicos
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2. Contexto histórico
2.1. Introdução
Em meados do século XVIII desencadeou-se na Inglaterra uma série de inventos que vieram
transformar por completo o modo de produção Industrial, acabando por modificar toda a
estrutura social. A indústria passou a ser a actividade económica fundamental. Esta
transformação, sendo em grande parte tecnológica, imprimiu uma fonte dinâmica à
sociedade inglesa, fenómeno que rapidamente se propagou por todo o mundo civilizado.
Em 1769, J. Watt constrói e instala a primeira máquina a vapor, aplicando-a pouco depois a
fins industriais (1775).
Com esta invenção (utilização de vapor nas máquinas), iniciaram-se grandes transformações
nas oficinas, que vieram a converter-se em fábricas.
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Claire-Eliane Engel, ao referir-se à transição do século XVIII para o século XIX, faz ressaltar
a total ausência de legislação social. Ela menciona que:
“As fábricas empregavam uma vasta população de mulheres e crianças, mal pagas,
trabalhando demasiado tempo, nas piores condições físicas e morais”.
Vivia-se, assim, em plena Revolução industrial, que entraria numa nova fase (2ª) a partir de
1860.
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voluntariamente, pelos pastores protestantes e juízes locais. Outras leis, dispersas, foram
aos poucos elaboradas à medida que os problemas se iam agravando.
Taylor e os seus seguidores verificaram que a eficiência não dependia somente do método
de trabalho e do incentivo salarial, mas também do bem-estar físico do trabalhador, pelo que
seria necessário estabelecer regras que diminuíssem a fadiga.
Nas primeiras décadas desse século surgiu nos Estados Unidos a Teoria das Relações
Humanas, desenvolvida pelo sociólogo Elton Mayo.
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O ano de 1992 foi declarado pela Comunidade Europeia “Ano Europeu da Segurança,
Higiene e Saúde no local de trabalho”.
Em 1994 foi instituída a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, a fim de
promover a melhoria, nomeadamente, das condições de trabalho, para proteger a segurança
e a saúde dos trabalhadores. Tem a sua sede em Bilbau (http://agency.osha.eu.int) e em
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cada país tem um ponto focal, estando o português situado no IDICT, em Lisboa
(http://europe.osha.eu.int/index.php?lang=pt).
A Semana Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho tem sido a actividade anual
mais importante da Agência Europeia.
Em Portugal, nos meados do século XIX, o espírito da dignificação do Homem, conquista das
revoluções liberais de então, e o desejo de liberdade no desenvolvimento das indústrias,
tiveram eco nas estruturas nacionais, que começaram a sentir as convulsões do mundo
preocupado com problemas económicos, sociais, políticos e religiosos, mas ainda sem um
movimento organizado.
A 6 de Junho de 1895 surge a primeira lei específica sobre higiene e segurança do trabalho
que incidia sobre o sector da construção civil.
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Após a aprovação deste diploma legal, têm sido transpostas para o direito interno português
um conjunto de Directivas Comunitárias relacionadas com a Segurança, Higiene e Saúde do
Trabalho.
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O perigo, enquanto potencial de dano inerente aos componentes de trabalho, deve ser
objecto de análise sistemática tendo em vista a sua detecção e eliminação.
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Esta primeira atitude preventiva deve ter lugar não só na fase de laboração, mas também na
fase de concepção e projecto. Ora, toda esta acção só é possível num quadro de
competências de gestão desenvolvidas e de integração da prevenção nos momentos
decisivos do projecto e do planeamento.
O risco resulta de um perigo não eliminado que vai persistir na situação de trabalho,
contando com a interacção de um ou vários trabalhadores. Avaliar os riscos significa
desenvolver todo um processo que visa obter dos riscos o conhecimento necessário à
definição de uma estratégia preventiva (origem do risco, natureza do risco, consequência do
risco, trabalhadores expostos ao risco, etc.).
Este princípio é também um princípio de gestão, porque desloca a prevenção dos riscos em
si para o nível dos seus factores, visando conferir à prevenção a qualidade de eficácia e
estado na origem do conceito de prevenção integrada. Ou seja, o risco deve ser,
preferencialmente, combatido no plano dos factores de trabalho que lhe dão origem, como
forma de o seu controlo atingir a máxima eficácia possível.
Este princípio visa potenciar também o conceito de prevenção integrada, indicando que todos
os factores do trabalho devem ser, tanto quanto possível, concebidos e organizados em
função das características das pessoas que o executam (concepção e organização produtiva
dos locais e postos de trabalho, das ferramentas e equipamentos, dos métodos e processos
de trabalho, dos ritmos de trabalho e tempos de trabalho, etc.).
Este princípio manda atender à permanente evolução tecnológica, de que decorrem novos
riscos, mas também novas soluções preventivas integradas nos componentes de trabalho
(máquinas mais seguras, produtos não tóxicos, etc.) e novos métodos mais eficazes para
avaliar e controlar riscos.
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3.1.6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
Aplica-se aqui o que já se referiu no ponto anterior, ou seja, a evolução tecnológica resolve
algumas situações de perigo (eliminando-o ou reduzindo-o), devendo isso mesmo ser
potenciado na melhoria dos factores de trabalho. Este princípio estabelece, implicitamente,
como linha de conduta o princípio da melhoria contínua neste processo, ou seja, deve ser
conhecida toda a fonte de perigo existente na empresa e permanentemente processar-se a
procura de melhores soluções, na medida do possível.
Este princípio faz a transposição da prevenção para a protecção. Esta última só deverá ter
lugar quando a prevenção estiver esgotada e não tiver produzido resultados suficientes de
controlo do risco.
Este princípio assume uma natureza especial, na medida em que tais abordagens devem
estar presentes na aplicação de qualquer um dos outros princípios. Com efeito, a formação e
a informação constituem, a partir da Directiva-Quadro, a abordagem preventiva central, na
medida em que dela depende o desenvolvimento de competências para a participação
generalizada de todos os trabalhadores na prevenção. Por isso, considera-se que tais
abordagens assumem a natureza de medidas activas de prevenção.
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Os trabalhadores não podem ser prejudicados por causa dos procedimentos adoptados na
situação referida no último ponto do número anterior, nomeadamente em virtude de, em caso
de perigo grave e iminente que não possa ser evitado, se afastarem do seu posto de trabalho
ou de uma área perigosa, ou tomarem outras medidas para a sua própria segurança ou a de
terceiros.
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4.1. Modalidades
• serviços internos
• serviços inter-empresas
• serviços externos
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O acordo que institui estes serviços deve ser celebrado por escrito e aprovado pelo ISHST –
Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.
Esta modalidade não tem, entre nós, tradição significativa, evidenciando um problema por
vezes difícil de ultrapassar ao nível da indefinição do centro de responsabilidade do seu
sistema de gestão (qual das empresas é a responsável?).
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• Resultados das avaliações dos riscos relativas aos grupos de trabalhadores a eles
expostos;
• Lista de acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por incapacidade
para o trabalho;
• Relatórios sobre acidentes de trabalho que tenham ocasionado ausência por
incapacidade para o trabalho superior a três dias;
• Lista das situações de baixa por doença e do número de dias de ausência ao
trabalho, a ser remetida pelo serviço de pessoal, e, no caso de doenças
profissionais, a respectiva identificação;
• Lista das medidas propostas ou recomendações formuladas pelos serviços de
segurança e saúde no trabalho.
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As observações clínicas relativas aos exames de saúde são anotadas na ficha clínica do
trabalhador. Esta está sujeita ao segredo profissional, só podendo ser facultada às
autoridades de saúde e aos médicos da IGT.
Face ao resultado do exame, o médico do trabalho deve preencher uma ficha de aptidão e
remeter uma cópia ao responsável dos recursos humanos da empresa.
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O relatório, cujo modelo foi aprovado pela Portaria n.º 1184/2002, de 29 de Agosto, pode ser
entregue por meio informático, nomeadamente em suporte digital ou por correio electrónico,
ou em suporte de papel. A entrega por meio informático é obrigatória para as entidades
patronais com mais de 10 trabalhadores.
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Bibliografia
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Capítulo 3
1. Objectivos Específicos
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D
e acordo com a legislação em vigor, constitui obrigação do empregador dar
prioridade à protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual.
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As redes são elementos que devem impedir Exemplo de aplicação de protecções colectivas
contra quedas em altura.
ou limitar com segurança a queda de
pessoas ou objectos, fazendo parte de um
conjunto com suportes, ancoragens e acessórios, necessitando de dimensionamento prévio.
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As redes tipo ténis, para protecção contra quedas por aberturas em pisos ou paredes, devem
ser colocadas cobrindo uma altura mínima de 1,00 m a partir do piso, fixadas a suportes de
resistência adequada.
As redes tipo forca, também conhecidas por redes tipo pescante, distinguem-se por estarem
suspensas de estruturas constituídas por suportes metálicos com consola de tipo forca.
A consola da estrutura de suporte situa-se acima do plano de queda e na parte inferior deve
haver um espaço livre para permitir o alongamento da rede resultante do impacto do corpo.
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3.2. Guarda-Corpos
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Sempre que exista risco de queda de materiais ou ferramentas a partir do plano de trabalho,
deve prevenir-se esse risco com a instalação de um rodapé, assente naquele plano e com
altura não inferior a 0,15 m, solidamente fixado aos montantes do guarda-corpos.
Dos dois elementos horizontais referidos anteriormente, o mais elevado deve ficar com a
parte superior situada à altura mínima de 1,00 m acima do plano de trabalho, e o outro com a
parte superior à altura mínima de 0,45 m.
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O resguardo deve formar com a horizontal um ângulo de cerca de 45º e atingir a altura
mínima de 0,90 m acima do plano do pavimento de trabalho, podendo incorporar painéis de
rede se não houver que precaver a queda de materiais ou objectos de dimensão inferior à
malha de rede.
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A entivação deve ser definida e calculada para suportar os impulsos do terreno tendo em
conta eventuais sobrecargas de construções, depósitos de quaisquer materiais,
equipamentos de trabalho e circulação de veículos em vias próximas, com as inerentes
vibrações.
Painéis de entivação.
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Sempre que os limites físicos da obra confinem com uma via pública, a obra deve ser dotada
de um sistema de protecção dos utentes da via contra os efeitos da queda de quaisquer
produtos, materiais, ferramentas ou outros objectos.
Se a via pública confinante com a obra tiver trânsito automóvel e a funcionalidade do passeio
for prejudicada por ocupação parcial ou total pelo estaleiro, deve ser executado um corredor
de passagem de peões, com uma largura útil mínima de 0,90 m, dotado de um sistema que
estabeleça uma separação com a faixa de rodagem. Se a edificação confinante com a via
pública tiver altura superior a 3,00 m ou ocorrer qualquer outra situação que prefigure o risco
de queda de materiais ou de objectos, o corredor de passagem de peões deve ser coberto.
Ao implantar a vedação de modo correcto deve ter-se o cuidado de não deixar chapas
salientes, pontas de ferro ou qualquer outro material pontiagudo que possa vir a constituir
elemento agressivo para terceiros.
Todas as vedações metálicas deverão ser ligadas à terra de modo que não sejam, em
nenhum caso, significativas as diferenças de potencial entre a chapa metálica e a terra.
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Capítulo 4
1. Objectivos Específicos
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Os EPI devem, na medida do possível, ser reservados a uso pessoal, embora a natureza do
equipamento ou as circunstâncias locais possam determinar a sua utilização sucessiva por
vários trabalhadores e por fornecedores e visitantes do estaleiro, casos em que devem ser
tomadas medidas apropriadas para que tal utilização não cause qualquer problema de saúde
ou de higiene aos diferentes utilizadores.
Todo o equipamento de protecção individual deve estar conforme com as normas aplicáveis
à sua concepção e fabrico em matéria de segurança e saúde, ser adequado aos riscos a
prevenir e às condições existentes no local de trabalho, atender às exigências ergonómicas e
de saúde do trabalhador e ser adequado ao seu utilizador.
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3. Protecção da cabeça
P
ara resguardar o crânio de agressões, os trabalhadores devem usar capacete de
protecção adequado aos riscos a que estiverem sujeitos, nomeadamente os devidos
a choques resultantes da queda de objectos ou do impacto da cabeça contra um
obstáculo, ou ainda os devidos a factores agressivos tais com ácidos, electricidade e
projecções incandescentes.
Estes EPI devem, por isso, ter capacidade de absorção de choque, evitando quaisquer
lesões na cabeça, bem como terem características adequadas de conforto (peso, ventilação,
estanquidade e isolamento térmico).
O capacete é composto, essencialmente, por uma calote e um arnês, e deve poder ser
equipado com um francalete.
Calote – Parte visível do capacete, é concebida para resistir aos choques exteriores e é o
que dá a forma geral ao capacete. Pode ser fabricada em liga de alumínio, plásticos
termoendurecíveis ou termoplásticos. A calote pode ter formas diferentes, consoante as
condições de trabalho e os riscos existentes.
Francalete – É uma correia regulável que passa sob o queixo e impede o capacete de cair.
O francalete é obrigatório em todos os trabalhos em altura.
Para utilização nos trabalhos correntes de estaleiro, os capacetes mais usuais são os
termoplásticos. Quanto à cor, deve ser dada preferência a cores claras para maior
reflexão dos raios solares e conforto térmico no verão.
Deve salientar-se ainda que as variações climatéricas e a utilização e
acondicionamento incorrectos (luz e calor) provocam o envelhecimento dos
materiais, isto é, a alteração das características físicas e mecânicas dos capacetes.
O capacete é geralmente concebido de modo a que a energia desenvolvida no
momento do impacto seja absorvida pela destruição ou deterioração parcial da calote
e do arnês; mesmo que tais deteriorações não sejam logo evidentes, é
recomendável substituir um capacete que tenha sido submetido a um esforço
provocado por um impacto importante.
Lavar regularmente o capacete de qualquer sujidade é uma regra a seguir, pois esta
pode camuflar defeitos ou deformações. A limpeza, desinfecção ou manutenção do
capacete devem ser feitas unicamente com água e sabão.
Não devem ser aplicadas pinturas, solventes, adesivos ou etiquetas autocolantes
que não sejam expressamente recomendadas pelo fabricante do capacete.
O prazo de validade recomendado pelo fabricante deve ser respeitado.
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É dos trabalhadores, devido ao ruído gerado por uma infinidade de máquinas e outros
equipamentos e aos longos períodos de permanência.
Uma contínua exposição ao ruído pode, ano após ano, diminuir a capacidade auditiva dos
trabalhadores.
Protectores de esponja flexível – são colocados, do mesmo modo, no canal auditivo. São
de tamanho único, pois a espuma expande-se, adaptando-se a todos os ouvidos. Possuem
formato cónico e ajustam-se confortavelmente ao canal auditivo. São leves, fáceis de usar e
podem ser utilizados com outros equipamentos de protecção.
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s olhos são órgãos muito sensíveis do corpo humano e, como tal, susceptíveis a
Óculos de protecção
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Os óculos são compostos por uma armação e duas lentes. Alguns modelos, contudo,
possuem apenas uma única lente panorâmica.
• Armações
Consoante os trabalhos a realizar e, por isso, consoante os riscos de que é preciso
protecção, as armações podem ser de tipos diferentes:
óculos simples (clássicos);
óculos simples com protecções laterais;
óculos de soldador de visor simples e de visor duplo.
• Lentes
As características exigidas para as lentes são as seguintes:
boa transparência e grande campo de visão;
neutralidade óptica;
indeformabilidade;
resistência ao fogo;
resistência aos choques;
resistência à abrasão;
ausência de pedaços cortantes em caso de rotura;
insensibilidade à condensação.
5.1.2. Viseira
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As viseiras são mantidas no local adequado sobre a cabeça por meio de uma coifa regulável
ou presas a um capacete de protecção.
Máscaras de soldador.
As máscaras podem ser seguras à mão ou ser presas à cabeça por meio de uma correia ou
de um capacete de protecção. Esta última opção, que deixa livres ambas as mãos, é
indispensável, sobretudo, para trabalhos de soldadura pelo método TIG, com metal de
adição.
É importante escolher máscaras que respeitem as normas europeias, visto que, nesse caso,
a resistência mecânica e a estanquidade do equipamento às radiações estarão asseguradas.
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Como recomendações gerais para utilização e manutenção das protecções dos olhos e da
face – além do objectivo fundamental de serem eficazes na protecção dos utentes quanto
aos riscos que podem surgir no local – salientam-se as seguintes:
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D
eve-se evitar que os trabalhadores estejam sujeitos à poluição do ar no seu
ambiente de trabalho, que pode ocorrer devido quer à manipulação ou existência
de produtos poluentes, quer à impossibilidade de colocação em obra de sistemas
de aspiração na fonte poluidora, que suprimam ou limitem ao máximo a emissão de
poluentes, quer ainda à ausência de ventilação adequada dos locais de trabalho.
Os agentes poluidores atmosféricos podem ser do tipo aerossol ou do tipo gasoso, assim
caracterizados:
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do tipo filtrante, tendo por função purificar, por filtração, o ar inalado pelo utilizador,
podendo-se distinguir os anti-aerossóis, os anti-gases e os mistos;
do tipo isolante, tendo por função isolar as vias respiratórias do utilizador da
atmosfera ambiente insalubre e fornecer-lhe ar puro, diferenciando-se os mesmos
em não autónomos e autónomos.
Os filtros anti-aerossóis são marcados com uma faixa branca e contêm a referência S, L ou
SL, conforme se destinem a filtrar aerossóis sólidos, líquidos ou ambos.
A opção por determinado tipo de equipamento deve ser efectuada após uma análise
completa das condições de utilização.
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s ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na
O braço e o antebraço estão geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo,
contudo, de subestimar a sua protecção.
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Existe uma grande variedade de luvas de protecção quanto aos materiais de que são
fabricadas. Estes materiais dependem do agente agressor e são, fundamentalmente, os
seguintes:
couro – tem boa resistência mecânica e razoável resistência térmica; pode ser
utilizado em trabalhos com exposição a calor radiante, desde que impregnados com
uma película reflectora, que permite a respiração cutânea em virtude da sua
porosidade;
tecidos – são utilizados em trabalhos secos, que não exijam grande resistência
térmica ou mecânica; dada a sua porosidade e flexibilidade, são geralmente
agradáveis para o utilizador, permitindo a realização de trabalhos que exijam
sensibilidade. Com determinados acabamentos é possível obter uma razoável
resistência térmica e mecânica;
borracha natural – é utilizável em trabalhos húmidos e em presença de ácidos ou
bases; é contra-indicada para óleos, gordura ou solventes e, por não ser porosa, no
caso de utilização demorada pode provocar irritação da pele. As luvas de protecção
contra a corrente eléctrica (alta tensão) são em borracha natural, tendo gravados o
nome da entidade testadora e a tensão de ensaio;
plásticos – são de vários tipos (PVC, neopreno, polietileno, etc.) e utilizados, em
geral, para substâncias como óleos, solventes, gorduras, etc.. Resistem aos líquidos,
gases e, em certos casos, a substâncias radioactivas, mas não podem ser utilizados
em trabalhos ao calor. Determinados tipos de luvas destes materiais são, também,
bastante flexíveis e resistentes ao corte;
malha de aço – é utilizada contra o risco de corte ou ferimentos graves nas mãos em
trabalhos com lâminas afiadas; a luva de malha metálica pode ser combinada com
uma luva de couro ou de tecido para maior comodidade de utilização.
riscos térmicos;
riscos de corte por impacto;
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riscos mecânicos;
riscos por frio;
riscos de electricidade estática;
riscos de radiações ionizantes e/ou contaminação radioactiva;
riscos químicos;
riscos de contaminação bacteriológica.
Como meio de protecção da pele das mãos contra a acção agressiva de certos produtos
químicos, pode ainda utilizar-se cremes protectores.
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9. Protecção do corpo
Como regra geral, o vestuário de protecção deve ser usado apenas no local de trabalho, para
evitar contaminação de outros locais.
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É de encaixe fácil e pode ser usado numa perna ou nas duas, dependendo a escolha do tipo
de trabalho a realizar.
Além disso, permite aumentar a capacidade de trabalho, devido ao seu design concebido
para qualquer pessoa que desenvolva uma actividade em posição ajoelhada ou sentada.
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Bibliografia
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Capítulo 5
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
A que fazem perigar a sua saúde e a sua integridade física, correndo todo um
conjunto de riscos específicos nos locais de trabalho.
