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DERIVATIVOS
FINANCEIROS
2009
© 2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por
escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
ISBN: 978-85-387-0248-1
CDD 332.645
Mercados futuros de 85
índices de ações e de commodities
85| Contratos futuros de índices de
ações Ibovespa na Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&FBovespa
94| Contratos futuros de commodities
97| Contratos futuros de petróleo
Derivativos Financeiros
trumentos derivativos, os agentes que par-
ticipam desses mercados, as estratégias que
podem ser utilizadas e uma breve história de
formação dos mercados derivativos. O mesmo
se divide em quatro partes, inicialmente estão
os contratos futuros e a termo, em seguida os
contratos de opções, os contratos de swaps
são abordados no final, juntamente com apli-
cações comparativas.
Na primeira parte são analisados os mer-
cados futuros e a termo, os contratos rela-
cionados a esses mercados, e as operações
com esses contratos. Os principais contratos
futuros utilizados no Brasil, e alguns poucos
no exterior, são analisados, na forma de suas
especificações e usos adequados a diversas
situações encontradas na prática.
Na parte que cobre os contratos e merca-
dos de opções são apresentadas as definições,
os tipos de contratos e, também, as estraté-
gias com esse instrumento derivativo imensa-
mente rico em formas de uso, e, por isso, ade-
quado a numerosas situações vivenciadas na
prática por empresas ou investidores.
Ainda sobre o tópico opções, após vários
exercícios ilustrativos, diversas estratégias são
detalhadas e comparadas de modo a permitir
que o leitor possa compreender a finalidade
de cada uma delas. A seguir, é discutida a
forma de apreçamento destes instrumentos,
com o uso do Modelo de Black & Scholes, e
seus desdobramentos. É enfatizada a origem
dos modelos para cálculo de preços, e seus
desdobramentos com o Modelo binomial. A flexi-
Derivativos Financeiros
bilidade deste modelo é enfatizada e comparada
ao modelo original de apreçamento de opções, o
já citado Modelo de Black & Scholes.
Também são introduzidas as diversas opções
exóticas, com suas características e objetivos, de
modo a compará-las às opções tradicionais.
Nos contratos de swaps, que compõem a ter-
ceira parte do livro, eles são comparados aos con-
tratos futuros e a termo, e é ressaltada a origem
comum a ambos. Situações práticas e estruturas
utilizadas são discutidas em operações no Brasil
e no exterior. Em seguida, a formação de preços
destes instrumentos é analisada na forma teórica
e com aplicações práticas.
Por fim, é mostrado um exemplo de uso alter-
nativo de contratos futuros e de opções, fazendo
as comparações entre eles em uma situação espe-
cífica que envolve riscos cambiais.
Introdução aos mercados/
contratos de derivativos
Importância e crescimento
do uso dos contratos de derivativos
Os contratos de derivativos cresceram muito em importância nas últimas
décadas, tornando-se instrumentos de uso comum no mundo das finanças.
Nesta evolução, os instrumentos derivativos passaram a fazer parte do esto-
que de conhecimento necessário para os profissionais da área de finanças.
agente econômico menos apto a sustentá-la para outro agente mais habi-
litado a suportá-la. Por exemplo, um exportador pode transferir seu risco
cambial para instituições financeiras mais capazes de lidar com este tipo de
risco, já que elas, por executarem diversas operações com diversos agentes
econômicos (clientes e outras instituições financeiras), conseguem absor-
ver e eliminar parte ou todo o risco cambial envolvido na operação com o
exportador. É também possível que dois agentes econômicos compensem
seus riscos entre si de modo concomitante, quando um deseja se proteger
de uma situação de risco que é, por sua natureza, a situação que elimina o
risco do outro agente econômico. Consideremos novamente o caso do ex-
portador que quer se proteger contra a valorização de sua moeda; ele, então,
poderia acertar um contrato com um importador, que esteja querendo se
proteger contra a desvalorização desta mesma moeda, no qual o exporta-
dor pagaria um valor ao importador, no caso da desvalorização futura da
moeda, e o importador pagaria ao exportador um determinado valor, no
caso de valorização futura da moeda. Poderia haver, ou não, uma instituição
financeira mediando esta negociação; mas, o fato importante é que as duas
partes envolvidas estariam controlando seus respectivos riscos através de
uma operação financeira.
Hedger e especulador
Como veremos mais adiante, os instrumentos derivativos, por exigirem
pequenos valores monetários em relação à posição financeira assumida com
estes instrumentos, constituem operações alavancadas e, por isso, permitem
criar situações de risco elevado. Assim sendo, se o objetivo é assumir riscos
elevados, estar-se-ia na posição oposta a do exportador acima. O exportador,
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
ao procurar uma instituição financeira para cobrir seu risco cambial, estaria
eliminando riscos, ou seja, buscando proteção contra oscilações da taxa de
câmbio; estaria fazendo o que se chama de hedge.
Por outro lado, o agente econômico que busca os derivativos para assu-
mir posições de risco estaria fazendo o que chamamos especulação. O espe-
culador poderia ser, por exemplo, um agente que aposte em determinada
ocorrência de mercado, através do uso de instrumentos derivativos, na va-
lorização ou desvalorização de uma moeda, por exemplo, ou na subida ou
descida das taxas de juros, ou ainda da Bolsa de Valores. Se sua aposta estiver
errada, ele perderá; e, caso contrário, ganhará. Em contraste o exportador
anterior estará controlando os resultados possíveis de sua receita cambial
futura, exatamente com o uso dos instrumentos derivativos.
Arbitrador
Outra atividade importante nos mercados financeiros em geral, e, em
particular, no de derivativos, é a do arbitrador. Como será analisado em ca-
pítulo posterior o valor de um contrato futuro guarda determinada relação
com o preço do ativo-objeto deste contrato. Assim sendo, alguns agentes
atuam concomitantemente nos dois mercados, no à vista e no futuro, bus-
cando auferir ganhos com possíveis distorções nesta relação. Estes agentes
são os arbitradores. E a atuação deles tende a estabelecer uma determinada
relação entre preços à vista e futuros, como, por exemplo, entre a cotação do
dólar no mercado à vista e no mercado futuro, ou entre o preço do petróleo
à vista e futuro etc.
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Derivativos Financeiros
Market maker
Os market makers são agentes que cotam preços de compra e venda de
derivativos negociados em Bolsas, procurando garantir, dessa maneira, li-
quidez aos contratos negociados, e, por isso, influenciam na formação de
preços.
Estruturas fundamentais
dos instrumentos derivativos
Os derivativos podem ser divididos em contratos futuros, contratos a
termo, contratos de opções e contratos de swaps. Diversas variações podem
ser feitas com base nestes contratos, como, por exemplo, através de swaptions,
que caracterizam opções sobre swaps; ou de opções sobre contratos futuros,
ou, ainda, de opções sobre opções.
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
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Derivativos Financeiros
Preço do café
no mercado
Empresa de café Contrapartida
Tabela 1
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
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Derivativos Financeiros
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
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Derivativos Financeiros
Os derivativos são hoje execrados por alguns policy makers que ainda des-
conhecem a gama de aplicações, boas e ruins, que eles permitem implemen-
tar, respondendo somente nos casos de perdas acentuadas vindas a público.
No entanto, regulações mais adequadas do que as atuais permitiriam mais
controle sobre operações bancárias (bancos comerciais e de investimento)
e de outras instituições financeiras com estes instrumentos financeiros, em
vez de tentar eliminar ou proibir o uso dos contratos de derivativos que apre-
sentam funções econômicas importantes nas economias contemporâneas.
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
ou reduzir seu risco com os preços de seus produtos, que ainda se encontra-
vam em fase de produção, podia negociar antecipadamente os preços de
venda desses produtos. Do mesmo modo, um comerciante poderia negociar
os preços futuros de mercadorias que irá adquirir em datas futuras, eliminan-
do, desse modo, os riscos de ascensões de preços que poderiam ser prejudi-
ciais à sua atividade profissional.
De fato, é necessária uma boa dose de expertise para dominar o uso destes
instrumentos sem ser levado a situações de risco que poderiam atingir e pre-
judicar os objetivos principais dos agentes usuários destes instrumentos fi-
nanceiros. Portanto, cuidados devem ser tomados pelos que utilizam estes
contratos de derivativos. E o ambiente, no qual este uso ocorreria, deveria
ser regulado, não em excesso para não inibir processos criativos, nem com
escassez de controles que o tornaria um ambiente permissivo, como o am-
biente internacional recente que favoreceu a gestação de uma crise de crédi-
to profunda e extensa cujo início esteve nos contratos de hipotecas subprime
nos EUA.
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Derivativos Financeiros
Um fato importante marcou essa transição. Este fato foi o fim do Siste-
ma Monetário criado em Bretton Woods, estabelecido em 1944, e através
do qual as taxas de câmbio eram mantidas sob o regime de taxas fixas. Com
a passagem para o sistema de flutuação no início dos anos 1970, oscilações
expressivas das principais moedas dos países desenvolvidos exigiam ins-
trumentos de controle de riscos cambiais. A publicação do artigo semanal
de Black & Scholes em 1973, que apresentava um modelo para cálculo do
prêmio de opções, permitiu a negociação de contratos de opções financeiras
na Bolsa de Chicago.
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
Volumes de negócios
nas bolsas de futuros do mundo
O quadro 2 apresenta a posição das principais bolsas de futuros no
mundo nos anos 2004 e 2005, e a taxa de crescimento anual. A listagem é da
FIA <www.futuresindustry.org>.
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Derivativos Financeiros
Quadro 2
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Introdução aos mercados/contratos de derivativos
Comentários: o texto mostra a preocupação das autoridades dos EUA com re-
lação às operações com derivativos. O Secretário do Tesouro ressalta que bre-
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Derivativos Financeiros
Além dos EUA, outros países também estão analisando efetuar controles
mais rigorosos nas operações especulativas com derivativos.
Atividades de aplicação
1. O que são ativos-objetos de um contrato de derivativos?
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Mercados futuros
Comprador;
Vendedor;
Corretor da Bolsa;
Bolsa e Futuros.
Se, por outro lado, os preços dos contratos futuros caem, este investidor,
com a posição comprada, irá sofrer perdas, e o valor da perda será debitado
diariamente em sua conta corrente. No caso de queda de preços, quem irá
obter ganhos diários será o agente que estiver na posição vendida, ou seja,
aquele que vendeu os contratos futuros que o investidor comprou. Este pro-
cesso prossegue até que o contrato futuro vença ou até que uma das partes
liquide sua posição com futuros.
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Mercados futuros
liquidada, já que o que o cliente ganharia com uma posição, perderia com a
outra. O mesmo vale para o cliente com posição inicial vendida em X contra-
tos futuros, que compra posteriormente X contratos futuros.
Vejamos um exemplo:
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Derivativos Financeiros
Os ajustes diários são feitos com base no preço chamado preço de ajuste
(settlement price), que é calculado logo após a Bolsa encerrar sua operação
diária e então divulgado. O cálculo segue fórmula própria da Bolsa, mas é
normalmente feito com as cotações das últimas negociações realizadas du-
rante os trinta minutos finais, ou algo semelhante.
Supondo que ambos continuassem com suas posições até o final do dia
seguinte, e que no dia seguinte o preço de ajuste caia abaixo do preço de
ajuste do dia anterior (o primeiro dia), ocorreria o movimento oposto, ou
seja, o corretor transferiria, da conta da empresa para a conta do agente com
a posição vendida, o valor da diferença entre os preços de ajuste do dia cor-
rente, que seria o segundo dia, e o do primeiro dia (e não o preço inicial da
abertura da posição, pois este já foi comparado ao preço de ajuste do pri-
meiro dia).
Este processo continuará até que o contrato futuro vença ou até que uma
das partes liquide sua posição com futuros. Se a posição é liquidada anteci-
padamente, o ajuste diário é feito com base na diferença entre o preço de
liquidação obtido no momento em que a posição é encerrada na Bolsa e o
preço de ajuste do dia anterior.
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Mercados futuros
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Derivativos Financeiros
Hedger
Os mercados futuros foram criados originalmente para atender às neces-
sidades dos hedgers, pois os produtores queriam manter um preço para sua
produção e os comerciantes queriam garantir um preço para obter tal pro-
duto. Os contratos futuros, então, permitiriam que ambas as partes atingis-
sem seus objetivos.
