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MEDICINA FORENSE-

MEDICINA LEGAL

PROF.JOÃO BATISTA SILVA,BACHAREL EM DIREITO


(UNAMA),PÓS GRADUADO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
E TUTOR DE EDUCAÇÃO A DISTNCIA (FASAMAR),PÓS
GRADUANDO EM DIREITO PENAL,PROCESSO PENAL,DIREITO
PREVIDECIARIO,PROCESSO PREVIDENCIARIO
(FACUMINAS),CURSO NO INFOR DE CIÊNCIAS FORENSE
TECNICA DE NECROPSIA
OBJETIVO
  Proporcionar
ao aluno noções básicas de
conhecimentos médicos de relevância no auxílio
ao entendimento e aplicação das 4 Técnicas mas
usada e conhcida na Necropsia
METODO DE AVALIAÇÃO

(Trabalhos em grupos, seminário, práticas


através de exercícios em sala de aula,
testes,visitas Institucionais
MEDICINA FORENSE-MEDICINA LEGAL
TECNICA DE NECROPSIA
COMENTANDO HISTORICAMENTO E TECNICAMENTE AS QUATROS TECNICAS DE
NECROPSIA USADA;

•Técnicas: Cada serviço de Patologia tem sua


própria técnica de necropsia, que na
verdade é variante de uma das quatro
técnicas básicas - de Virchow Ghon, M.
Letulle e de Rokitansky.

(94) 99204-3985
TECNICA DE NECROPSIA
Virchow os órgãos são retirados um a um e
examinados posteriormente.
•Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos
de órgãos anatômicamente/ou funcionalmente
relacionados.
•M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e
abdominal é retirado em um só monobloco.
•Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente
após terem sido abertos e examinados "in situ“

(94) 99204-3985
TÉCNICA DE NECOPSIA
Nos IMLs técnicas mais usadas são as de Virchowas e
Letulle. Estas técnicas foram desenvolvidas por médicos
brilhantes. A técnica de Rokitansky é muito prática em
exames no IML e SVO (serviço de verific. de Óbitos), devido sua praticidade. Quando
em morte natural, o médico vai examinar a fundo o
ponto de óbito ou seja; vai direto na causa da morte.
Na técnica de Letulle, a retirada completa serve para
exames detalhados de vísceras e muito útil também em
SVO.A técnica de Virchow é mais usada em IML para
casos de morte natural, onde se examina por dentro,
mas pra retirar vai direto na causa da morte. A técnica
de Ghon é mais usada em SVO, principalmente nos
Hospitais escola.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
Carl von Rokitansky nasceu
em Boêmia (Áustria) . Ele estudou
na Charles University em Praga (1821-
1824) e obteve um doutorado em
medicina em 6 de março de 1828
na Universidade de Viena. Em 1830, ele
se tornou assistente de Johann
Wagner,o professor de anatomia
patológica, Ele se tornou professor
titular dez anos depois. Em 1866 , já tinha feito mais de
30 mil
necropsias.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
*Técnica de Rokitansky: Esta é a primeira técnica de
Necropsia completa descrita e baseia - se em três
conceitos : e toscopia, avaliação dos orgãos e
inspeção do monobloco. Foi desenvolvida em 1842 por
Carl Von Rokitansky, o qual realizou a associação dos
sintomas das doenças com lesões verificadas nos
cadáveres. Os orgãos do cadáver são abertos e
examinados no sítio anatômico ( dissecção visceral in
situ e análise das estruturas anatômicas in locu), sendo
retirados isoladamente logo em seguida. Para retirada
dos órgãos, é seguido o sentido cefalo caudal. Assim,
este tipo de análise é fundamentado na anatomia
organológica.
TÉCNICA DE ROKITANSKY
TÉCNICA DE GHON
Anton Ghon (1 de janeiro de 1866 - 23 de abril
de 1936) era um austríaco natural patologista
de Villach .Em 1890, ele se formou em
medicina em e depois passou vários anos Graz
no instituto de patologia de , onde Viena
trabalhou . Em 1910, tornou-se professor
de anatomia patológica na Universidade
Alemã de Ghon era especialista no Praga .
campo da bacteriologia e é lembrado por seu
trabalho com . Seu meningite e tuberculose
nome é emprestado ao , que é foco de Ghon
uma infecção primária associada à
tuberculose, bem como ao complexo de
Ghon - quando a infecção acima
mencionada.
TÉCNICA DE GHON
Técnica de Ghon: Esta técnica foi desenvolvida em
1890 por Anton Ghon, o qual modificou a técnica
de Rokitansky. A evisceração do cadáver ocorre
por monoblocos de orgãos que sã o agrupados por
semelhanças anatômicas ou funcionais. Nesta
técnica o exame interno é realizado na seguinte
ordem:
•Abertura do Crânio (remoção do cérebro e
remoção da hipófise).
•Abertura da cavidade toracoabdominal ( com
incisão descendente em forma de Y).
TÉCNICA DE GHON

