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VIROLOGIA

A
BO
IS
UL
FF
IA
G
LO
RO

Aulas de Laboratório
VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
A Equipa
J M Azevedo-Pereira

A
Professor Auxiliar da FFUL

BO
Responsável de Projecto de Investigação HIV-2

Unidade dos Retrovírus e Infecções Associadas

Centro de Patogénese Molecular

Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

IS
UL
Helena Rebelo de Andrade

Professora Convidada do Departamento de

FF
Microbiologia e Imunologia da FFUL

Responsável de Projecto de Investigação - Gripe

Instituto Ricardo Jorge

IA
G Quirina Santos-Costa

Professora Auxiliar da FFUL

LO
Unidade dos Retrovírus e Infecções Associadas

Centro de Patogénese Molecular

Responsável do Laboratório de Segurança Biológica Nível 3

RO

Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa


Técnicos de Laboratório FFUL



VI

Claudia Teresa Vieira


Auxiliares de Laboratório FFUL

Augusto de Jesus Kleida
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
Sumário

A
HISTÓRIA DA VIROLOGIA LABORATORIAL

BO
INSTALAÇÕES E FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
1.  Design Conceptual do Espaço

IS
2.  Aparelhos necessários

UL
3.  Consumíveis

FF
4.  Manutenção do Laboratório
5.  Protocolos e Boas Práticas

IA
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
G
1.  Níveis de Segurança Biológica
2.  Câmaras de Fluxo Laminar e Níveis de Segurança Biológica
LO

3.  Vias de Contaminação e de Exposição a Microorganismos no Laboratório


4.  Tipos de Acidentes Associados a Infecções Laboratoriais
RO

5.  O que fazer em caso de acidente


6.  Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)
VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
HISTÓRIA DA VIROLOGIA LABORATORIAL

A
•  1798 - Vacina anti-varíola (Jenner)
•  1884 - Vacina anti-rábica (Pasteur)

BO
•  1892 - Vírus como agentes filtráveis (Ivanovsky - vírus do mosaico do
tabaco)

IS
•  1898 - Vírus da febre aftosa

UL
•  1902 - Vírus da febre amarela

FF
•  1930 - Utilização do rato
•  1940 - Utilização do ovo embrionado

IA
•  1949 - Utilização das culturas celulares
G
•  1952 - Método das placas
•  1962 - Linhas celulares diplóides humanas
LO

•  1962 - A estrutura da partícula vírica


•  1968 - Integração da informação genética vírica no genoma celular
RO

•  1970 - A transcriptase reversa (Howard Temin e David Baltimore)


VI

•  1970-2002 - Isolamento clonagem e sequênciação de inúmeros vírus


•  1979 - OMS declara erradicada a varíola
•  1983 - Descoberta do agente causal de SIDA: VIH (Luc Montaigner)*
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
1ª Aula:
HISTÓRIA DA VIROLOGIA LABORATORIAL

A
INSTALAÇÕES E FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
1.  Design Conceptual do Espaço

BO
2.  Aparelhos necessários
3.  Consumíveis

IS
4.  Manutenção do Laboratório

UL
5.  Protocolos e Boas Práticas

FF
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
1.  Níveis de Segurança Biológica

IA
2.  Câmaras de Fluxo Laminar e Níveis de Segurança Biológica
3.  Vias de Contaminação e de Exposição a Microorganismos no Laboratório
G
4.  Tipos de Acidentes Associados a Infecções Laboratoriais
LO
5.  O que fazer em caso de acidente
6.  Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)
RO

CULTURAS CELULARES EM VIROLOGIA:


1.  Como iniciar uma cultura
VI

2.  Tripsinização

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
A
BO
ULIS
Contenção Microbiológica BSL 4

FF
IA
G
LO
RO
VI

Como equipar com EPI Take Home Messages QSC


iMED-FFUL
ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE CULTURA
CELULAR

A
• Laboratório do passado:

