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Aula USP 201810151844 PDF
Aula USP 201810151844 PDF
Tiago R. Ricciardi
Departamento de Sistemas e Energia (DSE)
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
16 de outubro de 2018
Sumário
• Microgeração Solar Distribuída
• Armazenamento em Sistemas de (Distribuição de) Energia Elétrica
• Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia para
Integração de Geração Fotovoltaica
• Projetos de Pesquisa UNICAMP + CPFL (P&D ANEEL)
Microgeração Solar Distribuída
Cenário Mundial
• Capacidade instalada:
306,4 GW (2016); 404,5 GW (2017); 507,1 GW (expectativa 2018)
China = 1/3
Solar Power Europe, "Global Market Outlook For Solar Power 2018 – 2022"
Disponível em: http://www.solarpowereurope.org/wp-content/uploads/2018/09/Global-Market-Outlook-2018-2022.pdf
Cenário Mundial
• 2000:
– Alemanha: Renewable Energy Act, início do FIT
• 50 €-cts/kWh (~3× o custo da energia suprida pela rede)
• 4-5 €2016 / Wp (preços correntes)
– 114 MW instalados ao final do ano
• Fim de 2017:
– China: 1ª capacidade instalada (131 GW)
– EUA: 2ª capacidade instalada (52 GW)
– Japão: 3ª capacidade instalada (49 GW)
– Alemanha: 4ª capacidade instalada (43 GW)
• 12,20 €-cts/kWh (~1/3 do custo da energia suprida pela rede)
• 0,4-0,5 €2016 / Wp (preços correntes)
Fontes:
Federal Ministry for Economic Affairs and Energy (Germany)
Fraunhofer ISE, “Recent Facts about Photovoltaics in Germany”, 20/Out/2017
International Energy Agency (IEA)
Cenário Mundial: Austrália 20-25% das residências possuem PV
• Australia has the highest penetration of residential rooftop PV of any country in the world
Fontes:
Australian PV Institute: http://pv-map.apvi.org.au (Dados de 30/06/2018)
https://newsroom.unsw.edu.au/news/science-tech/fact-check-australia-world-leader-household-solar-power
https://www.pv-magazine.com/2017/07/06/one-quarter-of-australian-homes-now-have-solar/
Cenário Mundial: Califórnia
• May 2018: California Becomes First State to Order Solar on New Homes
• Most new units built after Jan. 1, 2020, will be required to include solar systems as part
of the standards adopted by the California Energy Commission
Fontes:
https://www.energy.ca.gov/releases/2018_releases/2018-05-09_building_standards_adopted_nr.html
https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-05-09/california-votes-to-require-rooftop-solar-power-on-new-homes
Contexto Brasileiro
• Marcos regulatórios:
– Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 (17/04/2012)
– Resolução Normativa ANEEL nº 517/2012 (11/12/2012) – alterações na 482
– Resolução Normativa ANEEL nº 687/2015 (24/11/2015) – alterações na 482
– Resolução Normativa ANEEL nº 786/2017 (17/10/2017) – alterações na 482
– Novas alterações previstas para entrar em vigor até 31/12/2019
CEMIG-D
RGE SUL
Celesc
COELCE
Copel
CPFL Paulista
Light
ENERGISA MT
RGE
Celg-D
Tipo Quantidade Quantidade de UCs que recebem os créditos Potência Instalada (kW)
CGH 20*/58** 238*/7.417** 15.190,70*/52.079,08**
EOL 53*/57** 96*/100** 10.285,60*/10.314,40**
UFV 16.989*/41.284** 19.142*/50.142** 139.904,25*/415.124,91**
UTE 70*/120** 196*/498** 23.182,26*/35.167,12**
Solar: 74*/81**% capacidade instalada (RN 482/2012)
Classe de Consumo Quantidade Quantidade de UCs que recebem os créditos Potência Instalada (kW) MG + SP + RS
Residencial 13.379/31.521 14.684/35.553 59.403,95/148.485,58 50% das unidades
Comercial 2.669/6.795 3.543/17.783 71.999,86/236.962,73
Rural 500/1.729 745/2.881 17.249,66/46.330,77
Industrial 387/1.093 457/1.361 32.347,04/64.139,68
Poder Público 157/329 203/523 6.435,30/15.159,44
Serviço Público 33/47 33/51 1.066,10/1.553,11
Iluminação pública 7/5 7/5 60,9/54,20
Residencial + Comercial: 70*/75**% da capacidade instalada
2000
1500
1000
500
0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2014
Fonte: Nota Técnica n° 0056/2017-SRD/ANEEL e Nota Técnica DEA 19/14, Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e Impactos, Série
Recursos Energéticos. RJ, Outubro/2014.