Um hedger deve tomar uma posição com contratos futuros que gere
ganhos financeiros para ele, no caso em que o preço de seu produto, ou seu
ativo financeiro, caminhe no sentido de reduzir sua receita, ou no caso de
suas compras, ou gastos financeiros, aumentarem suas despesas. Portanto,
se um exportador de soja quiser usar contratos futuros para se proteger
de possíveis quedas nos preços de seus produtos, ele deve vender con-
tratos futuros de soja para gerar ganhos financeiros que irão servir como
compensação por sua perda na venda da soja, e seus derivados, a preços
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Mercados futuros
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Derivativos Financeiros
Houve ganhos com os contratos futuros, pois a venda inicial se deu com
taxa de câmbio de 2,40R$/US$, e a compra posterior, destes mesmos 20 con-
tratos, ocorreu quando a taxa de câmbio estava cotada em 2,35R$/US$.
A empresa obteve como preço final 2,40R$/US$, que era a cotação inicial
negociada na bolsa de futuros.
Agora, teríamos:
Agora haveria perdas com os contratos futuros, pois a venda inicial se deu
com taxa de câmbio de R$2,40/US$, e a compra posterior, destes mesmos 20
contratos, ocorreu quando a taxa de câmbio estava cotada em R$2,45/US$.
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Mercados futuros
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Derivativos Financeiros
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Mercados futuros
Bt = St – Ft
F, S
O autor.
Preço à
vista
Preço futuro
t1 t2 T (tempo)
Figura 1 – Variação da base com o tempo.
O autor.
Preço à
vista
Preço futuro
t1 t2 T (tempo)
Figura 2 – Variação da base com o tempo.
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Derivativos Financeiros
Além disso, existe uma relação entre preços futuros e à vista que deve ser
respeitada na maior parte do tempo de existência de um contrato futuro.
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Mercados futuros
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Mercados futuros
O hedge natural
Antes de se proceder à escolha de se fazer determinado tipo de hedging
uma empresa, governo, ou investidor, etc, deveria verificar que parte de seus
riscos já está sendo naturalmente protegida. Por exemplo, uma empresa
que exporta intensamente seus produtos ao redor do mundo, mas também
importa de modo significativo, pode já estar se protegendo naturalmente
através de sua própria atividade produtiva, não necessitando de hedge para
ela. No Brasil, este é o caso, entre outras empresas, da Embraer, quando se
trata das suas importações e exportações. É claro que as exportações e im-
portações podem ocorrer em moedas diferentes, e que seria importante,
em termos de controle de risco, tentar casar as moedas utilizadas nas expor-
tações e nas importações e, então, proceder ao hedging daquelas moedas
que não estão sendo compensadas nestas duas atividades de exportação e
importação.
O hedge e os concorrentes
Uma empresa deve considerar, antes de implementar estratégias de
hedging, se seus concorrentes no mercado também estão adotando estraté-
gias de hedging. Se o hedge não for algo normal para determinado segmen-
to da indústria, pode não ser conveniente para uma determinada empresa
atuar de forma diferente das demais. Isso porque a competição dentro desse
segmento pode ser tal que os preços dos produtos e serviços aumentam e
diminuem para refletir os custos de matérias-primas, taxas de juros, taxas de
câmbio e outros. Uma empresa que não realize o hedge pode esperar mar-
gens de lucro constantes; por outro lado, uma empresa que o realize pode
esperar margens de lucro instáveis. Vimos que quando uma estratégia de
hedging é adotada, o agente econômico que a escolheu pode obter ganhos
ou perdas com a posição nos mercados futuros. Se ele sofre perdas, e seus
concorrentes no mercado não fazem hedge, ele terá resultados piores do que
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Derivativos Financeiros
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Mercados futuros
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Derivativos Financeiros
Virou uma bola de neve. Não havia mais dinheiro para garantir as margens
em Chicago e, com isso, os contratos foram desativados. O hedge se desfez.
Segundo informações de assessores próximos à empresa, do rombo de
US$160 milhões, US$100 milhões foram pagos às corretoras de Chicago.
Sem dinheiro para pagar pelo grão, os produtores foram convocados a re-
tirar a soja já entregue. A situação foi verificada em várias cidades de Goiás,
sede da companhia. “Para nós, foi uma perda grande. O produtor teve que
pagar frete e armazenagens extras. E vai ser ainda pior se ela sair do mercado.
Na região, ela é responsável pelo financiamento de até 30% dos produtores”,
diz Bartolomeu Braz Pereira, presidente do sindicato rural de Goiatuba. Se-
gundo Pereira, o deslocamento da soja para outros armazéns tem ainda cau-
sado aperto na estocagem da safra de milho, que está em colheita.
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Mercados futuros
dor, afirmam as fontes. A Selecta é auxiliada pelo banco inglês Rothschild. Até
a tarde de ontem, a companhia mantinha o projeto da unidade de Araguari,
segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Vicente
Arthur Teixeira de Sales Dias. Até o fechamento desta edição, os dirigentes da
Selecta não responderam os pedidos de entrevista feitos pelo Valor.
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Derivativos Financeiros
Atividades de aplicação
1. O que são e para que servem as margens de garantia nos contratos
futuros?
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Mercados futuros
Pergunta-se:
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Derivativos Financeiros
Anexo 1
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Mercados futuros de câmbio
e de taxas de juros DI
Contratos futuros de
taxa de câmbio na BM&FBovespa
Apresentamos, inicialmente, algumas especificações do contrato futuro
de dólar, disponível na Bolsa de Mercadorias e Futuros BM&FBovespa (Ofício
Circular 082/97). São as seguintes:
onde:
n = número de contratos;
Informações:
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
(c) Que argumentos você utilizaria para vendê-la aos demais executi-
vos?
(d) Mostre que se o preço futuro fosse igual ao preço à vista, no mo-
mento do encerramento da posição com futuros, o resultado total
seria igual ao preço futuro inicial.
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Derivativos Financeiros
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Observação: nos dois cenários, a base final foi 0,05R$/US$, e, por isso, os
resultados finais foram iguais, já que eles são dados pelo preço futuro inicial
somado à base.
Onde:
O resultado total é dado por: S2 + (F1 – F2), que representa o valor à vista
no final da operação, S2, somado ao resultado com os contratos futuros, ou,
ainda, F1 + (S2 – F2) = F1 + B21, e no nosso caso, B2 = 0,05R$/US$.
O mesmo diretor, ainda não satisfeito, busca outra vez criticar a estratégia
de hedging com contratos futuros, agora, questionando o resultado do cená-
rio 1, no qual teria sido melhor não ter feito o hedging.
Ainda não se dando por satisfeito, o diretor questiona o uso dos contra-
tos futuros, argumentando que se ocorrerem, com certa frequência, cená-
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Derivativos Financeiros
Pela quarta vez, o diretor que fez as três últimas críticas anteriores, coloca
em questionamento o uso de contratos futuros como instrumento de pro-
teção em decorrência da necessidade de uso de contas de margem, as quais
podem vir a exigir recursos financeiros elevados a qualquer momento.
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
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Derivativos Financeiros
A cotação é na forma de taxas de juros efetiva anual, base 252 dias úteis,
com até três casas decimais.
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Onde:
1+
100
Onde,
N = número de contratos;
Dj 252
FCt = 1+
j -1 100
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Derivativos Financeiros
Onde:
DIt = taxa de DI, referente ao dia útil anterior ao dia a que o ajuste se
refere, com até seis casas decimais.
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Solução:
R$100.000,00
PU = = R$ 96.482,55
85
11,20 252
1+
100
Observação:
Conclusão:
(f ) Resultado total:
Observações:
Verifica-se que a taxa de juros prefixada pela empresa, através do uso dos
contratos futuros, fica em torno do valor inicial da taxa DI embutida no
contrato futuro de julho, 3,6457%. As divergências se devem ao uso de 10
contratos futuros, já que não é possível negociar 10,133 contratos. Mas,
por que esta convergência ao valor embutido nos contrato futuro de DI de
julho? Ela ocorre porque foi considerado que a taxa de juros nos futuros
de DI convergem para a taxa de juros DI no mercado à vista, isto é, ambas
acumulam 4% no período, ou 2,5% no período, no cenário alternativo.
Exemplo 2
Solução:
11,20 252
1+
100
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Observação:
Conclusão:
Observações:
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Derivativos Financeiros
Observação:
Conclusão:
Exemplo 3
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Suponha que este investidor, no dia 11 de março decida vender 100 con-
tratos futuros de DI do mês abril. No momento da venda, seu corretor diz
que pode negociar esses contratos à taxa 11,20% a.a. A posição é, então,
fechada. Esses contratos vencerão em 15 dias úteis e, portanto, o PU dele é
R$99.370,09.
R$100.000,00
PU = 15 = R$99.367,96
(1,1124)252
Por conseguinte, neste primeiro dia, o investidor terá como resultado fi-
nanceiro junto à BM&F o seguinte valor:
Suponhamos que ele continue por mais dois dias em sua posição ven-
dida em 100 contratos futuros de DI e que nestes dois dias as cotações, na
forma de preços de ajuste, sejam, respectivamente, correspondentes às taxas
11,30% a.a. e 11,28% a.a. Consideremos também que as taxas DI nos dias 11
e 12 de março sejam, respectivamente, 11,21% a.a., e 11,25% a.a.
Dia 12 de março:
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Derivativos Financeiros
Observação:
Taxas DI a termo
Uma taxa a termo pode ser obtida a partir da seguinte hipótese de não
arbitragem entre duas taxas spot e a taxa a termo correspondente.
Taxa a termo é aquela que tem início em momento futuro, por exemplo,
a taxa DI que tem início daqui a um mês e teria um mês de prazo, ou a taxa
DI que teria início daqui a dois meses e teria um mês de prazo, e assim por
diante.
Taxa spot é aquela que tem início no momento atual. É também identifica-
da como a taxa de um título zero-coupom.
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Suponhamos que um investidor pode aplicar seus recursos por 1 ano, se-
guindo uma das duas estratégias:
K(1 + s2)
K (1 + s1)0,5 . (1 + f1)0,5
Assim, a taxa a termo f1 deve, portanto, ter hoje valor tal que a relação
acima seja respeitada. Portanto, f1 seria dada por:
(1 + s2)2
ƒ1 = –1
(1 + s1)
Se substituirmos taxas pelos seus respectivos preços, P2 = 100/(1 + s2), e
P1 = 100/ (1 +s1)0,5.
Mas, qual seria a taxa de juros a termo que inicia em uma data futura dada
pelo período 01 de abril a 02 de maio? Nenhum dos dois contratos futuros
73
Derivativos Financeiros
nos dá esta taxa diretamente. Porém, ao compormos estas duas taxas futu-
ras, estaríamos obtendo a taxa a termo desejada.
A composição deve ser feita com a compra da taxa de juros mais longa,
contrato futuro do mês maio, e a venda concomitante do contrato futuro de
vencimento mais próximo, isto é, a taxa do contrato futuro do mês abril. Com
os dois contratos, um comprado e outro vendido, a posição de um anula a
posição do outro até que ocorra o vencimento do contrato mais curto, o do
mês abril. Então, a partir de 01 de abril, e até 2 de maio, somente estaria em
vigor o contrato futuro de maio, o que caracterizaria uma posição comprada
na taxa a termo do mês abril, na data de hoje.
Se o investidor quiser vender, hoje, a taxa a termo do mês abril, ele deve
vender contratos futuros de maio e comprar os de abril.
Então, usando a equação anterior, que permite obter a taxa a termo, temos:
Para o mês maio, a taxa a termo seria dada, considerando 21 dias úteis em
maio, por:
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Caro Chico
Carta de Cacciola explica o favorecimento ao Banco Marka e compromete o
ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes
Daniel Stycer
75
Derivativos Financeiros
vou: “Não vou responder. Vou depor na CPI e não ficarei falando sobre esse
assunto agora. Também não vou dizer grandes novidades lá.” Para irritação
dos parlamentares, foi assim - sem muitas novidades - que começou para
valer a CPI dos Bancos, na quinta 15, com o depoimento do atual presidente
do BC, Armínio Fraga. Ele chegou com uma pilha de documentos, 300 pá-
ginas de cópias de recibos, cartas, comprovantes, tabelas e textos explicati-
vos, mas poucas revelações. O máximo de crítica a que se permitiu foi con-
siderar uma “aberração” o excesso de concentração nas mãos do Marka das
operações no mercado futuro de dólar - aquele onde as instituições financei-
ras apostam quanto estará valendo a moeda americana numa determinada
data. Um claro puxão de orelha na Bolsa de Mercadorias & Futuros, a BM&F.