BO
primeiro no séc. XX, 1907,

IS
Ross Harrison, neurobiologista

UL
FF
• O Laboratório do Futuro

IA
G
LO

O Nosso Laboratório
RO

• Categoria 3, Guidelines do Advisory


Committee on Dangerous
VI

Pathogenes (ACDP, 1995)

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
INSTALAÇÕES E FUNCIONAMENTO DO
LABORATÓRIO DE VIROLOGIA

A
Design Conceptual do Espaço

BO
IS
UL
FF
IA
G
LO
RO
VI

Deve ser construído de raiz, com divisões para a Área


Limpa, Área de Preparação, Área de Lavagens e Armazém
Refrigerado, (indicado para 10 a 12 pessoas).
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
Design Conceptual do Espaço
Chão, Janelas, Bancadas ou

A
Superfícies de Trabalho

BO
IS
UL
Armários para armazenar material

FF
descartável, soluções, etc.

IA
G
LO
Serviços
a.  Garrafas de CO2
RO

b.  Água Bidestilada, ou Ultrapura


VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
APARELHOS NECESSÁRIOS

A
Câmaras de Fluxo Laminar Vertical de

BO
extracção total ou de extracção parcial
(filtros HEPA-high efficiency particle air )

IS
UL
Incubadores / Estufas (para células

FF
infectadas e não infectadas)

IA
• as condições de temperatura
• de humidade G
• a % de CO2(entre 5 e 10%)
LO
vs O2 (90-95%)
RO
VI

Microscópios

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
APARELHOS NECESSÁRIOS

A
Centrífugas

BO
Arcas Frigoríficas 4ºC e

IS
Arcas Congeladoras –20ºC

UL
Autoclave

FF
Contentores de Azoto
Líquido (N2)

IA
Lavatórios
G
LO

Zona de lavagens de
material
RO

Equipamento de menores dimensões


VI

• Banho de água
• Sistema de Aspiração por Vácuo
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
CONSUMÍVEIS

Pipetas volumétricas(2, 5, 10, 25 e 50mL)
Micropipetas (10, 20, 100, 200 e 1000uL)

A
autoclaváveis
Pipetador Automático

BO
Contentor de Plástico para o interior das Câmaras de
Fluxo
Frascos de Cultura (T25, T75, T125, Factories,

IS
Roller)
Placas de Cultura (P Petri, 4, 6, 24, 48 e 96 Cúpulas)

UL
Criotubos
Tubos de 4mL
Tubos Falcon15 e 50mL

FF
Câmara de Contagem de Células (Hematímetro de
Neubauer)
Lamelas

IA
Pontas amarelas
Pontas Azuis G
Eppendorf
Luvas
LO
Máscaras
Botas de Protecção para os pés
Óculos
RO

Batas
EtOH diluído a 70º.
Água Destilada e Bidestilada Estéril
Baldes ou Contentores para lixo contaminado
VI

e não contaminado

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
MANUTENÇÃO DO LABORATÓRIO

Pessoal Especializado
a. de limpeza

A
b. manutenção dos aparelhos
c. técnicos de laboratório

BO
Diariamente:

Temperatura de estufas (a temperatura da estufa deve ser confirmada com um
termómetro de referência -calibrador) e banhos

Níveis de CO2 e de O2, de modo a que os valores sejam mantidos. Se necessário

IS

mudar as bilhas e fazer de imediato a encomenda para o fornecedor.

UL

Nível dos banhos de água

Esvaziar os contentores de pipetas e de material contaminado e não contaminado

Verificar o nível de hipoclorito de sódio nos sistema de vácuo

FF

Verificar os stocks de material descartável, soluções, etc.

