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Animais Silvestres Como Pets PDF
Animais Silvestres Como Pets PDF
CERES-GO
2016
FRANCIELE DINIZ DE JESUS
CERES-GO
2016
DEDICATÓRIA
Á Deus que com a sua imensa bondade me abençoou sempre e me fez forte
em todos os momentos.
Agradeço aos meus avôs, Francisco (in memoriam) e Antônio que mesmo
sendo analfabetos sempre me incentivaram a estudar, esse incentivo não era apenas
por palavras, mas com expressões de felicidades de quando eu lia ou escrevia algo e
mostrava para eles.
Agradeço aos meus pais, Joaquim e Abadia, por estarem sempre do meu lado
me mostrando que com determinação e fé sempre alcançaremos os nossos sonhos
sejam eles quais forem.
Agradeço ao meu irmão Tiago e a minha prima/irmã Karol que sempre me
incentivaram a buscar mais conhecimento e me tornar uma pessoa melhor.
Agradeço ao meu namorado Everthon que com toda certeza foi o que mais
sofreu com os meus estresses da Faculdade, mas que sempre permaneceu do meu
lado, com suas palavras de otimismo.
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes
profissionais.
Não poderia deixar de agradecer as minhas Marias, Bianca e Tiessa que nos
momentos de tristezas e alegrias da Faculdade estiveram do meu lado me apoiando
e incentivando a ser melhor sempre.
Agradeço também aos amigos que a Faculdade me deu, Cheila, Cintia,
Willians, Ramon e Milton, obrigado por tudo.
Agradeço aos professores que desempenharam com dedicação as aulas
ministradas.
Agradeço à minha querida e admirável orientadora, Heloisa Baleroni Rodrigues
de Godoy, que com paciência e uma palavra de apoio sempre me apoiou e confiou no
meu potencial.
"Precisamos dar um sentido humano às
nossas construções. E, quando o amor o
dinheiro, o sucesso nos estiver deixando
cegos, saibamos fazer pausas para olhar
os lírios do campo e as aves do céu(...)"
Érico Veríssimo
RESUMO
1.INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
2.OBJETIVOS ...................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 33
APÊNDICES
1. INTRODUÇÃO
10
Segundo DESTRO et al. (2012), uma das recomendações para diminuir os
impactos do comércio ilegal, inclui a educação em escala comunitária e o
fortalecimento dos moradores locais para a valorização da vida silvestre. Neste
contexto, a inserção de ações educativas nas escolas valendo-se da Educação
Ambiental tenta alcançar um público que é passível de mudanças.
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2. OBJETIVOS
12
3.REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Legislação
O comércio ilegal chega a retirar cerca de 35 mil animais por ano das regiões
Norte e Centro–Oeste onde aproximadamente 60% desses animais continuam em
território nacional em regiões consumidoras (Sudeste e Sul) e 40% são destinados
14
para o mercado internacional. Esses animais são usados como domésticos por
colecionadores, e também por pesquisadores para fins científicos que é uma das
modalidades em que se usa os animais silvestres traficados e que movimenta muito
dinheiro. (SILVA, GUIA e FELIX, 2010).
Os principais meios de deslocamento são ônibus clandestinos e carros
particulares quando se refere ao tráfico nacional. Na figura 1, são mostrados as
principais rotas do comércio ilegal no país.
3.3 Fiscalização
16
municípios de Abadiânia, Alexânia, Aparecida de Goiânia, Aporé, Alvorada do Norte,
Itumbiara, Sanclerlândia, Uruaçu e Goiânia (IBAMA , 2001)
De acordo com o levantamento realizado junto aos órgãos ambientais no
município de Araguaína- TO, entre o período de março de 2007 até dezembro de
2009, foram registrados 602 animais que foram apreendidos, capturados, recolhidos
ou entregues voluntariamente, sendo: 6 Aracnídeos; 98 mamíferos; 92 répteis e 406
aves, representados principalmente por papagaios, curiós, canários da terra, tucanos,
araras, pássaros preto, periquitos, quatis, veados, jabutis, jibóias, capivaras,
tamanduás e felinos (SILVA et al., 2010).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), que é o órgão que possui entre as suas funções a de fiscalizar o tráfico de
animais silvestres, enfrenta graves problemas, na fiscalização do mesmo, já que o
território brasileiro é muito grande, seguido de uma escassez de profissionais
preparados e falta de investimento, faz com que o trabalho fique comprometido
(BASTOS et al.,2008).
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Naturais Renováveis (IBAMA) sediada em Goiânia, onde o sistema de
registro das apreensões é organizado.
Há ainda o grupo dos colecionadores, onde os mesmos têm predileção pelas
aves, devido da beleza e abundância das cores de suas penas e diversidade de cantos
que a maioria dos indivíduos desse grupo entonam. Dados apresentados pelo IBAMA
mostram que durante os anos de 1999 a 2004, 85% dos animais traficados e
comercializados foram aves (RENCTAS, 2001). Ainda de acordo com o IBGE (2004),
os animais mais procurados pelo tráfico no Brasil são as aves, representado 82% de
um total de 36.370 espécimes de animais apreendidos nos anos de 1999 e 2000.
