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PEA5015

Integração das Fontes Renováveis em Sistemas Elétricos

Microgeração Solar Fotovoltaica e Armazenamento de


Energia em Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica
Projetos de Pesquisa em Parceria UNICAMP/CPFL Energia

Tiago R. Ricciardi
Departamento de Sistemas e Energia (DSE)
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Escola Politécnica - USP

16 de outubro de 2018
Sumário
• Microgeração Solar Distribuída
• Armazenamento em Sistemas de (Distribuição de) Energia Elétrica
• Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia para
Integração de Geração Fotovoltaica
• Projetos de Pesquisa UNICAMP + CPFL (P&D ANEEL)
Microgeração Solar Distribuída
Cenário Mundial
• Capacidade instalada:
306,4 GW (2016); 404,5 GW (2017); 507,1 GW (expectativa 2018)

China = 1/3

Solar Power Europe, "Global Market Outlook For Solar Power 2018 – 2022"
Disponível em: http://www.solarpowereurope.org/wp-content/uploads/2018/09/Global-Market-Outlook-2018-2022.pdf
Cenário Mundial
• 2000:
– Alemanha: Renewable Energy Act, início do FIT
• 50 €-cts/kWh (~3× o custo da energia suprida pela rede)
• 4-5 €2016 / Wp (preços correntes)
– 114 MW instalados ao final do ano

• Fim de 2017:
– China: 1ª capacidade instalada (131 GW)
– EUA: 2ª capacidade instalada (52 GW)
– Japão: 3ª capacidade instalada (49 GW)
– Alemanha: 4ª capacidade instalada (43 GW)
• 12,20 €-cts/kWh (~1/3 do custo da energia suprida pela rede)
• 0,4-0,5 €2016 / Wp (preços correntes)

Fontes:
Federal Ministry for Economic Affairs and Energy (Germany)
Fraunhofer ISE, “Recent Facts about Photovoltaics in Germany”, 20/Out/2017
International Energy Agency (IEA)
Cenário Mundial: Austrália 20-25% das residências possuem PV

• Australia has the highest penetration of residential rooftop PV of any country in the world

Fontes:
Australian PV Institute: http://pv-map.apvi.org.au (Dados de 30/06/2018)
https://newsroom.unsw.edu.au/news/science-tech/fact-check-australia-world-leader-household-solar-power
https://www.pv-magazine.com/2017/07/06/one-quarter-of-australian-homes-now-have-solar/
Cenário Mundial: Califórnia
• May 2018: California Becomes First State to Order Solar on New Homes
• Most new units built after Jan. 1, 2020, will be required to include solar systems as part
of the standards adopted by the California Energy Commission

Fontes:
https://www.energy.ca.gov/releases/2018_releases/2018-05-09_building_standards_adopted_nr.html
https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-05-09/california-votes-to-require-rooftop-solar-power-on-new-homes
Contexto Brasileiro
• Marcos regulatórios:
– Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 (17/04/2012)
– Resolução Normativa ANEEL nº 517/2012 (11/12/2012) – alterações na 482
– Resolução Normativa ANEEL nº 687/2015 (24/11/2015) – alterações na 482
– Resolução Normativa ANEEL nº 786/2017 (17/10/2017) – alterações na 482
– Novas alterações previstas para entrar em vigor até 31/12/2019

• Fontes renováveis ou cogeração qualificada:


– Solar, eólica, biomassa, hídrica (CGH), etc

• Conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de UCs:


– microgeração distribuída (μGD): Pinstalada ≤ 75 kW
– minigeração distribuída (mGD): 75 kW < Pinstalada ≤ 5 MW (3 MW para a fonte hídrica)
– “por meio de instalações de UCs” → “behind-the-meter”

• Sistema de Compensação de Energia Elétrica:


– Net Metering × Feed-In Tariff
– 36 → 60 meses
– “Autoconsumo remoto”
– Condomínios e geração compartilhada
– Custo de disponibilidade (grupo B): R$ equivalente a 30 (1f), 50 (2f) ou 100 kWh (3f)
Cenário Nacional (Fonte: ANEEL, situação em 15/11/2017 e 15/10/2018)
MW
0 20 40 60 80 100 120 140

CEMIG-D
RGE SUL
Celesc
COELCE
Copel
CPFL Paulista
Light
ENERGISA MT
RGE
Celg-D

10 distribuidoras, 70*/68**% da capacidade instalada

Tipo Quantidade Quantidade de UCs que recebem os créditos Potência Instalada (kW)
CGH 20*/58** 238*/7.417** 15.190,70*/52.079,08**
EOL 53*/57** 96*/100** 10.285,60*/10.314,40**
UFV 16.989*/41.284** 19.142*/50.142** 139.904,25*/415.124,91**
UTE 70*/120** 196*/498** 23.182,26*/35.167,12**
Solar: 74*/81**% capacidade instalada (RN 482/2012)

Classe de Consumo Quantidade Quantidade de UCs que recebem os créditos Potência Instalada (kW) MG + SP + RS
Residencial 13.379/31.521 14.684/35.553 59.403,95/148.485,58 50% das unidades
Comercial 2.669/6.795 3.543/17.783 71.999,86/236.962,73
Rural 500/1.729 745/2.881 17.249,66/46.330,77
Industrial 387/1.093 457/1.361 32.347,04/64.139,68
Poder Público 157/329 203/523 6.435,30/15.159,44
Serviço Público 33/47 33/51 1.066,10/1.553,11
Iluminação pública 7/5 7/5 60,9/54,20
Residencial + Comercial: 70*/75**% da capacidade instalada

Fonte: http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/ (consulta em *15/novembro/2017 e em **15/outubro/2018)


Cidades em Destaque – Microgeração Solar Distribuída
Município/UF kWp Instalado (FV) Município/UF Quantidade Sistemas (FV)
Rio de Janeiro/RJ 4.343,99 Rio de Janeiro/RJ 577
Aquiraz/CE 3.088,43 Campinas/SP 499
Fortaleza/CE 3.033,86 Uberlândia/MG 353
Brasília/DF 2.494,72 Florianópolis/SC 285
Uberlândia/MG 2.318,31 Fortaleza/CE 278
Campinas/SP 2.133,21 Colatina/ES 275
Santa Cruz do Sul/RS 2.109,3 Belo Horizonte/MG 274
Belo Horizonte/MG 2.018,96 Brasília/DF 263
São Paulo/SP 1.905,56 São Paulo/SP 15/11/2017 248
Florianópolis/SC 1.464,28 Curitiba/PR 220

Município/UF kWp Instalado (FV) Município/UF Quantidade Sistemas (FV)


Várzea da Palma/MG 11.762,00 Rio de Janeiro/RJ 1080
Rio de Janeiro/RJ 8.726,11 Campinas/SP 729
Uberlândia/MG 8.692,48 Brasília/DF 594
Buritizeiro/MG 8.649,97 Uberlândia/MG 547
Brasília/DF 8.304,16 Fortaleza/CE 516
Fortaleza/CE 7.193,34 Belo Horizonte/MG 509
Santa Cruz do Sul/RS 6.030,82 Palmeiras de Goiás/GO 480
Belo Horizonte/MG 4.505,00 Florianópolis/SC 439
Jaíba/MG 4.380,90 São Paulo/SP
Petrolina/PE 4.192,85
15/10/2018 430
Santa Cruz do Sul/RS 421

Campinas/SP: 231 sistemas, 850 kWp associados ao projeto Telhados Solares


Crescimento Microgeração Solar Distribuída (Fonte: ANEEL)

Total Instalado: + de 415 MW (15/10/2018)


Projeções EPE e ANEEL
Evolução da Capacidade Instalada Fotovoltaica Distribuída
3500
Realizado 15/10/2018

Capacidade Instalada Acumulada (MWp)


3000 Projeção EPE 2014 - ICMS antes da Compensação
Projeção EPE 2014 - ICMS após Compensação
Projeção ANEEL 2017
2500

2000

1500

1000

500

0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2014

Evolução da Capacidade Instalada Fotovoltaica Distribuída


1,000,000
Realizado 15/10/2018
900,000
Unidades Instaladas (Acumulado)

Projeção EPE 2014 - ICMS antes da Compensação


800,000
Projeção ANEEL 2017
700,000
600,000
500,000
400,000
300,000
200,000
100,000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

Fonte: Nota Técnica n° 0056/2017-SRD/ANEEL e Nota Técnica DEA 19/14, Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e Impactos, Série
Recursos Energéticos. RJ, Outubro/2014.
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Impactos técnicos
– Solar, até 75 kW, residencial + comercial
→ conectada sobretudo nas redes de distribuição secundárias
– Redes secundárias (baixa tensão)
→ historicamente projetadas para não receber geração
– Resultado:
• elevação no perfil de tensão
• desequilíbrio de tensão • desafios para proteção
(mudanças nas correntes de curto-circuito,
• sobrecarga de condutores e transformadores
impactos na coordenação e seletividade,
• distorção harmônica anti-ilhamento)
• transitórios de tensão • etc.
• mudança no perfil de perdas

crítica
Medições a cada
precária 1 min de um
sistema trifásico
em UC comercial
de 20 kWp em
Campinas/SP no
dia 2/nov/2017
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras

• Impactos econômicos
– Diminuição de receita (fluxo de caixa) da concessionária
– Impacto no planejamento de mercado para compra de energia no ACR

• Além disso:
– Acesso não pode ser negado pela distribuidora
– Qualidade deve ser assegurada pela distribuidora (PRODIST)
– Distribuidora deve arcar com os custos de acesso
(reforços, troca de medidores, etc)
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Prazo para liberação de acesso exíguo:

Fonte: Cadernos Temáticos ANEEL, “Micro e Minigeração Distribuída - Sistema de Compensação de Energia Elétrica”, 2ª edição. Brasília/DF, Maio/2016.
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Volume crescente de acessos. Exemplo:
– CEMIG, 2017: 2.649 novos acessos em 251 dias úteis
– CEMIG, 2018: 3.158 novos acessos em 199 dias úteis
• Concessionárias precisam de métodos rápidos (e precisos) para
avaliar se é necessário ou não alguma adaptação na rede de
distribuição e quais impactos precisam ser analisados em
pormenores
Média de acessos Média de acessos
Distribuidora
por dia útil (2017) por dia útil (2018)
CEMIG 10,6 15,8
CELESC 6,3 7,3
CPFL PAULISTA 4,7 6,6
RGE SUL 3,5 7,1
COPEL 3,0 6,1
ELEKTRO 2,1 5,4
CELG 2,0 2,7
LIGHT 1,8 2,8
RGE 1,7 3,7
AMPLA 1,6 3,1

Fonte: http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/ (consulta em 15/10/2018)


Projeto Telhados Solares: Visão Geral
Instalação de 231 Sistemas FVs Análise Tarifária
Treinamento e capacitação da equipe técnica da Estimativa do nível de contrataçao - CPFL Paulista - Base Definição de cenários da inserção de sistemas
CPFL Serviços e Envo para instalação e
5.000 125%

FVs, estudos dos impactos nas receitas das


116%
113% 113% 112%
110% 105% 105% Compra de Energia Nova
4.500 106%
103% 101% 102% 102% 103%
101% 101% Compra de Energia Existente

comissionamento de sistemas FVs


4.000 100%

distribuidoras e proposição de modelos tarifários


Bilaterais

3.500 Estruturantes
Fontes Alternativas
3.000 75%
Energia Nova

2.500 Energia Existente


Proinfa
2.000 50%
Cotas

1.500 Angra

SOL – Sistema Online de Leitura Análise Regulatória


Itaipu
1.000 25%
Requisito

500 Nível de contratação


Nivel de contratação com GD
0 0%

Desenvolvimento de site para monitoramento da Avaliação de diferentes normas regulatórias


2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

geração FV individual ou de grupos (nível de 5.000


116%
Estimativa do nível de contrataçao - CPFL Paulista - Moderado
125%
relacionadas à GD
tensão, geração, exportação de dados etc.)
113% 114% 113%
110% 107%
4.500 107% 106% Compra de Energia Nova
104% 103% 103% 104% 105%
102% 102%
Compra de Energia Existente
4.000 100%
Bilaterais

3.500 Estruturantes
Fontes Alternativas
3.000 75%
Energia Nova

2.500 Energia Existente

Normas e Padrões www.telhado.solar


Proinfa
2.000 50%
Cotas

1.500 Angra
Itaipu

Revisão e adequação de normas e padrões Desenvolvimento de site voltado para o cliente


1.000 25%
Requisito

500 Nível de contratação


Nivel de contratação com GD

final, contendo dados de geração FV


0 0%

técnicos (GED 15303 e GED 15322) e 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

elaboração de documentos de procedimentos 5.000


Estimativa do nível de contrataçao - CPFL Paulista - Intensivo
138%
150%
e os benefícios ambientais
4.500 129% Compra de Energia Nova
124%
119% 125% Compra de Energia Existente
116% 114% 114% 115%
4.000 113% 112% 112%
109% 108% 108% 110% Bilaterais

3.500 Estruturantes
100%
Fontes Alternativas

Análise de Qualidade de Energia


3.000
Energia Nova

2.500

2.000
75% Energia Existente
Proinfa
Cotas
Planejamento de Compra de Energia
50%

Avaliação dos impactos na qualidade de energia


1.500 Angra

Estudos de modelos regulatórios internacionais


Itaipu
1.000
25% Requisito

500 Nível de contratação

causados pela inserção massiva de sistemas 0


2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
0%
Nivel de contratação com GD

para proposição da adequação regulatória,


FVs visando ao equilíbrio financeiro do setor
Transformador MT/BT com
geração fotovoltaica

Engenharia; (Gestão de Ativos, Normas e Padrões, Centro de Operações etc.)


Regulatório
Novos Negócios; Estratégia

P&D ANEEL : PD-0063-3012/2014 Aplicação massiva de geração distribuída solar


em diferentes tipologias de telhados na cidade de Campinas. CPFL Energia, UNICAMP, CPqD
Determinação dos impactos técnicos causados pela microgeração FV

• Objetivo: determinar os impactos técnicos causados pelo aumento da conexão de


microgeração fotovoltaica utilizando simulações computacionais nos seguintes requisitos
técnicos:

ü Perfil de tensão de atendimento


ü Desequilíbrio de tensão de atendimento
ü Carregamento de cabos e transformadores
ü Perdas elétricas
ü Distorção harmônica (qualidade de energia)
ü Transitórios de tensão (qualidade de energia)
ü Transitórios de nuvens (qualidade de energia)
ü Fluxos de correntes durante curtos-circuitos (proteção)
ü Curvas de carga (balanço energético)
Determinação dos impactos técnicos causados pela microgeração fotovoltaica

Exemplo de estudo: simulação determinística (pior cenário)

Rede a ser estudada


• BGE10 (Barão Geraldo, Campinas/SP), alimentador predominantemente residencial
• Atende cerca de 2.200 consumidores
Determinação dos impactos técnicos causados pela microgeração fotovoltaica

Exemplo de estudo: simulação determinística (pior cenário)

Resultado:
OK!!! ATENÇÃO!!!
PROBLEMA!!!
VV OK!!!
= 0,95pu
1,04pu
max 1,05pu
max>
min

• Rede com 68 consumidores


• Transformador de 75 kVA
Principais Desafios/Impactos Técnicos no Sistema de Distribuição

q IMPACTOS QUE DEMANDAM MAIOR ATENÇÃO (PLANEJAMENTO)

Desequilíbrio de Carregamento de
Perfil de tensão
tensão cabos

Transitórios de
Perdas elétricas
nuvens

q IMPACTOS QUE NÃO DEMANDAM MAIOR ATENÇÃO (PLANEJAMENTO)

Distorção Transitórios de
harmônica tensão

Fluxos de correntes de curto- Carregamento de


circuito (proteção) transformador
Generalização da análise dos impactos técnicos: Objetivo, dificuldades e metodologia

• Objetivo: quantificar e qualificar os impactos técnicos causados pelo aumento


da conexão de PFVs considerando toda a área de concessão da CPFL Paulista
(ou seja, generalização e mapeamento dos impactos)
• Dificuldades: (a) a maioria das informações de entrada são aleatórias e não são
controladas pela concessionária; (b) a quantidade de simulações necessárias é
elevadíssima em razão das incertezas
• Metodologia: simular inúmeros cenários (bilhões) de forma que as conclusões
tenham valor estatístico, viabilizando análise de risco e determinação de
tendências

FATORES COMPORTAMENTAIS
• Percentual de consumidores com PFVs FATORES ELÉTRICOS
• Localização dos PFVs • Modelo elétrico dos PFVs
• Tipo de conexão dos PFVs + • Modelo elétrico das cargas
• Potência nominal dos PFVs • Modelo multifásico das redes
• Potência gerada pelos PFVs • Fluxo de carga multifásico
• Curvas de carga
Algoritmo baseado no método de Monte Carlo
O que é o Método de Monte Carlo?
• Fundamentado na lei dos grandes números
• Avaliação de uma função probabilística através da amostragem massiva de
cenários determinísticos a fim de se obter o valor esperado
Q: Qual a probabilidade de tirar o número 1 em um dado de 6
faces?
A: Lançar o dado centenas, milhares, milhões de vezes e contar em
quantos lançamentos obtemos o número 1
Generalização da análise dos impactos técnicos: Objetivo, dificuldades e metodologia

• Exemplo de alocação de geradores utilizando a metodologia de Monte Carlo e o


problema de sobretensão:
Transformador: 45 kVA
Número de consumidores com
painéis: 4 (20% do total)
Geração solar total: 11,25 kWp
(25% do transformador)

Tensão máxima para cada cenário Convergência


Generalização da análise dos impactos técnicos: Objetivo, dificuldades e metodologia

• Exemplo de alocação de geradores utilizando a metodologia de Monte Carlo e o


problema de sobretensão:
Transformador: 45 kVA
Número de consumidores com
painéis: 4 (20% do total)
Geração solar total: 13,50 kWp
(30% do transformador)

Tensão máxima para cada cenário Convergência


Generalização da análise dos impactos técnicos: Universo de análise – CPFL Paulista

Redes com menos de 5 UCs

11.014
Transformadores Redes Secundárias Redes Secundárias Redes Secundárias
de Distribuição Modeladas no Analisadas no Analisadas na Simulação
(CPFL Paulista *out/2015) OpenDSS Caso Base de Monte Carlo

223.453 189.990 95.509 78.470

33.463 83.467 17.039


Sem informações Transformadores Redes com violação no
do secundário dedicados e redes rurais caso base (sem geração FV)

Na metodologia desenvolvida,
foram analisadas 78.470 redes
secundárias (predominantemente
urbanas) abrangendo os 234
municípios da área de concessão
da CPFL Paulista.
Generalização da análise dos impactos técnicos: Critérios técnicos (limites)

• O limite de geração solar para cada rede secundária é estimado pela verificação da
violação de um ou mais dos quatro critérios técnicos em questão, cujos limites são
mostrados na tabela.