O banco tinha 12 650 contratos que representavam US$1,2 bilhão. Fraga
nem sequer admitiu o prejuízo de US$1,1 bilhão que o BC tirou das costas de
Cacciola ao vender dólar no mercado futuro pela amigável taxa de R$1,2750.
Enquanto a CPI ouvia o presidente do BC, o Ministério Público Federal tinha
mais sorte em suas buscas no Rio. Naquela quinta 15, agentes federais e procu-
radores da República vasculharam as sedes dos bancos Marka e FonteCindam,
que também foi socorrido pelo BC, e as residências de seus presidentes: Salva-
tore Alberto Cacciola e Luiz Antônio Gonçalves. A operação conjunta atingiu
ainda o economista Rubem Novaes, acusado de ser o intermediário de um
suposto esquema de corrupção, que vazaria informações privilegiadas do BC
para instituições financeiras cariocas. Na casa de Cacciola, num condomínio
de luxo na Barra da Tijuca, a polícia encontrou uma escopeta 12mm, munição
e um coldre de arma de menor porte, além da comprometedora carta para
Lopes. IstoÉ submeteu o manuscrito ao exame do perito Mauro Ricart, profis-
sional com 28 anos em perícia grafotécnica, que dirigiu o Instituto de Crimina-
lística e o Departamento de Polícia Técnica Fluminense. Depois de comparar a
mensagem com outro documento em que aparece a letra de Cacciola, Ricart
confirmou sua autoria: “Com o material que me foi apresentado, encontrei di-
versas convergências gráficas que, apesar de se tratar de cópia xerox, pelo as-
pecto formal de determinadas particularidades, apontam o punho de Caccio-
la como provável autor dos dizeres do manuscrito. Mas para expedir um laudo
definitivo só posso me manifestar depois da apresentação dos originais.”
76
Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
Mais um revés para Cacciola, que retorna ao país nesta segunda 19, depois
de uma temporada de exílio voluntário na Itália. De lá, também por escrito,
enviou sua versão dos fatos a alguns meios de comunicação. “Nunca estive
com o senhor Francisco Lopes”, garantiu. Nem precisava. A julgar pela cor-
respondência encontrada, seu relacionamento com o ex-presidente do BC
dispensava encontros formais. “Temo o justiçamento sem apuração”, disse ao
jornal Folha de S.Paulo. O ex-banqueiro é esperado às 10 horas para depôr na
sede da PF no Rio. Enquanto isso, IstoÉ apurou que ele passou para o nome da
mulher a mansão de Angra dos Reis, avaliada em US$1 milhão.
77
Derivativos Financeiros
O Fonte aparece
Enquanto o presidente do Banco FonteCindam, Luiz Antônio Gonçalves, con-
cedia esta entrevista a IstoÉ, na quinta 15, a Polícia Federal retirava documentos
da sede do banco, no Rio. Gonçalves, no entanto, parecia calmo, estava empe-
nhado em diferenciar sua operação de socorro da que foi realizada pelo Banco
Marka
Álvaro Almeida / Aziz Filho
ISTOÉ - Eram cinco mil contratos que somavam algo entre US$500 milhões
e US$600 milhões?
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Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
futuro para não afetar as reservas.” E qual o cálculo que o BC fez? Viu a quanto
o dólar estaria em 1.º de fevereiro se a política instituída no dia 13 estivesse
dando certo. O valor seria R$1,3217. Compramos a R$1,3220.
79
Derivativos Financeiros
Deve-se ressaltar, também que estas posições vendidas não tinham cober-
tura com posições ativas em dólar, pois não eram instituições geradoras de
dólares.
Atividades de aplicação
1. Interprete a equação S2 + (F1 – F2) que aparece no exercício com taxa
de câmbio.
80
Mercados futuros de câmbio e de taxas de juros DI
(1) 3,5%
(2) 4,5%
81
Derivativos Financeiros
Apêndice
Curva de juros
Na seção sobre taxas a termo, deste capítulo, é mostrado como obter a curva
de taxas de juros a termo, que foi derivada das taxas de juros spot apresentadas
pela BM&F. Esta é a curva a termo das taxas DI.
82
Mercados futuros de índices de
ações e de commodities
Onde:
N = número de contratos;
86
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
87
Derivativos Financeiros
O autor.
da ação A
15%
da ação B
5%
88
Gráfico 2 – Retorno esperado.
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Equação 1
r - rf = β (rm - rf )
Onde:
r = o retorno da ação;
rm = retorno de mercado;
rf = retorno livre de risco;
β = beta da ação.
As retas apresentadas são denominadas linhas características. E gráfico 3
mostra a linha característica de uma determinada ação, traçada a partir de
pontos que representam excessos de retornos verificados.
Excesso de retorno
O autor.
da ação
Linha característica
Excesso de
retorno esperado
do mercado
Pode-se definir o risco de uma ação em dois tipos de riscos: o não siste-
mático e o sistemático.
Risco não sistemático (ou risco específico) é aquele que pode ser elimina-
do pela diversificação, isto é, pelo aumento do número de ações na carteira.
O risco não sistemático decorre de eventos específicos a uma companhia ou
a um setor econômico, como por exemplo, uma greve em uma empresa, ou
um avanço tecnológico que afeta um determinado produto, tornando-o ob-
soleto, ou, ainda, a descoberta de uma nova reserva de um bem como petró-
leo. Este risco pode ser reduzido pela diversificação, e até mesmo eliminado
com uma diversificação eficiente. Por exemplo, colocando em uma carteira
de ações empresas de setores diferentes e que variam inversamente; a subida
de preço de uma ação é com frequência acompanhada pela queda de preço
de outra ação ou outras ações, amortecendo ou eliminando o efeito inicial.
Mas, há um risco que não pode ser eliminado. Este risco é conhecido como
sistemático ou de mercado, e decorre de mudanças na economia, ou na po-
lítica, que afetam todas ou praticamente todas as ações. Assim, aumentar o
número de ações na carteira não o eliminaria. É por isso que as ações apre-
sentam uma tendência de se movimentar de forma conjunta, o que faz com
que os investidores fiquem expostos às incertezas de mercado, independen-
temente das ações que compõem suas carteiras. Portanto a principal fonte
de risco para um investidor que possui uma carteira diversificada advém de
possíveis quedas do mercado.
90
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Equação 2
∑ Xi βi = 1
Onde:
Como o coeficiente beta pode ser obtido pela regressão linear do exces-
so de retorno da ação em relação ao excesso de retorno de mercado, este
coeficiente é identificado como o coeficiente angular da reta de regressão
linear representada pela equação 1. O coeficiente da regressão linear é dado,
matematicamente, por:
Equação 3
Cov (ri , rm)
βi =
σ2 (rm)
Onde:
91
Derivativos Financeiros
Exemplo 1
Respostas:
Resultados:
92
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Exemplo 2
10 36 500
20 36 800
10 36 700
93
Derivativos Financeiros
94
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Onde:
N = número de contratos;
(a) Em 04 de março:
Solução:
(a) A estratégia deve ser a de utilizar contratos futuros de Boi Gordo e con-
tratos futuros de dólar. A posição nos contratos futuros de Boi Gordo deve
ser comprada em contratos do mês maio, para garantir preço de compra
do boi em maio, já que o preço de venda (exportação) já está fixado em
US$1.650,00/ton. E a posição nos contratos futuros de dólar deve ser vendi-
da, pois haverá recebimento em dólar na entrega do boi em julho.
96
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
A cotação é em US$/barril.
A
presentam vencimentos mensais no terceiro dia útil antes do dia 25
do mês anterior ao vencimento do contrato.
97
Derivativos Financeiros
O
tamanho do contrato é de 1 000 barris de petróleo. Um barril equivale
a 42 galões, ou 159 litros.
A
justes diários – as posições em aberto ao final de cada pregão serão
ajustadas com base no preço de ajuste do dia, estabelecido conforme
regras da Bolsa, com movimentação financeira em D+1. O ajuste diário
será calculado até a data do vencimento, inclusive, de acordo com as
seguintes fórmulas:
Onde:
N = número de contratos;
Exemplo 1
Cenário 1
Cenário 2
Pergunta-se:
Resposta:
99
Derivativos Financeiros
(b) Resultados:
Cenário 1
Contratos futuros:
Cenário 2
Contratos futuros:
Exemplo 2
100
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Pergunta-se:
Resposta:
101
Derivativos Financeiros
(b) Resultados:
Em 30 de março:
Contratos futuros:
Compra do petróleo:
Total despesa:
Em 15 de maio:
Contratos futuros:
Venda do petróleo:
Total recebido:
102
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
Pergunta-se:
Resposta:
(b) Resultados:
Em 30 de março:
Contratos futuros:
103
Derivativos Financeiros
Compra do petróleo:
Total despesa:
Em 15 de abril:
Contratos futuros:
Venda do petróleo:
Total recebido:
Observações:
104
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
105
Derivativos Financeiros
106
Mercados futuros de índices de ações e de commodities
107
Derivativos Financeiros
Atividades de aplicação
1. O que é o coeficiente beta?
108
Contratos a termo e preços
dos contratos a termo e futuros
Definição
Um contrato a termo representa um compromisso de comprar ou vender
determinado ativo em uma data específica e por um preço estabelecido.
dos estes trinta dias, comprará US$10 milhões de dólares à taxa de câmbio
de 2,35R$/US$, pagando, portanto, ao banco, o valor de R$23.500.000,00.
Se a taxa de câmbio, no vencimento do contrato a termo, estiver cotada à
2,50R$/US$, a empresa estará economizando a diferença entre 2,50R$/US$ e
2,35R$/US$, que representaria R$1.500.000,00. Se, por outro lado, a taxa de
câmbio estiver à 2,20R$/US$, a empresa estará comprando dólares com taxa
de câmbio acima do mercado, desembolsando, desse modo, 2,35R$/US$,
0,15R$/US$ a mais do que a taxa vigente. Se ela não tivesse feito a compra
do contrato a termo, ela estaria gastando menos R$1.500.000,00; no entan-
to, ela também não estaria se protegendo contra desvalorizações do real.
Ou seja, se a decisão foi se proteger contra possíveis desvalorizações do real
frente ao dólar, então, a estratégia de compra de dólares a termo deve ser
executada e vista com uma fixação de preços (taxa de câmbio).
112
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
pelo título está sempre abaixo do valor futuro a receber (que aqui será cha-
mado de valor de face). Não existem pagamentos intermediários de juros.
F
P=
(1 + i)n
Figura 1 – Título zero-cupom.
Onde:
P = o preço do título;
F = o valor de face;
i = a taxa de juros;
113
Derivativos Financeiros
F1 – P . (1 + i)T
Sob estas condições, tem-se: 96 > 90 (1,1)0,5, ou, 96 > 94,393, o que per-
mite arbitragem do tipo inicial, ou seja, comprar o título hoje e ao mesmo
tempo, vender o contrato futuro. Ao fazer isso, obtém-se, ao final de seis
meses, um ganho de 1,607. Se o contrato futuro tiver preço igual a 94, deve-
-se arbitrar vendendo o título a descoberto e comprando contratos futuros,
gerando lucro de 0,393.
Neste ponto, é necessário ressaltar que as relações acima são válidas para
contratos a termo. Para os contratos futuros, algumas observações devem
ser feitas.
114
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
O autor.
