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O valor da tecnologia de tintas e vernizes tem sido altamente subestimado em todos os sentidos;
a grande maioria das pessos que não esteja de alguma forma relacionada com tintas e correlatos,
seguramente não se dá conta de que esta tecnologia envolve muitas ciências tais como: química
O porte da indústria de tintas no mundo ocidental é de US$ 22 bilhões. As tintas são utilizadas
para que possamos proteger e embelezar casa e edifícios, carros, eletrodomésticos, além de uma
O valor do mercado brasileiro de tintas girou ao redor de US$ 1,5 bilhão no ano de 1990,
corresondendo a 750 milhões de litros. Embora represente, em termos globais de volume e valor, o
A complexidade da indústria de tintas advém de uma série de fatores que podem ser de natureza
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tecnológica, comercial e/ou administrativa. O elevado número de matérias-primas, isto é, de produtos
Um produtor de tintas que atue na maioria dos mercados de revestimentos necessita de 750 a
1.000 diferentes matérias-primas; parte delass são usadas para fabricar produtos intermediários,
destacando-se entre eles as resinas e emulsões. Uma fórmula típica de um esmalte sintético de secagem
matérias-primas que participa da composição subirá para cerca de 30. A evolução constante das
Quando se pensa em aplicação, logo vem à nossa mente a forma de cura da tinta. Entende-se
por cura a última etapa do processo industrial de uma tinta, que ocorre após a aplicação, através de
importantes fenômenos químicos e físicos; é durante a cura que ocorre a formação da película protetora
sobre a superfície, evidenciando-se, então, todas as propriedades desejadas da tinta; na maioria dos
casos a cura é conseqüência de reações químicas que transformam a estrutura polimérica linear em
solventes é menos comum e ocorre em casos especiais, como por exemplo nas lacas.
O processo de cura de uma tinta é um fator de complexidade devido, entre outros, aos
seguintes aspectos:
Processo de cura faz parte integrante do desenvolvimento de uma tinta; em outras palavras,
quando do desenvolvimento de uma tinta deve sempre ser levada em consideração a forma pela qual
Os processos de cura estão em constante desenvolvimento, tanto por parte do produtor de tintas
quanto por parte do fabricante do equipamento de cura; a cura por radiação ultravioleta constitui um
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exemplo de integração entre a indústria de tintas e a de fabricação do equipamento; por um lado, a tinta
necessita ter uma composição tal que permita a ocorrência da cura quando submetida, após a aplicação,
à ação da radiação ultravioleta e, por outro lado, o equipamento de cura tem de fornecer a radiação
adequada.
Os processos de aplicação e de cura são realizados pelo usuário e constituem a última e mais
importante etapa de industrialização de uma tinta; isto significa que o fabricante de tintas entrega ao
usuário um produto incompleto sob o ponto de vista da industrialização, porém com todas as condições
potenciais para que essas operações ocorram de forma adequada e previamente estabelecida. Este
aspecto toma a tinta um produto ímpar entre os diferentes produtos industriais, já que estes, na sua
tecnológico das tintas; nos últimos anos têm sido alcançados impressionantes progressos, que têm
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FABRICAÇÃO DA TINTA
O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas sequenciadas, quando a formulação
Moagem: A pasta obtida na pré-mistura passa pelo moinho para ser finamente dividida em
pequenas partículas.
Completação: O produto obtido na moagem é levado para tanques equipados com agitadores, onde
formulação.
Controle de Qualidade: Nesta etapa, os produtos são submetidos a rigorosas análises para
observação de viscosidade, brilho, cobertura, cor e secagem. Após aprovação, são liberados para
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COMPOSIÇÃO BÁSICA
película fina, forma um filme opaco e aderente ao substrato. Esse filme tem a finalidade de
Componentes Básicos
Resina
Resina é a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos.
A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. Assim, por exemplo,
temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc..Todas levam o nome da resina básica que as
compõe.
dia são obtidas através da indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas,
superiores às antigas.
sistema polimérico, embora outros componentes, como solventes, pigmentos e aditivos, tenham
Pigmento
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Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para conferir cor, opaci-
priedade da tinta de cobrir o substrato), sendo que os pigmentos coloridos devem possuir I.R.
Aditivo
melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases de fabricação e
Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes, como:
Solvente
Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas e correlatos
para dissolver a resina. São classificados em: solventes ativos ou verdadeiros, latentes e inativos.
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RESINAS ACRÍLICAS
diferentes tipos de monômeros que fornecem por sua vez características particulares ao polímero.
graças às ligações carbono-carbono, muito mais resistentes do que ligações éster presentes em
resinas alquídicas e poliésteres. Seu custo também é bem mais elevado em relação aos outros
alguns que possibilitam a obtenção dos ácidos acrílicos e matacrílicos, enquanto que outros
Primeiro processo de obtenção destes compostos parte da reação do óxido de etileno com
ácido cianídrico. A reação do óxido de etileno com ácido cianídrico é exotémica, é catalisada por
catalisadores básicos e ocorre entre 55 e 60º C. A etileno – cianodrina é separada por destilação
e, no segundo estágio, é hidrolisada e desidratada através do seu aquecimento com ácido sulfúrico.
