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MANUAL DO USUÁRIO

M D F
A gora você vai conhecer MaDeFibra, a chapa de fibra de
média densidade da Duratex. Ela foi desenvolvida com a mais moderna
tecnologia, segundo rigorosos padrões de qualidade.
Resistente e prático, o MaDeFibra é amplamente utilizado
pelo mercado, principalmente pela indústria moveleira. A seguir, você
vai conhecer melhor as características do produto e como utilizá-lo
para aproveitar todas as vantagens que ele oferece.
A Duratex foi a primeira empresa da América Latina a con-
quistar o Green Label (selo verde), depois de uma complexa avaliação
realizada pela empresa americana Scientific Certification Systems (SCS).
O Green Label é uma certificação de produtos florestais concedida a
empresas cujas florestas são adequadamente manejadas.
As madeiras utilizadas como matéria-prima para o MaDeFibra
são oriundas de reflorestamentos cujo manejo possibilita a manutenção
do ecossistema, além da sustentabilidade dos recursos florestais e
benefícios socioeconômicos.

DURATEX
1. DEFINIÇÃO DOS PRODUTOS

MADEFIBRA É a chapa de fibra de média


densidade da Duratex, produzida com fibras de madeiras selecionadas de pinus. Essas fibras,
aglutinadas com resina sintética termofixa, se consolidam sob ação conjunta de calor e
pressão resultando numa chapa maciça, com superfícies lisas, próprias para a indústria de
transformação.

2. PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Toras de pinus Descascador Cavacos Classificação Desfibrador


selecionadas e lavagem

Formação Pré- Prensa Corte Resfriamento


prensa contínua da chapa
master

Climatização Lixamento Corte - medida Embalagem


padronizada
3. OFERTA

O MaDeFibra é oferecido com as faces sem revestimento (in natura); com uma ou duas faces com revestimento
melamínico (BP) ou finish foil (FF). Em qualquer caso, a face ou as faces não revestidas deverão ser protegidas
com pintura, revestimento com PVC, lâmina de madeira, etc., conforme mencionado neste manual. Essas opções
no MaDeFibra (face sem revestimento) estão relacionadas à extraordinária capacidade do produto em ser usinado,
rebaixado, trabalhado, possibilitando acabamentos diferentes em frontais de móveis e outros produtos mais
elaborados.

4. INFORMAÇÕES GERAIS

O MaDeFibra é um produto desenvolvido especialmente para uso interior. O produto não deve ser exposto à ação
da água nem em ambientes com umidade excessiva. Esse cuidado evitará alterações nas características dimensionais
e físicas da chapa, ou mesmo algum processo de degradação.

O MaDeFibra sai da fábrica isento da presença de insetos, pois sua constituição forma uma barreira efetiva ao ataque
da maioria de insetos furadores. Porém, sendo produto derivado da madeira, poderá ser atacado por eles, quando
aplicado ou estocado com outros materiais já contaminados. Nesses casos, é conveniente o tratamento preventivo
do local e dos outros materiais.

Três condições simultâneas favorecem o desenvolvimento de fungos na maioria dos materiais:

a) Presença de água de escorrimento, de condensação ou de solo.


b) Presença de oxigênio.
c) Temperatura favorável.
Portanto, não os exponha a essas condições, que levarão ao aparecimento de fungos e posterior degradação
do produto.

Evite colocar o MaDeFibra em contato com fontes geradoras de calor, como fogões, fornos, aque-
cedores ou outros lugares onde a temperatura exceda 50ºººªC, por tempo prolongado.

Evite a incidência direta e prolongada da luz do sol, para que a tonalidade do revestimento não
se modifique, tornando-se amarelada. Além disso as chapas podem sofrer deformação por efeito
da “perda de umidade”.
5. TRANSPORTE

Evite colocar objetos duros (metal, concreto, madeira) sobre as chapas ou


deixá-las em contato com produtos que possam alterar suas características
naturais (cimento, óleo, graxa, etc.).