Limpar as superfícies de trabalho

IA
Semanalmente:

Controlo microbiológico das CFL

Mudar a água dos banhos G

Repor o nível de água dentro das estufas

Verificar os stocks de material no armazém
LO

Esvaziar o jarro do sistema de vácuo

Repor o nível de N2 nos contentores

RO

Mensalmente:

Limpar o sistema de bidestilação e desinfectar

Descongelar as arcas (se necessário)

Calibrar os instrumentos
VI



Limpar as estufas, centrífugas, etc

Inspeccionar as Câmaras de Fluxo Laminar (atenção aos filtros HEPA)

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
PROTOCOLOS E BOAS PRÁTICAS

Devem ser elaborados pelos Chefes de Laboratório,

A
BO
afixados em local visível e
entregues a cada um dos utilizadores,

IS
fazendo-se cumprir as suas regras escrupulosamente!

UL
FF
IA
G
LO
RO
VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
1ª Aula:
HISTÓRIA DA VIROLOGIA LABORATORIAL

A
INSTALAÇÕES E FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
1.  Design Conceptual do Espaço

BO
2.  Aparelhos necessários
3.  Consumíveis

IS
4.  Manutenção do Laboratório

UL
5.  Protocolos e Boas Práticas

FF
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE VIROLOGIA
1.  Níveis de Segurança Biológica

IA
2.  Câmaras de Fluxo Laminar e Níveis de Segurança Biológica
3.  Vias de Contaminação e de Exposição a Microorganismos no Laboratório
G
4.  Tipos de Acidentes Associados a Infecções Laboratoriais
LO
5.  O que fazer em caso de acidente
6.  Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)
RO

CULTURAS CELULARES EM VIROLOGIA:


1.  Como iniciar uma cultura
VI

2.  Tripsinização

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

RISCO E BIOSSEGURANÇA

A
BO
A Biossegurança é um conjunto de ações voltadas para: prevenção,

LIS
minimização e eliminação de riscos para a saúde, ajuda na proteção do

U
FF
meio ambiente contra resíduos e na conscientização do profissional da

IA
saúde. Existem 4 níveis.

G
LO
RO
VI
O Risco é a probabilidade ou ameaça de lesão, perda ou algum conjunto
de ocorrências “negativas” de origem externa ou vulnerabilidade intrínseca
do indivíduo, que poderão ser evitadas com uma acção de boas prátcas e
prudência. Existem 4 classes.

QSC
iMED-FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

CLASSES DE RISCO

A
Classe de Risco 1: o risco individual e para comunidade é baixo, são agentes

BO
biológicos, que têm probabilidade nula ou baixa de provocar infecções no homem ou

LIS
em animais sadios e de risco potencial mínimo para o profissional do laboratório e

U
FF
para o ambiente. Exemplo: Lactobacillus..

IA

G
LO
Classe de Risco 2: o risco individual é moderado e para comunidade é limitado.
RO
Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais,
VI
cujo risco de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é
limitado, não constituindo em sério risco a quem os manipula em condições de
contenção, pois existem medidas terapêuticas e profiláticas eficientes. Exemplo:
Toxoplasma spp.

!

QSC
iMED-FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

CLASSES DE RISCO
Classe de Risco 3: o risco individual é alto e para comunidade é limitado. Aplica-se a

A
BO
agentes biológicos que provocam infecções, graves ou letais, no homem e nos animais

LIS
e representam um sério risco a quem os manipulam. Representam risco se

U
FF
disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de indivíduo

IA
para indivíduo, mas existem medidas de tratamento e prevenção. Exemplo: Bacillus

G
LO
anthracis.

!
RO
VI
Classe de Risco 4: o risco individual para a comunidade é elevado. Aplica-se a
agentes biológicos de fácil propagação, altamente patogênicos para o homem, animais
e meio ambiente, representando grande risco a quem os manipula, com grande
poder de transmissibilidade via aerossol ou com riscos de transmissão desconhecido,
não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplo: Vírus Ebola.