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Impactos técnicos
– Solar, até 75 kW, residencial + comercial
→ conectada sobretudo nas redes de distribuição secundárias
– Redes secundárias (baixa tensão)
→ historicamente projetadas para não receber geração
– Resultado:
• elevação no perfil de tensão
• desequilíbrio de tensão • desafios para proteção
(mudanças nas correntes de curto-circuito,
• sobrecarga de condutores e transformadores
impactos na coordenação e seletividade,
• distorção harmônica anti-ilhamento)
• transitórios de tensão • etc.
• mudança no perfil de perdas
crítica
Medições a cada
precária 1 min de um
sistema trifásico
em UC comercial
de 20 kWp em
Campinas/SP no
dia 2/nov/2017
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Impactos econômicos
– Diminuição de receita (fluxo de caixa) da concessionária
– Impacto no planejamento de mercado para compra de energia no ACR
• Além disso:
– Acesso não pode ser negado pela distribuidora
– Qualidade deve ser assegurada pela distribuidora (PRODIST)
– Distribuidora deve arcar com os custos de acesso
(reforços, troca de medidores, etc)
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Prazo para liberação de acesso exíguo:
Fonte: Cadernos Temáticos ANEEL, “Micro e Minigeração Distribuída - Sistema de Compensação de Energia Elétrica”, 2ª edição. Brasília/DF, Maio/2016.
Microgeração Distribuída: Desafio para as Distribuidoras
• Volume crescente de acessos. Exemplo:
– CEMIG, 2017: 2.649 novos acessos em 251 dias úteis
– CEMIG, 2018: 3.158 novos acessos em 199 dias úteis
• Concessionárias precisam de métodos rápidos (e precisos) para
avaliar se é necessário ou não alguma adaptação na rede de
distribuição e quais impactos precisam ser analisados em
pormenores
Média de acessos Média de acessos
Distribuidora
por dia útil (2017) por dia útil (2018)
CEMIG 10,6 15,8
CELESC 6,3 7,3
CPFL PAULISTA 4,7 6,6
RGE SUL 3,5 7,1
COPEL 3,0 6,1
ELEKTRO 2,1 5,4
CELG 2,0 2,7
LIGHT 1,8 2,8
RGE 1,7 3,7
AMPLA 1,6 3,1
3.500 Estruturantes
Fontes Alternativas
3.000 75%
Energia Nova
1.500 Angra
3.500 Estruturantes
Fontes Alternativas
3.000 75%
Energia Nova
1.500 Angra
Itaipu
técnicos (GED 15303 e GED 15322) e 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
3.500 Estruturantes
100%
Fontes Alternativas
2.500
2.000
75% Energia Existente
Proinfa
Cotas
Planejamento de Compra de Energia
50%
Resultado:
OK!!! ATENÇÃO!!!
PROBLEMA!!!
VV OK!!!
= 0,95pu
1,04pu
max 1,05pu
max>
min
Desequilíbrio de Carregamento de
Perfil de tensão
tensão cabos
Transitórios de
Perdas elétricas
nuvens
Distorção Transitórios de
harmônica tensão
FATORES COMPORTAMENTAIS
• Percentual de consumidores com PFVs FATORES ELÉTRICOS
• Localização dos PFVs • Modelo elétrico dos PFVs
• Tipo de conexão dos PFVs + • Modelo elétrico das cargas
• Potência nominal dos PFVs • Modelo multifásico das redes
• Potência gerada pelos PFVs • Fluxo de carga multifásico
• Curvas de carga
Algoritmo baseado no método de Monte Carlo
O que é o Método de Monte Carlo?