Critérios Técnicos de
Limites e Temporização
Operação Verificados

SOBRE: Entre 1,05 e 1,06 pu por mais de 3% do tempo;


acima de 1,06 por mais de 0,5% do tempo.
Magnitude de Tensão1
SUB: Entre 0,87 e 0,92 pu por mais de 3% do tempo;
abaixo de 0,87 por mais de 0,5% do tempo.

Desequilíbrio de Tensão1 mais de 3,0% por mais que 5% do tempo.

Carregamento dos Condutores2 mais que 100,0% por 1 hora.

Carregamento do Transformador3 mais que 187,5% por 1 hora.

1Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, “Módulo 8: Qualidade de Energia Elétrica,” janeiro 2018.
2J. Quirós-Tortós, L. F. Ochoa, S. W. Alnaser, e T. Butler, “Control of EV Charging Points for Thermal and Voltage Management of LV Networks,”

IEEE Transactions on Power Systems, 2016.


3Proteção de Transformadores de Distribuição, CPFL – GED 16628, outubro 2015.
Generalização da análise dos impactos técnicos: Resultados

78.470 redes secundárias analisadas


pelo método de Monte Carlo
+7 bilhões de cálculos de fluxo de
potência (técnicas de processamento
da alto desempenho)

Distribuição dos limites de geração individualizados

Critérios técnicos mais restritivos Mapeamento dos limites de penetração


Generalização da análise dos impactos técnicos: Conclusões

A conexão de PFVs é um problema GENERALIZADO para a concessionária hoje?


Resposta: NÃO (considerando-se os níveis atuais de penetração).

A conexão de PFVs pode levar a problemas LOCAIS específicos?


Resposta: SIM (planejamento).

Qual o fator mais restritivo?


Resposta: Regulação de tensão (sobretensão) ~60%.

Outros fatores restritivos?


Resposta: Desequilíbrio de tensão e sobrecarga de condutores.
Procedimento expedito para análise de solicitação de acesso: Motivação e objetivo

• Motivação: a quantidade de novas solicitações de acesso deve crescer nos próximos anos. Esse
procedimento deve ser realizado equilibrando quantidade de horas de profissionais qualificados e
risco de não atendimento de requisitos de qualidade do serviço.
• PG&E (Califórnia) realiza uma nova conexão a cada 50 minutos (dados de 2016) – 175.000+ sistemas
• CPFL Energia tem uma nova conexão a cada 180 minutos (dados de 2017-2018) – ~3.500+ sistemas
• Objetivo: acelerar o processo de análise de solicitações de novos acessos reduzindo número de
homens-horas especializados e antecipando deterioração da qualidade do serviço.

Rede operando Conexão de Altera estado de


normalmente PFVs operação da rede

Rede se
NÃO
aproximando
de violações?1
SIM NÃO
NÃO SIM SIM
Piora nos indicadores Atualizaçõe Violações
de qualidade s na rede? ocorrerão?2
1análise simples, pode ser feita por profissional com formação mais básica
2análise mais detalhada, requer profissional mais qualificado
Procedimento expedito para análise de solicitação de acesso - Metodologia: estágios de decisão

Novo acessante
geração solicitada = X% Proceder Procedimento de Recondutoramento

+
penetração FV
com
conexão
Análise Detalhada
(OpenDSS) Remanejamento
de cargas/trecho
existente na rede Substituição
acessada = Y% Divisão
Não transformador de redes

=
X% + Y% < Limite
Houve violações dos
critérios técnicos? Soluções locais
de geração Proceder com para impactos
(consultar tabelas) conexão Não Sim técnicos
Fim identificados
Sim Fim

Estágio 1
Consulta às planilhas; caso Estágio 2
haja sinal de alerta, o acesso é Os casos encaminhados
Estágio 3
liberado, mas o caso é para o estágio 2 passam
Casos encaminhados pelo estágio
enviado para análise por análise mais
2 que demandam alterações na
detalhada. detalhada.
rede.
Não é necessário profissional É necessário um
profissional de engenharia É necessário um
com formação em engenharia profissional de engenharia
Expectativa: 10% das
Expectativa: +90% das solicitações. Expectativa:5% das solicitações.
solicitações.
Projeto Telhados Solares: Barão Geraldo Living Lab

PD-00063-3020/2016
(Desagregação de Carga)

PD-0063-0060/2013
PD-2937-0045/2011
(emotive)
(UFV Tanquinho)
25 eletropostos,
~ 1,1 MWp;
recarga residencial,
varias tecnologias e
frotas empresariais
configurações
de painéis FV;
1ª usina solar FV de SP

PD-00063-3032/2017
(Campus Sustentável)

PD-0063-3012/2014
(Telhados Solares)
231 UCs, ~ 850 kWp, PD-02937-3018/2016
instaladas no mesmo (Storage)
alimentador de distribuição
Projeto Telhados Solares: Monitoramento e Medições

Campus
UNICAMP

SE Barão Geraldo

• Processamento/Tratamento Dados
SOL: • Armazenamento, Monitoramento,
Análise, Relatórios
Sistema •

API para Extração Dados
Pesquisa
Online •
(Power Quality Data Analytics)
Site consumidores

de Leitura •

Site administrativo
Alarmes, etc
~ 45 Pontos da Rede de Distribuição Monitorados com Qualímetros

Medidores utilizados:
Fluke 435 Series II Cada ponto monitorado por cerca de 30 dias
PowerLogic ION7650 Medições RMS a cada 10 segundos
Pontos Monitorados
PV Systems Real Time Monitoring

Measurement
equipment normally not
presented in typical PV
installations

Customers participating in the Project have (1 min resolution):


• bidirectional smart meters (RF mesh network)
• PV inverter monitoring (AC and DC sides)
Together with the PQ meters: more than 2 billion measurement records per year
PV Systems Real Time Monitoring

Wi-Fi Modem or 4G
VPN Server

Wi-Fi or USB

Router
• Data processing/treatment
• Monitoring, analysis, reports, data storage
Ethernet • API for data export
• Research
(Power Quality Data Analytics)
Meter • Website for the costumers
• Website for the researchers and utility
+ engineers
Datalogger • Alarms, etc.

PV System
PV Systems Real Time Monitoring

Bidirectional meter

Metering data center

RF mesh network
Penetração FV no Alimentador BGE10

• The MV feeder with more penetration has, in average, daily peaks of 15-20% of
the feeder load, with daily peaks of ~ 40% in special days (Christmas and New
Ever)

25/12
01/01

PV generation reaches 15-20% of the feeder load during


parts of day (peaks > 30% for some days),
concentrated close to the substation (less voltage drop)
Top 15 MV/LV Transformers with the Largest PV penetrations (kWPV/kVAxfmr)

Transformer
Transformer Number of PV Number of PV installed PV penetration
capacity
ID customers customers capacity (kWp) (%)
(kVA)
34101007 14 36 44,0 45 98
34101555 5 14 13,8 15 92
34099438 27 47 64,4 75 86
34101752 15 65 38,2 45 85
34101681 7 18 24,4 30 81
34101824 7 23 18,0 30 60
34101053 6 51 25,4 45 57
34101837 9 27 25,4 45 57
34100924 3 46 24,5 45 54
34101427 1 20 50,9 112,5 45
34101703 8 41 31,8 75 42
34099219 13 122 41,9 112,5 37
34100955 6 28 25,4 75 34
34101250 4 75 35,5 112,5 32
34101543 9 31 35,0 112,5 31
Although at the MV feeder level 15-20% is not high PV
penetration, in some MV/LV transformers it reaches > 70%
• e.g.: 27 days of continuous 10 seg RMS PQ measurements of a 45 kVA
transformer serving 36 customers (15 with PV systems), 38.2 kWp of
aggregated installed capacity; reverse peak greater than direct peak.