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3.1. Definições
A sinalização de segurança tem como objectivo chamar a atenção, de uma forma rápida e
inteligível, para objectos e situações susceptíveis de provocar determinados perigos. A
eficácia da sinalização de segurança depende em particular da informação completa e
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permanentemente renovada que for dispensada a todas as pessoas que dela possam tirar
proveito.
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As cores utilizadas na sinalização de segurança são: vermelho, amarelo, azul e verde. O seu
significado e aplicação encontram-se representados no quadro 1.
Material e equipamento de
Identificação e localização.
combate a incêndios
Comportamento ou acção
específico. Obrigação de
Azul Sinal de obrigação
utilizar equipamento de
protecção individual.
Os sinais de proibição têm forma circular, margem e faixa diagonal vermelhas, fundo branco
e símbolo preto.
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Os sinais de aviso têm forma triangular, margem preta, fundo amarelo e símbolo preto.
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Via/saída de emergência:
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O sinal de obstáculos e locais perigosos tem forma rectangular e faixas amarelas e negras
ou, como alternativa, vermelhas e brancas.
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Os sinais gestuais devem ser emitidos por um sinaleiro e compreendem os seguintes tipos:
2. Movimentos Gestuais
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3. Movimentos Horizontais
4. Perigo
Deve utilizar-se um sinal luminoso intermitente, em vez de um sinal luminoso contínuo, para
indicar um maior grau de perigo ou de emergência.
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Antes do início dos trabalhos, toda a zona e seus acessos deverão ser bem sinalizados e as
zonas de intervenção propriamente ditas deverão ser vedadas a pessoas estranhas à obra.
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Quando a zona em referência abrange várias vias públicas, o corte do trânsito e passagem
de pessoas deverá ser criteriosamente selectivo, de modo a minimizar os incómodos e a
salvaguardar as condições de segurança.
Os arruamentos deverão ser afectados alternadamente, de modo a não criar zonas de rotura,
e deverão ser previamente criadas passagens alternativas com sinalização e protecção
adequadas.
O trânsito de equipamentos da, e para a, zona de trabalhos deverá ser sinalizado, bem como
a sua entrada e saída na frente de obra.
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A sinalização durante a execução de trabalhos deve ser permanente, de modo a alertar para
os perigos inerentes às situações criadas e realizadas de acordo com as normas de
sinalização temporária do I.E.P., entidade supervisora e responsável pelo sector da
sinalização.
sinais verticais;
marcas rodoviárias;
sinais luminosos;
dispositivos complementares.
Os sinais e marcas utilizados em sinalização temporária têm o mesmo significado e valor que
os sinais e marcas correspondentes previstos nos capítulos II a IV do Regulamento de
Sinalização do Trânsito, ainda que apresentem cor ou dimensões diferentes.
Os sinais verticais devem ser colocados de forma a garantir boas condições de legibilidade
das mensagens neles contidas e a acautelar a normal circulação e segurança dos utentes
das vias. Deverão ser colocados do lado direito ou por cima da via, no sentido do trânsito a
que respeitam, e orientados pela forma mais conveniente ao seu pronto reconhecimento
pelos utentes.
Os suportes dos sinais devem ser resistentes, com secção circular, permitindo a fixação do
sinal em perfeitas condições de estabilidade.
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Os materiais utilizados na construção dos sinais devem ser retro-reflectores e não devem
causar encandeamento nem diminuir a visibilidade dos símbolos ou das inscrições.
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Nos casos em que a regulação do tráfego for efectuada por meio de sinalização luminosa,
esta deve ser feita nos termos no disposto no art.º 69.º do referido Regulamento de
Sinalização do Trânsito.
Raquetas de sinalização
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Cones
Cones.
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Pórticos
Exemplos de pórticos.
3.4.5. Outras situações
No que diz respeito à sinalização temporária, uma atitude preventiva no trajecto para um
estaleiro, consiste na pintura de muros a reforçar a sinalização já existente, como podemos
verificar nas figuras a seguir.
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Bibliografia
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Capítulo 6
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
Demolição.
Os acidentes que ocorrem nas demolições em geral resultam de não ter prevalecido em
determinado instante esse domínio e não se ter sabido controlar a massa de construção a
demolir. Por isso, este trabalho requer um grupo de trabalhadores atento, prudente e
disciplinado, que observe as determinações do responsável, encarregado de escolher o
método de demolição mais de acordo com a natureza da construção a demolir.
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3. Plano de demolição
ntes de se efectuar uma demolição, deve ser elaborado um plano que estabeleça
O mesmo técnico terá também de avaliar a resistência e a estabilidade de cada uma das
partes da construção (em especial dos pavimentos), a fim de poder prever o tipo de plano de
demolição a adoptar, sem pôr em risco a segurança dos trabalhadores e as construções
vizinhas. Por vezes, uma construção antiga oculta pormenores com importância durante uma
demolição. A existência de elementos construtivos sustidos através de um equilíbrio feito por
contrapesos, cujo desconhecimento pode dar à demolição uma ordem de derrubamento
errada, pode levar ao desmoronamento prematuro de algumas partes do edifício. As vigas de
madeira apodrecidas nas extremidades podem já não exercer grande parte da sua função
resistente (que, entretanto, foi transferida para paredes, ou outros elementos da estrutura);
contudo, se partirmos do princípio que mantêm intacta essa resistência, podem cometer-se
graves erros no plano de ataque ao edifício.
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Em geral, nas grandes demolições, emprega-se mais que um método de demolição, quando
não todos. É normal que algumas partes da construção sejam demolidas pelo método
manual, utilizando-se métodos mecânicos, ou até mesmo explosivos, para a base.
A decisão sobre o(s) processo(s) a empregar deve pois basear-se num conjunto de factores
que têm que ver com as características da construção a demolir, as construções e o meio
que a rodeiam, a vontade ou não de recuperar o máximo possível dos materiais demolidos, o
tempo disponível para a execução do trabalho, etc.. Só a ponderação de todos estes factores
conduzirá à decisão final, que muitas vezes não é a desejável, mas a mais viável.
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4. A execução da demolição
A trabalhos definido por fases e por medidas a tomar, tendo em vista assegurar a
estabilidade dos diversos elementos durante a demolição.
as instalações de energia eléctrica, gás, água, telefones, etc., foram cortadas e que
eventuais reservatórios de água foram esvaziados;
as linhas aéreas de energia eléctrica ou telefones existentes nas imediações da
demolição se encontram sinalizadas e protegidas, de acordo com as indicações das
respectivas entidades exploradoras e no caso de estas acharem que as
circunstâncias o aconselham;
a área da demolição está sinalizada e vedada;
eventuais zonas perigosas para lá da vedação estão protegidas com barreiras.
Em geral, estes pontos sensíveis são cornijas, caleiras, sacadas, varandas, abóbadas, arcos,
etc.. Este escoramento deve efectuar-se da base da construção para cima, e não ao
contrário, e deve utilizar-se a menor quantidade de madeira possível (dado o seu carácter
efémero). As construções vizinhas também devem ser escoradas, no caso de a estabilidade
ficar comprometida.
Sempre que os trabalhadores tiverem de actuar em locais que apresentem riscos de queda,
esses locais devem dispor de protecções colectivas, como guarda-corpos, palas de
protecção etc., ou, tratando-se de aberturas nos pavimentos, estrados de protecção.
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Plataforma de protecção.
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O acesso aos diversos pontos do edifício em demolição deve ser realizado com o maior
cuidado, evitando-se percorrer traves, tectos falsos ou quaisquer elementos de resistência
duvidosa.
Quando for necessário retirar as telhas, folhas de zinco ou placas de fibrocimento de uma
cobertura, há que tomar precauções especiais. Em virtude de serem materiais frágeis, não
devem nunca servir de apoio ao trabalhador. A progressão deve fazer-se ao longo da
cumeeira e desta para a base do telhado, utilizando-se uma escada de apoio. O material da
cobertura deve ser retirado progressivamente e de ambos os lados, de modo a evitar
desequilíbrios.
Trabalhar-se apoiado directamente numa parede estreita (< 0,35 m) pode ser muito perigoso
se a altura ultrapassar os 6 m. A utilização de um arnês de segurança e de um dispositivo
anti-queda (conhecido por JRG) preso a um ou vários elementos da construção que ofereça
boa resistência é uma boa opção preventiva.
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Quanto ao acetileno, os cuidados a verificar com as garrafas são idênticos aos referidos para
o oxigénio; no entanto, devem ser vigiadas todas as eventualidades de fuga, porque a
mistura de acetileno com o ar é explosiva.
Torna-se fundamental a colocação das garrafas em locais onde não possam ser atingidas
(por impactos, fontes de calor, etc.) e as tubagens deverão ser constantemente verificadas.
A demolição mecânica é sempre mais rápida do que os processos manuais. Exige muito
menos mão-de-obra, mas a recuperação dos materiais demolidos é sempre menor. Pode
efectuar-se utilizando vários métodos:
por tracção;
por compressão;
por tesoura hidráulica;
com bola;
com a ajuda de gruas.
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É importante que não haja ninguém na zona passível de ser atingido pela chicotada do cabo
sob tracção, no caso de ruptura deste. Pelas mesmas razões, não deve permitir-se que os
trabalhadores passem por cima de um cabo tenso.
Nos ângulos agressivos da construção deve proteger-se o cabo com pedaços de madeira,
para evitar que ele “serre” a construção a demolir.
A demolição por tracção faz-se por partes isoladas do edifício, até à demolição total.
A demolição por compressão faz-se com pás mecânicas, tractores ou bulldozers que
arremetem de encontro à construção empurrando-a ou fazendo-a desmoronar-se à custa de
pancadas fortes.
Este processo tem como limite o alcance do braço da máquina, isto é, a altura da construção
não deve ser maior do que o comprimento do braço da máquina medido na sua projecção
horizontal. Uma altura superior levaria a que os materiais caíssem em sentido contrário,
atingindo a máquina durante a queda.
L≥H
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Este tipo de demolição exige ainda outras regras de segurança, nomeadamente que:
Nos últimos anos foram desenvolvidos alguns acessórios específicos para aplicação em
escavadoras de rastos ou de rodas, adequados para trabalhos de demolições em altura ou
reciclagem dos materiais das estruturas em demolições. Um dos equipamentos é a tesoura
hidráulica, que oferece capacidades para cortar ou triturar diferentes tipos de materiais em
várias condições de trabalho.
Esta tesoura hidráulica apresenta seis tipos de mandíbulas, de acordo com o tipo de trabalho
a demolir ou reciclar: corte de ferro, corte de betão, corte misto de betão e estruturas
metálicas, corte de silos metálicos e trituração de betão. Os diferentes tipos de mandíbulas
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podem ser mudados na obra, pois, devido ao sistema de engate rápido, esta mudança é
realizada facilmente.
É de notar ainda que, neste tipo de demolições, não deve ser utilizada uma grua-torre, uma
vez que o seu braço é permanentemente horizontal e o movimento pendular a dar à esfera
pode comprometer a estabilidade.
Este método, mesmo quando executado com gruas apropriadas, restringe sempre a
actuação do manobrador e conduz a desmoronamentos imprevisíveis, só devendo empregar-
se quando não há construções vizinhas susceptíveis de serem atingidas. Por outro lado, dá
origem a uma difícil desobstrução de entulho, uma vez que os desmoronamentos não
obedecem a nenhuma ordem precisa e misturam todos os materiais.
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As gruas podem ter um papel importante numa demolição, devendo, contudo, limitar-se ao
levantamento e à deslocação das partes já demolidas, uma vez que a sua estabilidade é
incompatível com os esforços de tracção, compressão e pendulares que são pedidos às
máquinas durante uma demolição.
Façamos ainda uma referência ao caso especial das alvenarias muito compactas, ou de
grandes peças de betão, onde se pode utilizar um quebra-rochas hidráulico ou pneumático
montado na extremidade do braço de uma pá ou escavadora mecânica, como mostra a
figura a seguir.
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A demolição por expansão consiste em fazer rebentar as alvenarias e os betões pela criação
de uma fonte de energia súbita e violenta.
Uma variante deste rebentador é o “roc-jack”, que acciona dois pistões de um cilindro com
uma bomba a óleo.
A darda é outro exemplo deste tipo de rebentador, como se ilustra na figura abaixo.
Darda.
Estes rebentadores têm a vantagem de poderem ser utilizados em qualquer lugar, sem ruído,
vibrações, poeiras, nem projecção violenta de materiais.
O rebentador carbónico consiste em um cilindro introduzido num orifício, mas este cheio de
gás carbónico liquefeito e com uma das extremidades fechada por uma membrana de aço.
Na outra extremidade há uma cápsula que, ao ser aquecida, provoca a expansão violenta do
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gás dentro do tubo, a ruptura da membrana de aço e a fragmentação dos materiais onde o
cilindro foi colocado.
4.2.3.4. Explosivos
Nas obras de demolição, o seu emprego é reservado aos casos em que a situação permita
recorrer a eles sem pôr em risco construções vizinhas ou pessoas.
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O detonador é um elemento que permite detonar explosivos. Pode ser simples, também
conhecido por fulminante ou eléctrico.
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A dinamite é o explosivo mais utilizado nas demolições, sendo constituído principalmente por
nitroglicerina.
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O fundamentalmente, com:
queda de pessoas;
desmoronamento descontrolado e queda de materiais;
utilização do material de demolição;
transporte de cargas.
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Durante o carregamento de um camião com produtos de uma demolição, deve ser interdita a
aproximação de pessoas alheias ao trabalho; a carga deve ser devidamente acondicionada
e, quando ultrapassar o contorno exterior do veículo, convenientemente amarrada.
As botas com palmilha e biqueira de aço (que impedem a perfuração e o esmagamento dos
pés), as luvas de protecção (que diminuem os riscos de picadas, cortes, esfoladelas das
mãos), o arnês de segurança (que evita as quedas em altura), as máscaras para poeiras
(que protegem as vias respiratórias das poeiras libertadas aquando da demolição) e o
capacete rígido (que protege a cabeça contra as quedas de objectos e choques) são
exemplos de equipamentos indispensáveis para a execução de uma demolição em
segurança.
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Capítulo 7
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
frequência com que hoje em dia se realizam escavações leva, muitas vezes, a que
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Em época de chuvas, é boa técnica proteger o talude desmatado com plástico, executar uma
vala de crista de talude, de modo a encaminhar as águas, e acompanhar a construção dos
elementos de obra implantados no talude com a execução de elementos de sustimento em
betão pobre (muro de espera, revestimento superficial do talude na totalidade ou em parte).
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Redes metálicas.
De notar que qualquer sobrecarga na crista do talude desmatado pode ajudar ou provocar
mesmo o deslizamento.
Pelo exposto, é de concluir que o trabalho de desmatação é um trabalho que deve merecer
atenção por parte dos responsáveis pela segurança da empreitada, especialmente quando
nas zonas vizinhas do talude existem elementos que importa a todo o custo salvaguardar,
tais como edificações, postes eléctricos ou de telefones, vias de comunicação (rodoviárias ou
ferroviárias), etc.
Como já foi referido, é de notar que um factor importante para a ocorrência de deslizamentos
de terras é a infiltração de águas (pluviais ou não). Daí que seja importante salvaguardar a
não ocorrência de novos caminhos preferenciais de circulação de águas, executados
inadvertidamente durante a desmatação ou escavação do talude.
Na sequência das escavações realizadas, os taludes devem ser protegidos de acordo com
as suas inclinações, a estabilidade do terreno, o tempo que permanecerão sujeitos à erosão
e as cargas ou movimentos existentes na proximidade da sua crista. Todas estas variáveis
estão directamente interligadas com a consistência do terreno do talude.
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É essencial o estudo da natureza do solo a escavar. Este será o ponto de partida na escolha
do processo de escavação, assim como do tipo de entivação a utilizar.
A maior ou menor dificuldade que um solo apresenta em ser escavado está directamente
relacionada com a coesão do mesmo. A coesão de um solo pode ser definida como a
propriedade que ele tem em resistir a um esforço de corte, e varia em função da água
existente entre os grãos que formam o solo e que, por capilaridade, criam forças de tracção
entre essas partículas. Esta coesão capilar necessita que haja no solo simultaneamente
água e ar. Por isso, nos dois casos limites (solo totalmente impregnado de água ou solo
completamente seco), a coesão tende a desaparecer.
Deste facto também resulta que a coesão de um solo não é característica permanente e
pode variar consoante o respectivo grau de humidade.
grande consistência;
consistência média;
pouca consistência;
sem consistência.
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Consideram-se solos de grande consistência os formados por rocha e argila dura que
apresentam forte resistência à escavação, o que obriga à utilização de processos mecânicos.
Os solos de pouca consistência são os que apresentam uma coesão precária, geralmente
devido a uma percentagem de areia relativamente elevada. Quando secam, costumam
degradar-se até à pendente natural.
Os solos sem consistência não têm coesão e admitem escavação à pá. Neste caso estão os
solos de areia e os saturados de água.
A dificuldade que um solo apresenta em ser escavado está, como se disse, directamente
ligada à sua coesão, o que equivale a dizer que um solo é tanto mais instável quanto
mais fácil for a sua escavação.
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O comportamento dos terrenos face à acção desencadeada pela infiltração de águas pluviais
não pode ser ignorado. Deve-se drenar todas as águas existentes na zona da escavação, de
forma a evitar a sua acção como agente desestabilizador.
Ao nível da intervenção técnica, existem várias soluções que devem ser implementadas em
conformidade com a natureza dos trabalhos e a eficácia face ao risco.
4.2.1. Entivação
Nas valas e poços de fundações, o sustimento faz-se normalmente com entivação (metálica
ou de madeira), de modo a que as aberturas resistam aos impulsos produzidos pelo terreno
e circulação vizinhos. Naturalmente, dependendo do tipo de terreno encontrado, estas
entivações serão contínuas (entivação cerrada ou cega) ou descontínuas. Deverão ser
sempre suficientemente resistentes e convenientemente apertadas contra o terreno por meio
de cunhas e escoras.
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Quando o terreno tiver uma coesão média e não for atravessado por canalizações, a
entivação pode ser feita depois de haver um comprimento suficiente de vala aberta. Quando
estas condições se verificam, há que deixar livre o espaço necessário para a escavação
mecânica ou, no caso de ser escavação manual, o trabalho da entivação não perturbar os
movimentos do trabalhador que abre a trincheira. Por isso, um bom processo de execução
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será o que prevê uma "zona de escavação" livre de qualquer impedimento e uma outra "zona
de entivação em curso" que sucede à "zona já entivada" e se mantém suficientemente
afastada do trabalho de escavação, de forma a possibilitar à máquina movimentos
compatíveis com o alcance do seu braço.
A entivação também poderá fazer-se a partir de painéis já executados. A sua altura deve
ultrapassar ligeiramente a profundidade da escavação.
Deste modo, utilizam-se caixas rígidas metálicas (aço macio, ligas leves ou alumínio),
geralmente fabricadas com diversas dimensões predefinidas.
Não deve esquecer-se também que as características do solo podem ter sido alteradas pelas
condições atmosféricas durante o trabalho.
4.2.2. Ancoragem
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4.2.3. Gunitagem
Pelo estudo dos acidentes que ocorrem em escavações, verifica-se que a sua gravidade é
maior nas escavações mais estreitas, onde os desmoronamentos colmatam mais a trincheira
aberta.
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As escavações devem ser contornadas por rodapés que impeçam a queda de materiais
existentes na superfície sobre os operários que se encontrem no interior. Aquando da
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colocação dos painéis de entivação, estes deverão ficar de fora da escavação cerca de 0,15
m, como podemos observar na figura a seguir.
Deve ser mantido um espaço livre de aproximadamente 0,60 m entre o bordo superior da
vala e os materiais ou produtos da escavação. Os impulsos do terreno aumentam com as
sobrecargas.
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Para atingir o fundo das escavações, devem utilizar-se escadas de acesso distanciadas entre
si, no máximo, 15 m, e garantir que estas ultrapassam o bordo superior da vala, no mínimo,
em 1 m.
Utilização de escadas.
Para que o atravessamento das valas seja realizado em segurança, torna-se necessário
instalar passadiços, que poderão ser de madeira ou metálicos.
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Quando se proceder à abertura de valas, estas devem ser abertas por troços tão curtos
quanto seja compatível com um bom rendimento dos trabalhos e pelo menor tempo possível,
para irem sendo tapadas com a compactação adequada.