• Fundamentado na lei dos grandes números
• Avaliação de uma função probabilística através da amostragem massiva de
cenários determinísticos a fim de se obter o valor esperado
Q: Qual a probabilidade de tirar o número 1 em um dado de 6
faces?
A: Lançar o dado centenas, milhares, milhões de vezes e contar em
quantos lançamentos obtemos o número 1
Generalização da análise dos impactos técnicos: Objetivo, dificuldades e metodologia
11.014
Transformadores Redes Secundárias Redes Secundárias Redes Secundárias
de Distribuição Modeladas no Analisadas no Analisadas na Simulação
(CPFL Paulista *out/2015) OpenDSS Caso Base de Monte Carlo
Na metodologia desenvolvida,
foram analisadas 78.470 redes
secundárias (predominantemente
urbanas) abrangendo os 234
municípios da área de concessão
da CPFL Paulista.
Generalização da análise dos impactos técnicos: Critérios técnicos (limites)
• O limite de geração solar para cada rede secundária é estimado pela verificação da
violação de um ou mais dos quatro critérios técnicos em questão, cujos limites são
mostrados na tabela.
Critérios Técnicos de
Limites e Temporização
Operação Verificados
1Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, “Módulo 8: Qualidade de Energia Elétrica,” janeiro 2018.
2J. Quirós-Tortós, L. F. Ochoa, S. W. Alnaser, e T. Butler, “Control of EV Charging Points for Thermal and Voltage Management of LV Networks,”
• Motivação: a quantidade de novas solicitações de acesso deve crescer nos próximos anos. Esse
procedimento deve ser realizado equilibrando quantidade de horas de profissionais qualificados e
risco de não atendimento de requisitos de qualidade do serviço.
• PG&E (Califórnia) realiza uma nova conexão a cada 50 minutos (dados de 2016) – 175.000+ sistemas
• CPFL Energia tem uma nova conexão a cada 180 minutos (dados de 2017-2018) – ~3.500+ sistemas
• Objetivo: acelerar o processo de análise de solicitações de novos acessos reduzindo número de
homens-horas especializados e antecipando deterioração da qualidade do serviço.
Rede se
NÃO
aproximando
de violações?1
SIM NÃO
NÃO SIM SIM
Piora nos indicadores Atualizaçõe Violações
de qualidade s na rede? ocorrerão?2
1análise simples, pode ser feita por profissional com formação mais básica
2análise mais detalhada, requer profissional mais qualificado
Procedimento expedito para análise de solicitação de acesso - Metodologia: estágios de decisão
Novo acessante
geração solicitada = X% Proceder Procedimento de Recondutoramento
+
penetração FV
com
conexão
Análise Detalhada
(OpenDSS) Remanejamento
de cargas/trecho
existente na rede Substituição
acessada = Y% Divisão
Não transformador de redes
=
X% + Y% < Limite
Houve violações dos
critérios técnicos? Soluções locais
de geração Proceder com para impactos
(consultar tabelas) conexão Não Sim técnicos
Fim identificados
Sim Fim
Estágio 1
Consulta às planilhas; caso Estágio 2
haja sinal de alerta, o acesso é Os casos encaminhados
Estágio 3
liberado, mas o caso é para o estágio 2 passam
Casos encaminhados pelo estágio
enviado para análise por análise mais
2 que demandam alterações na
detalhada. detalhada.
rede.
Não é necessário profissional É necessário um
profissional de engenharia É necessário um
com formação em engenharia profissional de engenharia
Expectativa: 10% das
Expectativa: +90% das solicitações. Expectativa:5% das solicitações.
solicitações.