Direct power flow (MV → LV) “Duck curve”

Reverse power flow (LV → MV)

Direct peak = 21.18 kW Imported energy = 2,230 kWh


Reverse peak = 31.10 kW Exported energy = 2,454 kWh
Distorção Harmônica de Tensão: Critérios PRODIST
• Valor médio janela de 10 minutos

• Monitoramento contínuo por 1 semana

• Total = 1008 pontos &)*+ (


%&'( ,&
!""% = ×100
• Percentil 95 ,-
&2
%&'( ,&(
• Limites
!""1 % = ×100
,-
Ø DTT95% ≤ 10,0% &5
Ø DTTP95% ≤ 2,5% %&'4 ,&(
Ø DTTI95% ≤ 7,5% !""3 % = ×100
,-
Ø DTT395% ≤ 6,5%
&6
%&'6 ,&(
!""6 % = ×100
,-
DTT: Transformador com 86% de penetração
Sem violação dos limites de DTT do PRODIST

DTT95% DTTP95% DTTI95% DTT395%


ID
(Limite = 10%) (Limite = 2,5%) (Limite = 7,5%) (Limite = 6,5%)
TR 34099438 3,88 0,17 3,79 0,88
TR 34101752 3,18 0,17 3,07 1,21
TR 34099185 3,94 - 3,85 1,60
TR 34101837 3,60 - 3,59 1,32
TR 34101427 2,95 - 2,88 0,78
TR 227062439 2,72 - 2,69 0,52
TR 34101573 1,96 - 1,89 0,52
TR 34102102 2,01 - 1,93 0,79
TR 34101819 2,08 - 2,07 0,51
TR 34101543 2,00 - 1,96 0,88
TR 34101824 2,16 - 2,05 1,10
TR 34101468 2,01 - 1,93 0,75
TR 34101413 2,06 - 2,01 0,49
TR 34099219 1,92 - 1,85 0,67
TR 34101007 2,11 - 2,01 0,88
TR 34101681 1,90 - 1,83 0,83
TR 34101703 2,04 - 2,01 0,98
TR 34101250 2,51 - 2,46 0,76
TR 34100955 2,18 - 2,10 0,71
Sem violação dos limites de DTT do PRODIST

DTT95% DTTP95% DTTI95% DTT395%


ID
(Limite = 10%) (Limite = 2,5%) (Limite = 7,5%) (Limite = 6,5%)
UC 35408618 3,88 0,18 3,73 1,47
UC 42060630 4,12 0,18 3,89 2,79
UC 10617604 3,50 - 3,41 0,86
UC 10636331 2,97 - 2,88 1,78
UC 4001458242 2,94 - 2,85 0,83
UC 10638385 2,69 - 2,65 0,72
UC 10627855 2,18 - 1,84 1,32
UC 10660607 2,28 - 2,16 0,60
UC 10620729 2,70 - 2,20 2,29
UC 37085050 2,14 - 2,09 1,05
UC 32366043 2,09 - 1,94 1,44
UC 10604464 2,23 - 2,14 0,98
UC 10605355 4,30 - 1,99 3,80
UC 10605479 2,09 - 1,91 1,43
UC 10592440 2,62 - 1,89 2,15
UC 10669787 3,08 - 2,26 2,86
UC 10588795 1,96 - 1,89 0,67
UC 24674885 2,10 - 2,05 1,44
Quando a distorção harmônica é maior?

Sem evidências de que a geração FV está deteriorando a DTT


Desequilíbrio de Tensão: Critérios PRODIST
• Valor médio janela de 10 minutos

• Monitoramento contínuo por 1 semana

• Total = 1008 pontos


%&
!"% = ×100
%'
• Percentil 95
ou
• Limites
1 − 3 − 6.
!"% = ×100
1 + 3 − 6.
Ø FD95% ≤ 3,0%
2 2 2
%01 + %13 + %30
.= 4 4 4 4
%01 + %13 + %30
FD: Transformador com 86% de penetração
Desequilíbrio de Tensão

Local Medição Número UCs com FV (kWp total) FD95 (%) (Limite = 3%)
TR 34099438 27 (67,5 kWp) 0,65
TR 34101752 15 (36,2 kWp) 0,64
TR 34099185 1 (2 kWp) 1,19
TR 34101837 9 (25,2 kWp) 0,96
TR 34101427 1 (50 kWp) 0,25
TR 227062439 1 (20 kWp) 0,21
TR 34101573 0 (0 kWp) 0,25
TR 34102102 0 (0 kWp) 0,46
TR 34101819 1 (20 kWp) 0,39
TR 34101543 9 (33,4 kWp) 0,44
TR 34101824 7 (17,2 kWp) 0,98
TR 34101468 1 (2 kWp) 0,49
TR 34101413 1 (20 kWp) 0,37
TR 34099219 13 (40,8 kWp) 0,36
TR 34101007 14 (43 kWp) 0,77
TR 34101681 7 (23,2 kWp) 0,60
TR 34101703 8 (32,7 kWp) 0,61
TR 34101250 4 (34,6 kWp) 0,63
TR 34100955 6 (25,4 kWp) 0,30

Nenhuma violação no desequilíbrio de tensão


Quando o desequilíbrio é maior?

Pouca ou nenhuma relação entre Desequilíbrio de Tensão e Geração FV


Quando o desequilíbrio é maior?
Conformidade de Tensão de Atendimento

• Valor médio janela de 10 minutos

• Monitoramento contínuo por 1 semana crítica


135 V
precária
• Total = 1008 pontos 133 V

127 V adequada
• Limites
117 V
Ø DRP ≤ 3,0% - Percentil 97 < 133 V 110 V
Ø DRC ≤ 0,5% - Percentil 99,5 < 135 V

%&' %&.
!"# = ×100% !"- = ×100%
1008 1008
Existem UCs com transgressão dos limites de tensão estabelecidos pelo PRODIST

Tensão de atendimento adequada Tensão de atendimento precária


DRC = 0 DRC = 0
DRP = 0 DRP ~ 20%
Ajustes no regulador de tensão da subestação, transferências de cargas e
sazonalidades influenciam no número de UCs com transgressão de tensão
Conclusões
• Voltage harmonic distortion
Ø No evidence was found that it is a generalized issue
Ø No evidence that the levels of distortion observed are caused/related with the massive penetration of PV
systems
Ø This result was expected since the PV inverters are certified according to IEC standards, with less harmonic
injections than other common appliances
• Current harmonic distortion
Ø There are no limits stablished in Brazilian regulations
Ø Measurements indicated values above the recommended TDD (IEEE Std 519-2004): possibility to reduce
transformers lifespan, more studies are required
• Voltage unbalance
Ø Small-scale PV generation is not a big issue, provided that good practices of customer connections balancing
are observed; relatively easy to be solved if a problem
• Voltage magnitude
Ø PQ aspect most affected by the massive connection of small-scale PV systems
Ø High penetrations of small-scale PV systems pose additional chalenges for the voltage control in distribution
feeders
• Recommendations to the utility (CPFL Energia)
Ø Reassess its philosophies for voltage regulation/control in distribution feeders/circuits with high PV
penetration
Mitigação dos impactos: permitir que a penetração FV aumente
• Como mitigar os impactos e permitir que a penetração FV aumente?
– Reforçar a rede de distribuição
• Recondutoramento da rede
• Troca de transformadores

– Mais controle (a rede de distribuição não pode ser mais fit-and-forget)


• Novas formas de controle Volt/Var
• Mudanças na operação da rede (radial × anel, etc)

– Impor limites para a potência que pode ser injetada na rede de distribuição
• ex: Alemanha, desde 2012: potência injetada não pode ser superior a
70% da capacidade FV instalada
• Práticas similares no Havaí, Austrália
• Mecanismo regulatório que incentiva a adoção de sistemas FV com
armazenamento (baterias eletroquímicas): armazenar ao invés de
reduzir a geração ou vender barato o que será comprado caro
posteriormente.
Projetos de P&D ANEEL
UNICAMP – CPFL
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

MOTIVAÇÕES TÉCNICAS
Resultados de medições e simulações do
projeto Telhados Solares mostraram que os
principais impactos técnicos
causados pela microgeração fotovoltaica são:
üTransgressão dos indicadores DRP e DRC
da tensão de atendimento (sobretensão);
üRedução e imprevisibilidade dos valores de
fator de potência em transformadores de
distribuição;
Aumento de transgressões de tensão de atendimento
üAumento do percentual de perdas técnicas.
(sobretensão): conflito com os procedimentos vigentes
(tape de regulador, chaveamentos de capacitores e
transferência de carga)

Aumento do percentual de perdas técnicas com o


aumento da geração fotovoltaica: conflito com Redução e imprevisibilidade do
regulação vigente fator de potência: conflito com
regulação vigente
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

MOTIVAÇÕES ECONÔMICAS
Os impactos técnicos causados pelo aumento da penetração da microgeração combinada com
diferentes procedimentos de controle de tensão e compensação de potência reativa têm
influência direta nos seguintes custos:
ü Custo de compensação ao consumidor devido a transgressões de tensão de atendimento;
ü Custo de variação das perdas técnicas;
ü Custo de atuações dos reguladores de tensão de subestação e de linha (custo de
manutenção);
ü Custo de comutações dos bancos de capacitores (custo de manutenção);
ü Custo de compensação de violações de fator de potência.
Esses custos podem ser quantificados e empregados para determinar quais são os melhores
procedimentos e práticas de engenharia para controle de tensão e compensação de potência
reativa considerando tanto aspectos técnicos quanto econômicos.