QSC
iMED-FFUL
SEGURANÇA BIOLóGICA NO LABORATÓRIO DE
VIROLOGIA

A
BO
Contenção microbiológica:
Visa reduzir ou eliminar a exposição do microbiologista a agentes potencialmente

IS
patogénicos presentes nas amostras e culturas que necessita de manipular.

UL
-  Informação

FF
-  Treino e Boas Práticas
-  Responsabilidade

IA
-  Equipamento G
-  Barreiras primárias:
-  Bata, luvas, máscara, óculos de protecção, etc.
LO
Perigo Biológico
-  Câmaras de fluxo (classe I, II ou III)
-  Barreiras secundárias:
RO

-  Design do Laboratório com localização e infra-estruturas adequadas


-  Acesso restrito
VI

-  Autoclave
-  Lavatório

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
NíVEIS DE SEGURANÇA BIOLóGICA

A
Risco para o Risco para a

BO
Nível Transmissão Exemplos
operador comunidade

IS
1 - Nulo Nulo B. subtilis

UL
FF
Percutânea
Hepatite B
2 Mucosas Moderado Moderado

IA
HIV
Ingestão G
2+ M. tuberculosis
LO

3 Elevado Moderado
aerossóis HIV concentrado
RO

Vírus Ebola e
4 3 Muito elevado Muito elevado
Marburg
VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

A
BO
ULIS
FF
IA
G
LO
RO
VI

QSC
iMED-FFUL
NíVEIS DE SEGURANÇA BIOLóGICA

NSB Agentes Práticas Equipamento de segurança Instalações


(Barreiras primárias) (barreiras secundárias)
Que se desconheça

A
Práticas de Microbiologia gerais Nenhum requerido
causarem doença Banco com regulação de
1 altura
de forma consistente

BO
em adultos saudáveis

Associados com doença


NBS-1 mais: Barreiras 1ªS = NBS Classe I ou II ou
no Homem, NBS-1 mais:
outros dispositivos físicos usados para
Perigo= lesão percutânea,

IS
Acesso limitado, todas as manipulações de agentes que
2 ingestão, exposição a
Sinalização de perigo biológico, causem salpicos ou aerossóis de
Autoclave disponível
membrana mucosa

UL
Precauções c/objectos cortantes, materiais infecciosos;
Manual de biosegurança que Protecção: batas de laboratório, luvas,
defina politicas de protecção da face, sempre que
descontaminação de qualquer necessário

FF
material necessário ou
vigilância médica

Barreiras 1ªS = NBS Classe I ou II ou NBS-2 mais:

IA
Agentes indígenas ou NBS-2 mais: outros dispositivos físicos usados para
exóticos potencialmente
todas as manipulações abertas de Separação física dos
transmissíveis por Acesso controlado,
G agentes que causem salpicos ou corredores de acesso;
3 aerossóis; a doença pode Descontaminação de todo o lixo,
aerossóis de materiais infecciosos; Dupla porta de acesso que se
ter consequências sérias Descontaminação do vestuário Protecção: vestuário de protecção à feche automaticamente
ou letais do laboratório antes de ser
bata de laboratório, luvas, Exaustão de ar que não
LO
lavado
protecção respiratória, sempre que recircule
Amostra reduzida ao mínimo
necessário Pressão negativa no laboratório
RO

Agentes perigosos / NBS-3 mais: NBS-3 mais:


exóticos que apresentem Barreiras 1ªS = todos os procedimentos
na NBS Classe III ou Classe I ou II em
risco elevado de causar Trocar de vestuário antes de Edifício separado ou isolado;
conjunto com fato completo, com
4 morte, devido a infecções entrar, Sistemas de fornecimento de
fornecimento de ar e pressão positiva
laboratoriais transmitidas Chuveiro à saída, ar, exaustão, vácuo e de
VI

por aerossóis; ou agentes Descontaminação de todo o descontaminação


aparentados com risco material à saída da instalação especializados
de transmissão Outros equipamentos como
desconhecido autoclave com 2 portas,
portas de acesso com chaves,
sistemas de comunicação, etc.
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
Câmaras de Fluxo Laminar e Níveis de Segurança Biológica
Tipo Velocidade de Perfil do fluxo do ar Radionucleótidos/ Níveis de Protecção do
Face (lfpm) químicos tóxicos biosegurança produto