C C C C C C C F+C
115
Derivativos Financeiros
Da equação, temos:
Por outro lado, se o investidor decide não aplicá-lo nos EUA, mas sim
transferi-lo para o país A, o principal K deverá ser convertido na moeda
local, o real, gerando o valor em reais E0 K, o qual, acrescido dos juros rece-
bidos na aplicação em títulos do governo local, valerá, no final do período,
E0 K (1 + i) em moeda do país A, o real. Este valor em reais, ao final do período
da aplicação, gerará em dólares o montante, (E0 /E1 ) K (1 + i) onde, i representa
a taxa de juros dos títulos do Tesouro brasileiro; EO, a taxa de câmbio no país
116
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
Isto significa que, a rigor, o investidor não estaria fazendo uma arbitragem
se tomasse recursos em dólares nos EUA e os aplicasse em A, pois, o resultado
tanto poderia lhe ser favorável ou até extremamente favorável, quanto desfavo-
rável, ou até mesmo extremamente desfavorável (o que aconteceu no Brasil, em
janeiro de 1999, quando o real desvalorizou substancialmente frente o dólar).
Ao utilizarmos o contrato futuro de dólar, cujo preço é dado por F1, estarí-
amos fixando a taxa de câmbio.
K(1+i*)E0/F1 = K(1+i*+λ)
ou,
F1 = (1+i*) E0 / (1+i*+λ)
Exemplo 1
Como o Brasil é um país com risco bem mais elevado do que os EUA (cujo
Tesouro é considerado livre de risco de crédito), o investidor exigirá uma
118
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
taxa adicional para compensar este risco brasileiro, que estaria medindo o
risco de não pagamento. Consideremos que a taxa de risco brasileira (risco
de crédito, pois o risco cambial já foi computado na mudança cambial es-
perada) seja medida no mercado internacional como equivalente a 4,5% ao
ano. Onde decidirá investir este americano?
Exemplo 2
E1 = (1+i) . E0 / (1+i*+λ)
119
Derivativos Financeiros
(1 + i)* E0 / E1 – 1 – δ ≥ (1 + i* + λ)
ou ainda,
(1 + i) * E0 / E1 ≥ (1 + i* + λ + δ ).
120
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
F1 = P . (1 + i – q) T
ou,
F1 = R$38.128,82
Pergunta-se:
121
Derivativos Financeiros
Respostas:
Observações:
futuros para o Ibovespa à vista, ambos com 39 200 pontos, por exemplo,
teríamos como resultados os seguintes valores:
Este último resultado seria ainda superior ao resultado inicial, 2,6037% >
2,0247.
(d) O índice futuro que anularia a arbitragem deveria ser 38.684 no caso
sem dividendos e 38.095 no caso com dividendos.
F1 ≤ P . (1 + i + a) T
124
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
de armazenamento;
de transporte;
de financiamento;
125
Derivativos Financeiros
“ [...] Para o capital especulativo existe ainda outro fator que torna o real
extremamente atraente. O nosso regime de “câmbio flutuante” é presa fácil de
profecias que se autorealizam, pois não há nenhuma sinalização firme de que
o BC ou o governo não toleram a apreciação excessiva da moeda, estabele-
cendo um piso tacitamente. E cada ponto percentual de apreciação se soma
ao diferencial da taxa de juros para compor o retorno do especulador. Apenas
no mês de maio, os especuladores ganharam 10,6%, pois apropriaram 9,7%
de variação cambial mais 0,82% proveniente da Selic. Assim, o lento ritmo de
queda na taxa de juros e a expectativa de apreciação tornaram o real uma
aplicação de altíssimo retorno em meio a uma grande crise financeira. Quanto
mais especuladores são atraídos, mais o real se aprecia e maior é seu retorno.
Desta forma, a taxa de câmbio deverá se apreciar ainda mais de acordo com
a convenção do mercado. No momento, aparentemente, a convenção é de
que a taxa de câmbio vai cair para R$1,80. Ao chegarmos a esta taxa, novas
quedas poderão ocorrer segundo uma nova convenção e, numa profecia que
se autorealiza, atrairá cada vez mais especuladores. Poderiam o BC e o Tesouro
nacional evitar esta apreciação? Com o regime de câmbio como o nosso, não.
Mas, com redução da taxa de juros, que é mais do que necessária para reto-
marmos o crescimento, para níveis próximos às taxas internacionais e sinali-
zando firmemente o mercado de sua determinação em evitar a apreciação,
sem fixar taxa ou piso, é possível evitar a apreciação. Neste caso, o regime de
taxa de câmbio deveria ser assimétrico, permitindo a depreciação, mas não a
apreciação. O custo de carregar reservas também seria reduzido se a taxa de
juros fosse próxima à internacional.
As equações (1+i) . E0 / E1 – 1 – δ ≥ (1 + i* + λ) e (1 + i) . E0 / E1 ≥ (1 + i* + λ + δ ),
mostram a situação de ganhos para aplicação no Brasil. Devemos chamar a
atenção para o fato do δ ser negativo (valorização do real) .
*
Trecho extraído do artigo do Jornal Valor, do dia 02 de junho de 2009.
126
Contratos a termo e preços dos contratos a termo e futuros
Atividades de aplicação
1. As taxas de juros estabelecem uma diferença entre contratos a termo
e contratos futuros? Como esta diferença se dá?
Exemplo 1
Como o Brasil é um país com risco bem mais elevado do que os EUA
(cujo Tesouro é considerado livre de risco de crédito), o investidor exigi-
rá uma taxa adicional para compensar este risco brasileiro, que estaria
medindo o risco de não pagamento. Consideremos que a taxa de risco
brasileira (risco de crédito, pois o risco cambial já foi computado na mu-
dança cambial esperada) seja medida no mercado internacional como
equivalente a 4,5% ao ano.
127
Derivativos Financeiros
Exemplo 2
6. Considerando o exemplo:
128
Contratos e mercados de opções
Opções fundamentais
Os contratos de opções são mais recentes do que os contratos futuros,
mas também são utilizados com frequência pelas instituições financeiras,
fundos em geral, e outros investidores.
132
Contratos e mercados de opções
133
Derivativos Financeiros
(a)
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe
Pa
Prêmio
(b)
Ganhos/Perdas
O autor.
Pa
Prêmio Pe
134
Contratos e mercados de opções
(c)
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe
Prêmio Pa
(d)
Ganhos/Perdas
O autor.
Pa
Prêmio Pe
135
Derivativos Financeiros
Classificação de acordo
com a possibilidade de exercício
As opções também são classificadas de acordo com sua possibilidade de
exercício, ou seja:
136
Contratos e mercados de opções
Opções que estão em posição neutra com relação ao seu possível exer-
cício, ou seja, opções de compra com Pa = Pe, e opções de venda com
Pe = Pa, são denominadas “at-the-money”.
Assim, tem-se:
137
Derivativos Financeiros
Matematicamente, temos:
138
Contratos e mercados de opções
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa (R$/US$)
– 0,11
2,40
Gráfico 2 – Resultados de uma Opção de Compra.
139
Derivativos Financeiros
140
Contratos e mercados de opções
141
Derivativos Financeiros
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa
2,30
– 0,09
142
Contratos e mercados de opções
Fica claro, então, que a única perda possível para o comprador de uma
opção de compra ou de venda é o prêmio pago. Enquanto que para o vende-
dor de uma opção de compra ou de venda, as perdas são praticamente
ilimitadas.
Neste exemplo, que acaba de ser apresentado, nada dissemos sobre a es-
tratégia do comprador das opções; ele pode estar simplesmente seguindo
suas expectativas quanto aos movimentos do mercado de câmbio, e montan-
do posições especulativas. Mas, também poderia estar procurando proteção
de suas posições físicas. Por exemplo, no caso do comprador da call, poderia
ser um investidor (ou empresa) com obrigações em dólar, e, por isso, adquirin-
do opções de compra de dólares para compensar as perdas que teria no caso
de ocorrer desvalorizações do real frente ao dólar. Se ocorrerem valorizações
do real, ele já está sendo beneficiado quanto ao pagamento de suas dívidas
em dólar. Haverá, neste cenário de valorização do real, é verdade, perda do
prêmio pago, pois a opção não será exercida. Mas, deve-se considerar que o
prêmio pago será sempre perdido, tanto no caso de haver exercício ou não.
143
Derivativos Financeiros
Onde:
c = o prêmio da call.
144
Contratos e mercados de opções
145
Derivativos Financeiros
Resultados:
Observações:
146
Contratos e mercados de opções
Preço
O autor.
final
da
ação
R$31,50
R$1,50
Pa
R$30,00 (R$/ação)
Gráfico 4 – Preço final da ação.
147
Derivativos Financeiros
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa
R$1,50
R$30,00 (R$/ação)
Gráfico 5 – Opção de compra sobre a ação da Petrobrás.
148
Contratos e mercados de opções
149
Derivativos Financeiros
Respostas:
150
Contratos e mercados de opções
A política de gestão de risco determina que a Vale irá avaliar o risco de fluxo
de caixa regularmente e todas as propostas de mitigação de risco, quando
necessárias, serão feitas com o objetivo de reduzir a volatilidade do fluxo de
caixa. Esta política proíbe operações especulativas e requer diversificação
de operações e contrapartes. Monitoramos e avaliamos regularmente nossa
posição consolidada de forma a acompanhar os resultados financeiros e o
impacto em nosso fluxo de caixa, bem como, para garantir que os objetivos
inicialmente traçados sejam atingidos. Reconhecemos todas as operações de
derivativos em nosso balanço de acordo com o valor de mercado; e os ganhos,
ou perdas, são devidamente contabilizados no resultado do período.
151
Derivativos Financeiros
Taxas de juros;
Taxas de câmbio;
Preços de produtos.
Destacamos, aqui, operações com alumínio, cobre e ouro. Com estes três
produtos, a Vale contratou operações com opções de compra (call) e com
opções de venda (put), conforme informações a seguir, extraídas também do
seu balanço.
Recebimentos
(Pagamentos) Valor justo por
Nominal Nominal Valor justo Valor justo Acumulados até vencimento
(Não revisado)
Outros
16.500 33.000 (30.443) (79.379) (30.444)
instrumentos
(39.369) (247.935)
152
Contratos e mercados de opções
Recebimentos
(Pagamentos)
Nominal Nominal Valor justo Valor justo Acumulados até Valor justo por vencimento
30/09/2008 30/06/2008 30/09/2008 30/06/2008 2008 2008 2009 2010 2011
(Não revisado)
Recebimentos
(Pagamentos) Valor justo por
Nominal Nominal Valor justo Valor justo Acumulados até vencimento
5.412 (42.524)
Vale INCO
Recebimentos
(Pagamentos)
Nominal Nominal Valor justo Valor justo Acumulados até Valor justo por vencimento
30/09/2008 30/06/2008 30/09/2008 30/06/2008 2008 2008 2009 2010 2011
(Não revisado)
Opções
Compra de
2.499 4.996 - - - - -
put
153
Derivativos Financeiros
Atividades de aplicação
1. Quais são as diferenças entre contratos de opções e contratos futuros?
154
Contratos e mercados de opções
Anexo 1
Preço Preço de Preço Preço Preço Último Últ. Of. Últ. Of.
Mercado Vecto. C/V
Exerc. abertura mínimo máximo médio preço compra venda
FUT H09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
FUT K09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 121,50
FUT N09 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
FUT U09 0,00 129,20 129,00 131,40 130,30 130,60 130,50 130,80
FUT Z09 0,00 134,00 134,00 135,00 134,50 135,00 0,00 0,00
OPF N9I4 C 140,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF N9I7 C 165,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9I1 C 160,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9I3 C 170,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9I8 C 200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9IF C 250,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9IS C 300,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF Z9I4 C 200,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9MT V 110,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9MG V 120,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9MJ V 130,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9MK V 135,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9ML V 140,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9MM V 145,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9M0 V 150,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9M1 V 160,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9M4 V 175,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
OPF U9M5 V 180,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
* Data: 16 de março de 2009 às 14:34hs.
155
Estratégias com opções
Introdução
São várias as estratégias que podemos montar comprando ou venden-
do opções de compra e opções de venda, das mais conservadoras às mais
agressivas. São apresentadas diversas estratégias que combinam opções de
compra (calls), ou combinam opções de venda (puts), ou ainda combinam
ambas, calls e puts.