1º Monobloco - Estruturas anatômicas que


se encontram no mediastino e se estendem
aos pulmões e orgãos da boca e pescoço.
•2º Monobloco - Sistema Digestivo.
•3º Monobloco- Sistema urogenital
masculino ou feminino.
•4º Monobloco- Segmento terminal do
duodeno, jejuno, íleo e cólon.
TÉCNICA DE GHON
TÉCNICA DE VIRCHOW
• Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de outubro de
1821 — Berlim, 5 de setembro de 1902) foi um alemão. médi
co e político É considerado o pai da patologia moderna e da
medicina social, além de liberal ( antropólogo e político Partido
Progressista Alemão Partido Livre-Pensador e Alemão). Foi ele
quem elucidou o mecanismo do tromboembolismo, cujos
fatores são conhecidos até hoje como tríade de Virchow . Foi o
primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, pelo
qual todas as formas de lesão orgânica começam com
alterações moleculares ou estruturais das células. Foi ele quem
disse que as doenças eram uma mudança na célula.
TÉCNICA DE VIRCHOW

• Técnica de Virchow: foi desenvolvida em 1893 por Rudolf Virchow. Todos os


órgãos são removidos (individualmente) e examinados cuidadosamente, fora do
local anatômico. É importante na patologia forense e requer um conhecimento
profundo de anatomia. Realiza- se uma incisão medial, com início na margem
inferior do mento até o púbis, descolamento dos tecidos moles e retirada dos
órgãos, um por vez. Cada órgão é examinado de forma extremamente
detalhada.
TÉCNICA DE VIRCHOW

Na técnica de Virchow é realizado uma única incisão medial.


TÉCNICA DE LETULLE
*Maurice Joseph Lucien
Eleonor Letulle ,(19 março
de 1853 à 1 janeiro 1929),
é um especialista
em patologia e professor
associado da Faculdade
de Medicina de Paris . Ele
ocupa a cadeira de
anatomia patológica de
Paris (1917).Ele é um
membro pleno
da Academia de
Medicina ( 1 dezembro
1908 – 1 janeiro 1929)
TÉCNICA DE LETULLE
Técnica de Letulle: Esta técnica foi desenvolvida em
1900. É realizada uma incisão nas cavidades torácica e
abdominal e o conteúdo é retirado em um único bloco.
Realiza- se primeiramente a ectoscopia (exame
externo), verificando nesta etapa o desenvolvimento do
esqueleto, anotando possíveis deformidades e
anomalias, est ado de nutrição, fenômenos
cadavéricos, aspecto da pele (incluindo lesões,
cicatrizes e tatuagens) e secreções. Realiza –se o estudo
do crânio e medula espinhal, em seguida do pescoço,
tórax, abdome e vísceras. A finalização dos
procedimentos de Necropsia ocorre com a devolução
das vísceras ao interior do cadáver, restauração e
limpeza do corpo.
ABERTURA DA CAVIDADE CRANIANA
• O objetivo da autópsia neuropatológica é estudar
de maneira regulada as possíveis lesões que
possam ter ocorrido na sistema nervoso, para
estudar uma doença neurológica. Seja qualquer
que seja a maneira de adoecer, a autópsia deve
ser realizado com os mesmos procedimentos de
extração e amostragem do sistema nervoso
mesmo, variando apenas a quantidade e a
localização das amostras quando se trata de
doenças neurológicas primárias, o que é vai
explicar mais tarde.
ABERTURA DA CAVIDADE CRANIANA