A
BO
Classe I 75 Entrada pela frente; parte de
Não 2,3 Não
trás e de cima por filtros HEPA

IS
Classe II,

UL
75 70% recirculado por HEPA;
Tipo A Não 2,3 Sim
exaustão por HEPA
(baixos níveis/volatilização)

FF
Tipo B1 100 30% recirculado por HEPA;
Sim 2,3 Sim

IA
exaustão por HEPA e conducta

G
LO
Tipo B2 100 Não há recirculação;
Sim 2,3 Sim
total exaustão por HEPA e
conducta
RO

Tipo B3 100 Igual a IIA, mas com pressão


Sim 2,3 Sim
negativa na sala e exaustão
de ar pela conducta
VI

Classe III NA O ar fornecido entra e sai


Sim 3,4 Sim
através de 2 filtros HEPA

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
Câmara de fluxo laminar de segurança biológica, Classe I

A
BO
A-abertura frontal

IS
B-janela de guilhotina

UL
C-filtro HEPA de exaustão
D-sistema de exaustão total

FF
IA
G
LO

Ar da sala
RO

Ar potencia/
contaminado
Ar filtrado
p/ HEPA
VI

Vista lateral

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
Câmara de fluxo laminar de segurança biológica, Classe II, Tipo A

A
BO
IS
UL
A-abertura frontal
B-janela de guilhotina

FF
C-filtro HEPA de exaustão
D-sistema de exaustão total

IA
G E –Filtro HEPA adicional
Ar da sala F- ventilador
LO
Ar potencia/
contaminado
Ar filtrado
RO

p/ HEPA

70% do ar recirculado
VI

Vista
Vistalateral
lateral

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
Câmara de fluxo laminar de segurança biológica, Classe II, Tipo B1

A
BO
Necessário ligação ao sistema de exaustão do edifício

IS
UL
FF
A-abertura frontal

IA
B-janela de guilhotina
G C-filtro HEPA de exaustão
D-filtro HEPA adicional
LO

Ar da sala E-pressão negativa de


RO

Ar potencia/ exaustão total


contaminado
Ar filtrado F-ventilador
p/ HEPA
G-filtro HEPA adicional
VI

Vista lateral Vista de fente para o ar fornecido

30% do ar recirculado
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
Câmara de fluxo laminar de segurança biológica, Classe II, Tipo B2

A
Necessário ligação ao sistema de exaustão do edifício

BO
IS
UL
FF
A-abertura frontal

IA
B-janela de guilhotina
G C-filtro HEPA de exaustão
D-filtro HEPA adicional
LO
E-pressão negativa de
Ar da sala
exaustão total
Ar potencia/
F-filtro visível
RO

Contaminado
Ar filtrado Nota: filtro de carbono do
p/ HEPA sistema de exaustão
VI

do edifício não visível


Vista lateral Vista de fente

VIROLOGIA
Não há recirculação do ar Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
A
BO
ULIS
Contenção Microbiológica BSL 4

FF
IA
G
LO
RO
VI

Como equipar com EPI Take Home Messages QSC


iMED-FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

LAB. DE NÍVEL DE SEGURANÇA 4


NSB Agentes Práticas Equipamento de segurança Instalações
(Barreiras primárias) (barreiras secundárias)

A
Que se desconheça Práticas de Microbiologia gerais Nenhum requerido

BO
causarem doença Banco com regulação de
1 altura
de forma consistente
em adultos saudáveis