O assoalho da carroceria do caminhão transportador deve estar limpo, seco, sem falhas
(principalmente sobre os rodeiros) e isento de pregos e parafusos salientes ou
tábuas sobrepostas. Os eventuais espaços livres devem ser vedados. Caminhões
graneleiros devem ter a saída de grãos fechada para evitar a entrada de água
de chuva durante o trajeto.

Durante o percurso em caminhão transportador com carroceria descoberta, proteja o


produto contra chuva com uma lona impermeável. Para maior segurança, as pilhas
devem ser travadas e suportadas por cabos de amarração. Os pontos em que as
chapas sofrem a ação desses cabos devem ser protegidos por cantoneiras.

Evite transbordo das chapas, principalmente quando não houver condições de descarga mecanizadas (empilhadeiras).
Ao descarregar ou movimentar as chapas, evite arrasto, atrito ou batidas, principalmente quando se tratar de produ-
tos revestidos (FF ou BP).

I M P O R T A N T E A reposição ou substituição de mercadoria danificada por ocasião da


entrega (quando esta for de responsabilidade da Duratex) somente será efetuada se houver
observação correspondente, com carimbo e assinatura, no CONHECIMENTO DE TRANSPORTE.
6. ARMAZENAGEM

Armazene o MaDeFibra sem revestimento, MaDeFibra BP ou MaDeFibra FF


em local coberto, protegidos das intempéries e longe de fontes de umi-
dade ou de calor intenso.

As chapas devem ser empilhadas horizontalmente, sobre base firme, nivelada e


elevada do chão por meio de calços adequados. É recomendável que a distância
máxima entre os calços seja de 50 cm.

Coloque um número adequado de calços, que deve ser aumentado para chapas de menor
espessura. Cuidado: os calços devem ter sempre a mesma altura, com comprimento igual à
largura das chapas.

Evite o empilhamento alternado de chapas com diferenças


significativas de dimensões.

Lembre-se que a utilização de calços entre chapas, a cada metro de


altura no máximo, permitirá a ventilação do material e conseqüente
equilíbrio com o ambiente onde será utilizado.
Em locais muito quentes é aconselhável a colocação de uma chapa de descarte
sobre a pilha, tanto no armazenamento quanto no deslocamento durante o
processamento, para reduzir o efeito do calor que incide na face do material. Esse
efeito provoca perdas de umidade maior na face exposta, com conseqüente
desequilíbrio do painel, podendo gerar deformações na chapa. Evite os efeitos do
tempo excessivo de estocagem (deformação, aumento/redução por ganho/perda de umidade), fazendo a rotativi-
dade do estoque.

7. TRABALHABILIDADE

7.1 - CORTE
O MaDeFibra sem revestimento, MaDeFibra BP ou MaDeFibra FF podem ser cortados em serras esquadrejadeiras manuais,
seccionadoras, perfiladeiras duplas, automáticas, etc. Em qualquer equipamento, utilize discos de serra calçados
com metal duro (widea). Lembre-se que, para um corte de boa qualidade, alta produtividade e baixo custo, é
necessária a combinação de três fatores: tipo de serra, velocidade de corte ou periférica e de avanço. Você pode
utilizar serra de fita para obter peças circulares ou curvas.

Seccionadora

Serra esquadrejadeira manual Serra de fita


7.1.1 - DISCO DE SERRA
~
= ângulo de ataque 100 a 150º


α= ângulo de saída 100 a 150º
β = ângulo de cunha 550º a 750º
ε= ângulo de inclinação tangencial 100 a 150º

O número de dentes, o diâmetro do disco e o tipo de dente estão


associados à qualidade de corte desejada e ao tipo de equipamento
a ser utilizado. Cuidado nas reafiações para que não sejam alterados
os ângulos característicos dos dentes do disco de serra, o que
poderá comprometer a qualidade do corte.