Com a adição de álcois é possível a obtenção dos ésteres correspondentes, que são
separados e purificados por destilação a pressão reduzida. Esta esterificação direta é usada
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Ácido Metacrílico e Metacrilatos
O processo mais comum está baseado na reação de acetona com ácido cianídrico. A
metacrilamida, produto este que não é isolado, sendo diretamente convertido no ácido metacrílico
através do tratamento com água a 90°C. O metacrilato de metila pode ser obtido diretamente se
exemplos de olefinas 1,1 di-substituídas; os alquil-acrilatos, cujo radical alquila é maior do que o
Estas resinas são base para as lacas acrílicas que, devido às suas excelentes propriedades,
são usadas por diferentes segmentos do mercado, entre os quais se destaca o da repintura
automotiva, onde vêm substituindo de forma crescente as lacas nitrocelulósicas. As lacas acrílicas
formam filme através da evaporação do solvente, o que significa que não existe mudança de
natureza química durante a secagem. As lacas acrílicas usadas na repintura automotiva são
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H CH 3
C C
H CooCH 3
n
Este polímero é caracterizado por uma alta temperatura de transição vítrea (Tg = 105°C),
alta dureza, excelente resistência à intempérie, etc.; necessita ser plastificado externamente a fim
de conferir flexibilidade à laca, facilidade do solvente sair da película durante a secagem, evitar
trincamento, melhorar a aderência sobre a tinta de fundo, etc.. Os plastificantes mais usuais são o
apresentam uma deficiente molhabilidade do substrato e dos pigmentos; esta deficiência pode ser
de introduzir grupos funcionais que contribuam para a solução de tais problemas. Os principais
Outra forma de incorporar tais grupos funcionais nessas resinas consiste em introduzir o
metacrilato de glicidila na mistura monomérica. Através da reação deste grupo com compostos
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RESINAS ACRÍLICAS TERMOCONVERTÍVEIS
a uma série de características que conferem às tintas, entre as quais podem mencionadas:
tempos adequados. Neste caso a tinta é monocomponente, pois a resina e o reticulante estão juntos
na mesma embalagem já que, à temperatura ambiente, praticamente não existe reação entre eles.
Existe uma grande variedade de reações químicas que podem ser usadas na reticulação
acrílicos funcionais que, ao serem introduzidos no polímero através de polimerização por adição,
Estas reações podem ocorrer entre duas resinas acrílicas desde que uma delas contenha
grupos funcionais adequados para reagir com os grupos funcionais da outra; o caso mais comum
é que as reações ocorram entre uma resina acrílica, dotada de um determinado grupo funcional, e
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um reticulante capaz de reagir com ela.
Amida Acrilamida
Monômeros funcionais e respectivos grupos funcionais mais comuns nas resinas acrílicas termoconvertíveis
A grande maioria das resinas acrílicas termoconvertíveis são preparadas pelo processo de
poIimerização em solução; o solvente é escolhido de forma a fazer parte da composição final dos
sol ventes da tinta. A polimerização é feita usualmente pelo mecanismo de radicais livres; a
faixa de 45 a 50%; o peso molecular médio varia de 20.000 a 30.000 e a quantidade de iniciador
mais comum está em torno de 2% dos monômeros; por vezes é empregado um agente transferidor
O solvente não pode reagir com qualquer monômero funcional presente na mistura
nomérica.
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Iniciação
Propagação
Terminação
Além da escolha do monômero funcional, feita em função do tipo de cura da qual a resina
requeridas.
veículos para tintas, pois combinam as vantagens dos monômeros acrílicos e vinílicos (baixo
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custo, grande variedade de espécies químicas permitindo obter polímeros para uma enorme gama
de aplicações, facilidade de polimerização, etc.) com o uso da água em substituição aos solventes
por água; as outras são os polímeros nas formas de dispersões coloidais aquosas e soluções
aquosas.
Na emulsão, a menor unidade é uma partícula, que é constituída por um grande número
de moléculas poliméricas e que está "solubilizada" por uma superfície onde se localizam
emulsionantes que lhe conferem estabilidade. Entre a emulsão e a solução existe uma forma
denominada "dispersão coloidal" onde as partículas são tão pequenas que a "olho nu" parece mais
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EQUIPAMENTO PARA FABRICAÇÃO DE EMULSÕS
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As resinas acrílicas são obtidas pelo processo de adição. Sua sintetização processa-se através
meia-vida do peróxido (iniciador de reação) utilizado e com a velocidade de reação desejada, que
influenciará na distribuição do peso molecular, inicia-se a adição gradual dos monômeros e dos
peróxidos ao reator.
afim de se evitar reações fora de controle. É necessário se manter sistemas de segurança que atuem
no sentido de inibir a reação caso todas as medidas de controle não surtam efeito.
BIBLIOGRAFIA:
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