Em geral, es te estudo deve ser dividido em


duas
partes:
• A) autópsia craniana (extração e estudo do
cérebro)
• B) autópsia da coluna vertebral (extração e
estudo da medula espinhal, raízes e nós
posteriores).
ABERTURA DA CAVIDADE CRANIANA
AUTOPSIA CRANIANA
• 1. Isso é feito colocando o corpo na mesa de autópsia em
decúbito dorsal, com o pescoço e occipital descansando em
um descanso cabeças para levantar o crânio da superfície
da mesa de maneira a facilitar a manobra de incisão na pele
e o corte com a serra
• 2. É feita uma incisão coronal no bisturi de um pavilhão
auricular para o outro, atingindo em profundidade até o
periósteo.
• 3. A próxima operação a ser realizada será a separação dos
planos periódico-cutâneo para a frente e para trás para
expor o crânio nu.
• 4. O crânio é cortado com uma serra circular (de preferência
com sucção embutida) começando pela frente, até atingir o
mesmo ponto. A profundidade do corte não deve exceder a
dura- máter.
ABERTURA DA CAVIDADE CRANIANA
ABERTURA TORACOABDOMINAL

Primeiramente deve-se idealizar uma incisão


adequada para que a cavidade possa ser bem
visualizada, o que facilita o trabalho do técnico de
necropsia e do médico.
• Incisão horizontal bi-acromial e depois vertical
desde a fúrcula externa até a sínfise púbica,
contornando a cicatriz umbilical.
• Toda alteração ou anormalidade deve ser
cuidados amente anotada e investigada.
ABERTURA TORACOABDOMINAL
NECROPSIA REGIÃO CERVICAL

Secção da pele do pescoço daquela do tórax e


dissecção da mesma até a face interna da
mandíbula para penetrar-se na cavidade oral.
Liberação do segmento cervical ao nível do
palato
duro e coluna cervical. A evisceração implica
também na abertura e/ou secção das vísceras
bem como na retirada de fragmentos de tecido
para o exame microscópico.
NECROPSIA DE MEDULA ESPINHAL

Abordagem posterior de escolha em autópsia


limitada (família, médico, etc.). Incisão longitudinal
após linha de processo espinhoso, corte
profundamente separando para um lado e outro
músculos Inter espinhais para facilitar o corte de
chapas, com serra de rotação cortada de cima,
da parte do osso j á separada para expor a medula
espinhal . É cortado acima (porções cervicais) e
puxa o cordão com sua cobertura meníngea.
NECROPSIA DE MEDULA ESPINHAL
TÉCNICAS DE SUTURA E ESTANCAMENTO

Recomposição do cadáver: terminada a


evisceração os órgãos normais podem ser
recolocados nas respectivas cavidades enquanto
que os lesados precisam ficar retidos em bandejas
guardadas na câmara frigorífica para eventual
estudo anátomo-clínico. A pele, tela subcutânea e
músculos da parede seccionados para incisão, são
suturados em chuleio com fio grosso ou barbante
por meio de agulha manual ou montada em porta
agulha.
TÉCNICAS DE SUTURA E ESTANCAMENTO
Com o cadáver aberto, retirar o sangue e aplicar
algodão ou pano na cavidade toraco abdominal .
• Colocar as vísceras examinadas.
• Aplicar serragem, misturar bem a serragem com as
vísceras e acrescentar mais serragem após colocar
todas as vísceras.
• Suturar e lavar o cadáver
• A sutura é feita quando o corpo estiver preenchido. A
serragem não pode ficar entre os pontos.
• O esterno é colocado de forma a não mostrar altas
saliências.
TÉCNICAS DE SUTURA E ESTANCAMENTO