7.1.2 - SERRA MANUAL


A esquadrejadeira manual, sem riscador, é recomendada para o MaDeFibra. Para o 0,4 mm
MaDeFibra BP e MaDeFibra FF, o uso de discos de serra com dentes do tipo reto-trapezoidal,
diâmetro 250 mm e 72 dentes, ou diâmetro 300 mm e 96 dentes, produz corte de excelente
qualidade. Dentes trapezoidal
e reto
a) Posição da serra:
Recomenda-se trabalhar com a serra numa altura (h) de 10 a 15 mm acima da chapa. Altura maior ou menor altera o
ângulo de saída do dente da serra, com perda da qualidade de corte.

b) Posicionamento do eixo da serra:


O eixo da serra deve estar em perfeita perpendicularidade com o plano de corte, para evitar lascamentos e desvios na
linha de corte.
7.1.3 - EQUIPAMENTOS DOTADOS DE RISCADOR
O MaDeFibra, sem qualquer revestimento, em geral é apenas pré-cortado no início
do processo, não sendo então necessária uma qualidade de corte muito boa.
Entretanto, após seu revestimento com lâminas de madeira, acabamento por
pintura, etc., onde as duas faces estão acabadas, a qualidade de corte passa a ser fun-
damental. Para isso, o uso dos equipamentos dotados de riscador é muito importante.
A qualidade de corte dos produtos MaDeFibra FF e MaDeFibra BP está, também, diretamente relacionada à utilização
do riscador. Ele evita o Iascamento provocado na saída da serra principal.

Alguns cuidados devem ser observados em relação ao riscador:


a) O eixo de corte do riscador deve ser ajustado em perfeito alinhamento com o
eixo da serra principal, como mostrado a seguir.

b) A profundidade de corte do riscador deve ser a mínima possível, mas o suficiente para facilitar o corte principal,
dando o acabamento na face inferior do material.

7.1.4- VELOCIDADE DE CORTE


A velocidade de corte, ou velocidade periférica, é a velocidade em m/s com que os dentes da serra percorrem o círculo
e permitem o arrancamento dos cavacos. Ela é a função da rotação do eixo e do diâmetro da serra.
Vp = 3,14 x D x M onde Vp = Velocidade periférica (m/s)
60 D = Diâmetro da serra (m)
M = Rotação do eixo (rpm)
Recomenda-se para o MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP faixa de velocidade de 30 a 35 m/s ou acima de 55 m/s.

A tabela abaixo apresenta a relação entre o diâmetro da serra, a velocidade periférica e as


rotações por minuto do eixo da máquina.
m /s 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90
DIÂMETRO ROTAÇÃO POR MINUTO
250 2.290 2.680 3.060 3.430 3.820 4.200 4.590 5.350 6.110 6.880
300 1.910 2.230 2.550 2.850 3.180 3.500 3.820 4.460 5.100 5.730
350 1.630 1.910 2.180 2.450 2.730 3.000 3.280 3.820 4.370 4.910
400 1.430 1.670 1.910 2.140 2.390 2.630 2.870 3.340 3.820 4.300
Faixa recomendada para o Faixa em que Faixa recomendada para o
MaDeFibra FF e MaDeFibra BP não se deve MaDeFibra FF e MaDeFibra BP
trabalhar
7.1.5 - VELOCIDADE DE AVANÇO
Também chamada de rendimento de corte é a velocidade com que o material avança em direção à serra durante o
corte. A regulagem dessa velocidade determina a qualidade de acabamento do corte da chapa. Cada dente deve fazer
o seu próprio corte por inteiro. O avanço lento demais faz com que o dente, ao invés de cortar, deslize sobre a chapa,
provocando rapidamente a perda do fio e a queima do material. O avanço rápido demais ocasionará o esforço excessivo
do motor e cortes imperfeitos com lascamentos na saída da serra. Essa é uma das variáveis que influem significativamente
na qualidade de corte desejada e na durabilidade dos discos de serra.
Pela fórmula a seguir poderá ser calculada essa velocidade e demais variáveis que se correlacionam com a mesma.
A= e x rpm x Z onde A = avanço em m/min
1.000 rpm = rotação da máquina
Z = n0~ de dentes da serra
e = espessura do cavaco - mm

OBS.: recomenda-se para “ee” valores situados entre 0,06 e 0,3 mm, dependendo da qualidade de corte desejada.