Existem leis específicas para o combate ao tráfico de animais silvestres, mas
esse tipo de atividade ilegal continua crescendo em nosso país, pois falta
conhecimento e informações para os órgãos de fiscalização que possuem dificuldade
na identificação dos animais apreendidos além de interesse da população em relação
aos problemas ocasionados na natureza pelo tráfico, mostrando então a necessidade
em se acompanhar e fiscalizar as principais rotas do tráfico, para que se possa
aumentar a quantidade de apreensões realizadas pelos órgãos responsáveis (SILVA,
GUIA e FELIX, 2010).
Pesquisas mostram que do início da atividade ilegal até seu final, a cada dez
animais traficados apenas um sobrevive. Isso acontece devido às condições
insatisfatórias e o estresse que os animais são submetidos desde a sua captura até a
comercialização e somente cerca de 0,45% desses animais que sobreviveram são
apreendidos pelos órgãos de fiscalização (RENCTAS, 2001).
A manutenção de animais silvestres em cativeiro domiciliar como animais de
estimação, em sua maioria não legalizados, tem sido bastante comum no Brasil,
embora seja considerada crime contra a fauna brasileira (IBAMA, 2006).
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Estima-se que cerca de cinquenta milhões de animais silvestres vivem
aprisionados em jaulas e/ou gaiolas no Brasil e a maioria desses animais são
provenientes do tráfico (MOREIRA, 2002).
ZAGO (2008), informa que os animais silvestres que são criados em cativeiros
apresentam alterações no seu comportamento natural, ficando claro que quando se
mantem um animal silvestre em cativeiro, está sendo comprometidas habilidades
comportamentais desses animais, onde os mesmos podem perder capacidades
importantes.
Com o aumento de espécies silvestres que vem sendo criadas com animais de
estimação, acidentes que envolvem os animais silvestres e humanos vem
aumentando, isso pode acontecer por falta de conhecimento do mantenedor em
relação, ao manejo adequado para com o animal (BOSSO, 2013).
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É nos países subdesenvolvidos em que o comercio ilegal da fauna silvestre
mais é acometido, onde boa parte da população é pobre, e tem o tráfico de animais
silvestres como renda para o sustento da família. Então as campanhas de Educação
Ambiental realizadas pelo IBAMA e ONGS tentam esclarecer e conscientizar essa
população sobre os impactos que a fauna silvestre sofre com o tráfico de animais
(IBAMA 2001).
Sabe-se que é fundamental monitorar e coibir o tráfico de animais silvestres,
mais também é necessário que se desenvolva trabalhos educativos para que a
população seja informada sobre as consequências que o tráfico de animais silvestres
ocasiona para o meio ambiente (SILVA, GUIA e FELIX, 2010).
É necessário que essas campanhas retratem para a comunidade as
consequências que o tráfico de animais silvestres traz para o meio ambiente e também
esclarecer a ilegalidade de se capturar, transportar e comprar animais silvestres.
(CALOURO & LOPES 2000).
A Educação é o melhor caminho para que se possa modificar as atitudes e
pensamentos e consequentemente possibilitar que a população idealize uma forma
melhor de assimilar o que está acontecendo no mundo em que se vive, tendo os
mesmos a possibilidades de criar uma consciência ambiental. É a Educação
Ambiental que concede aos alunos imaginar e construir um mundo mais sustentável
(GUEDES, 2006).
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
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naturalidade, tamanho da família, renda familiar) e a outra para a obtenção de dados
sobre a/s espécie/s mantida/s em cativeiro (espécies de interesse, cuidados na
criação, formas de captura e aquisição, procedência, tempo de manutenção no
cativeiro) a fim de se obter informações sobre o bem-estar desses animais no local.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
23
Pressupõem-se que por ano, 4 milhões de aves são comercializadas
ilicitamente, onde 70% delas são comercializadas dentro do país principalmente na
região Sudeste e os 30% restantes são exportadas ilegalmente. Pequena parte das
aves são apreendidas e menos ainda devolvidas na natureza, já que as mesmas não
possuem condições de voltarem ao seu habitat (RIBEIRO e SILVA, 2008).
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Figura 3. Papagaio-Verdadeiro brasileiro (Amazona aestiva) -residência 2
Percebeu-se que a dieta das aves estava restrita a apenas um item alimentar
–grãos-de-arroz para os papagaios. Esse fato certamente compromete o balanço
nutricional dos animais que se estivessem na natureza, estariam em busca de uma
enorme variedade alimentar para suprir suas demandas nutricionais e que em
cativeiro, deve ser garantida com variedade de alimentos e não um item alimentar,
apenas, tendo então a sua liberdade nutricional impedida.
Outro animal que foi encontrado no município de Ceres foi o Jabuti Piranga
(Geochelone carbonaria) (Figuras 6 e 7), onde o mesmo foi retirado da natureza pelo
mantenedor e permanece solto no quintal. O Jabuti Piranga possui uma dieta baseada
em gramíneas, frutas, folhas, pequenos animais, sendo então onívoro (ZAGO, 2011).