LIS
Associados com doença
NBS-1 mais: Barreiras 1ªS = NBS Classe I ou II ou

U
no Homem, NBS-1 mais:
outros dispositivos físicos usados para

FF
Perigo= lesão percutânea,
Acesso limitado, todas as manipulações de agentes que
2 ingestão, exposição a
Sinalização de perigo biológico, causem salpicos ou aerossóis de
Autoclave disponível
membrana mucosa

IA
Precauções c/objectos cortantes, materiais infecciosos;
Manual de biosegurança que Protecção: batas de laboratório, luvas,

G
defina politicas de protecção da face, sempre que
descontaminação de qualquer necessário

LO
material necessário ou
vigilância médica

RO
Barreiras 1ªS = NBS Classe I ou II ou NBS-2 mais:
Agentes indígenas ou NBS-2 mais: outros dispositivos físicos usados para
exóticos potencialmente
VI
todas as manipulações abertas de Separação física dos
transmissíveis por Acesso controlado,
agentes que causem salpicos ou corredores de acesso;
3 aerossóis; a doença pode Descontaminação de todo o lixo,
aerossóis de materiais infecciosos; Dupla porta de acesso que se
ter consequências sérias Descontaminação do vestuário Protecção: vestuário de protecção à feche automaticamente
ou letais do laboratório antes de ser
bata de laboratório, luvas, Exaustão de ar que não
lavado
protecção respiratória, sempre que recircule
Amostra reduzida ao mínimo
necessário Pressão negativa no laboratório

Agentes perigosos / NBS-3 mais: NBS-3 mais:


exóticos que apresentem Barreiras 1ªS = todos os procedimentos
na NBS Classe III ou Classe I ou II em
risco elevado de causar Trocar de vestuário antes de Edifício separado ou isolado;
conjunto com fato completo, com
4 morte, devido a infecções entrar, Sistemas de fornecimento de
fornecimento de ar e pressão positiva
laboratoriais transmitidas Chuveiro à saída, ar, exaustão, vácuo e de
por aerossóis; ou agentes Descontaminação de todo o descontaminação
aparentados com risco material à saída da instalação especializados
de transmissão Outros equipamentos como
desconhecido autoclave com 2 portas,
portas de acesso com chaves, QSC
sistemas de comunicação, etc. iMED-FFUL
Câmara de fluxo laminar de segurança biológica, Classe III

A
BO
Necessário ligação ao sistema de exaustão do edifício

IS
UL
FF
A-abertura com O-ring

IA
para luvas para todo o
G braço
B-janela de guilhotina
C-filtro HEPA de exaustão
LO
D-filtro HEPA adicional
E-autoclave com 2
aberturas ou caixa fechada
RO

Ar da sala para passar material


Ar potencia/
Contaminado Nota: pode ser instalado
VI

Ar filtrado um tanque químico por


p/ HEPA baixo da superfície de
Vista de fente trabalho com acesso
Vista lateral
pela parte superior
VIROLOGIA Não há recirculação do ar Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
A
BO
ULIS
Contenção Microbiológica BSL 4

FF
IA
G
LO
RO
VI

Como equipar com EPI Take Home Messages QSC


iMED-FFUL
MEDIDAS DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL

E NO LABORATÓRIO

EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL

A
BO
LIS
Os Equipamentos de Protecção Individual (EPI) pertencem à classe

U
FF
de barreira primária de protecção individual e servem para evitar do

IA
G
contato com agentes infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas, materiais

LO
perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento.


RO
VI

!
Ainda dentro das barreiras primárias, as câmaras de fluxo laminar vertical com filtros HPA
pertencem à classe de equipamento de protecção colectiva.

!
Como exemplo de barreira secundária: design do laboratório.

