Relatar a composição química do lixo e os prováveis danos
causados, além de discutir principais aspectos químicos e biológicos do lixo.
O QUE É LIXO?
É tudo aquilo descartado pelo homem, considerado inutilizável,
sem mais uso, sendo diretamente proporcional às atividades industriais urbanas e crescimento populacional. CLASSIFICAÇÃO DO LIXO
Domiciliar: Resultante das atividades Residenciais;
Comercial: Resultante das atividades Comerciais;
Hospitalar: Resultante das atividades médicas e veterinárias;
Industrial: Resultante das atividades Industriais;
Público: Resultante da varrição dos espaços públicos;
Especial: Resíduos volumosos, tóxicos e da construção civil.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
O lixo, de acordo com a sua composição química, pode ser classificado
em Orgânico e Inorgânico. Quando resultante de restos de ser vivo animal ou vegetal, o lixo é denominado orgânico. Quando é resultado de material sem vida, inorgânico. Segundo dados do CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem -http://www.cempre.org.br), materiais como vidro, metal e plásticos em geral correspondem a 44% dos materiais recicláveis coletados, sendo considerados, portanto, como inorgânicos. O papel e o papelão, porque podem ser reciclados, são aqui considerados como inorgânicos e representam 40% do total deste tipo de materiais.
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
O estudo da população microbiana e dos agentes patogênicos presentes
no lixo urbano, ao lado das suas características químicas, permite que sejam discriminados os métodos de tratamento e disposição mais adequados. A SITUAÇÃO ATUAL
Hoje, no Brasil, são produzidas cerca de 80.000 toneladas de lixo por
dia! Dessa quantidade enorme, apenas 42.000 toneladas são coletadas; o resto é jogado em terrenos baldios, rios, enterrado, queimado... Apenas a cidade de São Paulo produz cerca de 12.000 toneladas de lixo por dia. Atualmente, a maior parte desse lixo coletado é depositada em aterros, "lixões" que nem sempre obedecem os padrões de segurança e higiene, deturpando a paisagem e levando a mau-cheiro, presença de animais nocivos e doenças. Isso leva na verdade a dois problemas principais o tratamento dessa enorme quantidade de lixo e o desperdício de recursos naturais. Uma direção para lidarmos com o lixo é dada pelo lema dos três Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).
MENOS DE 5% DO LIXO URBANO É RECICLADO
3 RS
Também conhecido como os 3 Rs da sustentabilidade (Reduzir,
Reutilizar e Reciclar), são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e Meio Ambiente. Adotando estas práticas, é possível diminuir o custo de vida (reduzir gastos, economizar), além de favorecer o desenvolvimento sustentável (desenvolvimento econômico com respeito e proteção ao meio ambiente). TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS MALES PROVOCADOS PELO LIXO
O lixo mal acondicionado significa poluição ambiental, risco à segurança da
população. Porcos, aves, insetos (moscas, mosquitos, baratas, etc.), ratos e micro- organismos permitem o aparecimento de doenças tais como: dengue, febre amarela, disenterias, cólera, leptospirose, giardíase,, tétano, hepatite A ou infecciosa, malária, esquistossomose, etc.
O chorume - um líquido de cor escura, odor desagradável e elevado poder de
poluição, é um líquido resultante da decomposição (atividade enzimática) natural dos resíduos orgânicos, se não for drenado e devidamente tratado pode penetrar no subsolo e contaminar águas subterrâneas com metais pesados e outras substâncias danosas à saúde.
O lixo pode provocar efeitos maléficos através de:
Agentes físicos – é o caso do lixo acumulado às margens de curso d’água ou de canais de drenagem e em encostas, provocando o seu assoreamento e deslizamentos; Agentes químicos – a poluição atmosférica causada pela queima de lixo a céu aberto, a poluição do solo e a contaminação de lençóis d’água por substâncias químicas presentes na massa de resíduos; Agentes biológicos – o lixo mal acondicionado ou depositado em local inadequado constitui um foco de proliferação de vetores transmissores de doenças. DIFERENÇA ENTRE LIXÃO, ATERRO CONTROLADO E ATERRO SANITÁRIO
LIXÃO:
Eles são depósitos de lixo a céu aberto, popularmente
conhecido como vazadouros, lixeiras ou lixões. É uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Neste local, não há sistema de tratamento de efluentes líquidos – o chorume (líquido que escorre do lixo, fruto da decomposição da matéria orgânica). Em consequência disso, este líquido penetra pela terra, com substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Com o passar do tempo, o lixo atrai insetos e ratos, aumentando o risco de contaminação. ATERRO CONTROLADO:
Os aterros controlados são diretamente ligados aos lixões e
foram criados para amenizar os depósitos de lixo a céu aberto. A própria origem dos aterros controlados é decorrente dos lixões, uma vez que ele pode ser entendido como sendo uma célula dos lixões, com a diferença que recebeu um tratamento prévio: uma cobertura de argila e de grama. Esse sistema de tratamento prévio minimiza alguns fatores como o mau cheiro e a proliferação de animais e de insetos. Todavia, os aterros controlados são ainda deficitários no que se refere ao cuidado com o chorume, sendo ainda altamente contagioso para lençol freático e solo. ATERRO SANITÁRIO:
O aterro sanitário é a disposição adequada dos resíduos
sólidos urbanos. O diferencial dele é a responsabilidade com que se trata o lixo a ser armazenado no local. Tudo é pensado, preparado e operado de maneira racional para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente – desde a escolha da área até a preparação do terreno, operação, determinação de vida útil e recuperação da área após o seu encerramento. Trata-se de um projeto arrojado de engenharia. Antes de iniciar a disposição do lixo, o terreno é preparado com a impermeabilização do solo e o selamento da base com argila e mantas de PVC. Com esse processo, o lençol freático e o solo não são contaminados pelo chorume. SACOLAS PLÁSTICAS (VÍDEO)
ATIVIDADE 1
Em grupos de 5 componentes pesquisar nas suas casas
sobre o problema do lixo e suas possíveis soluções. Para complementar o trabalho de pesquisa, realizar um inventário de consumo, ou seja, relacionando com o que cada pessoa consome ou gera de lixo em um dia ou uma semana (APRESENTAR NO 4º ENCONTRO).