O objetivo primordial do projeto é propor e desenvolver procedimentos e práticas de engenharia


que reduzam custos de operação de redes de distribuição na presença de microgeração
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

ESTUDOS PRELIMINARES – SUBESTAÇÃO TAQUARAL

Parâmetro OLTC (subestação) RL (linha)


Três
Composição Trifásico autotransformadores
monofásicos
Tipo de conexão Estrela aterrado Estrela aterrado
Barra controlada Barra de conexão Barra de conexão
Separada em cada uma
Comutação do tape Conjunta das três fases
das três fases
Tensão de base 11,4 kV 6,58 kV Grandeza Nível de Penetração

Tensão de referência 1,035 pu (11,8 kV) 1,035 pu (6,81 kV) Percentual de UCs 20% das UCs B1 em
com FVs cada rede secundária
±0,01 pu
±0,01 pu 17,04% da potência nominal
Largura de banda (entre 11,69 e
(entre 6,74 e 6,88 kV) Potência nominal total dos transformadores de
11,91 kV)
Temporização (Delay) 60 s 90 s distribuição
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

ESTUDOS PRELIMINARES – SUBESTAÇÃO TAQUARAL: CUSTOS


Ctotal = COLTC
mensal
× N OLTC + å CRL
mensal
× N RL
fase
( fase fase
)+C mensal
BC
× N BC + Ccomp
mensal

manutenção manutenção manutenção compensação de


OLTC - SUB RL BC transgressão
de tensão
éæ DRP - DRP ö × k + æ DRC - DRC ö × k ù × EUSD
êëèç ÷ ç ÷
Ccomp =
mensal LIMITE LIMITE
® Custo de compensação de transgressão de
ø è ø ûú
1 2
100 100
tensão de atendimento (PRODIST)
POLTC R$120.000 , 00
COLTC = = = R$1, 20 ® Custo de operação do tape do regulador da
N comutações 100.000 subestação (manual de fabricantes: manutenção)
PRL R$30.000, 00 ® Custo de operação do tape do regulador de linha
C RL = = = R$0, 30
fase
N comutações 100.000 (manual de fabricantes: manutenção)
PBC R$25.000, 00 ® Custo de operação de capacitor
C BC = = = R$0, 25
N comutações 100.000 (manual de fabricantes: manutenção)

Obs. 1: Não foram considerados custos de perdas elétricas e violações de valores de fator de potência
Obs. 2: Foi empregada análise determinística
Obs. 3: No projeto serão inclusos todos os custos e será empregada análise de risco (probabilística)
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

ESTUDOS PRELIMINARES – SUBESTAÇÃO TAQUARAL: VARIAÇÕES DE CUSTOS


Tensão de referência (OLTC/SUB – RL)
Ajuste variável
Fatores de desempenho Ajuste fixo
(9h-15h)
SEM FV 1,035 1,035 1,035 1,020 1,020 1,000 0,98 0,98

Atuações do regulador da subestação (OLTC) 3 3 3 4 17

Atuações do regulador de linha (RL) 25 27 26 31 46

UCs com sobretensão 0 390 151 57 44

UCs com subtensão 86 85 85 269 85

Custo das atuações dos reguladores R$ 333,00 R$ 351,00 R$ 342,00 R$ 423,00 R$ 1.026,00

Compensação das violações de tensão máxima R$ 0,00 R$ 8.645,57 R$ 4.830,76 R$ 2.013,52 R$ 394,64

Compensação das violações de tensão mínima R$ 405,36 R$ 402,97 R$ 404,74 R$ 1.409,23 R$ 405,12

R$ 5.577,50 R$ 3.845,75 R$ 1.825,76


Custo total (mensal) R$ 738,36 R$ 9.399,54
(-40,66%) (-59,09%) (-80,58%)

Prática CPFL Paulista Custos na presença


de geradores FVs e
diferentes ajustes

Variação de custo: R$ 7.573,78


Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

PROCEDIMENTOS A SEREM INVESTIGADOS


ü Utilização de Line Drop Compensation em reguladores de tensão de subestação;

ü Variação nos ajustes de referências de reguladores de tensão de subestação e de linha;


ü Variação da coordenação temporal entre reguladores de tensão em série (prioridade de atuação);

ü Variação da prioridade de atuação entre banco de capacitores e tapes de transformadores;

ü Variação temporal (ajuste dinâmico) da referência de tensão de reguladores de subestação e de linha;


ü Alteração permanente da derivação do transformador de distribuição (MT/BT).

NOVAS TECNOLOGIAS A SEREM INVESTIGADAS

ü Capacidade de controle de fator de potência presente nos inversores dos geradores fotovoltaicos;

ü Uso de regulador de tensão em BT (RTBT).


Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração

OBJETIVOS DO PROJETO GANHOS PARA A CPFL


> Desenvolver e propor procedimentos de controle de tensão em > Adequação dos procedimentos de controle de tensão e
redes com microgeração para reduzir custos com compensação de compensação de potência reativa em alimentadores com
transgressões de tensão de atendimento (principalmente elevada penetração de microgeração;
sobretensão), manutenção de equipamentos devido ao aumento de
comutações tanto de tape de reguladores como de bancos de > Redução de custos com: (a) manutenção de equipamentos
capacitores e perdas técnicas; devido ao aumento do número de chaveamentos; (b)
pagamento de compensações em razão de transgressões na
> Desenvolver e propor novos procedimentos de compensação de tensão de atendimento; (c) potencial não reconhecimento de
potência reativa em redes com microgeração para reduzir custos aumento percentual de perdas técnicas; (d) violações de
com violações dos valores de fator de potência e de tensão de valores de fator de potência; (e) instalação inadequada de
atendimento, perdas técnicas e manutenção de equipamentos equipamentos de controle de tensão e compensação de
devido ao aumento do número de chaveamentos; potência reativa;
> Investigar novas tecnologias e equipamentos para controle de
tensão e compensação de potência reativa para aplicação em redes > Obtenção de subsídios técnicos para discutir alterações do
com elevada penetração de microgeração, tais como controle de modelo regulatório de microgeração de forma a reduzir perdas
inversores dos geradores, reguladores de tensão em BT para redes econômicas da concessionária.
secundárias (RTBT) etc.;
> Realizar estudos para subsidiar discussões sobre o modelo
regulatório considerando os aspectos anteriores.

• Início: outubro/2018
• Duração: 36 meses
• Parceiro: UNICAMP
Projeto Armazenamento de Energia
• Inserção técnico-comercial para implementação, desenvolvimento e análise de
aplicações de tecnologias de armazenamento de energia na operação de redes de
distribuição da CPFL
• Desenvolvimento de Aplicações para Sistemas de Armazenamento em Redes de
Distribuição de Energia Elétrica
– Redes de BT e consumidores
– Transformadores MT/BT
– Alimentadores MT
– Subestação AT/MT
– Análise computacional utilizando dados reais + OpenDSS

• Instalações:
– 1 sistema “grande porte” (subestação BGE) – 1 MWp, 2 MWh (comissionamento previsto para
agosto/2019)
– 2 sistemas de “médio porte” (alimentadores MT, transformadores MT/BT de condomínios –
penetração FV > 80%) – 1 de 25 kWp, 75 kWh e 1 de 75 kWp, 225 kWh.
– 10 sistemas de pequeno porte (instalação no consumidor) – faixa de 2-10 kWp, 6-20 kWh