Projeto Telhados Solares: Barão Geraldo Living Lab
PD-00063-3020/2016
(Desagregação de Carga)
PD-0063-0060/2013
PD-2937-0045/2011
(emotive)
(UFV Tanquinho)
25 eletropostos,
~ 1,1 MWp;
recarga residencial,
varias tecnologias e
frotas empresariais
configurações
de painéis FV;
1ª usina solar FV de SP
PD-00063-3032/2017
(Campus Sustentável)
PD-0063-3012/2014
(Telhados Solares)
231 UCs, ~ 850 kWp, PD-02937-3018/2016
instaladas no mesmo (Storage)
alimentador de distribuição
Projeto Telhados Solares: Monitoramento e Medições
Campus
UNICAMP
SE Barão Geraldo
• Processamento/Tratamento Dados
SOL: • Armazenamento, Monitoramento,
Análise, Relatórios
Sistema •
•
API para Extração Dados
Pesquisa
Online •
(Power Quality Data Analytics)
Site consumidores
de Leitura •
•
Site administrativo
Alarmes, etc
~ 45 Pontos da Rede de Distribuição Monitorados com Qualímetros
Medidores utilizados:
Fluke 435 Series II Cada ponto monitorado por cerca de 30 dias
PowerLogic ION7650 Medições RMS a cada 10 segundos
Pontos Monitorados
PV Systems Real Time Monitoring
Measurement
equipment normally not
presented in typical PV
installations
Wi-Fi Modem or 4G
VPN Server
Wi-Fi or USB
Router
• Data processing/treatment
• Monitoring, analysis, reports, data storage
Ethernet • API for data export
• Research
(Power Quality Data Analytics)
Meter • Website for the costumers
• Website for the researchers and utility
+ engineers
Datalogger • Alarms, etc.
PV System
PV Systems Real Time Monitoring
Bidirectional meter
RF mesh network
Penetração FV no Alimentador BGE10
• The MV feeder with more penetration has, in average, daily peaks of 15-20% of
the feeder load, with daily peaks of ~ 40% in special days (Christmas and New
Ever)
25/12
01/01
Transformer
Transformer Number of PV Number of PV installed PV penetration
capacity
ID customers customers capacity (kWp) (%)
(kVA)
34101007 14 36 44,0 45 98
34101555 5 14 13,8 15 92
34099438 27 47 64,4 75 86
34101752 15 65 38,2 45 85
34101681 7 18 24,4 30 81
34101824 7 23 18,0 30 60
34101053 6 51 25,4 45 57
34101837 9 27 25,4 45 57
34100924 3 46 24,5 45 54
34101427 1 20 50,9 112,5 45
34101703 8 41 31,8 75 42
34099219 13 122 41,9 112,5 37
34100955 6 28 25,4 75 34
34101250 4 75 35,5 112,5 32
34101543 9 31 35,0 112,5 31
Although at the MV feeder level 15-20% is not high PV
penetration, in some MV/LV transformers it reaches > 70%
• e.g.: 27 days of continuous 10 seg RMS PQ measurements of a 45 kVA
transformer serving 36 customers (15 with PV systems), 38.2 kWp of
aggregated installed capacity; reverse peak greater than direct peak.
Local Medição Número UCs com FV (kWp total) FD95 (%) (Limite = 3%)
TR 34099438 27 (67,5 kWp) 0,65
TR 34101752 15 (36,2 kWp) 0,64
TR 34099185 1 (2 kWp) 1,19
TR 34101837 9 (25,2 kWp) 0,96
TR 34101427 1 (50 kWp) 0,25
TR 227062439 1 (20 kWp) 0,21
TR 34101573 0 (0 kWp) 0,25
TR 34102102 0 (0 kWp) 0,46
TR 34101819 1 (20 kWp) 0,39
TR 34101543 9 (33,4 kWp) 0,44
TR 34101824 7 (17,2 kWp) 0,98
TR 34101468 1 (2 kWp) 0,49
TR 34101413 1 (20 kWp) 0,37
TR 34099219 13 (40,8 kWp) 0,36
TR 34101007 14 (43 kWp) 0,77
TR 34101681 7 (23,2 kWp) 0,60
TR 34101703 8 (32,7 kWp) 0,61
TR 34101250 4 (34,6 kWp) 0,63
TR 34100955 6 (25,4 kWp) 0,30
127 V adequada
• Limites
117 V
Ø DRP ≤ 3,0% - Percentil 97 < 133 V 110 V
Ø DRC ≤ 0,5% - Percentil 99,5 < 135 V
%&' %&.