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe1 Pe2
Pa
Se o preço do ativo for maior do que Pe2, a segunda opção passa a ser
exercida, mas agora pelo comprador da opção 2, e o comprador do spread,
por estar vendido na opção 2, passa a perder em proporção aos aumentos
do preço do ativo; mas esta perda é compensada pelo ganho adicional que
ele continua a obter com a opção 1. Isto faz com que não haja nem ganho
nem perda adicional para o comprador do spread, a partir de preços do ativo
maiores do que Pe2.
158
Estratégias com opções
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa
2,40 2,50
0,01
159
Derivativos Financeiros
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe – (c + p) Pe + (c + p)
Pe Pa
Prêmios =
(c + p)
Gráfico 3 – Straddle.
160
Estratégias com opções
tem recuperar os prêmios pagos, e, por isso, não geram ganhos. A forma do
straddle é um “V”. O termo straddle significa de pernas bem abertas.
161
Derivativos Financeiros
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe = 2,40
Pa
2,28 2,52
0,12
Ganhos/Perdas
O autor.
Pe1 – (c + p) Pe2 – (c + p)
Pe1 Pe2
Pa
Prêmio =
(c + p)
Gráfico 5 – Strangle.
163
Derivativos Financeiros
e,
Ganhos/Perdas
O autor.
R$2,26 R$2,54
Pa (R$/$)
R$0,09
R$2,35 R$2,45
Gráfico 6 – Strangle com taxa de câmbio.
164
Estratégias com opções
Esta taxa de retorno seria a máxima possível a ser obtida pelo investidor.
(b) Se o preço do ativo for menor do que o preço de exercício (Pa < Pe):
Esta taxa de retorno poderia ser negativa se o preço do ativo fosse menor
do que a diferença inicial entre o preço do ativo e o prêmio da opção.
165
Derivativos Financeiros
Ganhos/Perdas
O autor.
Prêmio = c
Pa
Pe
Gráfico 7 – Financiamento.
166
Estratégias com opções
167
Derivativos Financeiros
Mas, por outro lado, deve-se observar também que quando ocorrem
quedas no preço do ativo o prêmio fica na mão do investidor e, portanto,
diminuiria a perda que ele teria se mantivesse em carteira somente o ativo,
isto é, se não fizesse a venda da opção de compra.
Ganhos/Perdas
O autor.
ativo
Pex – prêmio
Pa
Pex
Gráfico 8 – Put de proteção.
168
Estratégias com opções
Vencimento
Pe (pontos) Prêmio (R$)
(meses)
Opção 1 40 000 p1 3
Opção 2 38 000 0,8p1 3
Opção 3 36 000 0,6p1 3
169
Derivativos Financeiros
170
Estratégias com opções
Vencimento
Pe (pontos) Prêmio (R$)
(meses)
Opção 1 50 4,0 2
Opção 2 55 2,5 2
Opção 3 60 1,5 2
Ganhos/Perdas
O autor.
50 55 60 Pa
0,5
171
Derivativos Financeiros
Vencimento
Pe (US$/barril) Prêmio (US$/barril)
(meses)
Opção 1 36 3,0 1
Opção 2 40 2,0 1
Opção 3 44 1,2 1
172
Estratégias com opções
173
Derivativos Financeiros
O autor.
Perdas/
Ganhos
Pa
Preço do
ativo Call 50 Call 60 Put 50 Put 60 Total
(R$/un.)
40 ----- ----- – 10 + 20 + 10
42 ----- ----- –8 + 18 + 10
44 ----- ----- –6 + 16 + 10
46 ----- ----- –4 + 14 + 10
48 ----- ----- –2 + 12 + 10
50 ----- ----- ----- + 10 + 10
52 +2 ----- ----- +8 + 10
54 +4 ----- ----- +6 + 10
56 +6 ----- ----- +4 + 10
58 +8 ----- ----- +2 + 10
60 + 10 ----- ----- ----- + 10
62 + 12 –2 ----- ----- + 10
64 + 14 –4 ----- ----- + 10
66 + 16 –6 ----- ----- + 10
68 + 18 –8 ----- ----- + 10
70 + 20 –10 ----- ----- + 10
o valor de R$8,00, mas perderia R$10,00. Então, nesse caso não seria van-
tajoso vender o box, pois perderia 25% com a estratégia box e conseguiria
retorno somente de 12,00% se aplicasse o prêmio recebido no mercado de
títulos de renda fixa. Porém, se a taxa de juros implícita no box fosse menor
do que a taxa no mercado de renda fixa; por exemplo, com taxa implícita
igual a 10% ao ano, e taxa de mercado de 12% ao ano, seria atrativo vender
o box de 4 pontas, aplicar o prêmio no mercado de renda fixa para receber
12% no período, que compensaria a perda de 10% ao ano com a venda.
176
Estratégias com opções
Mas, por que não comprar somente o cap (teto), já que se resumiria na
compra de uma série de opções de compra de dólares, sem incluir a venda
do piso, de uma série de opções de venda? Certamente que isto pode ser
feito. Mas, a compra de um cap por um prazo razoavelmente longo, digamos
alguns anos, e envolvendo ativos muito voláteis, pode ser muito dispendio-
sa. Neste caso, a venda do piso resultaria na redução do custo do cap, criando
a estratégia chamada collar. O risco que ela traria para o comprador do collar
seria ter perdas financeiras quando o preço do ativo gerador das opções
caísse abaixo de preço de exercício do piso vendido (no exemplo, abaixo
da taxa de câmbio do piso, 2,30R$US$). Mas também devemos lembrar que
estas perdas financeiras, decorrentes do exercício das opções de venda pelo
titular, seriam compensadas pela empresa com o efeito da valorização do
real em sua atividade produtiva. Aqui, estamos supondo que desvaloriza-
ções do real prejudicam a empresa e valorizações do real a beneficiam.
177
Derivativos Financeiros
O autor.
Perdas/
Ganhos
R$2,30 R$2,55
Pa (R$/$)
(c–p) = 0,02 R$/$
Despesas
(R$/$)
R$2,57
R$2,32
Pa (R$/$)
R$2,30 R$2,55
Gráfico 12 – Despesas da empresa considerando os efeitos da estratégia collar
de taxa de câmbio.
178
Estratégias com opções
(b) Compra de uma put sobre o mesmo ativo que gera a opção de compra,
e com o mesmo preço de exercício e mesmo vencimento.
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa
0,09 Pb
(b) Compra de uma call sobre o mesmo ativo que gera a opção de compra,
e com o mesmo preço de exercício e mesmo vencimento.
179
Derivativos Financeiros
Ganhos / Perdas
O autor.
Pa
– 0,11
2,40
180
Estratégias com opções
181
Derivativos Financeiros
Atividades de aplicação
1. Se as expectativas são de forte alta no mercado de ações, deve-se uti-
lizar o spread de alta para se beneficiar desta alta? Por quê?
182
Preço das opções
Paridade put-call
Uma das principais relações de preços de opções é conhecida como pa-
ridade put-call; ela é derivada do princípio de arbitragem. A sua expressão é
dada por:
C – P = Pa – VP(Pe)
C = P + Pa – VP(Pe)
Que expressa o valor da call a partir da put. Portanto, pode-se criar uma
call sintética a partir da relação C = P + Pa – VP(Pe).
P = C – Pa + VP(Pe)
186
Preço das opções
Nesta versão da relação, pode-se criar uma put sintética, comprando uma
opção de compra, vendendo o ativo e emprestando o valor presente do
preço de exercício das opções.
187
Derivativos Financeiros
∆ Valor da
Preço da Ação ∆Valor das posição c/ op- ∆ Valor da
(R$/ação) ações (R$) ções vendidas Carteira (R$)
(R$)
20,00 ---------- ---------- ----------
21,00 50,00 – 50,00 0,00
22,00 50,00 – 50,00 0,00
23,00 50,00 – 50,00 0,00
24,00 50,00 – 50,00 0,00
25,00 50,00 – 50,00 0,00
Suponhamos, agora, que o delta passe de 0,5 para 0,6, logo após a mu-
dança do preço da ação de R$20,00 para R$21,00. O número de ações deve
ser ajustado, para que a carteira continue com valor mais constante possível.
Assim, o investidor deve comprar mais 10 ações, passando seu lote de ações
de 50 para 60. Com uma nova subida de preço da ação, de R$21,00 para
R$22,00, a perda com as opções será R$60,00 (= 0,6 . R$1,00 . 100), mas o
ganho com as ações será também igual a R$60,00. Este processo prossegui-
ria até que o investidor decidisse interromper a operação. Porém, dois efeitos
farão com que este ajuste não seja perfeito. O primeiro é o dos juros sobre os
valores gastos nas compras (ou recebidos nas vendas) de ações e de opções;
e o segundo diz respeito à dificuldade de fazer ajustes instantâneos na car-
teira, à medida que os preços da ação mudem e os deltas também mudem,
pois ações devem ser compradas ou vendidas a cada mudança.
189
Derivativos Financeiros
O autor.
Gráfico 1 – Distribuição lognormal.
O autor.
Gráfico 2 – Distribuição normal.
190
Preço das opções
Preço de exercício (Pe) – quanto mais alto for o preço de exercício, para
um dado preço do ativo, menor será o prêmio da opção de compra, pois as
chances de exercício diminuem, e maior será o prêmio da opção de venda,
porque as chances de exercício aumentariam.
Taxa de juros (r) – o efeito das taxas de juros sobre o preço de uma opção
de compra é positivo, e sobre uma opção de venda é negativo. Com juros
mais elevados, a compra da opção de compra permite que os recursos, a
serem utilizados para a compra futura do ativo, sejam capitalizados a taxas de
juros mais elevadas. No caso da opção de venda ocorre o contrário, a venda
futura do ativo implica em não receber juros mais elevados até a venda do
ativo ao seu preço de exercício.
191
Derivativos Financeiros
192
Preço das opções
Nas fórmulas:
(a) CALLS
(b) PUTS
Onde, d1 e d2 serão:
In (Pa / Pe) + r + σ + 2 (T)
d1 = 2
σ T
In (Pa / Pe) + r – σ + 2 (T)
d2 = 2
σ T
d2 = d1 – σ√T
Exemplos:
193
Derivativos Financeiros
Vencimento em 20/04/2009.
C = 0,0707.
194
Preço das opções
O autor.
Gráfico 3 – Distribuição lognormal.
O autor.
Gráfico 4 – Distribuição normal.
Modelo de Garman-Kohlhagen
Garman e Kohlhagen adaptaram, em 1983, a equação de B&S para opções
de compra e de venda de moedas. As equações de Garman-Kohlhagen, que
serão identificadas como BSGK, são as apresentadas para pagamentos de
195
Derivativos Financeiros
Onde:
In . (Pa / Pe) + r – rƒ + σ2 / 2 T
d1=
σ T
In . (Pa / Pe) + r – rƒ – σ2 / 2 T
d2 = = d1 – σ T
σ T
Vejamos, agora, um exemplo de utilização da opção de compra de
moeda.
196
Preço das opções
(0,1508)0,5) e,
d1 = – 0,07745 e,
Então:
C = 0,06479R$/US$.
Modelo de Black
Em 1976, Black publicou um trabalho no qual estendia o modelo de B&S
para preços de opções europeias sobre futuros. O modelo de Black conside-
rou que os preços futuros apresentassem a mesma distribuição lognormal
assumida no modelo de B&S.
Onde:
In (F / Pe) + σ2 T / 2
d1 =
σ T
197
Derivativos Financeiros
In (F / Pe) – σ2 T / 2
d2 = = d1 – σ T
σ T
Onde F representa o preço futuro.
Observações:
Volatilidade
A volatilidade de preços pode ser medida de várias formas:
198
Preço das opções
Onde:
In (Pa / Pe) + r + σ2 / 2 T
d1=
σ T
199
Derivativos Financeiros
In (Pa / Pe) + r – σ2 / 2 T
d2 = = d1 – σ T
σ T
Como a volatilidade é uma característica do ativo subjacente à opção, so-
mente deveríamos encontrar um valor para a volatilidade implícita. Ocorre
que, na realidade, obtemos vários valores para a volatilidade implícita, que
são derivadas das diversas opções negociadas, e segundo o preço de exer-
cício usado para o cálculo da volatilidade (supondo opções com o mesmo
prazo de vencimento).