• Medições
• 2017-2021
Projeto Campus Sustentável
• Desenvolvimento de um modelo de
Campus Sustentável na UNICAMP:
O projeto tem a ambição de estabelecer um
modelo de gestão e eficiência energética que
possa ser replicado em outras instituições
de ensino superior do Brasil e da América
Latina.
• Instalação de 573 kWp de geração FV
• Frota de ônibus elétrico com estação
de recarga
– sistema híbrido painéis + baterias
• Eficiência energética em edificações
• Criação de cursos e disciplinas/laboratório real para alunos de graduação/pós-
graduação e extensão
• 2017-2020 https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/
Algumas sugestões de leituras adicionais
1. F. C. L. Trindade, T. S. D. Ferreira, M. G. Lopes and W. Freitas, "Mitigation of Fast Voltage
Variations During Cloud Transients in Distribution Systems with PV Solar Farms," in IEEE
Transactions on Power Delivery, vol. 32, no. 2, pp. 921-932, April 2017. DOI:
10.1109/TPWRD.2016.2562922
2. R. Torquato, D. Salles, C. Oriente Pereira, P. C. M. Meira and W. Freitas, "A Comprehensive
Assessment of PV Hosting Capacity on Low-Voltage Distribution Systems," in IEEE Transactions
on Power Delivery, vol. 33, no. 2, pp. 1002-1012, April 2018. DOI: 10.1109/TPWRD.2018.2798707
3. T. R. Ricciardi , K. Petrou, J. F. Franco, L. F. Ochoa, "Defining Customer Export Limits in PV-Rich
Low Voltage Networks," accepted for publication in IEEE Transactions on Power Systems. DOI:
10.1109/TPWRS.2018.2853740.
4. T. R. Ricciardi, W. Freitas, F. K. Taniguchi, G. R. T. Hax, R. Moya, G. B. Archilli, "Measurement
Based Power Quality Analysis of Real Distribution Networks with High PV Penetration," in
Proceedings of 18th International Conference on Harmonics and Quality of Power – ICHQP 2018,
Ljubljana, Slovenia, 13-16 May, 2018. DOI: 10.1109/ICHQP.2018.8378866
5. V. C. Cunha, R. Torquato, T. R. Ricciardi, W. Freitas and B. Venkatesh, "Assessing Energy Storage
Potential to Facilitate the Increased Penetration of Photovoltaic Generators and Electric Vehicles in
Distribution Networks," in Proceedings of 2017 IEEE Power & Energy Society General Meeting,
Chicago, IL, 16-20 July, 2017. DOI: 10.1109/PESGM.2017.8274674
6. V. C. Cunha, “Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Redes de Distribuição com
Elevada Penetração de Geração Fotovoltaica e Veículos Elétricos”, Dissertação de mestrado,
FEEC/UNICAMP, 2017.
Tiago Rodarte Ricciardi
tiago@dsee.fee.unicamp.br
-
Departamento de Sistemas e Energia (DSE)
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Armazenamento em Sistemas de
Distribuição de Energia Elétrica
Armazenamento em Sistemas de Energia Elétrica

• Tradicionalmente (historicamente) a operação dos sistemas de energia elétrica segue os


seguintes paradigmas:

• Energia consumida deve ser instantaneamente produzida (geração = demanda + perdas)

• Em sistemas síncronos CA convencionais: desequilíbrio entre geração e demanda


reflete-se na frequência do sistema

Ø Excesso de geração/déficit de carga → sobrefrequência geração demanda

Ø Déficit de geração/excesso de carga → subfrequência

• Equilíbrio entre oferta e demanda:

Ø Longo-médio prazo → planejamento da expansão e da operação (despacho)

Ø Curto-prazo (tempo real) → regulador de velocidade dos geradores síncronos

• Energia é armazenada apenas na forma primária (estoque de carvão mineral na usina


térmica, reservatório de acumulação plurianual na hidrelétrica, etc), em um estágio
anterior à cadeia de G,T&D: uma vez convertida na forma elétrica, ela segue a cadeia
até ser convertida em outra forma na ponta final do consumo.
Armazenamento em Sistemas de Energia Elétrica

• Novo paradigma (atualmente, futuramente):

• A frequência síncrona CA continua sendo o termômetro do equilíbrio entre oferta e


demanda, porém será possível armazenar energia dentro da cadeia de T&D, alterando o
mecanismo de equilíbrio entre oferta e demanda

• Equilíbrio entre oferta e demanda em tempo real é feito pelos sistemas de controle
tradicionais e também pelo controle de carga/descarga de sistemas de armazenamento

• Na distribuição, onde a geração não tem porte suficiente para impactar na frequência, o
desequilíbrio entre oferta e demanda costuma refletir-se no perfil de tensão: o uso de
sistemas de armazenamento para equilibrar oferta e demanda poderá contribuir para o
controle de tensão da rede e alívio de carregamento de certos equipamentos

• Energia poderá ser armazenada em diferentes pontos dentro da cadeia de T&D, de


acordo com as aplicações e tecnologias específicas de cada caso
geração
armazenamento

demanda
Armazenamento e Flexibilidade

• Importante: armazenamento não gera nem consome energia; apenas desloca a geração/consumo no
tempo

• Armazenamento = Flexibilidade

• Demanda é tipicamente inflexível;

• Portanto, tradicionalmente, a geração acompanha a demanda: o sistema de energia elétrica


muitas vezes é sobre dimensionado para atender picos de demanda de, relativamente, curta
duração;

• Todavia, fontes emergentes (renováveis) são, também, tipicamente inflexíveis: pouco ou


nenhum controle sobre a irradiação solar, a velocidade e o regime dos ventos, a vazão de
pequenos cursos d’água, etc.

• Com a possibilidade de armazenamento, ganha-se um importante grau de flexibilidade no


casamento entre a oferta (cada vez mais inflexível) e a demanda (tradicionalmente inflexível)
de energia elétrica.

• Aumento de flexibilidade operativa é, provavelmente, o grande avanço/contribuição que os


sistemas de armazenamento trarão para a operação das redes elétricas.
Armazenamento e Flexibilidade

• Geração/armazenamento dispersos proporcionam flexibilidade operativa para a rede elétrica,


não é um competidor que futuramente irá se sobrepor aos sistemas interligados

• O avanço das tecnologias de armazenamento não vai eliminar a rede elétrica

• Economia de escala

• Segurança no fornecimento

• Melhor aproveitamento dos recursos energéticos disponíveis (intercâmbios de energia,


etc)

• Para atender o crescimento de demanda por energia precisamos das fontes convencionais
(firmes, geração centralizada, grandes redes de transmissão, etc) E das fontes alternativas
(intermitentes)

• O armazenamento de energia pode facilitar a integração de tais fontes intermitentes


Custo de Baterias de Li-ion

• Mercado de baterias é puxado pela migração para o VE


• Conforme o mercado cresce e ganha massa crítica: redução do custo marginal (21% de
redução toda vez que dobra a produção acumulada)
• Custos menores propiciam a adoção de sistemas de AE na rede elétrica
• Tendência similar ao desenvolvimento fotovoltaico (célula de silício)
Tecnologias de AE em Sistemas de Energia Elétrica (algumas)
• Armazenamento Eletromecânico • Armazenamento Térmico
Ø Pumped-Hydro Ø Tanques/caverna de vapor
(turbina-gerador ↔ bomba-motor) Ø Pumped-Heat Energy Storage
Ø Ar comprimido (CAES) • Armazenamento Químico
Ø Fly-Wheel (volante de inércia) Ø Células combustíveis de Hidrogênio
• Armazenamento Eletromagnético • Armazenamento Eletroquímico
Ø Supercapacitores Ø Baterias eletroquímicas
Ø Bobinas supercondutoras (SMES) (células secundárias)
Ø Baterias de fluxo

diferenças de potencial / variações de potencial


Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper
Tecnologias de AE em Sistemas de Energia Elétrica (algumas)

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Pumped-Hydro Energy Storage (PHES)

diferença de potencial gravitacional

Ex.: Suíça (Alpes) – compra energia nuclear barata da França durante a


madrugada (motor-bomba); vende energia hidráulica mais caro para a
Alemanha durante o dia (turbina-gerador).
Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper
Compressed Air Energy Storage (CAES)

diferença de pressão estática

• Parques eólicos
• Resposta mais rápida que térmicas
• Restrições geológicas

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Flywheel Energy Storage (FES)

diferença de velocidade

• Muito adequado para controle de frequência


• Prover inércia para sistemas com pouca
inércia (ilhas, microgrids, geração baseada em
eletrônica de potência)

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Diversos campos de aplicação

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Diferentes relações entre energia, potência, duração e frequência de uso

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Densidade de potência e energia

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Diferentes estágios de maturação tecnológica

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Diferentes estágios de maturação econômica

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

Fonte: IEC Electrical Energy Storage White Paper


Visão Geral das Aplicações de AE em Sistemas de Energia Elétrica

• Para cada aplicação/tecnologia há um tipo mais adequado de tecnologia/aplicação.

• Ex: armazenamento térmico é lento para controle de frequência; armazenamento em fly-wheel


é pequeno para grandes volumes de energia, etc.
Aplicações mais Promissoras (Sistemas de Energia Elétrica)

• Deslocamento/redução de pico (postergação de investimentos em ativos de transmissão e


distribuição)

• Nivelamento de carga

• Aumento do autoconsumo de microgeração solar

• Integração de geração renovável (redução de intermitência)

• Arbitragem (carregar com energia barata, descarregar com energia cara)

• Qualidade de EE

Ø Tensão, frequência, forma de onda, compensação de afundamentos de tensão, etc.