!"# = ×100% !"- = ×100%
1008 1008
Existem UCs com transgressão dos limites de tensão estabelecidos pelo PRODIST
– Impor limites para a potência que pode ser injetada na rede de distribuição
• ex: Alemanha, desde 2012: potência injetada não pode ser superior a
70% da capacidade FV instalada
• Práticas similares no Havaí, Austrália
• Mecanismo regulatório que incentiva a adoção de sistemas FV com
armazenamento (baterias eletroquímicas): armazenar ao invés de
reduzir a geração ou vender barato o que será comprado caro
posteriormente.
Projetos de P&D ANEEL
UNICAMP – CPFL
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração
MOTIVAÇÕES TÉCNICAS
Resultados de medições e simulações do
projeto Telhados Solares mostraram que os
principais impactos técnicos
causados pela microgeração fotovoltaica são:
üTransgressão dos indicadores DRP e DRC
da tensão de atendimento (sobretensão);
üRedução e imprevisibilidade dos valores de
fator de potência em transformadores de
distribuição;
Aumento de transgressões de tensão de atendimento
üAumento do percentual de perdas técnicas.
(sobretensão): conflito com os procedimentos vigentes
(tape de regulador, chaveamentos de capacitores e
transferência de carga)
MOTIVAÇÕES ECONÔMICAS
Os impactos técnicos causados pelo aumento da penetração da microgeração combinada com
diferentes procedimentos de controle de tensão e compensação de potência reativa têm
influência direta nos seguintes custos:
ü Custo de compensação ao consumidor devido a transgressões de tensão de atendimento;
ü Custo de variação das perdas técnicas;
ü Custo de atuações dos reguladores de tensão de subestação e de linha (custo de
manutenção);
ü Custo de comutações dos bancos de capacitores (custo de manutenção);
ü Custo de compensação de violações de fator de potência.
Esses custos podem ser quantificados e empregados para determinar quais são os melhores
procedimentos e práticas de engenharia para controle de tensão e compensação de potência
reativa considerando tanto aspectos técnicos quanto econômicos.
Tensão de referência 1,035 pu (11,8 kV) 1,035 pu (6,81 kV) Percentual de UCs 20% das UCs B1 em
com FVs cada rede secundária
±0,01 pu
±0,01 pu 17,04% da potência nominal
Largura de banda (entre 11,69 e
(entre 6,74 e 6,88 kV) Potência nominal total dos transformadores de
11,91 kV)
Temporização (Delay) 60 s 90 s distribuição
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração
Obs. 1: Não foram considerados custos de perdas elétricas e violações de valores de fator de potência
Obs. 2: Foi empregada análise determinística
Obs. 3: No projeto serão inclusos todos os custos e será empregada análise de risco (probabilística)
Controle de tensão e compensação de potência reativa em redes com elevada penetração de microgeração
Custo das atuações dos reguladores R$ 333,00 R$ 351,00 R$ 342,00 R$ 423,00 R$ 1.026,00
Compensação das violações de tensão máxima R$ 0,00 R$ 8.645,57 R$ 4.830,76 R$ 2.013,52 R$ 394,64
Compensação das violações de tensão mínima R$ 405,36 R$ 402,97 R$ 404,74 R$ 1.409,23 R$ 405,12
ü Capacidade de controle de fator de potência presente nos inversores dos geradores fotovoltaicos;
• Início: outubro/2018
• Duração: 36 meses
• Parceiro: UNICAMP
Projeto Armazenamento de Energia
• Inserção técnico-comercial para implementação, desenvolvimento e análise de
aplicações de tecnologias de armazenamento de energia na operação de redes de
distribuição da CPFL
• Desenvolvimento de Aplicações para Sistemas de Armazenamento em Redes de
Distribuição de Energia Elétrica
– Redes de BT e consumidores
– Transformadores MT/BT
– Alimentadores MT
– Subestação AT/MT
– Análise computacional utilizando dados reais + OpenDSS
• Instalações:
– 1 sistema “grande porte” (subestação BGE) – 1 MWp, 2 MWh (comissionamento previsto para
agosto/2019)
– 2 sistemas de “médio porte” (alimentadores MT, transformadores MT/BT de condomínios –
penetração FV > 80%) – 1 de 25 kWp, 75 kWh e 1 de 75 kWp, 225 kWh.