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Figura 4. Jabuti Piranga ( Geochelone carbonaria) - residência 4
Os mantenedores dos jabutis relataram que a captura foi por uma crença em
que o mesmo “cura” doenças respiratórias. Os espécimes foram adquiridos filhotes, e
a dieta desses animais está limitada em folhas e frutas comprometendo o balanço
26
nutricional, pois se estivesse na natureza estaria à procura de outros itens da sua dieta
e a falta de árvores no local pode afetar a temperatura ideal para os jabutis.
27
A ausência em se trabalhar Educação Ambiental nas escolas públicas e
particulares do Brasil, faz com que os principais fornecedores sejam pessoas sem
informações quanto as consequências do tráfico de animais, ou a retirada de alguma
espécie da natureza, já que muitos acreditam que a natureza é uma fonte inesgotável
(ROCHA 1995), mostrando o quanto a falta de escolaridade e informação faz com que
o tráfico de animais silvestres só aumente no nosso país.
Figura 6. Palestra
Figura 8. Questionário
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Observou-se que cerca de 85% dessas crianças e adolescentes nunca tinham
ouvido falar sobre tráfico de animais silvestres.
Aluno 1: “Eu entendi que não devemos manter animais silvestres presos em
casa e nem permitir o tráfico deles, pois prejudica a cadeia alimentar e causa
extinções”.
Aluno 2: “Eu entendi que não devemos traficar animais silvestres, além deles
sofrerem muito nós podemos tomar uma grande multa. Lembrando que falei que
prendi uma arara- azul, mas era brincadeira, eu moro na roça e lá tem várias araras,
nós colocamos mamão para elas comerem, mas não maltratamos elas. ”
Quando o Aluno 2 relatou que estava brincando quando disse que criava uma
arara-azul, foi por que no início da palestra ele começou dizendo que fez esse relato,
mas o mesmo ainda não sabia o quanto é grave manter um animal silvestre em casa
30
então o aluno quis se explicar quando foi pedido para dizerem o que tinham
compreendido da palestra.
Aluno 3: “Eu entendi o que é tráfico de animais silvestres, e agora sei que é
crime, as pessoas que fazem isso devem ser presas, pois além de traficar animais
maltratam eles. ”
31
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS
32
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A.; BEHR, E. R.; LONGHI, S.; KANIESKI, M.; MENEZES, P. Diagnóstico
sobre a avifauna apreendida e entregue espontaneamente na Região Central do Rio
Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v.8, n.3,
p.279-284, 2010.
BOSSO; P.L. Bem-Estar de Animais Silvestres, Eto-Revista Pet News, FEV. Mar.
2013
33
CASTRO, J.M.A.Y. Direito dos Animais na Legislação Brasileira. Porto Alegre:
Sergio Antonio Fabris Ed., 2006.
DIAS, Edna Cardoso. A tutela jurídica dos animais. Belo Horizonte: Mandamentos,
2000.
34
IBGE. 2004. Indicadores de desenvolvimento sustentável: dimensão ambiental –
biodiversidade. Disponível em:
<ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursosnaturais/ ids/biodiversidade.pdf>
Acesso em: 15 out. 2015.
35
RENCTAS. Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres. Animais
Silvestres: normatização e controle, Rio de Janeiro. 1999.
SICK, H. (1997). Ornitologia brasileira (Vol. 2). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
36
ZAGO, D. C. Animais da fauna silvestre mantidos como animais de estimação.
Santa Maria, RS. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2008.
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APÊNDICES
APÊNDICE 1 – Questionário
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
QUESTIONÁRIO
1. Nome (opcional):
___________________________________________________________________
2. Profissão:
_________________________________________________________________________
3. Idade: ______________________
8. Possui algum animal silvestre em casa: ( ) sim ( ) não caso seja não vá á
questão 20
9. Quantos? _______________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
23. Acha que as condições que os mantém são boas? ( ) sim ( ) não
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
29. O animal fica preso ou você faz alguma coisa para impedir sua fuga?
__________________________________________________________________________
40
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
30. Já aconteceu algum tipo de acidente entre o animal criado e algum morador da casa?
( ) sim ( ) não
32. O animal permanece durante o dia e/ou á noite em contato com as pessoas? ( ) sim
( ) não 33. Onde? ( ) solto no quintal ( ) preso em gaiolas no quintal ( ) preso em
gaiolas dentro de casa
35. Quais?
__________________________________________________________________________
36. Há reclamações dos vizinhos quanto á barulho, danos materiais, bicadas ou alguma
denúncia?
( ) sim ( ) não
Quais:____________________________________________________________________
37. Os animais criados anteriormente, qual foi o destino? ( ) morreu ( ) fugiu ( ) roubado
( ) solto ( ) vendido ( ) trocado
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41. Quando acontecem ataques de animais silvestre, acha que a medida correta é o
sacrifício? Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
42. Você sabe que não é permitido a permanência de animais silvestres em casa?
( ) sim ( ) não
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