Deslocamento de pico de carregamento/nivelamento de carga

• Exemplo: Transformador de 25 MVA, armazenamento de 1 MWp, 1 MWh


Aumento do autoconsumo de microgeração fotovoltaica
$

$$

• Contexto europeu: Redução nas tarifas


(Feed-In Tariff), aumento no custo
da eletricidade, limites de exportação

• Armazenar energia ao invés de


vender barato durante o dia o que eu
comprarei mais caro durante a noite

• Brasil: Net-Meetering – a rede elétrica


atua como bateria com 5 anos para ser descarregada;
não há grandes motivos para consumidor investir em
armazenamento (esse cenário pode mudar no
médio-longo prazo)
Sistemas FV Residencial + Armazenamento
• Casa em Campinas/SP
• Medição com qualímetro durante 8 dias, 25 minutos e 10 segundos
• Sistema FV instalado de 3,5 kWp
• Sistema de armazenamento simulado: 3,5 kWp, 14 kWh

Sem Armazenamento Com Armazenamento 3.5 kWp, 14 kWh


Energia Exportada (kWh) -64,13 -0,08
Bateria cheia,
Energia Importada (kWh) +59,69 +5,27
injeção de potência na rede
Bateria vazia,
Saldo Concessionária (kWh) -4,44 +5,19 = (-4,44 + 9,63) consumo da rede
Energia Armazenada (kWh) 0 9,63
Regulação de Frequência

.⃗ = / ⋅ 0⃗

!" 1
= ⋅ )* − ),
!# 2'

• Serviço ancilar;

• Mais transmissão do que distribuição;

• Brasil: muitas hidrelétricas, geração é e será dominada por maquinas síncronas de grande
porte por muito tempo, menos espaço para esse tipo de aplicações.
Integração de Fontes Renováveis

• Redução de oscilações/intermitência de geração solar/eólica (passagem de nuvens, regime de


ventos, etc)

• Redução de rampas de carga

• EUA, China: geração baseada em carvão e nuclear → desligamento de eólicas durante


madrugada por falta de carga no sistema

• Brasil: sinergia entre eólicas e hidrelétricas → intermitência pode ser compensada pela
hidráulica, com maiores rampas de tomada de carga.
Melhoria na Qualidade de Energia Elétrica

• Variações de curta-duração (ex: nobreak);

• Controle de tensão
Diagrama de blocos dos componentes de um sistema de armazenamento genérico
baseado em baterias eletroquímicas

conversor de interface pode ser utilizado para controle de


tensão (injetar/absorver potência reativa para contribuir
com a elevação/redução da tensão terminal)

fluxo em um elemento remoto, ramal


de serviço da unidade consumidora,
frequência, etc.
Elementos de um SAE baseado em baterias eletroquímicas

• Banco de Baterias – arranjo de células eletroquímicas, dispostas em série e/ou em paralelo


com objetivo de elevar a tensão e a corrente contínuas do banco, no qual ocorre o processo de
conversão eletroquímica de energia que transforma energia elétrica disponível/necessária no
sistema de distribuição em energia química associada à formação/rompimento de ligações
iônicas nos eletrodos da bateria, onde a energia é, em última análise, armazenada.

• Conversor CC-CC – além de elevar a tensão do banco de baterias para um valor compatível
com o que será posteriormente convertido para os níveis de conexão com a rede de
distribuição, o conversor CC-CC desempenha também a função de controlador de carga do
banco de baterias, ou seja, é responsável por controlar a corrente CC que é drenada do (ou
injetada no) banco de baterias.

• Barramento CC – o barramento CC é responsável pelo acoplamento entre os conversores


CC-CC e CC-CA do sistema de armazenamento de energia. Possui capacitâncias que
armazenam energia na forma de campo elétrico e são responsáveis por fornecer (ou absorver)
a potência inicialmente demandada frente a transitórios no ponto de operação do sistema de
armazenamento.
Elementos de um SAE baseado em baterias eletroquímicas

• Conversor CC-CA – O conversor CC-CA é o conversor de interface do sistema de


armazenamento de energia com a rede elétrica e tem por função condicionar as tensões e
correntes CA do sistema de distribuição com as tensões e correntes CC necessárias para
carregamento ou descarregamento do banco de baterias, podendo operar nos quatro
quadrantes, ou seja, tanto em modo inversor (fluxo de potência ativa do barramento CC para
o terminal CA) quanto em modo retificador (fluxo de potência ativa do terminal CA para o
barramento CC), ambos com fator de potência controlável entre indutivo e capacitivo. No
caso dos sistemas de armazenamento para operação em sistemas de distribuição de energia
elétrica, tipicamente utiliza-se um conversor tipo fonte de tensão (em inglês VSC, Voltage
Source Converter), no qual o acoplamento com a rede elétrica é feito através de impedância
indutiva.
Elementos de um SAE baseado em baterias eletroquímicas

• Controle do Conversor CC-CC – o controle do conversor CC-CC atua no ciclo de trabalho do conversor
CC-CC (D), capaz de modular a magnitude da corrente injetada ou drenada do banco de baterias (i#$% ). A
entrada do controlador do conversor CC-CC depende do tipo de aplicação que se deseja com o sistema de
armazenamento. Por exemplo, pode ser o fluxo de potência ativa em um transformador para o qual se
deseja operar em modo de peak shaving; pode ser o fluxo de potência ativa no ramal de serviço de uma
unidade consumidora para a qual a bateria opera em modo de armazenar o excedente de geração
fotovoltaica para suprir a demanda do período noturno; pode ser a frequência do sistema interligado CA
caso o sistema de armazenamento opere em modo de controle de frequência da rede CA etc. Diferentes
arquiteturas podem ser empregadas no controle do conversor CC-CC (serão discutidas apenas funções de
controle linear tais como controle PID (proporcional, integral e derivativo).

• Controle do Conversor CC-CA – atua nos índices de modulação do conversor CC-CA, capazes de modular
a magnitude e o ângulo de fase da tensão interna equivalente do conversor CC-CA tipo fonte de tensão. A
entrada do controlador do conversor CC-CA é a tensão do barramento CC, de forma que o conversor opera
para equilibrar a injeção de potência no barramento CC por parte do conversor CC-CC de interface do
banco de baterias. Diferentes arquiteturas podem ser empregadas no controle do conversor CC-CA (serão
discutidas apenas funções de controle linear tais como controle PID (proporcional, integral e derivativo) e
controle lead-lag).
Topologia do SAE baseado em baterias eletroquímicas

Trifásico

Bifásico
Banco de baterias: arranjo de células eletroquímicas

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Célula eletroquímica
Componentes de uma célula eletroquímica

• Dois Eletrodos

Ø Cátodo – polo positivo, redução (ganha elétrons), agente redutor.

Ø Ânodo – polo negativo, oxidação (perde elétrons), agente oxidante.

• Eletrólito (solução eletrolítica, ponte salina)

Ø Meio aquoso, com a finalidade de alimentar as semi-reações nas duas semi-células e


mantê-las eletricamente neutras através da
migração de íons (cátions e ânions).

• Circuito externo

Ø Meio externo pelo qual há transferência


de elétrons para fechar o sistema
eletroquímico (circuito)
Reação eletroquímica – princípio de funcionamento da célula

• Reação de óxido-redução (oxirredução, redox), composta de 2 semi-reações:

Ø Semi-reação de oxidação (ocorre na semi-célula do ânodo):

Zn(s) ↔ Zn2+(aq) + 2 e- Pb(s) + H2SO4(aq) ↔ PbSO4(s) + 2H+(aq) + 2e−

Ø Semi-reação de redução (ocorre na semi-célula do cátodo):

Cu2+(aq) + 2 e- ↔ Cu(s) PbO2(s) + H2SO4(aq) + 2H+(aq) + 2e− ↔ PbSO4(s) + 2H2O(l)

Ø Reação de óxido-redução (reação global):


Zn(s) + Cu2+(aq) + 2 e- ↔ Zn2+(aq) + 2 e- + Cu(s) Pb(s) + PbO2(s) + 2 H2SO4(aq) + 2H+(aq) + 2e− ↔ 2 PbSO4(s) + 2H2O(l) + 2H+(aq) + 2e−

Ø Potencial padrão do eletrodo: Ecell = Ecathode − Eanode

Ø State of Charge pode ser estimado pela concentração iônica

I R

_
+
E
Baterias (células) de Íons de Lítio (Li-ion)

• Bateria de Chumbo-Acido (Lead-Acid): ~ 1860 (tecnologia madura)


• Baterias de Íons de Lítio: ~1970 (teórica), ~1990 (comercial)
• Alta densidade energética → maior capacidade ou menor peso (comparada às demais
baterias eletroquímicas até então) → vantajoso para veículos elétricos
• Sem “efeito memória” → não é necessário descarrega-la até o fim da capacidade
operacional → mais flexibilidade operativa (vantajoso para veículos elétricos e SAE)
• Porém:
Ø requer cuidados especiais para não descarregar muito e para finalizar o ciclo de
carregamento de forma adequada (BMS): risco de explosão!
Ø Mais sensíveis à temperatura
• Cátodo: Óxido de Lítio; Anodo: C (grafite, grafeno); Eletrólito: Sal de Lítio (solvente
orgânico: lítio extremamente reativo com água)
• Diferentes compostos químicos (diferentes densidades e riscos de explosão): LiCoO2,
LiFePO4, LiMn2O4, Li2MnO3, LiNiMnCoO2, LiNiCoAlO2, Li4Ti5O12, etc → área de
enorme avanço em ciência dos materiais, nanotecnologia, grafeno, etc.
• Recarga rápida (~80%): corrente constante
• Recarga lenta (~20%): equalização das células (balanceamento) e redução da corrente
de recarga (tensão constante)
• Proteção contra descarga profunda
Pilhas de Li-ion (Panasonic + Tesla); Gigafactory 1

