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1A fé do centurião romano

2-3Texto base: Lucas 7:1-101

1 “Terminando estas palavras, Jesus voltou para a cidade de Cafarnaum. Justamente naquela
ocasião encontrava-se doente, e a morrer, o criado dum oficial do exército romano, a quem
este estimava muito. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, mandou alguns chefes judeus,
muito respeitados, pedir-lhe que curasse aquele criado. Começaram, pois, a rogar-lhe que
fosse com eles e socorresse o homem: Se alguém merece ajuda é ele, porque gosta dos
judeus e até pagou do seu próprio bolso a construção de uma sinagoga para nós. Jesus foi
pois com eles, mas, pouco antes de chegar a casa do oficial romano, este mandou uns
amigos dizer-lhe: Senhor, não te incomodes a vir à minha casa porque não sou digno de tanta
honra; por isso nem me julgo digno de ir ao teu encontro. Diz apenas uma palavra daí de
onde estás e o meu criado será curado! Porque estou debaixo da autoridade de oficiais meus
superiores e eu próprio tenho autoridade sobre os meus homens - basta-me dizer: 'Vão!' e eles
vão; ou 'Venham!' e eles vêm; e ao meu servidor: 'Faz isto ou aquilo. Jesus, maravilhado,
voltou-se para a multidão e disse: Nunca entre todos os judeus de Israel encontrei um homem
de fé como este. Quando os amigos do oficial regressaram, encontraram o criado
completamente curado!.“
4Esteepisódio aconteceu na cidade de Cafarnaum, quando
Jesus regressava à sua casa.

5A primeira coisa que lemos acerca deste homem que


mandou pedir ajuda a Jesus é que era oficial do exército
romano.

6Naquele tempo Israel estava ocupado pelos romanos. Os


solados romanos estavam estrategicamente espalhados por
todo o território. Um desses lugares estratégicos era
Cafarnaum, junto ao mar da Galileia. A via maris, a rota
comercial que ia de Damasco até junto à costa do
Mediterrâneo, passava por Cafarnaum. Onde estava um
destacamento de romanos sob o comando de um centurião.

7Éclaro que o povo de Cafarnaum, em relação às forças de


ocupação romanas, sentia-se explorado, como que se estive-
se a carregar um enorme peso, e portanto, sentia-se
sobrecarregado.

8Embora este centurião fosse gentio (não judeu) e chefe


militar, a comunidade judaica gostava dele porque amava o
povo judeu e inclusive pagou do seu próprio bolso a
construção de uma sinagoga para benefício dos judeus Lc 7:4-5.

9No verso 2, lemos que se encontrava doente, e a morrer, o


criado do centurião, a quem este estimava muito.

Normalmente os centuriões romanos tratavam mal os servos.


Se o servo judeu adoecesse e não pudesse trabalhar, o
costume era o senhor livrar-se dele. Mas, sabemos que este
centurião era diferente: amava, apreciava e valorizava muito
este seu criado. Por isso, quando soube que Jesus passava,
encheu-se de compaixão e pela fé, pediu que o Senhor
curasse o seu servo.
10Vivendo em Cafarnaum, certamente o centurião ouvira falar
das obras poderosas que Jesus realizava entre os necessitados.
Logicamente, este oficial sabia que através de Jesus, os cegos
viam, os coxos andavam, os surdos ouviam, os mudos falavam,
os leprosos eram purificados, os mortos ressuscitavam, etc.
Como resultado, creu que, como Filho de Deus, Jesus tinha
poder e autoridade para curar o seu servo estimado.

11Este centurião entendeu, por um lado, que ele próprio estava


sujeito à autoridade de um oficial superior. Por outro lado,
sabia que tinha autoridade sobre os seus homens, de maneira
que, podia ordenar e ser-lhe-ia feito.

Assim, pela fé, o centurião aplicou esta verdade ao Senhor


Jesus. Em primeiro lugar, reconheceu que devido aos seus
pecados não era digno de receber Jesus na sua casa, nem de
ir ao seu encontro pessoalmente. Em segundo lugar, pela fé,
creu que o Senhor, sendo Deus, tinha autoridade para ordenar
a cura e poder para operá-la, bastando apenas uma palavra
sua. Em terceiro lugar, os anciãos enviados detinham a sua
autoridade, por isso, eram seus representantes fiéis. Portanto,
tudo quanto lhes fosse dito, estava dito ao próprio centurião Lc
7:6-7.

12Osjudeus olhavam às obras e a tudo quanto podia ser visto


para julgar, por isso, acharam o centurião digno de lhe ser
concedido conforme o que pedira a Jesus. Mas, o centurião
examinando o seu coração viu que, por causa dos seus
pecados era indigno de ser favorecido pelo Senhor Jesus Lc 7:4,6.

13O centurião ao enviar alguns amigos para dizer a Jesus que


não era digno de o receber em sua casa, não tinha como
finalidade tornar Jesus impuro, uma vez que era judeu e ia
entrar na casa de um gentio.
Pelo contrário, foi uma demonstração de humildade por parte
do centurião. Porque reconheceu a perfeição e
incorruptibilidade do Senhor, a qual, contrastava com a sua
imperfeição e o seu pecado.

14“Porque estou debaixo da autoridade de oficiais meus


superiores e eu próprio tenho autoridade sobre os meus
homens - basta-me dizer: 'Vão!' e eles vão; ou 'Venham!' e eles
vêm; e ao meu servidor: 'Faz isto ou aquilo.” Estas palavras
mostram que o centurião, pela fé, sabia que Jesus tinha
autoridade e poder para curar o seu servo mesmo à distância.

15Como a fé viva em Cristo Jesus é demonstrada pelas obras,


os anciães ao regressarem à caso do oficial romano,
encontraram o seu criado, a quem amava, completamente
curado.

16Por
fim, Jesus declarou: “Nunca entre todos os judeus de Israel
encontrei um homem de fé como este.”

17O centurião, pela fé, creu que, só o Senhor é Deus, tudo o


que diz tem autoridade para se realizar e sempre cumpre as
suas palavras. Por isso, se pedimos com fé, pedimos apenas
uma palavra, um pequeno sopro e Jesus com toda autoridade
realizará maravilhas.

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