Se no fundo da vala surgir água, esta deve ser bombeada; por outro lado, devem existir
bombas de reserva para que, em caso de avaria, se possa substituir de imediato.
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Bibliografia
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Capítulo 8
1. Objectivos Específicos
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Esta situação deve-se ao facto de grande parte dos intervenientes no processo construtivo
ignorarem ou menosprezarem as regras de segurança a implementar para evitar riscos de
queda em altura.
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Para a utilização do prumo representado na figura do lado direito, torna-se necessário prever
um negativo da laje, de modo a fazer-se um encaixe perfeito após a betonagem. A previsão
do negativo constitui a chamada “segurança integrada” (obtida directamente de soluções
construtivas).
Outro tipo de protecção colectiva é constituído pelas redes de protecção. Estas podem evitar
ou limitar as quedas de pessoas ou de materiais.
As figuras acima são exemplos de utilização de redes de protecção contra quedas em altura.
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Todos os vãos e aberturas na fachada devem estar limitados por guarda-corpos e rodapés. A
utilização de tábuas em diagonal e de escoras na horizontal não é recomendável, dada a sua
deficiente protecção.
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Uma solução interessante e eficaz é a colocação de abobadilhas nas lajes, com as aberturas
à vista, para posteriormente serem quebradas, a fim de dar passagem às tubagens; temos,
deste modo, mais um exemplo de “segurança integrada”.
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A caixa de escadas é geralmente uma zona pouco iluminada, com aberturas extremamente
perigosas (as chamadas bombas de escada). Deve-se, pois, dispor de iluminação eficaz e de
guarda-corpos com rodapé.
Apesar dos avanços tecnológicos verificados nos materiais de cobertura, torna-se necessário
utilizar sempre dispositivos de protecção adequados, dos quais se destacam as redes, as
plataformas de trabalho e os guarda-corpos e rodapés.
2.6.1. As redes
As redes são normalmente utilizadas para limitar possíveis quedas nos trabalhos em
coberturas de grandes dimensões (instalações industriais, grandes superfícies, etc.).
Colocam-se horizontalmente, de modo a abranger toda a superfície da cobertura a instalar,
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Nunca se deve andar directamente sobre as coberturas, mas utilizar escadas de telhador,
tábuas de rojo ou passadeiras previstas para esse efeito; evita-se, deste modo, a rotura de
materiais como fibrocimento, vidro e matérias plásticas.
Linhas de vida instaladas na parte superior das vigas pertencentes à estrutura da cobertura.
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Nos trabalhos em coberturas, a utilização de uma linha de vida é uma solução contra quedas
em altura. Esta pode ser constituída por um cabo de aço, fixo nas extremidades, onde se
prende o mosquetão do cabo de amarração pertencente ao arnês de segurança utilizado
pelo trabalhador.
Como alternativa ao aço, as linhas de vida também podem ser materializadas por uma ou
mais fitas de fibra (nylon).
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Os trabalhadores sujeitos ao risco de queda livre devem usar um arnês de segurança com
cabo de amarração e dispositivos de fixação, de modo a limitar uma possível queda.
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4.1. Andaimes
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As plataformas do andaime devem ser presas aos respectivos apoios de modo que não se
desloquem em condições normais de utilização.
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Plataforma de um andaime.
As partes do andaime que não estejam prontas a ser utilizadas, nomeadamente durante a
montagem, desmontagem ou reconversão do andaime, devem ser assinaladas, nos termos
da legislação aplicável, e convenientemente delimitadas, de modo a impedir o acesso à zona
de perigo.
O acesso aos diferentes pisos dos andaimes far-se-á por meio de escadas com
características regulamentares.
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Devem instalar-se guarda-corpos (compostos por duas barras, uma 0,45 metros e a outra 1
metro acima da plataforma) para impedir a queda de pessoas, e guarda-cabeças ou rodapés
(uma tábua com 0,15 metros de altura) para evitar a queda de materiais e ferramentas.
Não é permitida a utilização dos andaimes durante os temporais que comprometam a sua
estabilidade ou a segurança dos operários.
No que toca aos elementos que os constituem e à sua instalação, estes tipos de andaimes
devem satisfazer condições de segurança não inferiores às disposições gerais.
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Andaime metálico.
Andaime misto.
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Pelo facto de serem de fácil montagem, facilita-se bastante quando se trabalha com
andaimes móveis.
Antes de alguém subir a um andaime móvel, deve-se proceder ao travamento dos rodízios e,
se necessário, colocar estabilizadores. Neste tipo de andaimes, torna-se também
indispensável a colocação de guarda-corpos e rodapé.
Andaimes móveis.
Assiste-se com frequência à utilização de uma só prancha como plataforma de trabalho. Este
procedimento, para além de incorrecto, faz aumentar largamente a probabilidade de queda
dos trabalhadores.
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A movimentação deve ser lenta, sobre superfícies desimpedidas, sem pessoas nem
materiais na sua plataforma. Se a altura ultrapassar três vezes a largura da base, é
necessário alargar a superfície da base ou lastrar o andaime.
As plataformas de trabalho são locais onde existe o risco de queda em altura. Podemos
considerar dois tipos de plataformas: as fixas e as móveis.
Algumas das regras que se aplicam na utilização dos andaimes são comuns às plataformas
de trabalho.
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Nas plataformas móveis, o comando deverá ser único, para garantir uma horizontalidade
permanente, e terá obrigatoriamente trincos de segurança, nos sentidos ascendente e
descendente do movimento.
Os cabos, correntes e outras peças metálicas principais das plataformas e seus acessórios
deverão ser devidamente protegidos contra a oxidação.
4.3. Escadas
As escadas têm capital importância nos trabalhos em altura. Sem elas seria quase
impossível o acesso aos níveis mais elevados. Muitos acidentes graves continuam a
verificar-se devido à sua utilização incorrecta.
Nas obras de grande envergadura, utilizam-se escadas fixas apoiadas numa estrutura
metálica, que se desenvolvem numa série de lanços e patamares, ladeados por guarda-
corpos e rodapés.
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Outro tipo de escadas muito utilizado nos estaleiros são as de madeira, de configuração
clássica, que devem respeitar os seguintes valores limite:
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As escadas portáteis, ou de mão, são um tipo de escada que provoca um elevado índice de
acidentes de trabalho. Facilita-se muito na sua utilização e o improviso, muitas vezes, é fatal.
Para este tipo de equipamento existem regras que importa observar com rigor.
Devem ter uso restrito para acessos de carácter ocasional e apoio a serviços de pequena
envergadura e duração.
É recomendável o uso de escadas com comprimento até 7,00 m, largura útil entre os
montantes não inferior a 0,30 m, e degraus com espaçamento não superior a 0,30 m.
Para uma conveniente utilização, as escadas devem ser colocadas de forma a garantir a sua
estabilidade, formando um ângulo com a horizontal próximo dos 75º, com os montantes
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O deslizamento do apoio inferior das escadas deve ser impedido durante a sua utilização,
quer pela fixação da parte superior ou inferior dos montantes, pela utilização de um
dispositivo anti-derrapante ou ainda por qualquer outro meio de eficácia equivalente.
Nos trabalhos com escadas duplas, de abrir, o tensor entre os dois ramos deve estar
completamente estendido a fim de evitar qualquer afastamento acidental e consequente
instabilidade da escada.
A menos que sejam tomadas medidas de protecção e vigilância adequadas, não devem ser
utilizadas escadas portáteis:
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As escadas portáteis não devem ser utilizadas por mais que um trabalhador em simultâneo,
nunca se devendo mover uma escada com um trabalhador sobre a mesma.
As escadas devem ultrapassar o nível do local a que dão acesso em, pelo menos, um metro.
4.4. Pranchadas
As pranchadas devem ser construídas desligadas dos andaimes, deverão possuir travessas
destinadas a ligar as vigas ou pranchões de madeira, de modo a impedir o escorregamento,
e terão de satisfazer as seguintes condições: altura máxima - 9 m; inclinação máxima - 30 cm
por metro; e largura mínima - 60 cm.
Pranchada.
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4.5. Passadiços
Os passadiços aplicados em vãos até 2,50 m devem ser fixados eficazmente nas
extremidades e, a partir de 2 m, deverão ter guarda-corpos e/ou corrimão.
As tábuas de pé para vãos até 3 m deverão ser ligadas entre si por travessas pregadas na
parte inferior.
Passadiço.
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Bibliografia
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Capítulo 9
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
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EQUIPAMENTOS DE TRABALHO
PESADOS LIGEIROS
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Nos trabalhos em altura devem ser utilizados os meios técnicos apropriados na carga,
descarga e transporte dos materiais e equipamentos a empregar durante a execução dos
trabalhos.
A elevação das cargas deve efectuar-se verticalmente, com vista a evitar as oscilações no
decurso das operações. Todos os choques bruscos devem ser evitados e os movimentos do
equipamento de elevação (gruas, pórticos, etc.) devem ser suficientemente lentos,
principalmente os das peças de grandes dimensões, devido à inércia de que estão
animados.
No caso das gruas, estas devem ser montadas por pessoal especializado e deve exigir-se da
entidade instaladora um certificado de conformidade e exame de ensaio.
Um diagrama de cargas deverá estar afixado, de modo bem visível, contendo a capacidade
máxima de carga correspondente às diferentes distâncias.
Placa de cargas.
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SUBIR
Com o antebraço na vertical e o dedo indicador apontado para
cima, mover a mão num pequeno círculo horizontal.
BAIXAR
Com o braço estendido para baixo e o dedo indicador apontado
para baixo, mover a mão num pequeno círculo horizontal.
DESLOCAÇÃO DA PONTE
Com o antebraço estendido e a mão aberta e um pouco
elevada, fazer movimento de empurrar na direcção de
deslocamento.
PARAR
Braço estendido, palma da mão para baixo, manter a posição
rigidamente.
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PARAGEM DE EMERGÊNCIA
Braço estendido, palma da mão para baixo, mover a mão
rapidamente à direita e à esquerda.
VÁRIOS CARROS
Levantar um dedo para o gancho nº 1 e dois dedos para o gancho
nº 2. Fazer os sinais normais.
MOVER LENTAMENTE
Com uma mão faz o movimento; a outra fica parada.
PÓRTICO PARADO
O operador estende os braços com as palmas das mãos voltadas para
cima.
Uma das principais exigências com este tipo de equipamentos está relacionada com a
concepção e construção iniciais.
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Deve conhecer a fundo a máquina que conduz, assim como detectar o mínimo problema de
modo a manter o equipamento operacional. É responsável pelo livro de registos “histórico”,
onde se mencionam todas as manutenções periódicas, bem como as reparações efectuadas.
Tem de zelar pela própria segurança, a do equipamento e a dos outros que trabalham nas
imediações ou que por lá circulam. Para tal, deve ser conhecedor das regras de segurança a
implementar na execução das suas funções. Estas regras ou instruções de segurança
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Torna-se ainda necessário, para se obter uma boa visibilidade, providenciar-se a limpeza do
pára-brisas.
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Ao ligar as máquinas em locais fechados é importante abrir janelas ou portas existentes para
haver ventilação, pois os gases oriundos do escape são muito perigosos.
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MOVIMENTAR A MÁQUINA
Mover os punhos fechados em círculos verticais na direcção da rotação dos rastos ou
rodas.
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O livro de registos deverá ser actualizado após qualquer operação de manutenção e/ou
reparação. Se o manobrador detectar alguma anomalia no funcionamento normal da
máquina, esta deve ser parada de imediato e a ocorrência deverá ser comunicada ao
respectivo responsável.
Para além deste conjunto de regras de segurança, existem algumas que são específicas do
próprio equipamento.
As máquinas para trabalhar madeira têm uma grande importância nos trabalhos do dia-a-dia
num estaleiro. A dimensão do estaleiro poderá condicionar o emprego dos diversos
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Nos estaleiros temporários ou móveis, normalmente existe uma máquina universal (garlopa,
desengrossadeira, furadora), uma serra de fita e uma serra circular (de mesa), para além de
um conjunto de máquinas ligeiras. No entanto, em obras de grande dimensão, sobretudo
quando a duração o justifique, o número de equipamentos decerto aumentará.
Os riscos mais comuns na utilização deste tipo de máquinas são os cortes (decepamentos),
a projecção de partículas de madeira e a inalação de poeiras.
Protecção da garlopa.
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Apesar de existir uma grande diversidade de máquinas para trabalhar madeira, reunimos um
conjunto de regras que são comuns a este tipo de equipamentos.
Como vimos anteriormente, o trabalhador deve ter formação que o habilite a operar as
máquinas de uma forma correcta e segura. O operador destes equipamentos nunca deverá
usar vestuário solto ou largo, relógios, pulseiras, anéis e fios ao pescoço. Se tiver cabelos
compridos, torna-se necessário prendê-los. O pavimento em redor das máquinas deve ser
mantido limpo e desobstruído. A manutenção e limpeza dos equipamentos far-se-á sempre
com estes desligados da corrente eléctrica. É indispensável que as máquinas tenham ligação
à terra.
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5.1.2.1. Andaimes
Andaimes.
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5.1.2.2. Cofragens
A fim de evitar este tipo de acidente, é indispensável um bom escoramento, assim como a
colocação de esticadores para evitar a abertura dos painéis no momento da betonagem.
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Na sua grande maioria, este tipo de equipamento tem como fonte de energia a electricidade
e são fabricados com protecções. Subestimar a corrente eléctrica e retirar as protecções são
atitudes incorrectas que, infelizmente, resultam em inúmeros acidentes, alguns dos quais
com consequências graves.
As protecções foram concebidas para proteger os utilizadores, pelo que não devem ser
retiradas dos equipamentos. Torna-se perigoso efectuar-se alterações às máquinas à revelia
dos fabricantes. Estas alterações poderão ser a causa de acidentes pessoais.
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Quanto à qualidade, deverá ter-se em conta que frequentemente não são as ferramentas
mais baratas as que oferecem maior segurança. Ou seja, o pouco que se economiza na
aquisição poderá traduzir-se em custos acumulados, pois a ferramenta de inferior qualidade
desgasta-se mais rapidamente, representando também maior perigo de acidente.
Mas trabalhar com ferramentas de qualidade não garante, só por si, a segurança. Cada uma
das ferramentas foi concebida e fabricada para uma função específica e requer um modo
próprio de utilização. Desconhecer, deliberadamente ou não, estes requisitos, cedendo à
improvisação, é dar o flanco ao risco.
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Mas, antes de ser devidamente arrumada, a ferramenta deverá ser limpa de tintas, colas,
etc., devendo proceder-se à lubrificação dos seus elementos articulados; caso seja
necessário e possível, haverá que efectuar também a reparação das peças deterioradas ou
avariadas.
Por fim, sempre que as tarefas o exijam, deverão usar-se equipamentos de protecção
individual, nomeadamente luvas adequadas.
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Bibliografia
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Capítulo 10
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
Passados quase oito anos de vigência dessa normativa, entendeu-se que seria conveniente
aprofundar-se alguns aspectos que a referida transposição não havia tratado de forma
suficientemente explícita.
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4. Princípios de acção
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5. Âmbito de actuação
escavações;
terraplenagens;
construção, ampliação, alteração, reparação, restauro, conservação e limpeza de
edifícios;
montagem e desmontagem de elementos pré-fabricados;
montagem e desmontagem de andaimes;
montagem e desmontagem de gruas e outros aparelhos elevatórios;
demolições;
construção, manutenção, conservação e alteração de vias de comunicação
rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias, e suas infra-estruturas;
construção, manutenção, conservação e alteração de obras fluviais ou marítimas;
construção, manutenção, conservação e alteração de túneis e obras de arte;
construção, manutenção, conservação e alteração de barragens;
trabalhos especializados no domínio da água, tais como sistemas de irrigação, de
drenagem, de abastecimento de água e de águas residuais;
intervenções nas infra-estruturas de transportes e distribuição de electricidade, gás e
telecomunicações;
montagem e desmontagem de instalações técnicas e de equipamentos diversos;
isolamentos e impermeabilizações.
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Em projecto:
elaborar ou validar tecnicamente o PSS, quando este for elaborado por outra pessoa
designada pelo dono de obra;
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Em obra:
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Os coordenadores de segurança, quer em projecto, quer em obra, são nomeados pelo dono
da obra. Os coordenadores de segurança representam o dono da obra, em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho, devendo a sua intervenção contribuir para a
melhoria dos níveis de prevenção dos riscos profissionais reportados a cada tipo de
intervenção.
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7. Instrumentos de coordenação
A obrigação de elaborar a comunicação prévia verifica-se sempre que seja previsível que a
execução da obra envolva uma das seguintes situações:
A entidade executante deverá afixar no estaleiro, em local bem visível, uma cópia da
comunicação prévia e das suas actualizações.
O dono da obra tem a obrigação de iniciar, durante a fase de projecto, a elaboração desse
instrumento de prevenção, cabendo ao adjudicatário o seu desenvolvimento e especificação,
nomeadamente quanto à avaliação e hierarquização dos riscos e à implementação das
respectivas medidas de prevenção.
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Nos casos em que se não verifica nenhuma destas circunstâncias, mas os trabalhos
impliquem riscos especiais, é obrigatório um instrumento mais simplificado – Fichas de
procedimentos de segurança – que mais adiante abordaremos.
A IGT pode determinar a apresentação do PSS, quer ao dono de obra, quer à entidade
executante.
O regime do actual Decreto-Lei n.º 273/2003 procedeu a uma simplificação relativamente aos
instrumentos de planeamento da prevenção de riscos profissionais associados à realização
de determinados trabalhos. Esta simplificação pretende assegurar uma efectiva aplicação
prática dos princípios da directiva Estaleiros Temporários ou Móveis, sem contudo diminuir
os níveis de segurança a observar na realização dos trabalhos de construção.
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8.4. Empregador
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9.1. Implantação
Antes de se iniciar o estudo da implantação, deve ir-se ao local do futuro estaleiro recolher
informações; os elementos obtidos desta forma serão um auxiliar imprescindível para a
realização do referido estudo. Há informações importantes que interessa recolher neste
reconhecimento.
Abastecimento de água:
– se existe no local (ou a que distância) rede de distribuição de água e qual a pressão
disponível;
– se será necessário abrir poços ou fazer furos e qual a pureza da água.
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Telefones:
Entulhos e drenagens:
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Águas pluviais:
Desmatagem:
Mão-de-obra local:
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Materiais:
Obstáculos:
– se existe nos terrenos do estaleiro alguma linha de alta tensão, ou edifícios vizinhos que
possam interferir com o trabalho da grua.
Acessos:
Estas e outras informações permitem resolver uma série de dúvidas e partir para o estudo
mais pormenorizado da implantação do estaleiro.
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Na implantação de um estaleiro deve prever-se uma vedação que circunde toda ou a parte
necessária do terreno de construção; esta vedação deverá ter a altura e a “transparência”
necessárias para garantir a privacidade pretendida.
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Nos centros urbanos, há necessidade, por vezes, de ocupar passeios públicos ou parte de
arruamentos, pelo que se deverá obter as respectivas licenças de ocupação junto dos
organismos competentes.
Esta vedação, sobretudo em zonas de grande movimento de peões, deverá ser provida de
um corredor protegido superiormente; este orienta a circulação das pessoas e garante-lhes a
devida segurança contra o risco de queda de qualquer ferramenta ou material.
A cor das vedações deverá ser suficientemente contrastante com o meio ambiente, de modo
a, por si só, constituir aviso da existência de um obstáculo.
No que diz respeito aos portões, estes deverão ter uma largura suficiente, de modo a não
dificultarem ou impedirem a passagem de qualquer veículo (ter em atenção as viaturas com
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O tipo de sinalização a utilizar nos estaleiros é o que está previsto na Portaria n.º 1456-A/95.
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9.2.1. Acolhimento
Sessão de acolhimento.
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A água destinada aos usos descritos na alínea b) deverá satisfazer um critério mínimo de
pureza nos aspectos bacteriológico e químico, sendo necessário exigências de salubridade
rigorosas e utilizando-se, se for preciso, métodos de purificação da água.
O fornecimento deve ser assegurado de modo a que todos os sectores da obra sejam
abrangidos pelo traçado da rede.
As necessidades de energia eléctrica num estaleiro são evidentes e não nos podemos
esquecer de que é ela que permite a iluminação de todas as instalações do estaleiro
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a existência ou não de uma rede local de energia eléctrica (ou a que distância da
obra se situa);
a eventual necessidade de um posto de transformação;
a eventual necessidade de utilização de geradores;
a potência total a ser instalada;
a secção e comprimentos para os condutores, etc.