200
Preço das opções
Variação no delta
GAMA(Γ):
Variação no preço do ativo-objeto
201
Derivativos Financeiros
Para puts, o delta varia entre 0 e –1. A relação com o preço de mercado é
negativa. Com preços do ativo-objeto muito baixos, o delta se aproxima de
um; e com preços muito elevados, o delta da opção se aproxima de zero.
O rho, por sua vez, mede o efeito da taxa de juros no preço de uma
opção.
Observações:
202
Preço das opções
Estes efeitos, acima, são vistos como derivados parciais, mas na prática
são superpostos e devem ser analisados em conjunto.
Dissertação de Mestrado
Título original A teoria da ciência no Modelo Black-Scholes de apreçamento de opções
Palavras-chave Economia
Filosofia da ciência
Finanças
Modelo Black-Scholes
Opções
203
Derivativos Financeiros
Resumo Original
O presente trabalho pretende introduzir uma visão das Finanças sob o aspecto da Filoso-
fia da Ciência. Para permitir um estudo mais detalhado, optou-se por utilizar um dos modelos
mais utilizados em Finanças, o Modelo Black-Scholes de apreçamento de opções, e situá-lo
dentro do campo de aplicação da Filosofia da Ciência. Primeiramente buscou-se, antes de
entrar numa análise do texto original que apresentou o modelo, contextualizá-lo no campo
da Economia e das Finanças e reconstruir historicamente suas bases conceituais. Em seguida
são apresentados alguns dos elementos principais que caracterizam os modelos filosóficos
de mudança científica posteriores à posição definida pelo positivismo lógico. Especial aten-
ção é dada às concepções Realista e Anti-Realista da Ciência. Ao final, é feita uma descri-
ção de algumas peculiaridades empíricas do Modelo Black-Scholes e é analisada a função do
modelo dentro do campo da Economia e das Finanças.
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Atividades de aplicação
1. Como se poderia criar uma put sintética?
204
Preço das opções
Data preço
Preço Retorno
(Pa) de Desvio
Data relativo diário
fechamento quadrado
Pat/Pat–1) ln{Pt/Pat–1}
da ação, R$
(d) = [(c)–
(a) (b) (c)
média]2
1 26,5 26
2 26 26,2 0,98113 1,00769 – 0,01905 0,007663 0,000422 0,000038
3 24,5 25,8 0,94231 0,98473 – 0,05942 – 0,01538 0,003710 0,000285
4 23,7 24,9 0,96735 0,96512 – 0,0332 – 0,03551 0,001203 0,001368
5 24 24,3 1,01266 0,9759 0,01258 – 0,02439 0,000123 0,000670
6 24,8 24,9 1,03333 1,02469 0,03279 0,024391 0,000980 0,000525
7 26,7 25,7 1,07661 1,03213 0,07382 0,031623 0,005232 0,000908
8 26 26 0,97378 1,01167 – 0,02657 0,011606 0,000787 0,000102
9 25,2 25,2 0,96923 0,96923 – 0,03125 – 0,03125 0,001072 0,001072
10 26,7 26,7 1,05952 1,05952 0,05782 0,05782 0,003174 0,003174
11 26,8 26,8 1,00375 1,00375 0,00374 0,003738 0,000005 0,000005
12 27 27 1,00746 1,00746 0,00743 0,007435 0,000035 0,000035
13 26,5 26,5 0,98148 0,98148 – 0,01869 – 0,01869 0,000407 0,000407
14 26 26 0,98113 0,98113 – 0,01905 – 0,01905 0,000422 0,000422
15 25 25 0,96154 0,96154 – 0,03922 – 0,03922 0,001657 0,001657
16 24,8 24,9 0,992 0,996 – 0,00803 – 0,00401 0,000091 0,000030
17 26 25,9 1,04839 1,04839 0,04725 0,039375 0,002095 0,001436
18 26,5 26,3 1,01923 1,01544 0,01905 0,015326 0,000308 0,000192
19 26,8 26,8 1,01132 1,01901 0,01126 0,018833 0,000096 0,000301
20 27 27 1,00746 1,00746 0,00743 0,007435 0,000035 0,000035
48,48402
205
Derivativos Financeiros
Anexo 1
Cálculo de Volatilidade
55,31% a.a.
206
Preço das opções
Anexo 2
207
Modelo binomial
Introdução
Outro modelo utilizado para obtenção de prêmios de opções de compra
e de venda é o modelo binomial, o qual envolve a construção de árvores
binomiais.
Este modelo tem amplas aplicações, pois permite avaliar preços de opções
americanas, opções com pagamentos de dividendos, juros etc, e, ainda, pode
ser usado para as opções exóticas.
Por outro lado, o Modelo de Black & Scholes é adequado para avaliação de
prêmios de opções europeias, mas não para opções americanas. O modelo
de B&S, modificado, também pode ser usado para opções com dividendos e
outro tipo de renda ao longo da vida da opção.
O autor.
T0 T
R$55,00
R$50,00
R$45,00
210
Modelo binomial
O autor.
T0 T1 T
R$60,00
R$55,00
R$50,00 R$50,00
R$45,00
R$40,00
Para avaliar os prêmios das opções, temos que caminhar do fim para o
começo, já que no momento final sabemos facilmente seu valor.
R$60,00
R$50,00
R$40,00
211
Derivativos Financeiros
O autor.
T0 T1 T
R$10,00
R$4,9505
R$2,4507 R$0,00
R$0,00
R$0,00
212
Modelo binomial
T0 T1 T2 T
O autor.
R$65,00
R$60,00
R$55,00 R$55,00
R$50,00 R$50,00
R$45,00 R$45,00
R$40,00
R$35,00
213
Derivativos Financeiros
T0 T1 T2 T
O autor.
R$15,00
R$9,901
R$6,127 R$5,00
R$3,640 R$2,4752
R$1,2253 R$0,00
R$0,00
R$0,00
O autor.
R$65,00
R$60,00
R$55,00 R$55,00
R$50,00 R$50,00
R$45,00 R$45,00
R$40,00
R$35,00
R$0,00
R$0,00
R$1,2253 R$0,00
R$3,640 R$2,4752
R$6,127 R$5,00
R$9,901
R$15,00
P2 = 0,00
u = exp{σ √∆t }
p = exp{i ∆t} – d
u–d
216
Modelo binomial
(1 – p) = 0,4276.
217
Derivativos Financeiros
O autor.
R$56,12
R$52,97
R$50,00 R$50,00
R$47,20
R$44,56
T0 T1 T
O autor.
R$0,00
R$0,00
R$0,9750 R$0,00
R$2,303
R$5,44
218
Modelo binomial
C1 = (0,5724 . 0,00 + 0,4276 . 0,00) exp{– 0,01) = 0,00 e, C1’ = (0,5724 . 0,00
+ 0,4276 . 5,44) exp{– 0,01) = 2,303
219
Derivativos Financeiros
T0 T1 T2 T
O autor.
R$35,67
R$33,67
R$31,78 R$31,78
R$30,00 R$30,00
R$28,32 R$28,32
R$26,73
R$25,24
R$5,67
R$3,958
R$2,665 R$1,78
R$0,9272 R$0,9973
R$0,5651 R$0,00
R$0,00
R$0,00
C2’’ = 0,00.
221
Derivativos Financeiros
Essas vantagens possuem valores que em muitas ocasiões não são conside-
rados em um projeto. Essas opções são o objeto do estudo das opções reais.
222
Modelo binomial
T0 T1 T
O autor.
324
180
100 108
60
36
u = 1,8, e d = 0,6, portanto, os valores de subida são: 100 .1,8 = 180, e 180 .
1,8 = 324, e os valores de descida são: 100 . 0,6 = 60, e 60 . 0,6 = 36.
Atividades de aplicação
1. Os prêmios das opções de compra e de venda, respectivamente os
gráficos A e B, são os mesmos. Por quê?
223
Derivativos Financeiros
a)
T0 T1 T2 T
O autor.
R$15,00
R$9,901
R$6,127 R$5,00
R$3,640 R$2,4752
R$1,2253 R$0,00
R$0,00
R$0,00
b)
T0 T1 T2 T
O autor.
R$0,00
R$0,00
R$1,2253 R$0,00
R$3,640 R$2,4752
R$6,127 R$5,00
R$9,901
R$15,00
224
Modelo binomial
O autor.
R$56,12
R$52,97
R$50,00 R$50,00
R$47,20
R$44,56
R$0,00
R$0,00
R$0,9750 R$0,00
R$2,303
R$5,44
T0 T1 T
O autor.
R$59,46
R$54,53
R$50,00 R$50,00
R$45,85
R$42,04
T0 T1 T
O autor.
R$0,00
R$0,00
R$1,6775 R$0,00
R$3,6541
R$7,96
O autor.
R$35,67
R$33,67
R$31,77 R$31,78
R$30,00 R$30,00
R$28,32 R$28,32
R$26,73
R$25,23
T0 T1 T2 T
O autor.
R$0,00
R$0,00
R$0,3011 R$0,00
R$0,9272 R$0,7112
R$1,7873 R$1,68
R$3,270
R$4,77
228
Opções exóticas
Definição
As opções exóticas são aquelas que se diferenciam das opções tradicio-
nais pela sua complexidade.
Opção digital
Esta opção paga R$1,00 se estiver in-the-money, e R$0,00, em caso contrá-
rio. As opções digitais podem ser estruturadas com calls ou com puts.
Ganhos / Perdas
O autor.
1,0
Pe Pa
Ganhos / Perdas
O autor.
1,0
Pe Pa
Suponhamos que uma empresa brasileira irá adquirir máquinas nos EUA.
As máquinas custarão 10 milhões de dólares e deverão ser pagas em 60 dias.
232
Opções exóticas
Resultados da Importação
233
Derivativos Financeiros
Opções compostas
São opções cujo ativo-objeto é outra opção, que por sua vez também está
ligada a um ativo-objeto. Assim, teríamos opção de compra sobre opção de
compra ou sobre opção de venda; e, ainda, opções de venda sobre opção de
compra ou sobre opção de venda.
Uma alternativa seria comprar uma opção de compra de dólar, com o preço
de exercício desejado. O inconveniente dessa estratégia é que a importação
dos equipamentos ainda está condicionada ao resultado da concorrência. E,
desse modo, a compra da opção poderia vir a ser desnecessária.
Uma outra alternativa seria adquirir, hoje, o direito de comprar uma opção
de compra de dólares na data do resultado da concorrência, opção de compra
que teria vencimento na data da importação dos equipamentos.
235
Derivativos Financeiros
No entanto, a opção de compra exigiria um valor fixo a ser pago pela em-
presa, se a opção de venda vier a ser exercida. Este valor foi estipulado em
R$200.000,00. Assim, se a opção de venda for exercida na data do recebi-
mento dos dólares, do ganho final da empresa com a opção será deduzido o
valor de R$200.000,00.
Down-and-out
Este é o caso de uma opção com uma barreira que desativa a opção, ou
seja, a opção é cancelada se o preço do ativo-objeto cair abaixo do valor da
barreira.
Ela, então, poderia comprar uma call com um determinado preço de exer-
cício e prazo de 60 dias. Suponhamos que a opção de compra com preço de
exercício 2,25R$/US$ tenha prêmio igual a 0,04R$/US$. A taxa de câmbio à
vista no mercado de câmbio é 2,15R$/US$.
Antes de decidir sobre a compra da call, ela analisa uma proposta que
recebeu, na qual a opção oferecida é uma opção de compra com barreira. A
opção de compra com barreira apresenta as seguintes características:
Tipo down-and-out.
Barreira: 1,90R$/US$
Prêmio: 0,035R$/US$
237
Derivativos Financeiros
Ela, então, decide comprar a opção mais barata, ou seja, a call com barreira.
238
Opções exóticas
Down-and-in
Essas opções com barreira ativam a opção quando o preço do ativo-obje-
to cai abaixo de um certo valor, dado pela barreira. Ou seja, a opção é contra-
tada mas somente será ativada, isto é, somente passará a valer, se a barreira
for cruzada.
239
Derivativos Financeiros
A empresa receia que a taxa de câmbio real/dólar caia, isto é, que o real
valorize frente ao dólar, e que sua receita diminua em reais.
Ela, então, decide comprar uma opção sobre dólar para se proteger.
Prêmio: 0,04R$/US$.
Barreira: 1,90R$/US$.