Crânio
• Estancar a saída do canal vertebral com algodão e pano
• Envolver um pano com muita serragem e colocar
apertadamente preenchendo toda cavidade cranial.
• Colocar a calota de forma firme.
• Juntar firmem ente o couro cabeludo
• Iniciar suturas
SUTURAS

A agulha entra na epiderme e leva a linha transfixando a


derme. A agulha sai e entra na derme internamente e sai na epiderme.
• Com uma mão manipula-se a agulha
• Com outra mão segura-se a pele e puxa a linha, com muito
cuidado pra não furar o dedo.
• Deve-se tomar cuidado com a saída da agulha
• Observar se há saída de vísceras do corpo no ponto. Não pode ocorrer
• Os pontos devem se r dados com um centímetro um do outro
• Fazer pontos fora->pra->dentro/dentro->pra->fora
• Ou por outras técnicas adequadas
• A suturas devem ser bem unidas e firmes
NECROPSIA EM FETOS, RECÉMNASCIDOS E LACTENTES

Geralmente, a técnica de necropsia uti lizada


em fetos, recém-nascidos e lactentes é
similar à que se emprega em indivíduos
adultos, com algumas variações que serão
discuti das adiante. Há de se considerar que
a maior dificuldade nesse tipo de exame
encontra-se na grande diferença de
tamanho, pois seus órgãos são
comparativamente menores.
NECROPSIA EM FETOS, RECÉMNASCIDOS E LACTENTES

Uma série de mensurações essenciais devem ser


incluídas no exame externo, como peso corporal,
comprimentos cabeça-calcã-neo e cabeça-nádega,
bem como a aferição do diâmetro
bi parietal e das circunferências da cabeça, do tórax
e do abdome. O peso dos órgãos internos maiores,
sobretudo cérebro, coração, pulmões, timo, fígado,
baço, rins e adrenais, também deve ser medido. O
comprimento do fémur é de importante valia no
cálculo da idade gestacional.
NECROPSIA EM FETOS, RECÉMNASCIDOS E LACTENTES

Em fetos com menos de 12 semanas de gestação


ou comprimento inferior a 70mm, como são muito
pequenos, o método recomendado e acessível
consiste no corte global do embrião em fatias de
aproximadamente 1 cm, para exame em
microscópio de dissecção. A partir do segundo
Trimestre de gestação, pode -se proceder à
necropsia convencional, com remoção dos órgãos
em bloco para inspeção, deixando os rins, os
ureteres e a bexiga in situ para exame posterior
NECROPSIA EM FETOS, RECÉMNASCIDOS E LACTENTES

• Com relação ao exame da cabeça, uti liza-se a


incisão bi mastoidea , assim como no adulto . O uso
corrente de abrir o crânio com serra é eficiente
para crianças maiores, ainda que não seja
aconselhável em fetos e recém-nascidos, nos quais
está indicado o emprego de tesouras fortes para
efetuar um corte em forma de cruz, no senti do das
fontanelas e linhas de sutura, separando -se os ossos
como se fossem pétalas de uma flor.
NECROPSIA EM FETOS, RECÉMNASCIDOS E LACTENTES

A incisão externa do pescoço e do


tronco pode ter início na região
submentoniana ou bia cromial,
seguindo a linha média nas regiões
eternal e epigástrica, onde
deverá cercar o umbigo de ambos
os lados, com desvio oblíquo para
baixo e para fora, em forma de "V"
invertido, para garantir a
integridade dos vasos sanguíneos
umbilicais durante a sua
apreciação.

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