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Se não houver rede local de drenagem, terão de ser encontradas outras soluções para a
evacuação dos esgotos da obra, como, por exemplo, fossas sépticas, sistemas de drenagem
e depuração privativos, etc.
Rede de esgotos.
A drenagem das águas pluviais e das resultantes das lavagens de equipamentos e de outras
limpezas ou trabalhos deverá ficar assegurada sempre que o terreno não as consiga
absorver na totalidade.
9.2.5. Instalações
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Escritórios
Num grande estaleiro funcionarão nessas instalações os serviços técnicos (sala para a
direcção da obra, sala para encarregados, sala de reuniões, sala de planeamento e controlo,
sala de desenho, etc.) e os serviços administrativos (expediente, compras, serviço de
pessoal, etc.).
Num estaleiro de menor importância, alguns destes serviços, devido ao seu menor volume,
não justificam a reserva de áreas significativas para eles, pelo que as instalações para o
escritório serão de menores dimensões.
Escritório de um estaleiro.
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Junto do escritório deverá ser instalado um telefone de acesso permanente, junto do qual se
deverá afixar uma ficha de tipo semelhante à que se apresenta a seguir, devidamente
preenchida.
EM CASO DE ACIDENTE
IDENTIFICAÇÃO
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Quadro eléctrico
Instalações sociais
Sempre que possível, o estaleiro social deverá situar-se em local geograficamente distinto do
reservado ao estaleiro industrial.
Das instalações sociais podemos destacar os dormitórios, que se justificam, de entre vários
factores, pela localização das obras longe da residência habitual dos trabalhadores da
empresa, da ausência de transportes até às proximidades do estaleiro, da dificuldade de
recrutamento local de pessoal, etc.
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Dormitório de um estaleiro.
Estes dormitórios deverão situar-se, de preferência, numa zona onde possa existir o
necessário repouso, quer se descanse de dia ou de noite, e possuir instalações sanitárias
contíguas.
A instalação eléctrica deverá ser do tipo estanque, protegida com disjuntor de 30 mA.
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Deve-se optar, sempre que possível, por iluminação do tipo fluorescente, com lâmpadas
colocadas em armaduras estanques no tecto.
O pavimento das instalações sanitárias deverá possibilitar uma boa lavagem e drenagem das
águas e ser resistente aos produtos de desinfecção vulgarmente utilizados em instalações
colectivas.
As cabinas de duche deverão ter antecâmaras para a muda de roupa, equipadas com
cabides. Por sua vez, os duches serão dotados de água corrente, quente e fria, e de
dispositivos de mistura que permitam regular a temperatura da água.
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Sempre que a natureza, localização e duração das obras e o número de utentes que nelas
trabalham o justifique, haverá um refeitório, onde os diversos intervenientes possam tomar
as suas refeições. Este local deverá ser acolhedor, funcional e higiénico. À entrada haverá
lavatórios em número adequado, providos de sabão e toalhas descartáveis. A ventilação far-
se-á por janelas protegidas com redes mosquiteiras e as portas, suficientemente largas,
deverão abrir para o exterior. O pavimento deverá ser constituído por um material facilmente
lavável, que impeça infiltrações e seja resistente aos detergentes fortes. A iluminação, para
além da natural (por janelas), deverá ser eléctrica através de armaduras no tecto.
Refeitório de um estaleiro.
A cozinha, embora com entrada independente, deverá fazer parte do mesmo edifício onde
está instalado o refeitório, sendo separada deste por um balcão corrido que permita a melhor
distribuição das refeições. O revestimento das paredes com azulejo é uma medida eficaz e
proporciona uma limpeza fácil. Quanto ao pavimento, este deve ser sobretudo
antiderrapante, devendo ser assegurada uma boa drenagem das águas de lavagens. A
cozinha deve ser servida por água potável quente e fria.
Cozinha de um estaleiro.
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Quer no refeitório quer na cozinha, deverá haver extintores para uma eventualidade de
incêndio.
Os materiais a depositar no armazém não devem estar em contacto com o chão, mas sim
sobre paletes ou estrados de madeira. Um aspecto a ter em conta é a divisão dos materiais
por categorias e a organização do seu armazenamento de modo a que a sua remoção se
possa fazer sequencialmente e que fiquem corredores entre os diferentes materiais.
É boa regra fazer a arrumação dos materiais em prateleiras de tal modo que estes sejam
dispostos, em altura, na razão inversa do seu peso.
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Carpintaria de um estaleiro.
Actualmente, as máquinas estão equipadas de origem com protecções, pelo que retirar estas
protecções é um acto incorrecto e perigoso. Como protecção individual, principalmente ao
utilizar-se a serra circular, o operador deverá munir-se de óculos de protecção, dado que
este tipo de serras não possui protecção bastante contra projecções.
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Deverá existir junto de cada máquina um manual onde esteja reunida toda a informação
sobre o equipamento, nomeadamente procedimentos de trabalho, características técnicas,
manutenção, etc.
A área reservada ao parqueamento das cofragens já utilizadas e que irão ser beneficiadas
deverá ser separada da área destinada às madeiras novas.
Dado que a carpintaria é uma zona de risco de incêndio, não deve ser permitido fumar nem
foguear nestas instalações. Como prevenção, devem ser colocados extintores adequados
(pó químico tipo ABC) junto às zonas de saída ou em locais estrategicamente escolhidos.
Quanto ao estaleiro do ferro, este poderá ser constituído pelos seguintes sectores:
sector de corte;
sector de dobragem;
sector de armação;
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Junto do parque de armazenamento de ferro deverá ser instalada uma máquina para o corte
dos varões. Esta máquina deverá ser móvel, de modo a poder deslocar-se ao longo do
armazenamento de ferro, facilitando assim o trabalho e garantindo melhores rendimentos na
operação de corte.
Após o corte, os varões irão ser dobrados em bancadas (geralmente de madeira), de uma
forma manual, onde o armador de ferro utiliza a chave de dobrar, ou na máquina eléctrica,
que permite a dobragem simultânea de vários varões e, obviamente, melhores rendimentos
do que o processo manual. Esta máquina deverá estar equipada com um dispositivo de
paragem de emergência.
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As armaduras montadas irão ser concentradas num local para posteriormente serem
transportadas pela grua com destino aos locais definitivos de montagem.
Durante todo este “processo”, é importante definir-se uma zona para a colocação dos
desperdícios de ferro, manter limpa e arrumada toda a zona de laboração, em especial as
zonas envolventes das máquinas de cortar e dobrar, e montar um telheiro para resguardar os
trabalhadores e as máquinas dos agentes atmosféricos.
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Circulação
A circulação num estaleiro é muitas vezes descurada e é importante ter em atenção que,
pelos caminhos, circulam pessoas, máquinas e diversos veículos, transportando
frequentemente cargas de materiais pesadas, motivo pelo qual há necessidade de um estudo
cuidadoso sobre o traçado e revestimento destas vias de circulação.
Para não impedir a livre circulação no estaleiro, devem ser criados lugares para
estacionamento de viaturas.
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Os meios de detecção e combate a incêndios devem ser definidos em função das dimensões
e do tipo de utilização dos locais de trabalho, das características físicas e químicas dos
materiais e das substâncias neles existentes, bem como do número máximo de pessoas que
possam encontrar-se no local.
Para além dos locais onde já foi referenciada a colocação de meios de combate a incêndio,
também junto dos postos de abastecimento de gás às diferentes instalações do estaleiro
deve ser providenciada a sua colocação.
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Equipamentos fixos
A grua deverá alcançar a maior área possível de um estaleiro, de modo a poder movimentar
a maior parte dos materiais e colocá-los nos diversos sectores da obra onde serão
necessários. Para tal, importa definir genericamente as características da grua que melhor se
adapte à obra, nomeadamente no que diz respeito ao alcance da lança, à altura da torre, ao
diagrama de carga e ao comprimento do caminho de rolamento.
É de grande importância a verificação, para que não seja possível qualquer colisão com
estruturas já existentes, principalmente edifícios, linhas eléctricas aéreas, outras gruas
implantadas ou a implantar, etc.
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O caminho de rolamento ou, na falta deste, as massas metálicas da grua devem ser ligadas
a uma “terra independente” e com pouca resistividade.
Deverá existir uma lista de verificações e esta deve ser mantida actualizada e arquivada
junto dos documentos da grua, de modo a garantir a revisão periódica dos elementos mais
sensíveis do equipamento, tais como cabos, roldanas, freios e electrofreios, cremalheira,
etc., independentemente das revisões realizadas por pessoal especializado.
O diagrama de cargas deverá estar obrigatoriamente afixado, assim como, a cada 10 metros
de lança, as placas indicativas da carga máxima admitida nesse alcance.
O manobrador da grua deverá estar habilitado para a função e possuir características físicas
e psicológicas exigidas para o trabalho a desempenhar, sujeitando-se a exames médicos
periódicos que avaliem as capacidades necessárias para o desempenho da função.
A central de betão deverá ficar localizada o mais perto possível do centro da construção, de
modo a reduzir-se ao mínimo os tempos gastos no transporte de betão e a consequente
circulação de viaturas. Deverá também ficar ao alcance da grua.
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Avisos
Deverá existir no estaleiro um quadro para avisos, localizado na zona destinada aos
escritórios ou instalações sociais, onde se poderão afixar avisos de importância para os
diversos intervenientes na obra: cartazes contendo mensagens de segurança, quadro com
os números de telefone de emergência e outros, são exemplos de informação a afixar.
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H
á um conjunto de medidas gerais de segurança que têm aplicação na generalidade
dos estaleiros. Dessas medidas salientamos as que dizem respeito às quedas de
objectos, quedas em altura e utilização de equipamentos e ferramentas já
anteriormente abordadas.
Os trabalhadores devem dispor de protecção colectiva contra queda de objectos ou, se isso
não for tecnicamente possível, ter o acesso interdito às zonas perigosas. Torna-se
necessário empilhar ou dispor os materiais e os equipamentos de forma a evitar a sua
queda.
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Capítulo 11
1. Objectivos Específicos
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2.1. Introdução
Com efeito, a par da segurança social, surgiram e evoluíram em diversos países acções
tendentes a prevenir danos nas pessoas, decorrentes de actividades laborais. A prevenção
de acidentes de trabalho surge, enfim, como um imperativo de consciência face à
eventualidade de danos físicos, psíquicos e morais para a vítima, que perderia a sua
capacidade de ganho e a possibilidade de desfrutar de uma vida activa normal.
De entre as várias formas que, na contratação colectiva, assume o tratamento desta matéria,
cumpre realçar a imposição ao empregador do encargo de emitir um regulamento de higiene
e segurança, com a particularização dos postos de trabalho considerados perigosos e das
medidas de segurança a adoptar.
Para o trabalho render, têm de se acatar as regras que a higiene e segurança impõem ao
ambiente onde ele se realiza. O trabalho deve ser executado nas melhores condições
possíveis, para se conseguir dos trabalhadores o rendimento máximo com o mínimo de
desgaste físico e psíquico. Por isso se exige um desenvolvido estudo de cada ambiente, que
procure corrigir os seus defeitos e impeça os trabalhadores de desempenharem as suas
tarefas em meios insalubres, onde os riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais
são maiores. Um ambiente salubre não prejudica a saúde. Depende de várias condições,
umas de ordem geral, que se aplicam a todos os locais de trabalho, outras de ordem
especial, que se aplicam a ambientes de trabalho com riscos específicos.
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A disposição das diferentes secções das instalações é outro elemento a considerar, sendo
fundamental separá-las de acordo com o tipo de riscos ligados à actividade a desenvolver.
A superfície e o pé direito da oficina devem ser tais que cada trabalhador disponha de um
mínimo de 11,5 m3 em volume de ar. Este volume de ar, que cabe a cada um dos
trabalhadores, chama-se cubagem.
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Quanto à ventilação, pode ser natural, artificial ou mista. A natural faz-se através de
aberturas, como janelas ou portas. Não é, no entanto, a melhor ventilação, pois pode
ocasionar perigosas correntes de ar e não renova completamente o ar do ambiente de
trabalho. A ventilação mais perfeita é a artificial, obtida com aparelhos especiais que
conseguem a renovação permanente do ar e a diminuição da concentração dos
contaminantes que nele existam.
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3. Agentes químicos
Estado Sólido:
Estado Líquido:
Estado Gasoso:
Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições-padrão (25 ºC, 760 mm Hg) se
encontram no estado sólido ou no estado líquido.
Poeiras
Poeiras Inertes
Não produzem alterações fisiológicas significativas, embora possam ficar retidas nos
pulmões. Somente apresentam problemas em concentrações muito elevadas.
(Por exemplo, alguns carbonos, celulose, caulino.)
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Gases e Vapores
Irritantes
Têm uma acção química ou corrosiva, produzindo inflamação dos tecidos com os quais
entram em contacto. Actuam principalmente sobre os tecidos de revestimento e epiteliais,
como a pele, mucosas das vias respiratórias e olhos.
Os irritantes muito solúveis são absorvidos pelos primeiros tecidos epiteliais que encontram,
ou seja, quando penetram pela via respiratória, são essencialmente absorvidos ao nível do
nariz e da garganta (por exemplo, o amoníaco). Os irritantes de solubilidade moderada
actuam em todas as partes do sistema respiratório (por exemplo, o cloro e o ozono).
Asfixiantes
Podem ser classificados em simples e químicos.
Simples – sem interferir nas funções do organismo, podem provocar asfixia por
impedirem a concentração de oxigénio no ar.
(Por exemplo, azoto, hidrogénio, acetileno.)
Químicos – interferem no processo de absorção de oxigénio no sangue ou nos
tecidos.
(Por exemplo, monóxido de carbono, cianetos.)
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Narcóticos
Apresentam uma acção depressiva sobre o sistema nervoso central, produzindo efeito
anestésico, após terem sido absorvidos pelo sangue (por exemplo, éter etílico, acetona).
Tóxicos
Os vapores orgânicos são produtos tóxicos sistémicos e, tal como as poeiras anteriormente
referidas, podem causar lesões em vários órgãos, tais como o fígado e os rins. É o caso dos
hidrocarbonetos halogenados (por exemplo, tetracloreto de carbono, tricloroetileno,
clorofórmio).
Factores intrínsecos: idade, sexo, código genético, susceptibilidade – não afectam a dose.
Inerte – composto ou substância que, apesar de poder ser tóxico, só produz efeitos nefastos
para a saúde em doses elevadas.
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Elementos químicos e seus compostos, no seu estado natural ou obtidos por qualquer
processo de produção, contendo qualquer aditivo necessário para preservar a estabilidade
do produto ou qualquer impureza derivada do processo de produção.
o ponto de fusão;
o ponto de ebulição;
a temperatura de auto-inflamação;
o grau de volatilidade;
o limite de explosividade;
a resistência ao choque;
a influência da luz;
a solubilidade dos solventes a utilizar;
a viscosidade;
a densidade.
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Média ponderada VLE-MP – valor limite expresso em concentração média diária, para um dia
de trabalho de 8 h e uma semana de 40 h, ponderada em função do tempo de exposição.
Concentração máxima VLE-CM – valor limite expresso por uma concentração que nunca
deve ser excedida simultaneamente.
Nota: Para as substâncias cujo valor limite é expresso por uma média diária ponderada,
as flutuações de concentração acima da média não devem exceder 3 vezes o VLE-MP em
mais de 30 min, no total, por dia de trabalho, e nunca deve exceder 5 vezes o VLE-MP.
NP 1796/98
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ANEXOS - NP 1796/98
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4. Ruído
4.1. Introdução
As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte até ao ouvido, tanto directamente, pelo ar,
como indirectamente, por condução nos materiais – estruturas sólidas, paredes, pavimentos
e tectos – que funcionam como fontes secundárias. Quando o ruído atinge determinados
níveis, o aparelho auditivo apresenta fadiga que, embora inicialmente seja susceptível de
recuperação, pode, em casos de exposição prolongada a ruído intenso, transformar-se em
surdez permanente devido a lesões irreversíveis do ouvido interno.
4.2. O Som
Qualquer fonte sonora emite uma determinada potência acústica, característica e de valor
fixo, relacionada com a saída da mesma. As vibrações sonoras originadas pela fonte têm, no
entanto, valores variáveis dependentes de factores externos, tais como distância e
orientação do receptor, variações de temperatura, tipo de local, etc. Quando, num espaço de
ar, a pressão do gás é perturbada por acções mecânicas, ocorrem rapidamente oscilações
de pressão que, à semelhança das perturbações mecânicas na água, se espalham sob
forma de ondas. Enquanto estas oscilações de pressão se movem em determinada faixa de
frequência e intensidade, podem ser percebidas pelo ouvido humano como som. A medida
das oscilações de pressão corresponde à pressão sonora. A intensidade de uma sensação
sonora é determinada pela pressão sonora. O número de oscilações da pressão por segundo
– expresso em Hertz (Hz) – determina a frequência de um som; dela depende a altura do
som subjectivo que percebemos. A maioria dos sons compõe-se de um grande número de
ondas sonoras com diversas frequências. Se as frequências altas predominam, percebemos
o som como alto; por outro lado, se tivermos frequência baixas, teremos a percepção de um
som grave.
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A utilização de protecção individual, para fazer face ao ruído justifica-se quando não é
possível a implementação de medidas de protecção colectiva, ainda que possa ser usada
complementarmente.
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Auriculares Auscultadores
Vantagens
• leves, pequenos; • de fácil uso e adaptação, fáceis de
• facilmente usados com outros colocar e retirar;
equipamentos de protecção da • tendência para um melhor
cabeça, vias respiratórias, olhos e ajustamento em períodos de tempos
rostos; longos;
• mais frescos e confortáveis; • melhor atenuação de altas
• melhor atenuação de baixas frequências.
frequências.
Desvantagens
o podem ser deslocados da colocação o quentes;
ideal pela conversação ou mastigação; o adaptação rígida à cabeça;
o adaptação inicial mais difícil; o dificuldade de uso com outros
o necessitam de cuidados especiais de equipamentos de protecção,
uso e limpeza; nomeadamente capacetes e óculos,
o não podem ser usados quando o canal ou viseiras;
do ouvido externo está inflamado; o desconfortáveis quando usados
o tamanho tem de ser individualizado. durante períodos de tempo longos.
Existem várias razões pelas quais se procede à medição do ruído, sendo as mais frequentes:
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Sonómetro.
Existe uma grande variedade de sonómetros, desde os que dão apenas valores aproximados
de níveis sonoros, passando pelos equipados com filtros de ponderação (A, B, C, D),
respostas a impulsos, etc., até sonómetros que indicam o nível sonoro contínuo equivalente.
O sonómetro pode ser acoplado a um analisador de frequências (filtro de oitavas ou de
terços de oitavas), se se pretender efectuar uma determinação do espectro de ruído.
Quase todos os aparelhos apresentam várias constantes de tempo, sendo as mais utilizadas
as seguintes:
Por sua vez, o dosímetro é um equipamento de uso pessoal que permite medir a dose de
ruído a que um trabalhador está exposto durante um determinado período de trabalho.
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Dosímetro.
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Segundo Lehmann, podem considerar-se 4 zonas de efeitos do ruído, de acordo com o valor
da intensidade do mesmo.
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5. Vibrações
5.1 Introdução
A resposta do corpo humano às vibrações externas depende da sua postura (de pé, sentado
ou deitado) e do ponto de aplicação das forças vibratórias.
Uma das partes mais importantes do sistema é o sistema tórax-abdómen, que apresenta um
efeito particular de ressonância na gama de 3 a 6 Hz e torna muito difícil um isolamento das
vibrações que afectam um indivíduo de pé ou sentado.
Conceito de Vibração:
“Movimento oscilatório em torno de um ponto de equilíbrio”
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5.4 Intensidade
Grandezas físicas:
Dois pontos de aplicação das vibrações têm um papel importante para a ergonomia: os pés
ou o assento (em veículos) e as mãos (na utilização de ferramentas vibratórias ou
máquinas). De importância é também a direcção das oscilações, onde a direcção vertical
(pés-cabeça) ou talvez a direcção mão-braço sejam as mais frequentes.
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Cada sistema tem uma frequência própria. Quanto mais próximo a frequência excitadora
chega à frequência própria do sistema excitado, maior será a amplitude da oscilação forçada.
Com isso, a amplitude da oscilação forçada pode vir a ser maior que a oscilação excitadora;
esta manifestação designa-se ressonância.