“The Gigafactory, when it’s complete, will have the


biggest footprint of any building in the world. Counting
multiple levels it could be as much as 15 million square
feet.” (20% Cidade Universitária USP)
Curvas características de descarga de célula eletroquímica
Ciclos x Profundidade de Descarga

Profundidades de descarga maiores reduzem a vida útil da célula


Conversor CC-CC

+,-
1
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Controle/Acionamento do Conversor CC-CC

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156
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7
Exemplo: controle/acionamento do conversor CC-CC

P bat = +0,5 pu

P bat = -0,5 pu P bat = 0,0 pu

P bat = -1,0 pu
Barramento CC

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!"# = %"# ⋅ + +,- ⋅ ("# + !.,#
')

'("# 1 1 + 1234"5,,5#
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Conversor CC-CA tipo fonte de tensão (VSC)

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1 0 0 1 1 0 +1 -1 +1 + − + +()* −()* 0
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2 2 2
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1 0 1 0 0 1 +1 +1 -1 + + − 0 +()* −()*
2 2 2
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2 2 2
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2 2 2

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2
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2 <=>
Conversor CC-CA tipo fonte de tensão (VSC) – acoplamento indutivo

• Modelo matemático-computacional do equivalente visto pela rede elétrica: fonte de tensão


controlada atrás de uma impedância; pode ser convertido no equivalente de Norton e
modelado como praticamente qualquer outro dispositivo em ferramentas de análise de redes
elétricas.

• O controle da fonte de tensão varia em função de particularidades da


tecnologia/aplicação/horizonte de tempo de simulação
Controle/Acionamento do Conversor CC-CA tipo fonte de tensão (VSC)

!8$ =5%
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!& )?FG
Exemplo: controle/acionamento do conversor CC-CA
Aplicação de Sistemas de Armazenamento
de Energia para Integração de
Geração Fotovoltaica

[1] V. C. Cunha, “Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Redes de Distribuição com


Elevada Penetração de Geração Fotovoltaica e Veículos Elétricos”, Dissertação de mestrado,
FEEC/UNICAMP, 2017.
[2] V. C. Cunha, R. Torquato, T. R. Ricciardi, W. Freitas, B. Venkatesh, “Assessing Energy Storage Potential
to Facilitate the Increased Penetration of Photovoltaic Generators and Electric Vehicles in Distribution
Networks”, PES General Meeting, July 2017.
Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia

Alocação de um sistema de armazenamento de energia


controlado por medições locais em um transformador de
média/baixa tensão, visando às seguintes melhoras:

1. Reduzir o pico de demanda do transformador;

2. Melhorar o fator de carga (razão entre a demanda média e


demanda de pico) do transformador;

3. Permitir o aumento da penetração de geração fotovoltaica


através da mitigação da elevação de tensão nos consumidores.
Métodos para Operação de um Sistema de Armazenamento de Energia

Estratégias automáticas baseadas em auto aprendizado para


operar o sistema de armazenamento de energia a fim de atender os
três objetivos propostos. Estas estratégias são nomeadas como:

1. Movimento dos limiares de operação (variação de potência


ativa);

2. Variação de potência reativa utilizando a capacidade de potência


não-aproveitada pelo inversor.
Movimento dos limiares de operação

Controlar os modos de carregamento e descarregamento do


sistema de armazenamento de energia (SAE) a fim de:

Operação baseada na definição de dois limiares: Limiar de


carregamento e limiar de descarregamento.
Avanço dos limiares de operação

A Estratégia de movimentos dos limiares é dividida em duas


etapas de operação:

• Avanço dos limiares de operação;


• Recuo dos limiares de operação.
Recuo dos limiares de operação

A Estratégia de movimentos dos limiares é dividida em duas


etapas de operação:

• Avanço dos limiares de operação;


• Recuo dos limiares de operação.
Variação de potência reativa utilizando a capacidade de potência não-aproveitada pelo inversor

Esta estratégia propõe variar a injeção/consumo de potência


reativa do SAE de acordo com a potência ativa do transformador.
A inclinação da reta que relaciona potência ativa no
transformador e potência reativa disponível no inversor é modificada
dia-a-dia de acordo com a comparação:

• !"#$ % > !%'() % , reduz a inclinação;


• !"#$ % < !%'() % , aumenta a inclinação.
Sistema teste estudado e Estudos de Caso
§ Cenários de Monte Carlo avaliados ao longo de um ano;
§ Perfis de consumos sintéticos – resolução de 1 minuto;
§ Perfis de geração fotovoltaica reais – estação solarimétrica – resolução de 1
minuto;

• Estudo de caso 1: Avaliação de um cenário do algoritmo de Monte Carlo com


15 kWp de geração fotovoltaica e 15% de consumidores com esta tecnologia.

• Estudo de caso 2: Potência máxima permissível de inserção de geradores


fotovoltaicos devido à operação de sistemas de armazenamento de energia.

Componente Valor
Barras 42 un.
Linhas aéreas – Circuito secundário 1,13 km
Linhas aéreas – Ramal de serviço 0,15 km
Consumidores bifásicos 12 un.
Consumidores trifásicos 35 un.
Conexão transformador (MT/BT) Delta-Yg
Potência nominal do transformador 75 kVA
Especificações SAE 20 kW/ 30kWh
Nível de curto-circuito 50 MVA
Estudo de caso 1
Avaliação movimento dos limiares – 1 semana
Estudo de caso 1

• Redução média de 10,5 kW no pico de demanda do transformador ao longo


do ano (52,5% da potência nominal do sistema de armazenamento de
energia ou 25,0% da demanda de pico do transformador).

• Aumento absoluto médio de 7,1% no fator de carga do transformador.


Estudo de caso 1

• Sem a operação do sistema de armazenamento de energia, cerca de 25,5%


dos consumidores apresentaram transgressão de tensão ao longo do ano.

• Nenhum consumidor apresentou problemas de transgressão de tensão para


o caso com o sistema de armazenamento de energia operando.
Estudo de caso 2

• O aumento da penetração de geradores fotovoltaicos obtido corresponde a


31,3%, 31,8% e 34,6%, para os casos com 5%, 15% e 25% de penetração,
respectivamente.

5% de penetração 15% de penetração 25% de penetração


Potência limite
FV (kW) FV (kW) FV (kW)
Sem SAE 16 22 26
Com SAE 21 29 35
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
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23$ 2$%

̅ '$% () + +$% ,) −'$% ,) + +$% ()


5$% ∆#"$% = +-
#"% #"%
6) = () + -,)
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#$
1%
∆#$% 0
#% ∆#$% /

1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
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∆)(*+ = ∆)*+ 3 + 2∆)*+ 4
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∆)*+ 4
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,*+ -. − -67 + 0*+ 1. −,*+ 1. + 0*+ -. − -67


∆)(*+ = + 2
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∆)(*+ = −∆)*+ 3 − 2∆)*+ 4
∆)*+ 3
)+
5+ ∆)*+ 4
)*

1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
,6) ,* ,+
!"# = −&"#
0)* 0*+

̅ = (*+
()* ̅ ̅
(*+

12 = 32 + -52

̅ = (*+
()* ̅
/)* ()*
,*
()* = (*+ -.)* ()*
,)

1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
+9( +) +/
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7() 7)/

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*() ̅ +*123
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1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Apêndice - Equações

• Avanço dos limiares de operação – Carregamento:


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!"#$ "#$ "#$
%&' = ! % + + ⋅ ! 012 ⋅ 345 7%2 − 345 %
!"#$ % 7%2
"#$ -./ 2#6 2#6 , :; 3452#6 < 3452#6

• Avanço dos limiares de operação – Descarregamento:


%&' % %
!=>?" = !=>?" + Δ!=>?"
%&' % 012 7%2 % % 7%2
!=>?" = !=>?" + + ⋅ !-./ ⋅ 3452%0 − 3452%0 , :; 3452%0 > 3452%0

• Recuo dos limiares de operação – Carregamento:


%&' = ! % + Δ! %
!"#$ "#$ "#$
%&' = ! % − + ⋅ ! % − ! %
!"#$ % %
"#$ "#$ 2%0 , :; !"#$ > !2%0

• Recuo dos limiares de operação – Descarregamento:


%&' % %
!=>?" = !=>?" + Δ!=>?"
%&' % % % % %
!=>?" = !=>?" + + !2#6 − !=>?" , :; !=>?" < !2#6
Apêndice - Equações

• Inclinação de injeção de potência reativa:

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&'( ")* !"#$% + ."#$% / !012 , 45 !012 > !"#$%
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