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ESCOLA SECUNDÁRIA

Protocolo Experimental de Biologia e Geologia – 11º Ano

Tema: PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE CRISTAIS

A palavra cristal vem da palavra grega kristallos, que deriva de kryos e significa frio.
Cristal é um sólido homogéneo, poliédrico, limitado por faces planas. A sua forma reflete a disposição das
partículas que o constituem de modo ordenado e periódico, segundo um determinado padrão.
Designa-se por cristalização, a formação e desenvolvimento dos cristais a partir de soluções, vapores ou
matéria fundida.
Para que ocorra a formação dos cristais é necessário que os átomos, os iões ou as moléculas que os formam
disponham de três condições:
a) espaço para o ordenação das partículas;
b) tempo para a distribuição segundo formas cristalinas;
c) repouso para que diminua a energia do meio, de forma que as partículas se disponham ordenadamente.
Na Natureza, os cristais formam-se por vários processos.

Processos de cristalização Descrição


Solidificação As partículas que se encontram dispersas no estado de fusão ordenam-se ao
consolidarem por arrefecimento.
Sublimação Passagem directa de uma substância do esstado gasoso ao estado sólido, por
arrefecimento.
Precipitação Numa solução saturada o soluto precipita originando cristais.
Evaporação Cristalização do soluto provocada por intensa evaporação do solvente.
Retirado de:MOREIRA, J.; ARAÚJO, M. (1999) – Técnicas Laboratoriais de Geologia – Bloco III.Porto: Porto Edt.

Material
Equipamento: • Espátulas • Recipiente com areia
Reagentes: • Frigorífico • Lamparina que possa ser
• Água • Iogurteira • Fósforos fortemente aquecido
• Enxofre • Placa de aquecimento • Gobelé (200 ml) • Recipiente de vidro
• Naftalina • Lupa binocular • Rolha
• Nitrato de Potássio Material diverso: • Pinças de madeira • Tubos de ensaio
• Cloreto de sódio (Sal) • Almofariz e pilão • Placa de vidro fria
• Sulfato de cobre • Cartolina preta • Placas de Petri
• Cola e tesoura • Proveta graduada

A – Formação de Cristais de Cloreto de Sódio


Procedimento A1: Procedimento A2:
1. Dissolva o sal (90 gramas) em 150 ml de 1. Coloque água destilada até 1/3 do tubo de ensaio.
água. 2. Dissolva a frio cloreto de sódio até à saturação
2. Divida a solução anterior por 3 placas de Petri (primeiro agite suavemente e quando já não
(coloque o mesmo volume em cada uma conseguir dissolver mais sal, agite vigorosamente);
das placas utilizando a proveta graduada). devendo mesmo ficar sempre um pouco de soluto
3. Coloque as três placas em diferentes no fundo. Aqueça até que se dissolva este excesso de
condições: soluto.
3.1. 4ºC (frigorífico). 3.Coloque a restante solução no recipiente
3.2. Estufa a 40 ºC. resistente ao calor e aqueça-a até à sua completa
3.3. Temperatura ambiente. evaporação.
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4. Observe a forma e a dimensão dos cristais de cloreto de sódio (se necessário, recorra à utilização da
lupa) em intervalos de tempo diferentes (horas e dias) e registe fotograficamente.
5. Meça a dimensão das faces dos cristais obtidos em A1-3.1; A1-3.2; A1-3.3 e A2-3.
6. Meça os ângulos formados entre as faces dos cristais (se necessário, use a lupa e/ou projete as faces
num papel).

B – Formação de Cristais de Sulfato de Cobre


Procedimento:
1. Num tubo de ensaio dissolva sulfato de cobre na proporção 2/3 água destilada para 1/3 de
sulfato de cobre. Tape e agite. Como a frio não se dissolve todo o sulfato de cobre, utilize uma
lamparina a álcool para dissolver o restante.
2. Deixe arrefecer.
3. Verta o conteúdo do tubo de ensaio numa placa de Petri.
4. Deixe em repouso (temperatura ambiente/ frigorífico / iogurteira)
5. Observe com o auxílio de uma lupa.
6. Registe fotograficamente o resultado obtido.
7. Meça as dimensões das faces dos cristais e os ângulos formados entre elas.

C – Formação de Cristais de Nitrato de Potássio


Procedimento:
1. Coloque água num tubo de ensaio até metade da sua altura. Vá dissolvendo o nitrato de potássio
até formar uma solução saturada. Tape e agite. Como a frio não se dissolve todo o sulfato de
cobre, utilize uma lamparina a álcool para dissolver o restante.
2. Deixe arrefecer em repouso à temperatura ambiente.
3. Registe fotograficamente o resultado obtido.

D – Formação de Cristais de Enxofre


Procedimento:
1. Com a espátula, retire um pouco de enxofre e coloque um pouco em cada um dos três cadinhos;
2. Utilizando a pinça, coloque o cadinho (um de cada vez) à chama da lamparina e agite
suavemente até o enxofre fundir, obtendo, desta forma, um líquido com tonalidades vermelhas
e castanhas.
3. Deixe arrefecer o preparado, da seguinte forma:
 O enxofre do primeiro cadinho deverá ser colocado em banho-maria (iogurteira) num
recipiente previamente aquecido até 40 ºC;
 O enxofre do segundo cadinho deve permanecer no recipiente em que foi fundido e
arrefecer à temperatura ambiente;
 O enxofre do terceiro cadinho deve ser deitado sobre uma placa de vidro fria.
4. Registe fotograficamente as observações efetuadas, com o auxílio de uma lupa.

E – Formação de Cristais de Naftalina


Procedimento:
1. Deite no copo de pirex uma bola de naftalina depois de reduzida a pó no almofariz.
2. Faça um cone de cartolina e corte-lhe a extremidade.
3. Ajuste o cone à abertura do copo.
4. Introduza o conjunto no recipiente que contém a areia.
5. Aqueça até à libertação de vapores (não aspire os vapores libertados e tenha cuidado, pois eles são
inflamáveis).
6. Observe os cristais formados nas paredes internas do cone de cartolina e registe fotograficamente.

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