7.2 - DOBRAGEM (FoIding)

Processo bastante utilizado na indústria eletroeletrônica, especialmente na confecção de gabinete de TV e caixas de


som. Consiste em executar um canal em forma de V em peças produzidas com MaDeFibra previamente cortadas e, de
preferência, revestidas numa das faces com filme vinílico ou outro material flexível. O canal é executado na face sem
revestimento, mediante uso de fresas com dentes de 900ªº ou, então, de duas serras dispostas contrariamente, a 450
(encontram-se no mercado equipamentos adequados a esse tipo de operação). Em seguida, aplica-se adesivo nos
vincos e dobra-se a peça.

7.3 - USINAGEM
MaDeFibra apresenta exce-
lente performance quando
submetido a usinagens
para obtenção de perfis
emoldurados e trabalhos
diretamente sobre a sua
superfície. Assim pode-se
obter peças fabricadas com uma única placa, sem emendas, encabeçamentos ou encaixes, tais como portas, frentes
de gavetas, tampos, etc.

7.4 - FURAÇÃO
Não existe qualquer restrição ao tipo de equipamento ou broca a ser
usado na furação do MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP. Assim, desde
uma furadeira elétrica manual até uma automática, brocas comuns de
aço rápido ou metal duro poderão ser utilizadas. Para as chapas revestidas,
por se tratarem de produtos acabados, é recomendável em certos equi-
pamentos o uso de calços e sapatas de pressão na saída da broca, para
evitar lascamentos nas bordas dos furos.
7.5 - COLAGEM
Por ser um produto derivado da madeira, podemos utilizar os adesivos normal-
mente empregados para madeira natural: PVA (cola branca), contato (tipo
Cascola*), ureiaformaldeído (tipo Cascamite*) e outros.
Lembramos que esses adesivos são empregados para colagens no MaDeFibra natu-
ral (cru), como revestimentos, colagem de peças entre si e outras. Para revesti-
mento do MaDeFibra com lâmina de madeira, Iaminado plástico ou outro revesti-
mento, proceda a um lixamento grosseiro na superfície para provocar ranhuras e
aumentar a capacidade de aderência. No caso do MaDeFibra FF e MaDeFibra BP
que apresentem suas superfícies revestidas, sendo necessário fazer a colagem de algum detalhe, proceda da
seguinte forma:
- desgaste o revestimento da chapa para que o adesivo possa atingir o substrato;
- lembre-se que pingos ou escorrimentos de cola na superfície acabada devem ser removidos imediatamente com um
pano limpo;
- no caso de PVA e ureiaformaldeído, use um pano umedecido com água;
- no caso de cola de contato, use um pano umedecido com gasolina, aguarrás ou
outro removedor de cola.

Assim evitam-se manchas e adesões indesejadas entre as peças. Não utilize de


maneira nenhuma produtos abrasivos, tais como saponáceos, esponja de aço,
Scotch Brite* e outros.

*Marca do fabricante.

7.6 - TORNEAR
O MaDeFibra pode sofrer torneamento. Para essa operação devemos observar o diâmetro das peças a serem obtidas:
• MENOR que as “espessuras” padrões das chapas - poderemos obter diretamente, torneando o material
• MAIOR que as “espessuras” padrões das chapas - deveremos fazer blocos mediante colagem (cola de madeira à base
de PVA ou U.F.),cuja quantidade de chapas estará ligada ao diâmetro da peça a ser obtida.
A qualidade do torneamento será dada em função da ferramenta de desbaste, rotação do torno e lixamento.