De maneira inversa, em cada sistema as oscilações também podem ser freadas, o que se
designa por amortecimento. Assim, por exemplo, as oscilações verticais das pernas são
significativamente amortecidas ao estar de pé.
náuseas e vómitos (baixas frequências <1 Hz) responsáveis pelo “mal dos
transportes”;
Alterações osteoarticulares ou esqueléticas (baixas frequências 30 Hz).
São as mais divulgadas como manifestação da doença das vibrações e são devidas a
alterações do metabolismo dos ossos e das cartilagens, manifestando-se por dor e
impotência funcional ao nível das articulações atingidas.
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As vibrações parecem accionar reflexos musculares que têm claramente uma função de
defesa. Eles aparecem em cada vibração e encurtam a musculatura distendida pelas
oscilações. Segundo Hettinger, os reflexos devem, após um prolongado trabalho com o
martelo pneumático – por crescente cansaço – diminuir ou desaparecer. A capacidade de
reflexo da musculatura explica o muitas vezes observado aumento do consumo de energia,
da frequência cardíaca e da respiração na exposição a fortes vibrações. Estes efeitos da
vibração sobre o metabolismo, a circulação e a respiração são de pequena intensidade e têm
pouca importância.
O efeito adverso das vibrações sobre a visão é de maior importância, já que o desempenho
de manobradores de tractores, camiões, máquinas de construção e outras máquinas diminui,
aumentando assim o risco de acidentes. As vibrações, por um lado, reduzem a visão
enquanto, por outro lado, fazem a imagem ficar tremida.
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5.12. Queixas
A repetição diária das exposições a vibrações no local de trabalho pode levar a modificações
doentias das partes do corpo atingidas. O tipo de doença é diferente para as duas partes do
corpo mais sujeitas às vibrações: as oscilações verticais, que penetram no corpo que está
sentado ou de pé sobre bases vibratórias (veículos), levam sobretudo a manifestações de
desgaste na coluna vertebral, enquanto as oscilações de ferramentas motorizadas
produzem, na maior parte das vezes, modificações doentias nas mãos e braços.
Em diferentes países foram observados aumentos de danos nos discos vertebrais e artroses
na coluna em manobradores de tractores. Além disso, queixas de estômago e intestino estão
acima da média, e uma notável predisposição para doenças da próstata e hemorróides foi
observada.
Em três estudos em série, com espaço de 5 anos cada, com os mesmos manobradores de
tractores, encontrou-se um aumento de situações radiológicas desfavoráveis da coluna. Com
isto foi possível estabelecer um aumento de achados patológicos na coluna vertebral em
relação ao tempo anual de condução dos tractores. O frequente aparecimento de doenças da
coluna vertebral de trabalhadores que estão expostos a altas oscilações verticais dá origem à
suposição de que fortes e prolongadas vibrações provocam um excessivo desgaste dos
discos intervertebrais e das articulações. Isto, no entanto, fica ainda no terreno das
hipóteses, já que não foi comprovada categoricamente a relação causal.
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6. Ambiente térmico
6.1. Introdução
Em certos ambientes térmicos, a igualdade dos fluxos de calor pode realizar-se de forma
agradável e não gravosa para o homem, normalmente designado por ambiente neutro ou
confortável. Fora desse ambiente neutro, o organismo poderá continuar a assegurar a
homeotermia, mas ao preço de certas reacções fisiológicas vegetativas ou comportamentos
destinados a ajustar o equilíbrio térmico. As alterações fisiológicas que daí resultam tornam
estas situações inconfortáveis, ainda que toleráveis, pois que a homeotermia está
assegurada. Quanto mais o ambiente térmico se afasta da zona de neutralidade, mais as
alterações fisiológicas se acentuam até atingirem o seu nível máximo.
No organismo humano, mesmo quando este se encontra em repouso, gera-se calor como
resultado da degradação da energia necessária para manter as funções vegetativas, tais
como a respiração, a circulação, etc.. Este calor designa-se por metabolismo basal e define-
se como a quantidade mínima de calor produzida pelo indivíduo em repouso físico e
intelectual a uma temperatura ambiente de 20 ºC, alguns instantes após o despertar matinal.
Quer em repouso, quer no trabalho, a energia em questão é conseguida por uma oxidação
(combustão), controlada pelas enzimas, dos hidratos de carbono, gorduras e proteínas, a
qual origina dióxido de carbono, azoto e vapor de água. O fluxo de calor produzido (reacção
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6.3. Temperatura
Sensação de calor/frio…
A temperatura da nossa pele sofre uma descida a uma taxa superior a 0,24 ºC/min.
Os sensores de frio detectam a descida e emitem um sinal de alarme para o
hipotálamo.
O hipotálamo toma conhecimento da situação e reage em conformidade (de acordo
com a intensidade do sinal de alarme).
A temperatura da nossa pele sofre um aumento a uma taxa superior a 0,06 ºC/min.
Os sensores de calor detectam a subida e emitem um sinal de alarme para o
hipotálamo.
O hipotálamo toma conhecimento da situação e reage em conformidade (de acordo
com a intensidade do sinal de alarme.
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Como se mede?
A unidade prática – clo – corresponde ao isolamento térmico de um conjunto de
vestuário igual a 0,155 K.m2 / W.
Onde M representa o calor gerado pelo metabolismo, C é o calor trocado por condução e
convecção, R o calor trocado por radiação, e E o calor perdido pela evaporação.
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7. Agentes biológicos
Trabalhos de risco:
De acordo com as definições do Decreto-lei n.º 84/97, de 16 de Abril, que transpõe para o
direito interno as definições de microrganismo e de agente biológico da Directiva
90/679/CEE, do Concelho de 26 de Novembro, relativa à protecção dos trabalhadores contra
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O homem, como qualquer ser vivo, está permanentemente a interagir com o meio ambiente.
Nesta interacção, os seres vivos utilizam mecanismos de regulação interna para se
defenderem das variações físico-químicas externas e dos agentes biológicos agressores,
minimizando assim os efeitos internos dessas mesmas variações e agressões. A esta
procura constante de manutenção do equilíbrio interno – homeostasia – está associado um
conjunto de mecanismos de defesa desse equilíbrio. Assim, a resistência natural a agentes
biológicos consoante a espécie do hospedeiro, com o factor racial e, finalmente, com o factor
individual. Por esta razão encontramos agentes biológicos capazes de infectar diferentes
animais, ao mesmo tempo que podem ser inofensivos para o homem.
Para além da resistência natural aos agentes biológicos, o homem apresenta mecanismos de
defesa inespecíficos – imunidade inata – e mecanismos de defesa específicos – imunidade
adquirida – que lhe permitem combater o agente biológico agressor actuando,
respectivamente, como primeira e segunda linha de defesa. A primeira linha de defesa é
genérica para qualquer tipo de agente biológico.
A pele cobre todo o corpo humano, como extensa barreira mecânica à penetração de
qualquer microrganismo; por outro lado, o pH ácido (3 a 5) e a contínua descamação da pele
evitam boas condições para a instalação dos microrganismos nela. Um ferimento na pele
constitui uma ruptura nesta barreira, permitindo que microrganismos aí se instalem e se
desenvolvam criando uma infecção.
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A avaliação dos riscos deve ter em conta todas as informações disponíveis, nomeadamente:
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A avaliação dos riscos deve ser repetida periodicamente, ainda mais se houver alteração das
condições de trabalho susceptível de afectar a exposição dos trabalhadores a agentes
biológicos.
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Bibliografia
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Capítulo 12
1. Objectivos Específicos
Noções de Ergonomia
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2. Noções de ergonomia
Ergonomia pode ser definida como o estudo da relação entre o homem e a sua
A Ergonomia surge, pela primeira vez, logo após a II Guerra Mundial, como consequência do
trabalho interdisciplinar de diversos profissionais, como engenheiros, fisiologistas e
psicólogos, que foram mobilizados durante a guerra.
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Para levar a cabo o seu objectivo, a Ergonomia estuda diversos aspectos referentes ao
comportamento humano no trabalho, bem como outros factores considerados importantes
para a concepção de sistemas do trabalho, que são:
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Na segunda reunião desse mesmo grupo, ocorrida a 16 de Fevereiro de 1950, foi proposto o
neologismo Ergonomia, formado dos termos gregos Ergo, que significa trabalho e Nomos,
que significa regras, Ieis naturais.
Este termo já tinha sido anteriormente usado pelo polaco Woitej Yastembowsky (1857) que
publicou um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis
objectivas da ciência sobre a natureza” mas foi só a partir da fundação, no início da década
de 50, da Ergonomics Research Society, em Inglaterra, que a Ergonomia se expandiu no
mundo industrializado.
O termo Ergonomia foi adoptado nos principais países europeus, onde se veio a formar a
Associação Internacional da Ergonomia, que realizou o seu primeiro congresso em 1961, na
cidade de Estocolmo. Nos Estados Unidos foi criada a Human Factors Society, em 1957,
sendo ainda hoje usual neste país a aplicação do termo human factors (factores humanos),
embora ergonomia seja aceite como sinónimo.
Se o nascimento oficial da Ergonomia pode ser definido com precisão, o período da sua
gestação foi muito longo. Começou, provavelmente, por intermédio do primeiro homem pré-
histórico que escolheu uma pedra do formato que melhor se adaptava à forma e movimentos
do sua mão, para usá-la como arma. A preocupação de adaptar os objectos artificiais e o
ambiente natural ao homem sempre esteve presente, desde os tempos da produção
artesanal não mecanizada.
Entretanto, a revolução industrial, ocorrida a partir do Século XVIII, tornou mais dramático
esse problema. As primeiras fábricas que surgiram não tinham qualquer semelhança com
uma fábrica moderna. Eram sujas, barulhentas, perigosas e escuras, com os períodos de
trabalho a atingir as 16 horas diárias, sem férias, em regime de semi-escravidão, imposto por
empresários autoritários.
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Taylor defendia que o trabalho deveria ser cientificamente observado, de modo que, para
cada tarefa, fosse estabelecido o método mais correcto para executá-la, com um tempo
determinado, usando as ferramentas correctas. Deste modo, haveria uma divisão de
responsabilidades entre os trabalhadores e a gerência da fábrica, cabendo a esta última
determinar os métodos e os tempos mais correctos, de modo a que o trabalhador pudesse
concentrar-se unicamente na sua tarefa produtiva. Os trabalhadores eram controlados,
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Análise dos postos de trabalho – A análise dos postos de trabalho é o estudo de uma parte
do sistema onde actua um trabalhador. A abordagem ergonómica ao nível do posto de
trabalho efectua a análise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador, bem como
das suas exigências físicas e psicológicas. Considerando um posto simples, onde o homem
opera apenas uma máquina, a análise deve partir do estudo da interface homem-máquina,
ou seja, das interacções que ocorrem entre o homem, a máquina e o ambiente de trabalho,
as quais devem formar um conjunto harmónico (ver Figura abaixo).
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Ergonomia de Concepção
Ergonomia de Correcção
Muitas vezes, a solução adoptada não é totalmente satisfatória, porque a solução ideal
exigiria custos excessivamente elevados, como, por exemplo, na substituição de máquinas
inadequadas. Em alguns casos, as melhorias, como mudanças de posturas, colocação de
dispositivos de segurança e aumento da iluminação, podem ser efectuadas com relativa
facilidade, enquanto em outros casos, como a redução da carga mental ou de ruídos, estas
alterações são de execução mais difícil.
Ergonomia de Consciencialização
Muitas vezes, os problemas ergonómicos não são completamente solucionados, nem na fase
de concepção nem na fase de correcção. Além do mais, novos problemas poderão surgir a
qualquer momento, devido ao desgaste natural das máquinas e equipamentos, a
modificações introduzidas pelos serviços de manutenção, à alteração dos produtos e da
programação da produção, à introdução de novos equipamentos de transporte, entre outros
factores. Assim, podemos afirmar que o sistema e os postos de trabalho assemelham-se a
organismos vivos em constante transformação e adaptação ao seu meio. É importante,
portanto, consciencializar o operador, através de cursos de formação e de reciclagens
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O problema da adaptação do trabalho ao homem nem sempre tem uma solução simples, que
possa ser resolvida numa primeira tentativa. Geralmente, é um problema complexo, para o
qual não existe uma resposta imediata.
Numa situação ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde as etapas iniciais do projecto de
uma máquina, ambiente ou local de trabalho, as quais devem sempre incluir o ser humano
como um dos seus componentes. Assim, as características desse operador humano devem
ser consideradas conjuntamente com as características ou restrições das partes mecânicas
ou ambientais, para se ajustarem mutuamente uns aos outros.
Às vezes, é necessário adoptar certas soluções de compromisso, mesmo que elas não
sejam as ideais, por uma série de motivos, como o aproveitamento e a adaptação de uma
máquina existente, por razões económicas. No entanto, o requisito mais importante, em
relação ao qual não se deve fazer nenhuma concessão, é o da segurança do operador.
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Em terceiro lugar, a melhoria das condições de trabalho é feita pela análise das condições
físicas do trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, gases tóxicos e iluminação. Por
exemplo, uma iluminação deficiente sobre uma tarefa que exige precisão pode ser muito
fatigante. Por outro lado, focos do luz brilhantes colocados dentro do campo visual podem
provocar encandeamentos extremamente desconfortáveis.
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3. Antropometria
A as pessoas seria uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua e uma
balança. No entanto, este estudo não é tão simples como aparenta, quando se
deseja obter medições fiáveis sobre uma população que contém indivíduos dos mais
variados tipos. Além disso, as condições em que essas medições são realizadas (com roupa
ou sem roupa, com ou sem calçado, postura relaxada ou não) influem consideravelmente
nos resultados.
Talvez a característica física humana mais comum numa população seja a enorme variedade
de dimensões, de tipos de físicos e mesmo de proporções do corpo humano. Estamos tão
habituados a essa variabilidade que, a não ser que nos deparemos com alguém
extremamente alto ou baixo ou de volume extremo, não damos conta da amplitude dessa
variabilidade.
Todas as populações são compostas por indivíduos de diferentes tipos físicos, quer sejam as
dimensões ou as proporções do corpo humano. Existem pequenas diferenças nas
proporções de cada segmento do corpo humano de cada indivíduo, que existem desde o seu
nascimento e que tendem a acentuar-se durante o seu crescimento, até à idade adulta.
Existem por isso, diferenças físicas entre cada indivíduo, bem como diferenças
comportamentais, que têm influência, nomeadamente , na escolha da profissão do indivíduo.
Influência do sexo
do homem costumam ser mais obesas. Os homens têm braços mais compridos, devido
essencialmente ao maior comprimento do antebraço. As mulheres possuem tecido gorduroso
em todas as idades, enquanto que os homens possuem mais músculos esqueléticos. Muitas
das medidas antropométricas referentes a mulheres foram obtidas durante o estudo de
trabalhos domésticos e podem ser inadequadas para o trabalho industrial.
Influência da idade
Durante as diversas fases da vida, o corpo das pessoas sofre mudanças de forma e
proporções. Essas mudanças são mais visíveis durante o crescimento, na infância e na
adolescência. Estas resultam dos três seguintes aspectos: (a) cada parte do corpo tem uma
velocidade diferente de crescimento, embora as extremidades cresçam mais rapidamente;
(b) estas velocidades de crescimento diferentes fazem com que as proporções entre as
diversas partes do corpo sejam diferentes em cada idade. Por exemplo, ao nascer o
comprimento dos braços é quase igual ao comprimento do tronco, mas cresce relativamente
mais que o tronco na idade adulta; (c) há diferenças individuais pronunciadas nas taxas
anuais de crescimento, o que equivale a dizer que algumas pessoas crescem mais
rapidamente que as outras. Nem sempre as pessoas que crescem mais rapidamente
atingem uma estatura final maior, em relação àquelas de crescimento mais lento.
Variações extremas
se dimensionar cabinas de autocarros, deve-se efectuar medições aos motoristas, que serão
os seus futuros utilizadores.
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Estes dados antropométricos servem, numa primeira fase, como uma aproximação inicial
para o dimensionamento de produtos e de locais de trabalho, ou para os casos em que os
movimentos corporais são pequenos. Porém, na maioria dos casos, as pessoas nunca ficam
completamente paradas, tendo sempre que continuar manipulando, operando ou
transportando algum objecto.
A Figura a seguir apresenta valores médios dos movimentos de rotação voluntária do corpo
humano, ou seja, aqueles que podem ser facilmente efectuados pelo indivíduo. Existem
ainda os valores para os movimentos passivos, que correspondem aos valores dos
movimentos efectuados com recurso à ajuda de uma outra pessoa.
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A aplicação dos dados antropométricos é particularmente importante nas áreas descritas nas
secções seguintes.
Embora existam certos trabalhos que exigem muitos deslocamentos de todo o corpo, a
grande maioria das ocupações da vida moderna é normalmente desempenhada em espaços
relativamente pequenos, com o trabalhador de pé ou sentado, efectuando maiores
movimentos com os membros do que com o corpo.
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A área de alcance óptima sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os antebraços em torno
dos cotovelos com os braços caídos normalmente, os quais descreverão um arco com um
raio de 35 a 45 cm. A zona central, situada em frente ao corpo, fazendo intersecção com os
dois arcos, será a área óptima para o operador utilizar ambas as mãos.
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A faixa situada entre a área óptima e aquela de alcance máximo deve ser usada para
colocação de peças a serem usadas durante a montagem, ou tarefas menos frequentes e
que exijam menor precisão. As tarefas de maior frequência e de maior exigência/precisão
devem ser executadas dentro da área óptima.
Quanto à altura da mesa para a execução de trabalho sentado, as duas variáveis que
influenciam a medida da mesa são a altura do cotovelo e o tipo de trabalho a ser executado.
Quando o trabalhador está sentado, a altura do cotovelo depende do assento e, por esta
razão, deve-se inicialmente dimensionar a altura do assento usando-se a altura do poplíteo
(parte inferior da coxa), até porque se torna mais fácil ajustar a altura da cadeira do que a
altura da mesa fixa.
A altura ideal da bancada depende da altura do cotovelo, com a pessoa em pé, e do tipo de
trabalho que esta executa. Normalmente, a superfície da bancada deve ficar 5 a 10 cm
abaixo da altura dos cotovelos.
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No entanto, para trabalhos de maior precisão é conveniente uma superfície ligeiramente mais
alta (até 5 cm acima do cotovelo) do que a adoptada durante a execução de trabalhos mais
grosseiros.
No caso da bancada fixa, é melhor dimensionar pelo homem mais alto e providenciar um
estrado, que pode ter uma altura até 20 cm, para o homem mais baixo.
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4. Biomecânica ocupacional
Em outros casos, essa solução não é assim tão simples, dado envolver um conflito
fundamental entre as necessidades humanas e as implícitas à execução do trabalho/tarefa.
Em alguns casos, são possíveis soluções de compromisso, que, ainda que não permitam
uma situação ideal de trabalho, permitem reduzir sensivelmente para o nível do tolerável as
exigências humanas para a execução do trabalho.
O Trabalho Estático é aquele que exige a contracção contínua de alguns músculos, para
manter uma determinada posição/postura. Isto ocorre, por exemplo, com os músculos
dorsais e das pernas para manter a posição de pé, com os músculos dos ombros e do
pescoço para manter a cabeça inclinada para frente, com os músculos da mão esquerda
segurando a peça para se martelar com a outra mão, para citar apenas alguns exemplos.
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O trabalho estático é altamente fatigante para o corpo humano e, sempre que possível,
deverá ser evitado. Quando tal não for possível, o trabalho deverá permitir a mudança de
posturas, a melhoria do posicionamento de peças e ferramentas ou possuir apoios para
partes do corpo humano, com o intuito de reduzir as contracções estáticas dos músculos.
Devem ainda ser concedidas pausas de pequena duração, mas com elevada frequência,
para permitir o relaxamento muscular e o alívio da fadiga.
Posição Deitado
Será por isso a postura mais recomendada para repouso e para recuperação da fadiga. No
entanto, em alguns casos específicos a posição horizontal é adoptada para realizar um
trabalho, como o de manutenção de automóveis. Nesse caso, como a cabeça (4 a 5 kg)
geralmente fica sem apoio, a posição pode tornar-se extremamente fatigante, sobretudo para
a musculatura do pescoço.