QSC
iMED-FFUL
EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Usar Sempre Tranquilidade
Reunir TODO o material necessário

A
Roupa autoclavável/descartável e

BO
remover TODOS os objectos pessoais

LIS
Equipar sempre com a ajuda de um(a)

U
FF
colega

IA
G
Desinfectar as mãos

LO
Confirmar a boa saúde do Técnico
RO
Superior de Saúde ( medir a temperatura)

VI

Hidratar: beber líquidos (H2O)



Desinfectar as mãos

Colocar luvas nitrilo

Calçar botas de borracha até ao joelho
QSC
iMED-FFUL
EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL
Vestir fato completo semi-permeável por
cima das luvas e adaptar ao dedo médio

Calçar protecção para botas

A
BO
Desinfectar luvas e colocar a máscara

LIS
Colocar os óculos de proteção

U
FF
Colocar a touca

IA
G
LO
Colocar a viseira/protecção facial

Colocar o avental
RO
VI

Calçar o último para de luvas



NÃO Selar as luvas ao fato com fita
adesiva forte: pode danificar a luva...
Confirmar que está tudo confortável
CDC Expert Commentary Ebola: Donning and Doffing of Personal Protective Equipment (PPE) QSC
iMED-FFUL
EQUIPAMENTO PROTECÇÃO INDIVIDUAL:

!
REMOVER
Desinfectar as áreas expostas

Remover o avental
Remover a protecção do calçado

A
BO
Remover as luvas exteriores

LIS
Remover a viseira

U
FF
Remover a touca

IA
G
Ajudar a remover o fato como “descascar

LO
uma banana”: para fora!

Desinfectar as mãos ainda com as luvas
RO
VI

Remover as luvas internas



Desinfectar as mãos

Remover os óculos

Desinfectar as mãos

Em último, remover a máscara.
http://www.cdc.gov/vhf/ebola/hcp/ppe-training/index.html
QSC
iMED-FFUL
VIAS DE CONTAMINAÇÃO E EXPOSIÇÃO A
MICROORGANISMOS
Vias de contaminação:

A
•  Inalação de aerossóis
Ingestão

BO
• 
•  Contacto directo (pele e mucosas)
•  Cortes e picadas com objectos cortantes contaminados

IS
UL
Vias de exposição a microorganismos:

FF
Via Prática microbiológica
Ingestão Pipetagem com a boca.
Salpicos de material infeccioso para a boca.

IA
Colocação de objectos contaminados ou dedos na
G boca.
Consumo de alimentos no laboratório.
LO
Inoculação Acidentes com agulhas.
Cortes.
Mordeduras de insectos e arranhões.
RO

Contaminação da pele e Salpicos para os olhos, boca, e nariz.


mucosas Derrames ou salpicos em pele intacto ou lesada.
Superfícies, equipamento e material
VI

contaminados.
Inalação Aerossóis.

VIROLOGIA * Sewell, D.L., 1995; Clin. Microbiol. Reviews, 8: 389-405 Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
TIPOS DE ACIDENTES ASSOCIADOS A INFECÇÕES
LABORATORIAIS*

A
BO
Acidentes Nº (%) de infecções

IS
Derrames e aerossóis 188 (26,7)

UL
Agulhas 177 (25,2)

FF
Objectos cortantes 112 (15,9)

IA
Mordedura/arranhão de animal ou
95 (13,5)
parasita
G
LO

Pipetagem com a boca 92 (13,1)


RO

Outros, desconhecidos 39 (5.5)

TOTAL 703
VI

* Sewell, D.L., 1995; Clin. Microbiol. Reviews, 8: 389-405


VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE?
Seguir o Protocolo elaborado pelo Responsável do Laboratório,

A
tendo em conta os seguintes factores:

BO
• Patogenicidade, severidade do Agente Infeccioso (morbilidade vs mortalidade,
doença crónica)
• Via de Exposição (ingestão, inoculação, inalação, contacto com pele ou mucosas)

IS
• Estabilidade do Agente Infeccioso (formação de esporos)

UL
• Dose Infectante (a dose infectante pode variar entre uma e centenas de milhares de
unidades infectantes)

FF
• Carga Vírica (número de agentes infecciosos por unidade de volume)
• Origem da Amostra (região geográfica, hospedeiro natural)