7.7 - FIXAÇÃO COM PARAFUSOS


Para fixação de painéis em MaDeFibra, MaDeFibra FF e MaDeFibra BP utilizam-se parafusos especiais, tais quais para
madeira aglomerada (tipo MITTOFIX). São parafusos de haste reta, rosca soberba e com maior espaçamento entre
filetes, que asseguram a fixação adequada ao produto. Antes de colocar o parafuso, fazer pré-furação com diâmetro
igual ao do corpo do parafuso. Preferencialmente fazer fixação nas faces. Quando feita nos topos, guardar uma
distância mínima de 50 mm do canto.

CUIDADO. Não utilize parafuso cônico, que é


próprio para madeira natural e que provocará
rachadura no MaDeFibra.
7.8 - FIXAÇÃO COM CAVILHAS
A cavilha pode ser aplicada isoladamente ou em caso de necessidade de reforço na estrutura. Convém utilizá-la em
conjunto com outros dispositivos de fixação. A cola
aplicada à cavilha também funciona como reforço.
Portanto as cavilhas inseridas nos topos das
peças devem sempre receber cola.
LEMBRE-SE que os furos devem estar limpos para
receber as cavilhas, que, recomenda-se, sejam
Colar sempre no topo
estriadas. O diâmetro do furo para alojamento deve ser ligeiramente maior, permitindo a colocação manual. A pro-
fundidade da perfuração deve ser de 1 a 2 mm maior que o comprimento da cavilha.
CUIDADO. Cavilhas colocadas com pressão podem causar danos no material (trincas), principalmente nos topos.

7.9 - JUNÇÕES
MaDeFibra, pelas suas características, permite qual-
quer tipo de junção, malhete, espiga, macho e fê-
mea, etc. Faça no entanto uma análise sobre os es-
forços que as peças sofrerão para determinar o tipo
de junção; espessura da chapa a ser utilizada, etc.

Macho e fêmea Junta rebaixada Espiga


ATENÇÃO. No caso de espigas é aconselhável que sejam projetadas de maneira a remover a menor quantidade de material
possível. Agindo assim o “talão” da espiga ficará com mais massa, proporcionando maior resistência à junção.

7.10 - OUTROS DISPOSITIVOS DE FIXAÇÃO

Já amplamente difundidos no mercado para uso


na madeira aglomerada, estes dispositivos são
recomendados também para uso no MaDeFibra.

Dispositivos cilíndricos Dispositivos trapézios Parafuso com


porcas cilíndricas

7.11 - FIXAÇÃO COM PREGOS

Utilize pregos no MaDeFibra somente quando não houver outra alterna-


tiva de fixação. Observe a distância mínima de 25 mm do canto e pre-
gue em forma de cunha, quando a operação for realizada no topo. O
diâmetro do prego não deve ser superior a 2,2 mm. É recomendável o
uso de pregos estriados, para aumentar a aderência à chapa. Não utili-
ze pregos em chapa de espessura menor que 15 mm. Espace os pregos para evitar o efeito cunha e a delaminação.
7.12 - FIXAÇÃO COM GRAMPOS
Da mesma forma que os pregos, a utilização com grampos só deve ser feita quando não houver outra forma de fixação.
É importante colocar o grampo de forma angular em relação à borda. Regule o ar do grampeador de tal forma que a
penetração não seja excessiva, danificando a superfície e reduzindo a resistência da chapa.
Grampos com pontas divergentes fixam melhor no material.

7.13 - REVESTIMENTOS
Com suas superfícies lisas, MaDeFibra ou MaDeFibra BP 1 Face tornam-se excelentes substratos para qualquer tipo de
revestimento: lâmina de madeira, laminado plástico de alta pressão, PVC, hot-stamping, etc. Recomenda-se para
qualquer tipo de revestimento que a aplicação seja feita em ambas as faces, para obtenção de um painel balanceado,
evitando empenamentos. No caso do revestimento com lâminas de madeira é desejável que o MaDeFibra seja calibra-
do antes da aplicação, evitando assim “comida de lixa” no processo de lixamento do painel, antes do envernizamento.