Posição Sentado
A posição sentado exige actividade muscular do dorso e do ventre para manter a posição
constante. Praticamente todo o peso do corpo é suportado pela pele que cobre o osso isquio,
nas nádegas. O consumo energético é cerca de 3 a 10% superior ao da posição horizontal. A
postura ligeiramente inclinada para frente é mais natural e menos fatigante que a erecta. O
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Posição de Pé
Tabela 3.1. - Localização das dores no corpo, provocadas por posturas inadequadas.
Inclinação da cabeça para frente - Muitas vezes é necessário inclinar a cabeça para a frente
para se ter uma visão melhor, como no caso de montagem de pequenos componentes,
inspecção de peças com pequenos defeitos ou leitura difícil. Essas necessidades geralmente
ocorrem quando: (1) o assento é muito alto; (2) a mesa é muito baixa; (3) a cadeira está
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longe do trabalho que deve ser fixado visualmente ou (4) há uma necessidade específica,
como no caso do microscópio. Esta postura provoca uma rápida fadiga nos músculos do
pescoço e do ombro, devido, principalmente, à força provocada pela cabeça, que tem um
peso entre 4 e 5 kg.
Uma das maiores dificuldades em analisar e corrigir más posturas no posto de trabalho está
na identificação e registo das mesmas. A descrição verbal não é prática, porque torna-se
muito falaciosa e de análise difícil. Como tal, têm vindo a ser desenvolvido por diversos
autores métodos práticos de registo e análise de postura, como é o caso do Guia NIOSH, o
Método EWA e do Registo Electro-miográfico (EMG).
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P
ara efectuar o estudo de um dado posto de trabalho, existem basicamente dois tipos
de abordagens: a tradicional e a ergonómica.
A abordagem tradicional tem por base os princípios de economia dos movimentos, sendo
esta abordagem de orientação nitidamente taylorista, enquanto a abordagem ergonómica
tem por base, principalmente, a análise biomecânica da postura do operador.
Para desenvolver o método preferido, o analista deve: (1) definir o objectivo da operação; (2)
descrever as diversas alternativas de métodos para se alcançar o objectivo; (3) testar essas
alternativas; e (4) seleccionar o melhor método para alcançar o objectivo pretendido.
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2. Preparação do método-padrão
O método preferido deve ser registado para se converter em padrão, de modo a ser
implantado em toda a fábrica. Para tal, deve-se: (1) realizar uma descrição detalhada do
método, especificando os movimentos necessários e a sequência dos mesmos; (2) fazer um
desenho esquemático do posto de trabalho, mostrando o posicionamento das peças,
ferramentas e máquinas, com as respectivas dimensões; (3) listar as condições ambientais
ou outros factores que podem afectar o desempenho (iluminação, temperatura, gases, ruído).
3. Determinação do tempo-padrão
Um dos aspectos que tem vindo a ser muito questionado refere-se à produção de métodos
cada vez mais simples e repetitivos. Esta situação pode ser eficiente no curto prazo,
principalmente enquanto o operador for inexperiente, mas tem também o inconveniente de
concentrar a carga de trabalho sobre determinados movimentos musculares repetitivos, que
provocam fadiga excessiva localizada e a monotonia do operador. No médio prazo, contribui
para a redução da motivação dos operadores, o que irá aumentar o absentismo e a
rotatividade dos operadores e até levar ao aparecimento de doenças profissionais.
Diversos critérios podem ser adoptados para avaliar se um posto de trabalho é o mais
adequado, tais como o tempo gasto na execução da operação e o índice de frequência dos
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Normalmente, o primeiro alerta de que algo está errado no posto é a dor aguda localizada
em alguns dos músculos do operador. Em alguns casos, com o passar dos dias há uma
adaptação do corpo: os músculos alongam-se e fortalecem-se, provocando a redução
gradual das dores. No entanto, se a dor se mantiver, ou aumentar, isso indica que essa
adaptação não se efectuou, e pode provocar inflamação dos músculos ou dos tendões. Caso
o problema não seja tratado adequadamente, pode resultar em lesões permanentes.
Estudos de biomecânica demonstram que o tempo máximo para se manter certas posturas
inadequadas, como o dorso muito inclinado para frente, podem durar, no máximo, de 1 a 5
minutos, até que comecem a aparecer as primeiras dores.
Para equilibrar o corpo na posição inclinada, de pé, existe um esforço adicional dos músculos
em torno das articulações do dorso, quadris, joelhos e tornozelos, devido ao deslocamento
do centro de gravidade para além do ponto de apoio dos pés no chão.
A postura com o dorso inclinado para a frente também é bastante comum na posição
sentada, quando é necessário ver certos detalhes do produto ou processo. Se o trabalho
exigir inclinações frequentes da cabeça, superiores a 20º ou a 30º, é necessário
redimensionar o posto de trabalho, modificando a altura da cadeira ou da bancada, ou a
posição da peça, para corrigir a postura. Caso contrário, ao fim de algumas horas poderão
surgir fortes dores no pescoço e ombros provocadas pela fadiga, concentrada nos músculos
dessas partes do corpo.
A análise da tarefa deve ser iniciada o mais cedo possível, antes que alguns dos parâmetros
do sistema sejam definidos, tornando difícil ou dispendioso introduzir modificações no posto.
A título de exemplo, refira-se as máquinas, acessórios, mesas e cadeiras, elementos que
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dificilmente podem ser modificados após a compra, o que restringe o projecto às limitações
destes elementos. Caso a análise tivesse sido iniciada antes da compra, provavelmente
contribuiria para uma selecção mais adequada dos elementos, adaptados às necessidades
da tarefa e do operador, produzindo um sistema homem-máquina mais integrado.
A análise da tarefa efectua-se a dois níveis. O primeiro, designado por descrição da tarefa,
acontece a um nível mais global, enquanto o segundo, designado por descrição das acções,
surge a um nível mais detalhado.
Objectivo
Para que serve a tarefa; o que será executado ou produzido; em que quantidades e com que
qualidade;
Operador
Características Técnicas
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Aplicações
Onde será utilizado o posto de trabalho; localização do posto dentro do sistema produtivo;
uso isolado ou integrado numa linha de produção; sistemas de transporte de materiais e de
manutenção; quantos postos idênticos serão produzidos; qual a duração prevista da tarefa
(meses, anos ou unidades de peças a produzir);
Condições Operacionais
Como vai trabalhar o operador; tipos de postura (sentado ou em pé); esforços físicos e
condições desconfortáveis; riscos de acidentes; uso de equipamentos de protecção
individual;
Condições Ambientais
Como será o ambiente físico em torno do posto de trabalho (temperatura, ruído, vibração,
libertação de gases, humidade, ventilação, iluminação);
Condições Organizacionais
As acções devem ser descritas a um nível mais detalhado do que o da tarefa. Estas
concentram-se mais nas características que influenciam o projecto de interface homem-
máquina e classificam-se em informações e controlos.
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Importância
Frequência de uso
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Agrupamento funcional
Os elementos com funções semelhantes devem formar subgrupos e ser mantidos em blocos.
A escolha dos critérios mais relevantes vai depender naturalmente de cada caso, da
variedade dos elementos envolvidos e do tipo de ligações ou fluxos existentes entre estes.
Quando os elementos forem numerosos (acima de dez), pode efectuar-se uma análise inicial
pelas ligações preferenciais ou pela intensidade de fluxo, de modo a obter-se uma ideia
inicial do arranjo, e, à posteriori, melhorar esse arranjo através do uso de outros critérios.
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Em resumo, não existe uma regra fixa para esta solução de compromisso, estando esta mais
dependente da sensibilidade e do bom senso do projectista. Em casos de dúvida, o
projectista pode recorrer aos futuros utilizadores, consultando-os sobre os aspectos que eles
acham mais importantes, em relação aos quais não devam ser prejudicados. Se, mesmo
assim, as dúvidas persistirem, podem ser elaboradas duas ou mais alternativas de solução,
para que a escolha final seja efectuada durante a fase de testes com os modelos, baseando-
se deste modo em avaliações mais objectivas.
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Quanto ao posto de trabalho com computador, o operador tem de permanecer com o corpo
quase estático durante horas, com a sua atenção fixa no ecrã do monitor e as mãos sobre o
teclado, realizando operações de digitalização, altamente repetitivas.
Os resultados de diversas pesquisas que se têm vindo a efectuar à postura dos operadores
de postos de trabalho com computadores revelam que cerca de 30 a 40% dos indivíduos da
amostra queixam-se de dores musculares no pescoço, ombros e braços. Estas dores
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Até há poucos anos, era aceite a ideia de que quanto maior o número de variáveis
ajustáveis, maior conforto seria proporcionado ao operador deste posto. No entanto,
verificou-se que esta ideia não era a mais correcta pois, além de aumentar os custos, nem
sempre funcionava na prática.
A Legislação Portuguesa, através do Decreto-lei n.º 349/93, transpõe para a ordem jurídica
interna a Directiva n.º 90/270/CEE, do Conselho de 29 de Maio, relativa às prescrições
mínimas de segurança e de saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de
visor. A Portaria n.º 989/93, de 6 de Setembro, estabelece as normas técnicas de execução
deste Decreto.
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Existem basicamente dois tipos de monitores: os que têm caracteres claros sobre um fundo
escuro e os que têm caracteres escuros sobre um fundo claro. Estes últimos, mais recentes,
assemelham-se à página de um livro impresso, porque reduzem o contraste visual com os
outros objectos que exigem fixação visual do operador durante o trabalho.
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Referências bibliográficas
Lida, I., Ergonomia – Projecto e Produção, Editora Edgard Blucher Lda., S. Paulo, 1995.
Lida, I., Ergonomia – Projecto e Produção, Editora Edgard Blucher Lda., S. Paulo, 1995.
NIOSH (National Institute of Occupational Safety and Health), Work Practices Guide for
Manual Lifting, NIOSH, 1991.
Lida, I., Ergonomia – Projecto e Produção, Editora Edgard Blucher Lda., S. Paulo, 1995.
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Capítulo 13
1. Objectivos Específicos
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2. Introdução
É no mesmo estaleiro, ou “obra”, que todos eles se encontram reunidos e aí trabalham; mas,
por vezes, o local de trabalho é móvel, em vários sítios diferentes, o que exige uma
organização especial dos cuidados médicos.
Esta é uma indústria de mão-de-obra, com postos muito diversificados em que as técnicas
vão evoluindo no sentido de uma mecanização cada vez maior. Mesmo as pequenas
empresas utilizam engenhos mecânicos: gruas, betoneiras, etc. Por outro lado, o emprego de
materiais pré-fabricados generaliza-se, acarretando o trabalho com peças pesadas,
delicadas e por vezes com manuseamento perigoso. Aparecem também sem cessar novos
produtos para a construção (materiais plásticos, vernizes, tintas, isolantes, etc.), acerca dos
quais é preciso estar alerta para potenciais efeitos tóxicos. Convém também referir a
“dureza” e a “violência” de certos postos de trabalho, o que, somado aos erros de higiene
alimentar, por vezes más condições atmosféricas, etc., transforma estes trabalhadores em
alvos de muitos acidentes e doenças.
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As doenças profissionais são as doenças que, por serem consequência directa do trabalho,
conferem direito a reparação específica.
a) O agente causa, que pode ser físico (ruído, vibrações, radiações ionizantes),
infeccioso ou tóxico.
b) Defeito de higiene, seja ela geral (defeito de evacuação dos vapores ou poeiras
nocivas, ausência de desinfecções, etc.) ou individual (não lavar as mãos, não mudar
de roupa, tomar as refeições num local poluído, etc.). É importantíssimo o papel
educativo do médico do trabalho.
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É sobretudo com os tóxicos (como agentes causais) que é preciso ter cuidado, no sentido de
prevenir as intoxicações com os produtos usados na indústria, tão frequentemente
associados às doenças profissionais.
É o fígado que desempenha o principal papel anti-tóxico. Uma das consequências disto é a
toxicidade geralmente maior dos venenos absorvidos por via respiratória: eles penetram
imediatamente na circulação geral e podem lesar vários órgãos antes de chegar ao fígado,
onde são transformados (nalguns casos totalmente, noutros em percentagens variáveis) em
produtos inócuos, prontos a serem eliminados pelos rins ou pulmões. Como facilmente se
depreenderá do exposto, as deficiências do fígado aumentam o risco de intoxicação.
A eliminação dos tóxicos faz-se pelos pulmões, mas sobretudo pelos rins, quer se trate do
tóxico propriamente dito, quer dos produtos resultantes da transformação daquele pelo
fígado. O aparelho urinário pode ser lesado aquando da intoxicação, mas a eliminação dos
tóxicos fica sobretudo comprometida se os rins forem deficientes.
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A preparação das superfícies também pode ser perigosa devido, por exemplo, ao uso de
abrasivos.
Por outro lado, estes trabalhadores estão igualmente sujeitos a lesões devido às próprias
madeiras utilizadas, exóticas ou não, e que se traduzem essencialmente por reacções
alérgicas aquando da manipulação das mesmas, por vezes agravadas pelas poeiras
associadas a este tipo de trabalho.
Como consequência, poderá ser observada irritação na pele, nos olhos ou nos brônquios e
pulmões; recentemente, tem-se insistido na frequência relativa dos cancros do etmóide nos
trabalhadores da madeira.
Os produtos de protecção utilizados nas madeiras para evitar que estas sejam atacadas por
insectos, fungos, organismos marinhos e condições meteorológicas também podem ser
tóxicos para o trabalhador; estes produtos são numerosíssimos e podem ser de vários tipos,
entre os quais óleos líquidos, compostos metálicos e compostos orgânicos, ocasionando por
vezes doenças que podem atingir os mais variados órgãos ou aparelhos do corpo humano.
Por último, é de referir que podem igualmente ser causa de doença as colas, vernizes,
pinturas, lacas e tinturas utilizadas em certos trabalhos da madeira.
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os cimentos;
o crómio e os seus sais;
o monóxido de carbono;
a sílica livre ou o quartzo cristalino.
Como é lógico, tanto para estes trabalhadores como para outros, somente o estudo do posto
ou local de trabalho pode permitir o perfeito conhecimento dos riscos que lhe estão
associados.
Além disso, hoje em dia os pintores industriais utilizam frequentemente os jactos de areia
para fazerem a limpeza a seco das superfícies a pintar, o que vem juntar a silicose aos já
numerosos riscos profissionais.
Os óleos antracénicos utilizados pelos asfaltadores têm uma acção fotodinâmica real,
causando dermatites de fotossensibilização, equivalentes a microqueimaduras.
Há um grande número de doenças que podem ser observadas nestes operários, tais como
conjuntivite, perturbações digestivas e pulmonares, fadiga, insónia e dores de cabeça, bem
como um risco aumentado de silicose.
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Este tipo de cancros ocorre normalmente no seguimento de lesões da pele provocadas pelo
contacto, ao longo dos anos, com certo tipo de substâncias cancerígenas. Um aspecto com
importância é o longo período de “latência”, isto é, o tempo que o cancro demora a
manifestar-se desde que começam os contactos com a substância cancerígena: este período
é da ordem dos 15 a 20 anos, por vezes mais.
Seguidamente enumeram-se alguns produtos que estão implicados nos cancros da pele:
Estes cancros são precedidos, na grande maioria das vezes, por alterações na pele
perfeitamente visíveis, que podem tomar várias formas, e que logicamente devem ser objecto
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de uma consulta médica, no sentido de despistar qualquer lesão que possa eventualmente
vir a tornar-se maligna.
Estes cancros normalmente não apresentam diferenças em relação aos cancros das vias
respiratórias não atribuíveis ao meio profissional. No caso dos cancros bronco-pulmonares, a
acção do fumo do tabaco (indiscutível causa de cancro) faz com que, para alguns autores, no
caso de pessoas que fumam, a relação entre certos cancros e o meio profissional seja
discutível.
Apesar de o agente causal não ter sido identificado, todos os autores estão de acordo em
que se deve reduzir o mais possível o empoeiramento.
O papel cancerígeno do amianto está mais directamente ligado ao amianto puro, e não a
compostos que o contenham.
Traumatismos mecânicos
evolução maligna duma zona continuamente irritada: assim, poderá ter havido
contacto continuado com algum agente químico cancerígeno, e que tenha passado
despercebido, ou, por outro lado, poderá existir nessa zona uma predisposição
especial, como seja, por exemplo, a existência de uma verruga.
3. Existem, certamente, outros cancros que são revelados por um traumatismo, como
seja o caso das fracturas nas pessoas que têm os ossos descalcificados por alguma
doença maligna, problema este que, logicamente, é completamente diferente dos
precedentes.
Traumatismos térmicos
Por outro lado, existem queimaduras insignificantes, que aconteceram há muito tempo, e que
são por vezes invocadas como estando na origem de um cancro da pele; este problema é
diferente e, com efeito, é a sua repetição continuada, ocasionada pelo tipo de trabalho, que
poderá provocar alterações nos tecidos e levar posteriormente à sua transformação maligna.
Os cancros térmicos nos operários expostos ao calor dos fornos de fundições, por exemplo,
são excepcionais, apenas sendo detectados esporadicamente.
Luz solar
Hoje em dia, ninguém põe em dúvida que o cancro da pele seja favorecido pela exposição
intensa e continuada às radiações solares, pelo que nunca é demais alertar para a protecção
adequada, com chapéu e vestuário, de todos os trabalhadores que trabalham sob a acção de
intensa luz solar.
Os raios ultravioletas artificiais, que seriam originados, por exemplo, na soldadura com arco
poderiam ter um efeito comparável, mas isto nunca chegou a ser provado.
A noção de uma predisposição local parece evidente. Na maior parte dos casos, sobretudo
para a pele, o cancro declara-se em algum tecido patológico: grande cicatriz, calosidade
exagerada, verruga, sinal, calo ósseo, corpo estranho alojado sob a pele, etc.
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3.3.4. Prevenção
Quando isto for possível, deve substituir-se o produto perigoso por outro que não apresente
riscos.
É igualmente preciso que se verifique o teor de poluentes na atmosfera (por exemplo, o teor
de fibras de amianto).
dermatoses ortoérgicas,
e
dermatoses eczemáticas, proposta há alguns anos por um autor francês, continua
válida para uma primeira aproximação, pois tem o mérito da clareza e da
simplicidade.
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As dermatoses ortoérgicas são definidas por um aspecto particular na pele doente, pela
localização no ponto de aplicação da agressão, pelo seu carácter colectivo (em princípio,
atingem todos os indivíduos expostos aos mesmos riscos), o que implica a não existência de
alguma predisposição particular. Estas dermatoses curam mais ou menos rapidamente
quando se suprime a causa. Devido aos progressos registados pela prevenção, este tipo de
dermatoses tem vindo a tornar-se cada vez mais raro.
piodermite;
impetigo;
foliculite;
furunculose;
antrax.
Outra situação frequente consiste nas onixis microbianas, ou seja, nas infecções microbianas
da unha e dos tecidos que a rodeiam; estas infecções localizam-se em um ou vários dedos e
caracterizam-se por um deslocamento da unha, que aparece com fissuras, ao mesmo tempo
que se desenvolve à volta dela dor, inchaço, vermelhidão e finalmente a saída do pus – o
vulgar panarício. Estas infecções, assim como as precedentes, devem ser tratadas
precocemente, para que não haja complicações.
Existem igualmente dermatoses infecciosas provocadas por fungos e não por bactérias;
estas dermatoses são as vulgares tinhas, que devem ser eficazmente tratadas porque são
muito contagiosas.
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As ulcerações da pele podem ser provocadas pela manipulação de certos produtos caústicos
ou agressivos.
Existem numerosos agentes capazes de provocar lesões na pele, e o mesmo agente pode
ser o responsável por dermatoses ortoérgicas ou dermatoses eczemáticas. Alguns desses
agentes químicos irão ser descritos a seguir:
Ácidos
Os ácidos minerais podem provocar queimaduras, geralmente limitadas e secas, mas que
demoram a curar. O ácido sulfúrico, por exemplo, além destas queimaduras pode provocar
uma coloração amarelo-acastanhada nas mãos, com acentuação das rugas da pele.
Bases
As bases, por exemplo a lixívia, provocam igualmente queimaduras da pele, mas mais
profundas e húmidas do que aquelas provocadas pelos ácidos.
Amianto
Além de outras lesões já estudadas, o amianto, que serve, por exemplo, para fabricar telhas
e revestimentos incombustíveis, pode provocar verrugas originadas por inclusão de
pequenos fragmentos na pele. Estas verrugas ficam normalmente curadas quando se
extraem esses pequenos fragmentos de amianto.