Prêmio: 0,03R$/US$.
240
Opções exóticas
241
Derivativos Financeiros
Up-and-out
Esta opção com barreira é desativada quando o preço do ativo-objeto
ultrapassa a barreira estipulada.
Tipo: up-and-out.
Barreira: 2,25R$/US$.
Up-and-In
Esse tipo de opção com barreira é ativada quando o preço do ativo-obje-
to ultrapassa o valor de barreira.
242
Opções exóticas
Up-and-in.
Preço de exercício: 2,25R$/US$.
Barreira 2,20R$/US$.
Prêmio: 85% do prêmio de uma call comum, com o mesmo preço de
exercício e mesmo vencimento.
Leveraged options: são as opções cujos ganhos ou perdas não são re-
presentados por linhas retas, como nas opções tradicionais vanilla. Um
exemplo é a opção squared power, cujo preço do ativo é elevado ao
quadrado.
Já, se o Ibovespa não atingir a barreira de baixa, mas bater a de alta, inclusive
durante o dia, o retorno será de, no mínimo, 16%. Caso o Ibovespa atinja a barrei-
ra de baixa, mas não a de alta, e feche com ganho de até 45%, o retorno será de
120% da variação do índice. No quinto cenário, se o Ibovespa atingir a barreira de
baixa, mas não a de alta, e fechar com perda, o fundo preservará o capital.
244
Opções exóticas
Atividades de aplicação
1. Uma opção com barreira é considerada uma opção dependente da
trajetória? Por quê?
245
Derivativos Financeiros
- Tipo: up-and-out
- Barreira: 2,25R$/US$
246
Contratos e mercados de swaps
Como está sendo fixada uma taxa de juros para a empresa, conforme po-
demos confirmar pela figura 1, a seguir, a empresa, neste sentido, estaria fa-
zendo uma operação semelhante à que poderia fazer com contratos futuros
de DI, onde também é possível fixar uma taxa de juros antecipadamente.
Prazo: 6 meses
O autor.
Taxa flutuante (CDI) X taxa fixa
Taxa fixa
Empresa Banco
CDI
Empresa paga = taxa CDI – taxa CDI + taxa fixa = taxa fixa.
250
Contratos e mercados de swaps
swap. Se, ao contrário, a taxa CDI ficar acima da taxa fixa do swap, a empresa
receberia esta diferença do banco do swap. Mas, nos dois casos, a empresa
teria que desembolsar, no total, a taxa prefixada no swap, não importando,
portanto, se a taxa CDI do swap foi maior ou menor do que a taxa fixa do
swap. A única diferença é que ela, em um caso paga ao banco do swap, e,
no outro caso, ela recebe deste mesmo banco. Esta diferença nos remete à
questão do risco de crédito em um contrato de swap. Estes contratos estão,
a princípio, sujeitos ao risco de crédito de ambas as partes. A empresa pode
não pagar ao banco, ou o banco também pode não pagar à empresa no ven-
cimento do swap. Alguns contratos de swap são cobertos por depósitos de
garantia, para reduzir ou eliminar as perdas possíveis.
Consideremos que a taxa fixa do swap é igual a 12% ao ano. Neste caso,
teríamos o pagamento pela empresa de 12% ao ano, convertida para semes-
tre, contra o pagamento da taxa CDI pelo banco, também para seis meses. O
swap é de seis meses.
251
Derivativos Financeiros
Observações:
(1) Como dito anteriormente, a taxa de swap de 12% ao ano é obtida pela
curva de taxas futuras de juros no mercado financeiro. A partir desta taxa
futura, os bancos colocam um acréscimo, isto é, um spread, na taxa a receber
em uma operação de swap. Desse modo, a taxa de 12% do contrato de swap,
inclui a taxa de juros futura mais o acréscimo cobrado pelo banco. Por exem-
plo, com taxa futura igual a 11,00% ao ano, e o spread igual a 1,0% ao ano, a
taxa cobrada pelo banco seria 12% a.a. Se o banco estivesse na outra ponta
da operação do swap, ele pagaria a taxa fixa ao cliente, mas reduziria este
valor pelo spread que cobraria na operação, e receberia a taxa CDI do mesmo
cliente. Considerando ainda nosso exemplo, o banco pagaria 10% a.a. (=11%
a.a. – 1% a.a. de spread), e receberia a taxa DI do cliente.
252
Contratos e mercados de swaps
Como está sendo fixada uma taxa de juros para a empresa, conforme
podemos confirmar pela figura 1, a empresa, nesse sentido, estaria fazendo
uma operação semelhante à que poderia fazer com contratos futuros de DI,
onde também é possível fixar uma taxa de juros antecipadamente.
253
Derivativos Financeiros
Exemplos de swaps
254
Contratos e mercados de swaps
Paga 8,5% a.a. contra 100% do CDI e recebe 10,0% a.a. contra 100% do
CDI (estas taxas são efetivas para 252 dias).
Prazo: 90 dias
O autor.
Taxa flutuante (CDI) X taxa fixa
255
Derivativos Financeiros
Pergunta-se:
a) Operação de swap
256
Contratos e mercados de swaps
Vantagens comparativas em um
swap de taxa de juros
Um dos motivos que impulsionaram o crescimento das operações de
swaps diz respeito à troca somente das diferenças dos fluxos de caixa, como
vimos acima.
257
Derivativos Financeiros
A Empresa A pode captar recursos pagando 5,0% ao ano como taxa fixa,
1
A Libor (London Inter-
ou pagando Libor1 – 6mo (6 meses) + 0,30% ao ano em um empréstimo com
bank Offer Rate) é uma
taxa de juros do mercado taxas pós-fixadas, enquanto que a Empresa B pode pagar 5,5% ao ano de
interbancário em Londres.
É a taxa que os bancos taxa fixa ou Libor – 6mo + 1,30% ao ano como taxa flutuante.
ofertam dinheiro. No caso,
estamos usando a Libor
em dólares. Portanto, para A, que deseja captar recursos a taxas fixas, conseguir cap-
tações que exijam pagamentos abaixo deste valor serão preferíveis. Para a
empresa B, que quer captar recursos pagando taxas flutuantes, qualquer
valor abaixo de Libor + 1,30% ao ano seria vantajoso.
258
Contratos e mercados de swaps
O autor.
Taxa flutuante (Libor) X taxa fixa
Valor de referência: US$50 milhões
Libor de 6 meses
Empresa B Banco
Taxa fixa = 4,4% a.a.
259
Derivativos Financeiros
O autor.
Taxa flutuante (libor) X taxa fixa
Valor de referência: US$50 milhões
260
Contratos e mercados de swaps
261
Derivativos Financeiros
Observações:
(3) O banco, como pode ser visto na tabela 2b, ganha 10 pontos básicos
de forma fixa, independente das oscilações da libor ao longo da duração dos
dois contratos de swaps.
Valor de um swap
Observamos que a taxa fixa de um swap de juros de taxa DI para taxa
prefixada foi dada pela taxa DI futura (ou a termo) somada ao spread que o
banco cobrava na operação. A taxa futura (ou a termo) é utilizada porque
representaria o valor disponível para qualquer agente econômico que qui-
sesse usá-la. É a taxa que estaria disponível para uma empresa, um investidor
262
Contratos e mercados de swaps
263
Derivativos Financeiros
Onde:
Onde:
264
Contratos e mercados de swaps
265
Derivativos Financeiros
266
Contratos e mercados de swaps
A taxa de juros para estes próximos sessenta dias é igual a 10,5% a.a.
Pergunta-se:
(a) Qual o valor do swap para a empresa neste instante, isto é, a sessenta
dias do vencimento do swap?
a) Operação de swap
Após dois anos, um novo swap de libor. taxa prefixada está cotado à taxa
de 4,0% a.a.
267
Derivativos Financeiros
O autor.
Banco 1
6.00% Libor
$Financiamento
Libor
Empresa X Banco 2
6,0%
Figura 6 – Financiamento com swap de juros.
268
Contratos e mercados de swaps
Para Freitas Gomes, a estratégia para o câmbio indicada pelo BC com a es-
colha desse instrumento estaria associada a uma redução lenta dos juros.
O economista da Funcex, Fernando Ribeiro, por sua vez, acredita que a in-
269
Derivativos Financeiros
Quando o BC faz o swap reverso, ele está dando proteção aos setores que
perdem com a valorização do real, como, por exemplo, os exportadores.
270
Contratos e mercados de swaps
Atividades de aplicação
1. Compare os contratos de swaps e os contratos a termo.
271
Operações com derivativos
Introdução
Neste capítulo abordaremos o uso alternativo de alguns instrumentos
derivativos vistos anteriormente; analisaremos estratégias alternativas utili-
zando contratos futuros e de opções.
Se a empresa optar pelos contratos futuros, ela irá fixar a taxa de câmbio
nos próximos três meses de despesas em dólares nos valores apresentados
anteriormente. No entanto, se considerarmos o risco de base, teríamos valo-
res em torno dos apresentados na tabela 1.
A empresa irá supor que o risco de base levaria a resultados finais afas-
tados da cotação inicial no mercado futuro em, no máximo, 1%. Assim terí-
amos as seguintes faixas de cotações finais na tabela 2 e resultados finais na
tabela 3.
Faixa de cotação
Mês
final
1 [2,173 ; 2,217]
2 [2,188 ; 2,232]
3 [2,206 ; 2,250]
Para estas taxas de câmbio, os valores finais pagos seriam aqueles apre-
sentados na tabela 3.
Valor de receita
Mês
(R$milhões )
1 [21,73 ; 22,17]
2 [21,88 ; 22,32]
3 [22,06 ; 22,50]
Preço de Tempo de
Prêmio (*) Prêmio
exercício vencimento
(R$/US$) (dias) (R$/US$) (R$mihão)
2,15 30 0,02976 297,60
2,17 60 0,05206 520,60
2,19 90 0,07040 704,00
Total 0,1522 1.522,20
(*) Ver Apêndice 1.
Preço de
Prêmio (*) Receita mínima Receita mínima
exercício
(R$/US$) (R$/US$) (R$/US$) (R$milhão)
2,15 297,60 2,1202 21,202
2,22 520,60 2,1179 21,179
2,24 704,00 2,1196 21,196
(*) Deduzindo o prêmio pago.
275
Derivativos Financeiros
276
Operações com derivativos
Receita
O autor.
(R$/US$)
Opção
2,195 Futuro
2,1202
Taxa de câmbio
2,15 2,2248 (R$/US$)
Gráfico1a – Comparação de resultados entre contratos futuros de 30 dias e op-
ções de venda de 30 dias.
Receita
O autor.
(R$/US$)
Opção
2,210 Futuro
2,11794
Taxa de câmbio
2,17 2,2621 (R$/US$)
Gráfico1b – Comparação de resultados entre contratos futuros de 60 dias e op-
ções de venda de 60 dias.
277
Derivativos Financeiros
Receita
O autor.
(R$/US$)
Opção
2,228
Futuro
2,1196
Taxa de câmbio
2,19 2,2984 (R$/US$)
Gráfico 1c – Comparação de resultados entre contratos futuros de 90 dias e op-
ções de venda de 90 dias.
No gráfico 1c também tem o perfil das figuras anteriores, mas com ponto
de indiferença igual a R$2,2984 (= 2,228 + 0,0704).
(2) A empresa vende três opções de compra para o banco com os seguin-
tes preços de exercício e outras características, apresentadas na tabela 7.
278
Operações com derivativos
Preço de Tempo de
Prêmio (*) Prêmio
exercício vencimento
(R$/US$) (dias) (R$/US$) (R$mil)
2,20 30 0,04881 0,4881
2,22 60 0,06412 0,6412
2,24 90 0,07702 0,7702
Total 0,19000 1,900
(*) Ver Apêndice 2.
Preço de Preço de
Receita Receita
exercício Prêmio call Exercício Prêmio put
mínima máxima
put Call
(*) (*)
(R$/US$) (R$/US$) (R$/US$) (R$/US$) (R$/US$) (R$/US$)
(1) (2) (3) (4) =(1)+(2) – (4) =(3)+(2) – (4)
2,15 0,02976 2,20 0,04881 2,1691 2,2191
2,17 0,05206 2,22 0,06412 2,1821 2,2321
2,19 0,07040 2,24 0,07702 2,1966 2,2466
(*) Consideram os prêmios pagos e recebidos.