RECOMENDÁVEL PARA LÂMINA DE MADEIRA EM PRENSA QUENTE


Pressão: 3-6 kgf/m2
Tempo: 2-4 minutos
Temperatura: 70 a 900C

7.14 - PINTURA
MaDeFibra pode ser facilmente acabado através de processo de pintura. Sem dúvida alguma, a facilidade que esse
material oferece para essa operação o distingue dos demais painéis derivados de madeira, como o compensado ou o
aglomerado.

7.14.1 - SUPERFíCIES
MaDeFibra não apresenta nenhuma dificuldade para ser acabado. As suas faces têm o mesmo, ou até melhor, compor-
tamento que a madeira maciça e não necessitam de preparação prévia.

7.14.2 - BORDAS E ÁREAS USINADAS


As áreas usinadas, bordas, rebaixos e relevos devem receber atenção especial, pois as fibras ficam arrepiadas.
Portanto, proceda da seguinte forma:
lixe previamente as
regiões usinadas com lixa
grana 220/280
aplique uma demão de
fundo, deixe secar e lixe
com lixa grana 320/360
proceda à limpeza do pó
antes de iniciar a pintura

7.14.3 - ACABAMENTO
Inicie sempre pelos topos e partes usinadas, que deverão receber sempre uma demão a mais no fundo do que nas
faces. Esse cuidado se faz necessário para que essas regiões tenham acabamento uniforme, como nas faces.
Em geral as tintas e vernizes encontrados no mercado podem ser empregados no acabamento do MaDeFibra:
• base d’água
• catalisador ácido (SH)
• poliéster
• dois componentes (poliuretano)
• lacas nitrocelulose

CUIDADO. Determinados solventes utilizados em tintas são capazes de reagir com os componentes químicos que fa-
zem parte da constituição do MaDeFibra, como a resina ureiaformaldeído e a parafina. Antes de proceder ao acaba-
mento, faça um teste numa pequena peça de MaDeFibra. Caso necessário, utilize isolante para evitar reação com a
tinta a ser usada.
ATENÇÃO. 0 isolante não é um fundo, ele impermeabiliza as fibras.

7.14.4 - EQUIPAMENTOS
Em função do acabamento desejado e da tinta utilizada não existem restrições quanto aos equipamentos empregados
para aplicações.
• Pistola
• Cortina
• Rolo mecânico
• Rolo manual
• Pincel
7.14.5 - ACABAMENTOS ESPECIAIS

O MaDeFibra é perfeitamente indicado para acabamentos especiais, como o patinado, marmorizado e outros.
Para isso basta ter conhecimento das técnicas específicas para sua obtenção.

MADEFIBRA FF ENVERNIZÁVEL

O MaDeFibra FF usual não é um produto indicado para receber acabamentos posteriores. Sua superfície possui
desmoldantes que não recebem bem envernizamentos. O produto envernizável foi desenvolvido especialmente para
receber vernizes e/ou corantes em sua superfície, que modificarão brilho e/ou cor, personalizando o móvel. Para isso
algumas orientações básicas se fazem necessárias:

a) Escove as peças até o fosqueamento de sua superfície. Essa operação removerá a gordura das mãos deixada
durante o manuseio, pó, partículas de poeira, etc.

b) Vernizes com base poliuretânica ou poliéster apresentam melhores resultados.

c) Para o uso desse produto, consulte o seu fornecedor de tintas ou a Assistência Técnica da Duratex.