– 10 sistemas de pequeno porte (instalação no consumidor) – faixa de 2-10 kWp, 6-20 kWh
• Medições
• 2017-2021
Projeto Campus Sustentável
• Desenvolvimento de um modelo de
Campus Sustentável na UNICAMP:
O projeto tem a ambição de estabelecer um
modelo de gestão e eficiência energética que
possa ser replicado em outras instituições
de ensino superior do Brasil e da América
Latina.
• Instalação de 573 kWp de geração FV
• Frota de ônibus elétrico com estação
de recarga
– sistema híbrido painéis + baterias
• Eficiência energética em edificações
• Criação de cursos e disciplinas/laboratório real para alunos de graduação/pós-
graduação e extensão
• 2017-2020 https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/
Algumas sugestões de leituras adicionais
1. F. C. L. Trindade, T. S. D. Ferreira, M. G. Lopes and W. Freitas, "Mitigation of Fast Voltage
Variations During Cloud Transients in Distribution Systems with PV Solar Farms," in IEEE
Transactions on Power Delivery, vol. 32, no. 2, pp. 921-932, April 2017. DOI:
10.1109/TPWRD.2016.2562922
2. R. Torquato, D. Salles, C. Oriente Pereira, P. C. M. Meira and W. Freitas, "A Comprehensive
Assessment of PV Hosting Capacity on Low-Voltage Distribution Systems," in IEEE Transactions
on Power Delivery, vol. 33, no. 2, pp. 1002-1012, April 2018. DOI: 10.1109/TPWRD.2018.2798707
3. T. R. Ricciardi , K. Petrou, J. F. Franco, L. F. Ochoa, "Defining Customer Export Limits in PV-Rich
Low Voltage Networks," accepted for publication in IEEE Transactions on Power Systems. DOI:
10.1109/TPWRS.2018.2853740.
4. T. R. Ricciardi, W. Freitas, F. K. Taniguchi, G. R. T. Hax, R. Moya, G. B. Archilli, "Measurement
Based Power Quality Analysis of Real Distribution Networks with High PV Penetration," in
Proceedings of 18th International Conference on Harmonics and Quality of Power – ICHQP 2018,
Ljubljana, Slovenia, 13-16 May, 2018. DOI: 10.1109/ICHQP.2018.8378866
5. V. C. Cunha, R. Torquato, T. R. Ricciardi, W. Freitas and B. Venkatesh, "Assessing Energy Storage
Potential to Facilitate the Increased Penetration of Photovoltaic Generators and Electric Vehicles in
Distribution Networks," in Proceedings of 2017 IEEE Power & Energy Society General Meeting,
Chicago, IL, 16-20 July, 2017. DOI: 10.1109/PESGM.2017.8274674
6. V. C. Cunha, “Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Redes de Distribuição com
Elevada Penetração de Geração Fotovoltaica e Veículos Elétricos”, Dissertação de mestrado,
FEEC/UNICAMP, 2017.
Tiago Rodarte Ricciardi
tiago@dsee.fee.unicamp.br
-
Departamento de Sistemas e Energia (DSE)
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Armazenamento em Sistemas de
Distribuição de Energia Elétrica
Armazenamento em Sistemas de Energia Elétrica
• Equilíbrio entre oferta e demanda em tempo real é feito pelos sistemas de controle
tradicionais e também pelo controle de carga/descarga de sistemas de armazenamento
• Na distribuição, onde a geração não tem porte suficiente para impactar na frequência, o
desequilíbrio entre oferta e demanda costuma refletir-se no perfil de tensão: o uso de
sistemas de armazenamento para equilibrar oferta e demanda poderá contribuir para o
controle de tensão da rede e alívio de carregamento de certos equipamentos
demanda
Armazenamento e Flexibilidade
• Importante: armazenamento não gera nem consome energia; apenas desloca a geração/consumo no
tempo
• Armazenamento = Flexibilidade
• Economia de escala
• Segurança no fornecimento
• Para atender o crescimento de demanda por energia precisamos das fontes convencionais
(firmes, geração centralizada, grandes redes de transmissão, etc) E das fontes alternativas
(intermitentes)
• Parques eólicos
• Resposta mais rápida que térmicas
• Restrições geológicas
diferença de velocidade
• Nivelamento de carga
• Qualidade de EE
$$
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• Serviço ancilar;
• Brasil: muitas hidrelétricas, geração é e será dominada por maquinas síncronas de grande
porte por muito tempo, menos espaço para esse tipo de aplicações.