IA
G
1.  Lavar a picada ou corte com água e sabão azul e branco
LO
2.  Salpicos para nariz, boca e pele deve ser lavado com
água corrente
RO

3.  Os olhos devem ser enxaguados com água destilada


estéril ou soro fisiológico
4.  Ir ao Hospital e receber tratamento profiláctico pós-
VI

exposição no intervalo de 1 a 2 horas


Contactar o Responsável do Laboratório
VIROLOGIA Quirina Santos-Costa
Laboratório URIA-CPM, FFUL
Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)

A
1. Acesso restrito a pessoal especializado, no máximo de 1/CFL.

BO
2. Usar bata, protecção para sapatos, máscara, dois pares de luvas e

IS
óculos de protecção.

UL
FF
3. Nunca pipetar à boca, não comer, não beber ou fumar.
Não armazenar objectos na CFL que possam obstruir a entrada de ar

IA
G
4. Evitar o uso de agulhas, seringas, lâminas ou outro
LO
material cortante.
RO

5. As pipetas usadas devem ser reenchidas com lixívia até ao nível


anteriormente pipetado.
VI

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Laboratório URIA-CPM, FFUL
Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)

6. Descontaminação de superfícies de trabalho:

A
Bom desinfectante

BO
Hipocloritos Activo em vírus
Cloros, Corrosivo para metais
Presept Inactivado rapidamente por material orgânico – preparação diária

IS
Para desinfecção: 1000ppm

UL
Para pipetas: 2500ppm
Para lixo de culturas celulares: 10.000ppm

FF
Hipocloritos + fumigação com formaldeído = produtos carcinogénicos

Fenólicos Não activo nos vírus

IA
Sudol, Permanece activo na presença de material orgânico
Hycolin G
Concentrações efectivas: etanol a 70% e isopropanol a 60-70%
Alcool Actuam por desidratação e fixação
LO
Etanol, Activos contra bactérias
isopropanol
Etanol activo para a > parte dos vírus
RO

Isopropanol não activo nos vírus

Aldeídos Irritantes pelo que o seu uso deve estar limitado


VI

Gluteraldeído, Gluteraldeído pode ser usado em aço quando os hipocloritos são corrosivos
formaldeído

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)

7. Inactivação dos vírus:

A
Vírus da Imunodeficiência Humana

BO
• Agenes Físicos:
Calor húmido (autoclave: 20´, 121ºC)
Calor seco (estufa: 2h, 170ºC)

IS
Radiação U.V. (5x103 J/m2)

UL
• Agentes químicos: HIV-2ALi
Hipoclorito de sódio a 0,1% de cloro activo
Gluteraldeído a 2%

FF
Etanol a 70%
Formol 1/10 em água
Detergentes e solventes de lípidos

• Vírus da Hepatite B
IA
• Agenes Físicos:
G
LO
Calor húmido (autoclave: 15´, 121ºC, ou 5´a 132ºC)
Calor seco (estufa: 1h, 170ºC, ou 2h a 160ºC)
Radiação U.V. (5x103 J/m2)
RO

• Agentes químicos:
Gluteraldeído a 2%
Hipoclorito de sódio a 0,5% de cloro activo
Peróxido de hidrogénio 6-10%
VI

Formaldeído 8-12%

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Laboratório URIA-CPM, FFUL
Regras de Utilização do Laboratório de Virologia (URIA)

A
BO
Registar sempre os resultados
e marcar os reagentes, frascos, e meios de cultura com:
data, nome do operador e do produto.

IS
UL
FF
IA
G
LO
RO
VI

VIROLOGIA Quirina Santos-Costa


Laboratório URIA-CPM, FFUL
BIBLIOGRAFIA
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CDC Expert Commentary Ebola: Donning and Doffing of Personal Protective Equipment (PPE)

http://www.bbc.com/news/world-africa-29919944
QSC
iMED-FFUL

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