7.15 - ACABAMENTO DE TOPOS


Utilize fitas de borda, como as de papel resinado e as melamínicas, pintura, envernizamento, lâminas de madeira,
filme de PVC ou tiras de laminado plástico, disponíveis no mercado. Ou, ainda, encabeçamento de madeira, perfis
metálicos e outros tipos compatíveis com o acabamento da peça. Seja qual for o revestimento ou acabamento das
superfícies de MaDeFibra, é indispensável proteger os topos contra a ação da água e da umidade, inclusive as partes
não visíveis.
7.16 - TINGIMENTO
O MaDeFibra pode ser tingido, sendo recomendado utilizar sistemas que permitam aplicações conjuntas com produ-
tos tapa-poros (seladores). Essa operação é necessária pois, por se tratar de fibras de madeira, pode ocorrer absorção
diferenciada, o que ocasionará o aparecimento de manchas. Adequações finais de tonalidades são conseguidas
empregando-se vernizes tingidos no acabamento final. Não são recomendados tingidores à base de água, pois pode-
rão causar manchas, principalmente se aplicados diretamente sobre o painel. O uso de pistola de pintura proporciona
melhores resultados.
IMPORTANTE. Em qualquer caso, é sempre aconselhável seguir as recomendações dos fabricantes de tintas.

7.17 - DOBRADIÇAS

Devem ser utilizadas somente dobradiças que permitam fixação na superfície, como as de copo (ou caneca).
CUIDADO. Não é recomendável o uso de dobradiças cuja fixação se dê no topo da chapa, como as de piano, comum,
de chapa, etc.
8 - C Á L C U L O D A F L E C H A E M P R AT E L E I R A S

Os gráficos a seguir poderão ser úteis para dar indicação da flecha em prateleiras, quando submetidas a uma carga
uniformemente distribuída. Por exemplo: prateleiras de estantes.

Para prateleiras de 300 mm de largura (b)


e 600 mm entre apoios (L).

Para prateleiras de 300 mm de largura (b)


e 1.000 mm entre apoios (L).

MaDeFibra - Módulo de Elasticidade Base para Cálculo


(E)
12 mm = 25.500 kgf/cm2 5.p. L3 x 9,81
15 mm = 22.500 kgf/cm2 f= 32. E. b. s3
18 mm = 22.500 kgf/cm2 f = flecha (mm)
25 mm = 21.500 kgf/cm2 p = carga distribuída (kg)
35 mm = 19.500 kgf/cm2 L = distância entre apoios (mm)
s = espessura da chapa (mm)
Obs.: Dividir por 9,81 para E = módulo de elasticidade (N /mm2)
transformar em N/mm2 b = largura da prateleira (mm)
9 - LIMPEZA

Para limpar a superfície do MaDeFibra FF e MaDeFibra BP use uma


flanela limpa e seca ou um pano umedecido com água ou detergen-
te neutro, se necessário. Na remoção de manchas, utilize um pano
umedecido com solução de álcool e água (partes iguais). Nunca use,
porém, produtos abrasivos, como saponáceo, esponja de aço tipo
Scotch Brite* e outros. Água, detergente, Esponja abrasiva,
álcool, flanela lã de aço,
saponáceo líquido,
e saponáceo
10 - USOS E APLICAÇÕES

O MaDeFibra, pelas suas características de corte, usinabilidade e facilidade de pintura, constitui-se num produto
adequado a indústrias de transformação, entre elas destacamos as principais:

Construção Civil Indústria Moveleira Brinquedos

Diversos Displays Comunicação Visual

Artes Plásticas
SÃO PAULO Av. Paulista, 1,938-01310-942 Tel.: (0xx11) 3179-7733 - São Paulo - SP

Belo Horizonte Av. Augusto de Lima, 479 - sala 1.907-30190-001 - Tel.: (0xx31) 274-1911 - Belo Horizonte - MG

Fortaleza Av. Santos Dumont, 3.060 - salas 609/611 - 60150-161 - Tel.: (0xx85) 261-4568 - Fortaleza - CE

Curitiba Av. 7 de Setembro, 4.698 - 200º andar - sala 2.004 - 80240-000 - Tel.: (0xx41) 342-6605 - Curitiba - PR

Gravataí Rua Dr. Maurício Cardoso, 148 - 94030-520 - Tel.: (0xx51) 484-8111 - Gravataí - RS

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