Integração de Fontes Renováveis
• Brasil: sinergia entre eólicas e hidrelétricas → intermitência pode ser compensada pela
hidráulica, com maiores rampas de tomada de carga.
Melhoria na Qualidade de Energia Elétrica
• Controle de tensão
Diagrama de blocos dos componentes de um sistema de armazenamento genérico
baseado em baterias eletroquímicas
• Conversor CC-CC – além de elevar a tensão do banco de baterias para um valor compatível
com o que será posteriormente convertido para os níveis de conexão com a rede de
distribuição, o conversor CC-CC desempenha também a função de controlador de carga do
banco de baterias, ou seja, é responsável por controlar a corrente CC que é drenada do (ou
injetada no) banco de baterias.
• Controle do Conversor CC-CC – o controle do conversor CC-CC atua no ciclo de trabalho do conversor
CC-CC (D), capaz de modular a magnitude da corrente injetada ou drenada do banco de baterias (i#$% ). A
entrada do controlador do conversor CC-CC depende do tipo de aplicação que se deseja com o sistema de
armazenamento. Por exemplo, pode ser o fluxo de potência ativa em um transformador para o qual se
deseja operar em modo de peak shaving; pode ser o fluxo de potência ativa no ramal de serviço de uma
unidade consumidora para a qual a bateria opera em modo de armazenar o excedente de geração
fotovoltaica para suprir a demanda do período noturno; pode ser a frequência do sistema interligado CA
caso o sistema de armazenamento opere em modo de controle de frequência da rede CA etc. Diferentes
arquiteturas podem ser empregadas no controle do conversor CC-CC (serão discutidas apenas funções de
controle linear tais como controle PID (proporcional, integral e derivativo).
• Controle do Conversor CC-CA – atua nos índices de modulação do conversor CC-CA, capazes de modular
a magnitude e o ângulo de fase da tensão interna equivalente do conversor CC-CA tipo fonte de tensão. A
entrada do controlador do conversor CC-CA é a tensão do barramento CC, de forma que o conversor opera
para equilibrar a injeção de potência no barramento CC por parte do conversor CC-CC de interface do
banco de baterias. Diferentes arquiteturas podem ser empregadas no controle do conversor CC-CA (serão
discutidas apenas funções de controle linear tais como controle PID (proporcional, integral e derivativo) e
controle lead-lag).
Topologia do SAE baseado em baterias eletroquímicas
Trifásico
Bifásico
Banco de baterias: arranjo de células eletroquímicas
Célula eletroquímica
Componentes de uma célula eletroquímica
• Dois Eletrodos
• Circuito externo
I R
_
+
E
Baterias (células) de Íons de Lítio (Li-ion)
+,-
1
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Controle/Acionamento do Conversor CC-CC
156
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7
Exemplo: controle/acionamento do conversor CC-CC
P bat = +0,5 pu
P bat = -1,0 pu
Barramento CC
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Conversor CC-CA tipo fonte de tensão (VSC)
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Exemplo: controle/acionamento do conversor CC-CA
Aplicação de Sistemas de Armazenamento
de Energia para Integração de
Geração Fotovoltaica
Componente Valor
Barras 42 un.
Linhas aéreas – Circuito secundário 1,13 km
Linhas aéreas – Ramal de serviço 0,15 km
Consumidores bifásicos 12 un.
Consumidores trifásicos 35 un.
Conexão transformador (MT/BT) Delta-Yg
Potência nominal do transformador 75 kVA
Especificações SAE 20 kW/ 30kWh
Nível de curto-circuito 50 MVA
Estudo de caso 1
Avaliação movimento dos limiares – 1 semana
Estudo de caso 1
23$ 2$%
1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
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1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
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1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Por que há elevação de tensão?
Análise fasorial de um circuito de três barras:
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1. N. Jenkins, J.B. Ekanayake, and G. Strbac, Distributed Generation, 1st ed. London: Institution of Engineering and Technology, 2010.
Apêndice - Equações