279
Derivativos Financeiros
Aqui, no nosso exemplo, temos uma posição vendida em collar pela em-
presa exportadora.
Receita
O autor.
(R$/US$)
Call
2,2191
2,195 Futuro
2,1691
Put
Taxa de câmbio
2,15 2,1760 2,20 (R$/US$)
Gráfico 2a – Comparação de resultados entre contratos futuros de 30 dias e a
posição vendida de collar, com opções de venda e de compra de 30 dias, e com
preços de exercício, respectivamente, iguais a R$2,15/US$e R$2,20/US$.
Receitas O autor.
(R$/ US$)
Opção Opção
venda compra
2,2321
2,210 Futuro
2,1821
Taxa de câmbio
2,17 2,1979 2,22 (R$/US$)
280
Operações com derivativos
O autor.
Receita
(R$/US$)
Opção
compra
2,2466
2,228 Futuro
2,1966
Opção
venda
Taxa de Câmbio
2,19 2,2214 2,24 (R$/US$)
Gráfico 2c – Comparação de resultados entre contratos futuros de
90 dias e a posição vendida de collar, com opções de venda e de
compra de 90 dias, e com preços de exercícios, respectivamente,
iguais a R$2,19/US$e R$2,24/US$.
3. Aumentando seu risco com a taxa de câmbio, já que quando ela vende
opções de compra ao banco, em uma proporção que é compensada
281
Derivativos Financeiros
Este é o caso recente das empresas brasileiras que perderam valores ele-
vados com operações com derivativos relacionadas à taxa de câmbio real
por dólar. As operações com derivativos destas empresas envolviam posi-
ções vendidas em contratos de opções de compra e outras estratégias. Elas
utilizaram a estratégia collar com taxas de câmbio. Elas, assim, se protegem
contra a valorização do real frente ao dólar e, ao mesmo tempo, financiam
essa proteção com venda de opções de compra para receber o prêmio. Este
é o caso da seção Ampliando seus conhecimentos.
“Eu quero saber quando a Sadia terá uma política de risco em que eu possa
confiar”, disparou a analista Juliana Rozembaum, do Unibanco, ontem, duran-
te a apresentação de resultados da fabricante de alimentos a analistas e in-
vestidores, na sede da companhia. O questionamento da analista sintetizou
melhor do que qualquer outro a desconfiança que paira em torno da Sadia,
depois que ficou claro que a política de exposição ao risco cambial definida
pela própria empresa foi jogada na lata de lixo.
282
Operações com derivativos
medidas para minimizar o risco, ou seja, algo em torno de cinco vezes o limite
autoimposto pela companhia e informado a acionistas e credores.
283
Derivativos Financeiros
Ontem, Furlan, que foi chamado de volta à companhia para ocupar o lugar
de Fontana, reiterou que a empresa alterou seu organograma e que, a partir
de agora, tanto a gerência de risco quanto a diretoria financeira se reporta-
rão diretamente ao presidente executivo, Gilberto Tomazoni. “O presidente
receberá informações constantes, semanais”, disse Furlan. Está sendo criado
também um comitê de auditoria, além do comitê de finanças que já existia.
Furlan assegurou que hoje a companhia não está mais atrás de crédito
bancário, mas está “aberta a renegociações”. Não estamos com uma posição
arrogante e nem subserviente. Não estamos empurrados no corner, disse ele,
que durante toda a apresentação imprimiu otimismo ao discurso. O ex-minis-
tro do governo Lula procurou adotar um tom entre o cômico e o debochado
e lançou mão de uma série de piadas e gracejos sobre os mais variados temas,
da política ao esporte. Mas a plateia não estava muito para riso.
O tamanho do risco
Operações da Sadia com derivativos de câmbio
Derivativos já liquidados
Exposição total em
Prejuízo em R$milhão
US$milhão
Liquidado em 12/09 865,0 – 429,9
Liquidado em 15/09 395,0 – 119,6
284
Operações com derivativos
Atividades de aplicação
1. O que é um collar?
2. Qual o risco da venda da estratégia executada pela Sadia e por outras
empresas brasileiras, com taxa de câmbio real/dólar?
3. Se uma empresa importadora tivesse comprado um collar, ou seja,
comprado opções de compra (cap) e vendido opções de venda (floor),
quais seriam os prêmios destas opções, considerando suas caracterís-
ticas apresentadas na tabela a seguir?
Opções de compra de dólar
Preço de Tempo de
Prêmio Prêmio
exercício vencimento
(R$/US$) (dias) (R$/US$) (R$mihão)
2,20 30
2,22 60
2,24 90
Total:
285
Derivativos Financeiros
Apêndice 1
Cálculos dos prêmios das opções de venda
(a) Opções com preço de exercício R$2,15/US$.
Volatilidade: 20 % a.a.
286
Operações com derivativos
Volatilidade: 20 % a.a.
N(–d1) = 0,39664 e,
d2 = 0,26162 – 0,20 . (0,1627)0,5, e,
d2 = 0,1809 e,
N(–d2) = 0,4282.
p = R$0,05206/US$.
volatilidade: 20 % a.a.
287
Derivativos Financeiros
N(-d2) = 0,46236.
Apêndice 2
Volatilidade: 20 % a.a.
288
Operações com derivativos
Volatilidade: 20 % a.a.
289
Derivativos Financeiros
Volatilidade: 20 % a.a.
c = R$0,07702/US$.
290
Gabarito
2. Como o hedger busca proteção, ele corre menos riscos do que o espe-
culador em um contrato de derivativos.
5.
Mercados futuros
1. São depósitos em dinheiro ou em títulos aceitos pelas bolsas de fu-
turos feitos de forma compulsória pelos comprados e vendidos. Estas
margens servem para cobrir possíveis perdas diárias com as posições
compradas ou vendidas decorrentes das oscilações de preços dos
contratos futuros.
294
Gabarito
4.
295
Derivativos Financeiros
5.
6.
296
Gabarito
S2 + (F1(compra) – F2(venda).
297
Derivativos Financeiros
R$3.300.000,00.
298
Gabarito
PU = 100.000 / ( 1 + i)du/252
Observações:
R$10.450.000,00.
300
Gabarito
Observações:
6. Taxas a termo:
301
Derivativos Financeiros
10.000.000,00 . 1,1
N= = 303,03, ou seja, 303 contratos futuros.
36.300,00
Resultados:
302
Gabarito
E os resultados seriam:
R$24.000,00.
R$396.000,00.
R$0,15187/Kg, ou R$0,01012/@.
303
Derivativos Financeiros
6. Os resultados seriam:
Em 30 de março:
Contratos futuros:
Compra do petróleo:
Total despesa:
Em 15 de abril:
Contratos futuros:
Venda do petróleo:
Total recebido:
304
Gabarito
5. Agora, teríamos:
305
Derivativos Financeiros
1.026.315,79
– R$8.700,00
Max [Pa – Pe; 0}, para uma call e por, Max {Pe – Pa; 0], para uma put.
306
Gabarito
R$27.500,00
Ganho com a
Preço da ação Exercício da call Resultado final
opção
(R$/ação) (R$/ação) (R$/ação)
24,00 Não – R$1,00/ação R$25,00/ação
26,00 Não – R$1,00/ação R$27,00/ação
28,00 Não – R$1,00/ação R$29,00/ação
30,00 Não – R$1,00/ação R$31,00/ação
32,00 Não – R$1,00/ação R$33,00/ação
34,00 Sim + R$1,00/ação R$33,00/ação
307
Derivativos Financeiros
R$5.911.000,00.
308
Gabarito
309
Derivativos Financeiros
(a) Opção 1:
Ganho / Perda
O autor.
40.000 = P1
Pa
40.000
(b) Opção 3:
Ganho / Perda
O autor.
36.000 – 0,65 P1
Pa
36.000
310
Gabarito
311
Derivativos Financeiros
Ganho / Perda
O autor.
2,45 2,55
R$/US$
Despesas
O autor.
cambiais
(R$/ US$)
2,55
2,45
R$/ US$
2,45 2,55
2. Delta hedge significa fazer o hedging de uma carteira que contém op-
ções e ativo-objeto das opções, usando a relação chamada delta para
tentar manter a carteira com valor constante.
- vencimento em 20/04/2009.
e, d1 = – 0,7691, e,
313
Derivativos Financeiros
48,48402
314
Gabarito
C = 0,06729R$/US$.
6. O gama mede a variação do delta, que, por sua vez, mede a variação
do prêmio de uma opção em função da variação do preço do ativo-ob-
jeto. O gama é elevado, por exemplo, quando uma opção (suponha-
mos, de compra) está bem próxima de seu vencimento e seu delta está
próximo de maio. Como o vencimento está próximo, qualquer subida
de preço do ativo-objeto leva a uma situação de exercício da opção, e,
por isso, seu delta “corre” para um, já que a opção estará virtualmente
sendo exercida.
315
Derivativos Financeiros
Modelo binomial
1. Porque as probabilidades de subida e descida, e as subidas e descidas,
são exatamente iguais. Quando estas restrições são eliminidas, os re-
sultados já não seriam mais iguais.
Vemos que os valor obtido na árvore inicial com 1 passo, 2,4752, é bem
diferente do valor obtido quando se utilizam 3 passos, 3,640.
e, (1 – p) = 0,4276.
T0 T1 T2 T
O autor.
R$59,45
R$56,12
R$52,97 R$52,97
R$50,00 R$50,00
R$47,20 R$47,20
R$44,56
R$42,06
316
Gabarito
O autor.
R$0,00
R$0,00
R$0,5018 R$0,00
R$1,4554 R$1,1853
R$2,7662 R$2,80
R$4,9479
R$7,94
e, P0 = 1,4554.
317
Derivativos Financeiros
E, em t0, temos:
e, P0 = 1, 6775.
P2 = 0,00
318
Gabarito
Opções exóticas
1. Sim, pois o resultado dela dependerá do preço do ativo ao longo da
vida da opção.
319
Derivativos Financeiros
Portanto, a opção com barreira não seria uma boa alternativa para esta
situação da empresa.
Cenários alternativos
Nos casos (a) e (b), nada acontece, a menos do prêmio que agora é
maior, já que a opção não existe, pois a barreira não foi ultrapassada.
Teríamos, então:
321
Derivativos Financeiros
(a) Ambos são contratos particulares, podendo, por isso, ser estruturados
de acordo com as partes envolvidas.
CDI
O autor.
Investidor Banco
Taxa fixa = 8,5% a.a.
322
Gabarito
No swap:
Assim, temos:
323
Derivativos Financeiros
O autor.
Empresa A Banco Empresa B
Libor Libor
324
Gabarito
3.
Preço de Tempo de
Prêmio Prêmio
exercício vencimento
(R$/US$) (dias) (R$/US$) (R$mihão)
2,20 30 0,04881 0,4881
2,22 60 0,06412 0,6412
2,24 90 0,07702 0,7702
Total 0,1900 1,900
Preço de Tempo de
Prêmio Prêmio
exercício vencimento
(R$/US$) (dias) (R$/US$) (R$mihão)
2,15 30 0,02976 631,30
2,17 60 0,05206 520,60
2,19 90 0,07040 704,00
Total 0,1522 1.522,20
Despesa
O autor.
(R$/US$)
2,1810
2,17 Futuro
2,1310
Taxa de câmbio
2,15 2,1891 2,20 (R$/US$)
Gráfico a.
325
Derivativos Financeiros
Despesa
O autor.
(R$/US$)
2,2334
2,21 Futuro
2,1834
Taxa de câmbio
2,19 2,2166 2,24 (R$/US$)
Gráfico c.
Despesa
(R$/US$) O autor.
2,2079
2,19 Futuro
2,1579
Taxa de câmbio
2,17 2,2021 2,22 (R$/US$)
Gráfico b.
326
Gabarito
Despesa
O autor.
(R$/US$)
2,2334
2,21 Futuro
2,1834
Taxa de câmbio
2,19 2,2166 2,24 (R$/US$)
Gráfico c.
327
Referências
HULL, John. Introdução aos Mercados Futuros e de Opções. 2. ed. São Paulo:
Cultura e BM&F.