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Cal viva
Os eczemas aparecem muitas vezes com lesões primitivas, mas podem suceder às
dermatoses ortoérgicas, modificando o seu aspecto primitivo; assim, um operário que lide
com o cobre e que apresente os reflexos esverdeados da pele, característicos deste produto,
pode ser vítima de um eczema provocado igualmente pelo cobre, e que modifica
completamente os banais reflexos esverdeados, dando outro aspecto à lesão.
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Estes eczemas profissionais aparecem alguns meses após o início do contacto com o agente
agressivo.
Convém sublinhar que estas dermatoses são extremamente frequentes e podem revestir-se
de características muito diversas, ao contrário das dematoses ortoérgicas, em que
normalmente os agentes químicos provocam na pele lesões características e pouco
variadas.
A consequência prática desta faceta das dermatoses eczemáticas é que, quando aparece
um eczema em algum trabalhador, pode ser muito difícil para o médico descobrir o agente
químico implicado, devido à variedade e inconstância dos vários tipos de eczema que
qualquer produto pode originar.
Condições de aparecimento
Esta doença parece ser facilitada por certos estados anómalos da pele: assim, a secura, a
maceração (resultante do suor durante os meses quentes), os microtraumatismos repetidos
ocasionados pelos grãos de cimento, uma doença de pele preexistente (com realce para as
micoses), são tudo condições anómalas que tendem a favorecer o aparecimento do eczema
do cimento.
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Aspectos clínicos
Esta doença começa geralmente pelos dedos, podendo ficar localizada na face dorsal do
indicador e do dedo médio e à volta das unhas, sendo acompanhada de comichão. Neste
estádio, é possível a cura através do repouso, sobretudo se a pele reagir bem,
“acostumando-se” ao contacto com esse material estranho que é o cimento.
Na fase seguinte, que acontece invariavelmente, esta pele tão alterada acaba por se infectar
secundariamente; neste estádio, também ainda é possível curar estas lesões, mas o facto é
que isso se torna bastante mais problemático.
Esta dermatose agrava-se por vezes devido ao uso de luvas, que favorecem a maceração da
pele, especialmente em tempo quente, e agrava-se também com o uso de certos detergentes
cáusticos utilizados na higiene após o trabalho.
À medida que o tempo passa e as lesões vão evoluindo, o eczema do cimento torna-se
crónico, atingindo o estádio de dermatose residual: nesta fase, nem a suspensão do trabalho
permite esperar a cura da doença, tornando-se o operário num verdadeiro “doente da pele”.
Causas de aparecimento
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O tratamento das dermatoses eczemáticas, como é evidente, é do foro médico; o que não
poderá deixar de se fazer é alertar as pessoas para o facto de que é preciso subtrair o
doente ao contacto com o produto que provoca o eczema, o que, na prática, normalmente
implica a suspensão do trabalho.
A prevenção das dermatoses profissionais constitui uma das tarefas essenciais do médico do
trabalho e deve ser uma preocupação constante deste.
Esta prevenção deve exercer-se desde que o trabalhador inicia as suas funções e prosseguir
durante o tempo em que o trabalhador estiver no activo.
1º As pessoas que já têm problemas alérgicos (por exemplo, asura) estarão predispostas
às dermatoses profissionais?
Esta pergunta tem respostas contraditórias conforme a opinião de vários autores; parece,
no entanto, mais prudente recusar-lhes certas tarefas que os ponham em contacto com
numerosos produtos susceptíveis de provocar reacções alérgicas.
2º Será sempre preciso efectuar testes cutâneos aos trabalhadores, quando estes
iniciam o seu trabalho na empresa, com os produtos que serão ulteriormente
manipulados?
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lado, a existência de testes negativos não constitui qualquer prova irrefutável de que a
pessoa não venha a sofrer uma dermatose eczemática.
A substituição dos produtos que podem provocar alergias por produtos inofensivos, no
caso de ser tecnicamente possível, é com certeza uma medida eficaz.
Os agentes químicos (flúor, cádmio, chumbo, fósforo, cloreto de vinilo) podem provocar
alterações várias ao nível dos ossos e articulações, o mesmo sucedendo com os agentes
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Dores de postura
Estas traduzem-se por um fenómeno doloroso ritmado, que não existe quando o operário
inicia as suas funções, mas que começa a aparecer após alguns meses, por vezes um ou
dois anos. Estas dores fazem sentir-se então no final da manhã de trabalho, aumentam
progressivamente durante a tarde e desaparecem quando o operário se deita, à noite, não
havendo normalmente qualquer episódio doloroso nocturno; por vezes, este ritmo da dor é
menos nítido e ela faz-se sentir durante a noite ou ao levantar.
A evolução deste tipo de dores de postura é variável e vai desde a habituação até à
incapacidade passível de implicar a suspensão do trabalho.
por exemplo, um trabalho em que o antebraço esteja flectido a 90% sobre o braço,
não apoiado, necessita de uma tensão estática contínua por parte de uma série de
músculos, que vão desde o antebraço até ao pescoço e região dorsal. É este tipo de
trabalho estático que é susceptível de se tornar doloroso a longo prazo.
por outro lado, a circulação sanguínea, aquando de uma contracção estática
permanente, não é estimulada como acontece com os movimentos dinâmicos, o que
resulta numa pior irrigação dos músculos, o que também contribui para o
aparecimento da dor.
Estas dores de postura podem localizar-se em qualquer grupo muscular solicitado por um
esforço anormal. É sabido que os músculos são constituídos por três tipos de fibras com
funcionamento, respectivamente, rápido, médio e lento, o que permite, através da sua
presença simultânea, a adaptação suave e sensível da contracção muscular ao gesto
efectuado. Mas, como estes tipos de fibras serão repartidos desigualmente, a fadiga e as
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Escoliose e cifose
A escoliose é um desvio patológico lateral das curvaturas normais da coluna vertebral, sendo
a cifose um exagero da curvatura normal da coluna dorsal – a vulgar “marreca” ou
“corcunda”.
Tem-se insistido muito na relação dos factores profissionais com estas deformidades da
coluna; sem dúvida que uma posição viciosa do trabalhador, ao longo do tempo, pode ter um
papel importante no seu aparecimento, mas tais deformidades são frequentemente de
aparecimento espontâneo e não deve ser exagerada a importância do factor profissional.
Em todos aqueles que praticam esforços violentos ou carregam cargas pesadas, as dores
vertebrais são frequentes; por vezes, o exame radiográfico não mostra nenhuma lesão, ou
então mostra apenas uma discreta escoliose. Estas dores podem ser devidas a posições
viciosas ou então pode tratar-se de pequenas entorses vertebrais, como quando aparece o
“lumbago” na sequência de um esforço particularmente violento ou mal executado.
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Afecções do ombro
Muitos trabalhadores braçais são afectados por dores do ombro, com limitação de certos
movimentos, que são consequência dos mecanismos descritos atrás. Por vezes, existe dor
no ombro associada a nevralgia do pescoço; outras vezes, o braço inteiro fica “sem acção”,
como se diz popularmente, o que, na maioria das vezes, corresponde a uma impotência
funcional de um dos músculos do ombro, o deltóide. Esta impotência acontece quando existe
um movimento brusco e violento do braço, que provoca uma distensão do músculo deltóide e
um estiramento da cápsula articular do ombro; esta afecção é conhecida também como
“braço caído” e, devido aos fenómenos de inflamação da articulação do ombro que acarreta,
necessita de tratamento médico.
Afecções do cotovelo
Outras afecções do cotovelo são conhecidas sempre que, por exemplo, os músculos do
antebraço sofrem uma sobrecarga excessiva, como acontece nos trabalhos em que é preciso
apertar e desapertar com força parafusos ou outro tipo de material. Nestes casos, a dor
aparece com os movimentos, cessa com o repouso, mas acaba por se tornar incapacitante.
Neste capítulo, a afecção mais importante também resulta do uso dos martelos pneumáticos,
que podem provocar lesões do semi-lunar e do escafóide, que são pequenos ossos da
articulação do punho.
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Todos os exercícios e trabalhos violentos podem lesar a articulação do joelho, com afecções
que vão desde o arrancamento da espinha tibial às entorses, artroses e artrites.
Lesões do pé
Quando existe marcha forçada, e nomeadamente quando esta se faz com pesos excessivos,
os músculos do pé fatigados deixam de produzir a normal curvatura do pé, que tende a ficar
plano e mais frágil às sobrecargas, o que, por vezes, ocasiona fracturas espontâneas de
certos ossos, mais frequentemente no segundo metacarpiano.
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os higromas, ou seja, a acumulação de líquido dentro das bolsas articulares, que são
devidos à inflamação ou hemorragia dessas mesmas bolsas articulares, causada por
traumatismos, por atrito ou pelo esforço “normal” causado pela profissão; os
higromas são frequentes nos joelhos das pessoas que trabalham ajoelhadas,
ocasionando acumulação de líquido nas bolsas articulares das rótulas;
a doença de Dupuytren, que consta de fibrose dos tendões do punho, levando à
deformidade conhecida como “mão em garra” e à perda de função dos dedos,
observando-se frequentemente nos operários que profissionalmente serram com
força materiais duros; as causas desta doença são desconhecidas, mas a sua
frequência em certos trabalhadores faz pensar que haja intervenção de um factor
profissional actuando em conjunto com outros factores mal conhecidos;
os calos profissionais são calosidades epidérmicas e, mais do que doenças, são
estigmas profissionais; por vezes, contêm uma serosidade que pode infectar, e se
não forem bem tratadas, podem propagar a infecção às bainhas dos tendões dos
dedos.
Por vezes, existem dificuldades de diagnóstico quando surgem acidentes de trabalho, tais
como “esforços” ou contusões, e quando não existe qualquer sinal nas radiografias que
confirme a realidade de uma lesão traumática; essas dificuldades advêm do facto de uma
pequena entorse, uma ligeira rotura muscular ou um derrame sanguíneo profundo poderem
provocar alterações nas articulações e nos ossos.
A interpretação das radiografias feitas logo após o acidente fica ainda mais difícil quando são
visíveis lesões indiscutivelmente antigas; neste caso, o problema que se põe é o saber se os
sintomas invocados se devem ao traumatismo recente ou se, pelo contrário, estão
relacionados com lesões antigas.
Convém saber que as lesões podem ficar muito tempo sem dar qualquer problema e ser
mesmo compatíveis com trabalhos violentos, até ao dia em que se lhes sobrepõe um
traumatismo que as pode tornar dolorosas.
Cada caso deverá ser estudado isoladamente; se o indivíduo exercia as suas funções
normalmente, nunca tinha sido tratado de “dores” antes do traumatismo, se os fenómenos
dolorosos aparecem logo após este se dar, então uma relação de causa-efeito deverá ser
admitida, por agravamento traumático de um estado anterior.
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3.5.2. Prevenção
Pondo de parte as agressões agudas devidas a vapores sufocantes, que são consideradas
acidentes de trabalho, as afecções bronco-pulmonares, ou seja, as afecções dos brônquios e
dos pulmões, repartem-se entre dois grandes grupos:
3.6.1. Pneumoconioses
A SILICOSE é uma doença dos pulmões resultante da inalação de poeiras de sílica livre
ou de dióxido de silício, e é de longe a mais importante das pneumoconioses.
Causas:
1ª Exposição ao risco - No que diz respeito à silicose, o risco está relacionado com certas
actividades profissionais. Existem três tipos de trabalhos que se expõem ao risco de silicose:
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Ao lado do trabalho nas minas, qualquer tarefa subterrânea, como seja a abertura de
túneis ou galerias, ou ainda a abertura de poços, expõem aos mesmos perigos de
silicose, proporcionais à quantidade de poeiras de sílica inaladas.
Os trabalhadores que projectam areia sobre peças a decapar estão muito expostos,
mas o risco tem vindo a diminuir à medida que, nas tarefas de decapagem, se vai
substituindo a areia por grenalha de aço.
b) a natureza química das poeiras - as poeiras poderão ser mistas, mas o mineral
que inegavelmente ocasiona a silicose é a sílica ou o dióxido de silício;
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3º Factor individual - Como todas as pessoas são diferentes, é inegável que a mesma
exposição ao risco de silicose provoca alterações e sobretudo evoluções muito diversas
conforme as pessoas atingidas. Todavia, sabe-se que em todas as pessoas as infecções,
sobretudo crónicas, dos brônquios e dos pulmões aumentam o risco nas pessoas expostas;
a tuberculose favorece os efeitos nefastos da sílica livre e, reciprocamente, a silicose
aumenta o risco de contrair a tuberculose.
Estudo clínico
O diagnóstico da silicose é feito com base nos antecedentes profissionais e nos exames
radiográficos; o interrogatório sobre os sintomas e o exame clínico são indispensáveis para
apreciar o prognóstico da doença (e a sua evolução).
1º Sintomas
2º Exame clínico
As lesões da silicose não dão nenhum sinal físico particular, havendo todavia os sinais
inerentes à dificuldade e insuficiência respiratórias.
A tuberculose nunca poderá ser despistada através da auscultação, mas sim através dos
seus sintomas próprios ou de alterações das imagens radiográficas.
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3º Complicações
Prevenção técnica
A difusão destas poeiras deve ser evitada, através de sistemas de captação e aspiração bem
estudados.
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Causas:
Contrariamente à sílica, que tem aplicações industriais bem conhecidas, o amianto é utilizado
numa quantidade de aplicações que, por vezes, é difícil de identificar. Por isso, o risco
profissional situa-se principalmente na extracção do mineral, na indústria têxtil, no fabrico de
placas, de lajes e condutas que contenham amianto, e nos trabalhos de isolamento,
calorificação e insonorização com materiais contendo este mineral.
Estudo clínico
atingimento pulmonar;
manifestações pleurais benignas;
tumores malignos.
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radiológico não é o mais seguro para fazer o diagnóstico, apesar de dar alguns sinais
que podem ajudar bastante.
Evolução e prognóstico
A duração da evolução desta pneumoconiose é variável, sendo por vezes muito longa.
As manifestações na pleura têm muitas vezes uma longa evolução, e um grande intervalo de
tempo separa o início da exposição ao risco do aparecimento dos tumores malignos nos
brônquios ou na pleura, que, quando aparecem, normalmente atingem os “velhos”
trabalhadores do amianto.
Este tipo de doenças acontece quando algum tipo de poeira, animal ou vegetal, provoca na
pessoa com que ela contacta determinado conjunto de reacções alérgicas que levam à
inflamação dos alvéolos pulmonares.
As afecções profissionais de origem alérgica são um conjunto vasto de doenças, com nomes
que geralmente indicam a profissão do indivíduo que delas sofre.
Exemplos:
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O principal papel do médico do trabalho, dentro das empresas, não é o de tratar doenças,
mas o de actuar fundamentalmente na prevenção das mesmas, contribuindo para a
educação sanitária dos trabalhadores. Assim, durante as suas conversas com os
trabalhadores, deverá explicar-lhes, por exemplo:
que as férias não devem ser um factor de cansaço mas pelo contrário devem servir,
fundamentalmente, para descansar;
a necessidade da higiene pessoal, compreendendo a lavagem dos dentes, a
alimentação conveniente, os perigos do álcool, os perigos do tabagismo e das
drogas em geral;
a necessidade de terem as vacinas do tétano em dia e, no caso de os trabalhadores
fazerem serviço noutros países ou continentes, elucidá-los acerca das vacinas que
terão de efectuar;
os comportamentos a evitar e os sintomas a ter em conta para a prevenção de certas
doenças graves, nomeadamente o cancro.
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4. A alimentação do trabalhador
Alguns erros alimentares são muito frequentes. A alimentação das cantinas ou dos
restaurantes peca por exageros e carências.
Sal:
O limite máximo admitido por dia é de 5g. A cozinha portuguesa habitual chega a utilizar 18g.
Gorduras:
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Outro problema é o facto de se usar, para fritar, margarina, manteiga, óleos não próprios,
óleos já velhos e queimados.
Açúcar:
Para além do açúcar utilizado para adoçar, deve incluir-se o açúcar utilizado na confecção
dos alimentos, tais como pão (pão para hambúrgueres, pão tipo “Panrico”), bolos, doces,
compotas, gelatinas, ketchup, maionese industrial, outros molhos, bebidas não light, sumos
produzidos com base em concentrados de frutas.
1) Ter um horário certo para as refeições, comendo devagar, com boa mastigação e em
tranquilidade.
2) Tomar sempre o pequeno-almoço e não fazer intervalos entre refeições superiores a
3,5 horas.
3) Fazer 6 refeições por dia: pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, lanche, jantar e
ceia.
4) Nunca comer de modo a sentir-se “cheio”.
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5. O álcool
P
retende-se com este capítulo abordar um problema que afecta muitas pessoas
ligadas ao processo construtivo e que, muitas vezes, dá origem a acidentes graves.
A ingestão de vinho ou cerveja pode fazer parte dos hábitos normais do homem, quando ela
se der dentro das regras de moderação.
Uma vez ingerido, o álcool de qualquer bebida alcoólica vem a ser destruído, na sua quase
totalidade, pelo fígado.
Só uma pequeníssima porção (cerca de 3%) não é destruída, sendo eliminada pelos
pulmões (através da respiração), pelos rins (por meio da urina) e pela pele (através da
transpiração).
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O álcool é destruído ou “queimado”, na sua maior parte, pelo fígado, através de várias fases:
ÁLCOOL
ALDEÍDO ACÉTICO
ÁCIDO ACÉTICO
Regras da Sobriedade:
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Alcoolismo - o que é?
É uma doença causada pelo uso imoderado de bebidas alcoólicas, doença que faz sofrer
não só o indivíduo (física e mentalmente), mas também a sua família, os que com ele
trabalham e ainda as pessoas com quem convive ou com quem de algum modo possa estar
relacionado.
É o conjunto de perturbações físicas e mentais que um ser humano pode apresentar quando
bebe, ocasionalmente, uma dose excessiva de bebidas alcoólicas.
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No alcoolismo crónico há, pois, um permanente efeito tóxico sobre os órgãos do corpo
humano, produzindo no indivíduo alterações físicas (por exemplo, gastrite, polinevrite, cirrose
hepática) e mentais (por exemplo, delirium tremens, demência).
Alcoolémia - o que é?
Muitas vezes o homem cai no uso e abuso das bebidas alcoólicas pela influência que sobre
ele exercem os falsos conceitos e virtudes do álcool, e por ignorar as suas reais
propriedades e seus perigos.
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O Álcool aquece?
Quando se bebe uma bebida alcoólica, a sensação de frio na face, nas mãos ou na pele
diminui ou mesmo desaparece, substituída por um certo rubor, o que leva a afirmar que “o
álcool aquece”.
Ao beber-se álcool “para aquecer num dia de frio”, o que na realidade acontece é um
aumento da temperatura cutânea (por passar a haver maior circulação de sangue na pele) e,
simultaneamente, a perda de calor dos órgãos no interior do organismo (onde era essencial
haver calor), arrefecidos por um sangue que volta para o interior mais frio.
Como conclusão, o álcool não aquece o organismo, antes pelo contrário provoca-lhe perda
de calor.
Por isso, se em vez de se beber água ou qualquer bebida sem álcool, se ingerir uma bebida
alcoólica quando se tem sede, a sede vai-se agravando.
Logo, quanto mais álcool uma bebida contiver, menos capacidade terá de “matar a sede” a
quem a bebe.
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O Álcool dá força?
Os músculos do homem não trabalham com álcool, todos sabem como ele “corta as pernas”
dos desportistas.
É habitual dizer-se que o álcool ajuda a digestão, fazendo com que o indivíduo, depois de
uma refeição opípara, sinta o estômago “menos cheio”.
Trata-se, portanto, de um falso efeito digestivo do álcool que traz, como é evidente,
perturbações digestivas de vária ordem.
O álcool é um remédio?
Embora muitas das queixas que um doente apresenta (mal-estar, dores, etc.) sejam muitas
vezes “abafadas” pelo álcool, ele não funciona como remédio, pois estes efeitos estão
apenas relacionados com as suas propriedades euforizantes e anestésicas. Será, por
conseguinte, um “falso” e perigoso remédio, tanto mais que provoca também uma verdadeira
diminuição das defesas e resistências do homem, que se torna, assim, mais facilmente
vulnerável à doença (os resfriados, gripes, tuberculose, pneumonias, etc., são exemplos de
doenças mais frequentes nos alcoólicos que nos outros homens).
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Os efeitos da Doença Alcoólica podem ser encarados sob dois aspectos: nas suas
consequências individuais e nas suas consequências sociais.
