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Se pedirmos alguém para nos definir "Deus", a primeira coisa que vira na
sua mente é uma imagem de um ser com todos os super poderes, e
certamente a pessoa irá imaginar um velho gigante de barba branca que
sabe de tudo, e que está vestido de branco, sentado num trono de ouro lá no
céu e olhando cá para baixo.
Vamos lá, pensem comigo. Deus, que é infinito, não espera que o homem
use de palavras finitas para o definir. Nada pode o homem saber sobre Deus
(a ponto de o definir), a não ser que Deus o revele.
Deus disse a Moisés "Eu Sou o que Sou". Assim, Deus, o infinito, se revelou
diante de um homem, e definiu a se próprio como sendo aquele que é.
Ora, se Ele é, então nós somente somos porque primeiro Ele é. Se Ele não
fosse, nós nunca teríamos chegado a ser. Portanto, ao homem não cabe mais
definir Deus. O homem deve importar-se em conhecê-lo e não em definí-lo.
O povo de Israel por exemplo, no tempo dos juízes tinha uma idéia diferente
de Deus. Na verdade, era uma idéia completamente adulterada. Todo livro
de Juízes está cheio de repetições da frase: "Naqueles dias não havia rei em
Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos".
Ou seja, cada qual tinha sua própria idéia de Deus. E com base nessa idéia,
fazia o que lhe parecia ser a vontade de Deus.
Mas como tudo começou? Deus lhes havia deixado muito recomendado que
ao chegarem na terra prometida deveriam expulsar todos os canaanitas para
que se não corrompam com o estilo de vida, e de adoração daqueles povos.
Para que não se prostituissem com os ídolos daqueles povos. Para que não
adoptessem as repugnantes práticas de sacrificar os filhos em nome de
Deus.
Então, o conceito deles de Deus foi ficando cada vez mais adulterado em
suas mentes. Daí começaram a adoptar aquela cultura horripilante, as
horríveis práticas religiosas dos canaanitas, e até o mesmo estilo de
adoração dos canaanitas ao adorarem a Deus.
Ora, o voto era equivocado porque era desnecessário fazê-lo, o voto era
absolutamente vão. Deus tinha chamado Jafté, justamente para livrar o
povo de Israel dos amonitas.
E de facto, como venceu na batalha contra os amonitas, chegou a sacrificar
a sua filha como holocausto para Deus, tratando Deus como um deus
canaanita.
Com certeza isso não agradou a Deus. O facto é que Jafté estava
completamente infamiliarizado com o seu Deus. Ele tinha um conceito
errado de Deus, ofereceu a Deus um sacrifício que Deus abomina.
Jafté sofreu muito diante desta situação. A bíblia diz que logo que
ele deu-se conta da situação, rasgou suas vestes e uma angústia
lhe subiu a espinha.
Assim como Ele, muitas vezes nós nos deixamos envolver por um
problema que realmente não existe, que é apenas conseqüência do nosso
mal-entendimento de quem é Deus. E diante desse problema aparente,
nossas forças ficam paulatinamente reduzidas, nossa mente fica confusa, e
toda a alegria se esvazia do nosso coração.
A Bíblia diz que quando Jafté viu sua filha, depois de rasgar as
vestes, afirmou que "ela lhe trouxe aquela angústia." Literalmente
ele disse: "Tu estás entre os que trazem a minha desgraça".
Já pensou nos votos que já fez? A quem tens feito os teus votos,
para passar aquela disciplina ou aquele módulo da faculdade?
Será que Deus não quer que tu passes de classe? Ou que
consigas aquele emprego? A quem tens feito os teus votos? As
vezes me encontro fazendo essas perguntas para mim mesmo!
Nos nossos pais, nos filmes, nos livros de pessoas que tinham
uma idéia também equivocada. Na nossa comunidade, nos nossos
amigos, na Internet. E muitas vezes buscamos essa idéia nas
pessoas que muito admiramos.
O facto, é que a equivocada idéia de Deus que está arraigada em nós, fomos
buscar em algum lugar e ela foi sendo construída dentro de um longo tempo,
e portanto, não poderá ser mudada facilmente. E enquanto não fazemos
nada para mudarmos, tal ideia nos trará bastante sofrimento.
O bom senso nos diz que precisamos conhecer a Deus porque Ele
é, e justamente por causa desse facto, nós somos, e portanto,
dependemos completamente Dele para continuarmos a ser.