Consequências individuais:
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Consequências sociais
Para além do sofrimento físico e psíquico que o alcoolismo causa ao próprio indivíduo,
também na família e no lar existem graves repercussões, desde as privações materiais de
toda a ordem, às incompreensões, discussões, maus-tratos, miséria, doença; existe mesmo
o que poderá chamar-se uma doença do lar alcoólico. Os filhos de alcoólicos são vítimas
directas do alcoolismo dos pais, quer durante a gravidez e amamentação por mães
alcoólicas, quer durante toda a sua infância e adolescência, com consequências muitas
vezes irreparáveis.
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Bibliografia
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Capítulo 14
1. Objectivos Específicos
Procedimentos de Emergência
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2. Introdução
Nesta lei atribuem-se também obrigações aos trabalhadores, que devem "em caso de perigo
grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato com o superior
hierárquico ou com trabalhadores que desempenhem funções específicas nos domínios da
segurança, higiene e saúde no local de trabalho, adoptar as medidas e instruções
estabelecidas para tal situação".
Para além destas obrigações genéricas, aplicáveis a todas as entidades onde se desenvolva
actividade laboral ou ocupação pelo público, a implementação de Planos de Emergência é
uma obrigação legal expressa para diversos tipos de empresas.
Por outro lado, empresas que tenham implementado, ou pretendam vir a implementar, um
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, deverão dispor de um Plano de
Emergência ou de um conjunto de procedimentos equivalentes.
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A Uma resposta débil a emergências pode levar a várias perdas de diferentes tipos,
e contribuir para situações de potencial colapso financeiro.
A obra deve ser servida por vias que permitam a aproximação, o estacionamento e a
manobra das viaturas dos bombeiros.
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Informação técnica: Fontes de energia (localização e tipo), redes de água e esgotos, fichas
de segurança dos produtos perigosos, armazenamento e distribuição de combustíveis
líquidos e gasosos.
Níveis de Emergência:
Falso Alarme: sinal sonoro emitido para avisar que a situação de emergência terminou; a
desactivação da situação de emergência deverá ficar sempre a cargo do Responsável pela
Coordenação do Plano de Emergência.
Alarme Parcial: sinal sonoro emitido para prevenir as pessoas e a brigada de 1ª intervenção
de uma situação de emergência. Nesta situação de emergência (por exemplo, um pequeno
incêndio confinado a uma área restrita, tal como um dos sectores, que, por isso, não coloca
em risco outras áreas), será necessário intervir com os meios de primeira intervenção
disponíveis na empresa.
Alarme Geral: sinal sonoro emitido para difundir o aviso de evacuação total da obra; esta
situação de emergência ocorrerá quando se confirme uma situação de incêndio de grandes
proporções, catástrofe natural, alarme de bomba ou outra situação semelhante. Neste caso,
será necessário alertar imediatamente os bombeiros locais e/ou os serviços de Protecção
Civil e desencadear as acções visando o controlo da situação de emergência até à chegada
de meios de socorro vindos do exterior; estas acções passam pela evacuação da obra, pela
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Sinais de Alarme
O código de toques para assinalar as diferentes situações de emergência (que deverá ser
amplamente divulgado) poderá ser, por exemplo, o seguinte:
Sistemas de Alarme
Deve existir um meio de transmissão do alarme a todos os locais da obra. Poderá ser
utilizada uma sirene, muitas vezes já existente para assinalar o início e o fim dos períodos de
trabalho, ou usar-se sinais diferenciados, segundo um código a estabelecer.
No caso de a obra possuir uma rede interna de altifalantes ou intercomunicadores, este meio
poderá perfeitamente ser utilizado, desde que cubra toda a obra, podendo, neste caso, o
alarme ser transmitido através de frases tipificadas (por exemplo, "Emergência –
Evacuação").
Poderão existir também telefones de emergência, para permitir uma comunicação directa
com os responsáveis definidos para a actuação em caso de emergência.
O alarme também poderá ser dado através de botoneiras de alarme, colocadas nos diversos
sectores ou áreas.
De notar que este processo pode ter sérias limitações em ambientes ruidosos (neste caso,
pode recorrer-se a códigos de iluminação: apagar e acender as luzes 3 vezes, etc.).
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Nota:
Sempre que ocorram acidentes de que resultem a morte ou lesão grave de trabalhadores,
devem:
• suspender-se todos os trabalhos susceptíveis de destruir ou alterar os vestígios
deixados, sem prejuízo da assistência a prestar às vítimas;
• impedir de imediato e até à recolha dos elementos considerados necessários para o
inquérito, o acesso de pessoas, máquinas e materiais ao local do acidente, com
excepção dos meios de socorro e assistência às vítimas.
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Estas instruções devem ser elaboradas com base nos riscos de incêndio e de pânico, uma
vez que as ocorrências resultantes de fuga de gás, sismo e alerta de bomba têm
consequências semelhantes.
Posto de transformação
Caldeiras
Cozinhas
Locais de armazenamento de matérias perigosas
Para além das proibições de fumar ou fazer lume, estas instruções devem definir de forma
pormenorizada os procedimentos a adoptar em caso de emergência.
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Numa situação de emergência, devem existir elementos que intervenham com a finalidade
de controlar rápida e eficazmente esta situação, por forma a proteger pessoas, bens,
operacionalidade e ambiente.
Elemento designado pela Administração cuja tarefa principal consiste em coordenar todas as
acções relacionadas com o Plano de Emergência, a sua implementação e a quem cabe a
responsabilidade de determinar a evacuação parcial ou global do edifício ou instalação.
Funções e Responsabilidades:
Chefes de Emergência
Por cada sector deverá existir um Chefe de Emergência e respectivo substituto, que terão
como missão principal coordenar, dentro da área de intervenção respectiva, a evacuação das
pessoas, sempre de acordo com as instruções dadas pelo Responsável pela Coordenação
do Plano de Emergência.
Funções e Responsabilidades:
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Funções e Responsabilidades:
Funções e Responsabilidades:
Deve existir um socorrista com formação adequada por cada sector de trabalho.
Funções e Responsabilidades:
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Planta esquemática da obra, que tem por objectivo orientar, informar e instruir os
trabalhadores e visitantes para os procedimentos a adoptar numa situação de emergência.
Engloba as instruções gerais de segurança e a legenda da simbologia utilizada.
As plantas de emergência devem ser colocadas nos principais locais de acesso à obra,
assim como nos de passagem ou paragem dos trabalhadores. A sua colocação deve ser
efectuada a uma altura aproximada de 1,60 m.
localização do observador;
localização dos extintores;
localização das bocas de incêndio;
localização dos botões de alarme;
caminhos de evacuação normais e alternativos;
instruções gerais de segurança;
piso/área a que corresponde a planta;
números de telefone de emergência;
data de execução da planta;
ponto de reunião das pessoas evacuadas.
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Comportamento ou acções
Azul Sinal de obrigação específicas – Obrigação de
utilizar EPI
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Formação de Incêndio
O plano de evacuação deverá ser transmitido aos Chefes de Emergência, que, por sua vez,
transmitirão aos trabalhadores. O plano de evacuação deverá ser simulado, pelo menos,
duas vezes por ano. Numa primeira simulação, as pessoas serão devidamente informadas
sobre o dia e a hora e numa segunda vez será executado sem aviso prévio.
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É importante controlar o tempo de evacuação total e por sector. Verificar se não ficou
ninguém retido, assim como realizar um relatório sobre todo o desempenho.
Deve existir uma listagem visível e acessível a todos com os contactos dos intervenientes e
entidades a contactar em caso de emergência.
Exemplo:
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4. Química do fogo
Se faltar algum destes elementos, a combustão não será possível. Cada um destes
elementos é representado como um dos lados de um triângulo. A esta representação
simplificada chama-se triângulo do fogo.
Esta representação foi aceite durante muito tempo; no entanto, muitos fenómenos anómalos
que se produziam no incêndio não podiam ser explicados completamente tendo por base
este triângulo. Com efeito, recentes investigações acerca da cinética da química da
combustão indicam que a união do oxigénio com o combustível não é directa, ocorrendo
através de uma série de passos em que as reacções se dão entre o oxigénio e os radicais
livres emitidos pelo combustível aquecido ao ponto de inflamação.
Estas reacções de radicais livres dão lugar também às chamas visíveis e à evolução do
calor.
Sendo assim, surge o quarto factor, que é a reacção em cadeia, obtendo-se assim o
chamado tetraedro do fogo.
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5. Métodos de extinção
Arrefecimento
Abafamento
Por exemplo: colocar uma tampa na frigideira que pegou fogo; projectar gases inertes, como
CO2 ou azoto; lançar areia sobre um material em combustão.
Este método é aplicável nos líquidos quando é possível o transvase destes para outros
recipientes. Nos gases, basta suprimir o fluxo de gás para que se dê a extinção por falta de
combustível.
Inibição
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Tipo de agente
Classe Tipo de fogo Exemplo
extintor
Éteres, álcoois,
Fogos que resultam da acetonas, vernizes, Espumas
B combustão de líquidos ou sólidos gasolinas, gasóleos, Pó Químico BC e ABC
liquidificáveis ceras, pomadas, Dióxido de Carbono
etc.
Metano, propano,
Fogos que resultam da Pó Químico BC e ABC
C etano, butano,
combustão de gases Dióxido de Carbono
acetileno, etc.
água;
dióxido de carbono (CO2);
pós químicos;
espumas.
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Água
A água é o agente extintor por excelência. É o mais barato e mais abundante e é de fácil
utilização, sendo o mais antigo de todos até agora conhecidos. No entanto, a sua acção
depende do modo como é utilizada.
Vantagens:
- económica;
- abundante;
- quando pulverizada, é excelente para as brasas;
- protege contra o calor.
Inconvenientes:
- dispersa o fogo;
- é condutora da electricidade.
CO2
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Vantagens:
- não é corrosivo, nem danifica, nem deixa resíduos, pelo que é um agente extintor limpo;
- penetra facilmente em locais de difícil acesso;
- não é condutor de electricidade, pelo que se pode utilizar sobre equipamentos eléctricos.
Inconvenientes:
- não deve ser respirado;
- tem um alcance reduzido (1,5 metros) – está sujeito a uma expansão forte e consequente
dispersão;
- embora não tóxico, pode tornar-se perigoso quando está presente em percentagens
superiores a 4%.
Nota:
O CO2 encontra-se liquefeito quando está nos reservatórios e, ao sair bruscamente destes,
arrefece rapidamente havendo uma parte que solidifica, apresentando-se sob a forma de
neve carbónica.
Tendo em atenção estas três palavras, depreende-se que se trata de um agente extintor que
é constituído por substâncias "químicas" sólidas finamente divididas ("pó") e que tem de
possuir uma grande fluidez para ser projectado sobre um fogo ("seco" - sem humidade que
forme grânulos).
Vantagens:
- não é tóxico;
- não é condutor de energia.
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Inconvenientes:
- difícil de limpar;
- abrasivo e corrosivo;
- dificulta a visão
• Pó Químico seco BC
A matéria de base é geralmente o bicarbonato de sódio.
É limitado quanto ao uso em fogos que deixem brasas, sendo o seu efeito
nulo ou efémero sobre incêndios da classe A.
• Pó Químico ABC
Incorpora na sua composição fosfatos e sulfatos de amónio que conferem a
este pó excelentes propriedades como extintor de fogos que produzem
brasas.
• Pós especiais
São eficazes sobre fogos da classe D.
Utilizam-se em incêndios de metais no estado puro, como, por exemplo, o
sódio, o potássio, o magnésio, etc., e são concebidos expressamente para
cada um deles;
São incompatíveis com os pós BC e ABC.
Espuma
Vantagens:
- aplicável em grandes superfícies ou volumes;
- impede a reactivação do fogo.
Inconvenientes:
- produz danos.
- é condutora da electricidade.
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7. Equipamentos de combate
7.1 Extintores
No entanto, a sua eficácia obriga a que sejam observadas determinadas regras, das quais se
referem as seguintes:
A selecção de extintores para uma determinada situação depende do tipo de fogo esperado,
do tipo de construção e ocupação do local a proteger, do risco a proteger, das condições de
temperatura ambiente e de outros factores.
Para isso, deve-se analisar inicialmente as condições do incêndio mais prováveis e proceder-
se:
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Uma vez conhecidos os materiais combustíveis existentes nos diferentes locais a proteger,
os agentes extintores devem ser apropriados para as classes de fogo em presença, com o
objectivo de que a sua acção seja a mais eficaz possível.
Note-se que, na escolha dos agentes extintores, deve levar-se em consideração a possível
toxicidade de alguns agentes extintores, o factor visibilidade, a acção nociva sobre os
materiais em presença e a contra-indicação devido à presença de energia eléctrica.
Consideram-se adequados, para cada uma das classes de fogo, os seguintes agentes
extintores:
Classe de Fogo
Agente Extintor
A B C D
Água em jacto 9
Água em nevoeiro 9 |
Dióxido de carbono | |
Pó químico seco BC 9 ¹
Espuma | ¹
Halon | ¹ ¹
9 Muito Bom
¹ Bom
| Satisfaz
Não adequado
Uma vez escolhido o tipo de extintor mais adequado, deve calcular-se em seguida o número
de extintores necessários e a respectiva localização.
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A classificação dos extintores é representada por uma letra, que indica a classe do fogo para
o qual um extintor tenha demonstrado capacidade efectiva, precedida de um número de
classificação (somente para as classe A e H), que indica a dimensão do fogo tipo em que a
acção do extintor é satisfatória.
Quando os extintores têm mais de uma letra de classificação, considera-se que satisfazem
os requisitos de cada letra (por exemplo: 5 A, 21 B).
A eficácia mínima dos extintores para fogos da classe A é determinada pelo seguinte quadro:
A área de 1125 m2 é considerada como limite prático para protecção por extintor.
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Os requisitos de extinção de fogos podem ser satisfeitos com extintores de maior eficácia,
não devendo, no entanto, a distância a percorrer exceder os 25 metros.
13 B 9
Ordinário
21 B 15
21 B 9
Grave
34 B 15
A protecção requerida pode ser satisfeita com extintores de maior eficácia, desde que a
distância a percorrer seja inferior a 15 metros.
Assim:
Os extintores são, para além do mais, equipamentos mecânicos e, como tal, necessitam de
cuidados, manutenção e inspecção periódicas, de modo a assegurar a sua permanente
operacionalidade e segurança.
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Inspecção
A inspecção consiste numa operação rápida que garante que o extintor está disponível e
operacional.
Quando uma inspecção revelar que houve violação ou que o extintor está danificado com
fugas, com carga superior ou inferior à normal ou que apresente indícios visíveis de
corrosão, o extintor deve ser submetido a medidas de manutenção adequadas.
Manutenção
Os extintores devem ser submetidos a medidas de manutenção sempre que uma inspecção
o indique explicitamente ou, pelo menos, uma vez por ano.
Os extintores retirados de serviço para manutenção ou recarga devem ser substituídos por
outros de reserva, do mesmo tipo e com a mesma eficácia.
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A manutenção deve incluir um exame cuidadoso dos três elementos básicos de um extintor:
as peças mecânicas;
o agente extintor;
o agente propulsor.
Cada extintor deve possuir uma etiqueta, bem segura, que indique o mês e o ano em que foi
feita a manutenção, bem com a pessoa ou entidade responsável que a fez e que assegure
que a recarga foi efectuada.
Recarga
Todos os extintores devem ser recarregados após terem sido usados, quando indicado por
uma inspecção ou aquando da manutenção. Ao fazer-se a recarga, devem seguir-se as
recomendações dos fabricantes.
Nenhum extintor deve ser convertido de um tipo para outro, nem ser convertido para uso
diferente de agente extintor.
Uma rede de incêndio (RI) é uma instalação básica de intervenção na protecção contra
incêndios, constituída pelos seguintes elementos:
1. Fonte Abastecedora
2. Sistema de Bombagem
3. Rede de Tubagens de distribuição, Válvulas e Acessórios.
4. Hidrantes e Bocas de Incêndio
5. Mangueiras, Agulhetas, Chaves de manobra
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Uma rede de incêndio diz-se armada (RIA) se as suas bocas estiverem permanentemente
equipadas com mangueiras e agulhetas próprias, prontas a funcionar.
A rede de incêndios tem de ser totalmente independente de outras redes de água utilizadas
para fins diversos, tais como águas sanitárias, águas para rega, águas industriais, etc..
A fonte abastecedora de água deve garantir o fornecimento a toda a rede, com o caudal e a
pressão necessários, por um tempo mínimo de 1 hora nas seguintes condições:
de forma automática;
de forma constante;
sem risco de congelação;
sem matérias sólidas que possam obstruir a instalação;
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Sistema de Bombagem
Central de Bombagem
Unidade compacta
A ligação das mangueiras à rede de água faz-se através dos hidrantes e das bocas de
incêndio.
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tipo teatro;
tipo carretel.
O n.º de bocas de incêndio (BI) deve ser calculado de modo a que o jacto de 2 BI possam
interceptar-se uma à outra.
No caso de as saídas serem distantes umas das outras, as BI devem ser instaladas de
preferência nos corredores de circulação e em posições intermédias.
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Mangueiras e agulhetas
As agulhetas podem ser de vários tipos e dimensões, podendo ser reguladas em várias
posições, o que lhes permite trabalhar em jacto ou nevoeiro de diversas aberturas (ângulos).
Pode também fazer cortina de protecção ao operador - 3 posições (jacto, leque e nevoeiro).
Uma Rede de Incêndio tem de ser sujeita regularmente a ensaios para verificação das suas
condições de funcionamento, de acordo com as indicações do seguinte quadro:
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As instalações de extinção automática por água são canalizações fixas e rígidas instaladas
nos edifícios, que permitem alimentar as cabeças extintoras (sprinklers), as quais são
accionadas por fusão de uma ampola ou fusível térmico.
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Nos locais em que a projecção de água para combater o incêndio possa ser prejudicial,
instalam-se sistemas especiais de extinção, que empregam outros agentes extintores que
não a água.
Por último, as instalações fixas de pó químico são menos utilizadas do que qualquer das
outras, devido, essencialmente, à dificuldade em conseguir uma descarga uniforme do
produto extintor.
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8. Meios de evacuação
O caminho de evacuação deverá ter uma iluminação autónoma após corte de energia
eléctrica. Na sua impossibilidade, utilizar materiais fotoluminescentes.
A distância máxima a percorrer de qualquer ponto, medida segundo o eixo dos caminhos de
circulação, para atingir uma das saídas não deve ser superior a 30 metros.
8.2. Escadas
A largura das escadas deve ser suficiente para assegurar a evacuação dos ocupantes, não
podendo, em caso algum, ser inferior a 1,20 metros, com excepção das escadas de
emergência exteriores, que poderão ter 0,80 metros.
As escadas exteriores de escape e as saídas para o caso de incêndio não devem dar para
pátios interiores ou locais sem saída.
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8.3. Saídas
Cada piso deverá ter, pelo menos, duas saídas suficientemente grandes protegidas contra as
chamas e o fumo e bem separadas entre si.
As saídas deverão estar marcadas e bem iluminadas. Terá de existir uma iluminação de
segurança que permita assegurar a evacuação das pessoas em caso de interrupção
acidental da iluminação normal.
A largura das saídas varia em função do n.º de pessoas a evacuar e do tipo de ocupação do
local.
As portas que dão acesso a uma via de evacuação devem abrir sempre no sentido da fuga.
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T
odas as pessoas designadas para a intervenção em fogos confinados interiores ou
em grandes fogos no exterior devem dispor de uma protecção pessoal adequada
(fatos, capacetes, máscaras, etc.) e de uma completa formação do seu uso,
aplicabilidade e riscos.
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Capacetes
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Luvas
Botas
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Fatos
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Exercem funções de protecção civil, nos domínios do aviso, alerta, intervenção, apoio e
socorro, de acordo com as suas atribuições próprias:
as forças de segurança;
as Forças Armadas;
os sistemas de autoridade marítima e aeronáutica;
o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
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Bibliografia
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Capítulo 15
1. Objectivos Específicos
Avaliação Final
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Ficha de Avaliação
2.2 Os custos de um acidente de trabalho vão muito além dos custos segurados.
Refira-se aos custos indirectos associados a um acidente de trabalho.
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7. Defina doença profissional e apresente dois exemplos com bastante incidência no sector
da Construção Civil e Obras Públicas.
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