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Conjuntos numéricos;
Divisibilidade; múltiplos e diversos; fatoração, problemas com quatro operações, MDC e MMC
Excel (planilhas),
Power Point (apresentações),
Outlook,
OneNote Lync.
Segurança da informação: noções de vírus, worms e outras pragas virtuais, técnicas de fraude e
invasão de sistemas, aplicativos (antivírus, firewall, antispyware etc.), procedimentos de
segurança e backup.
Concepções:
Concepção sociológica: Essa vertente tem como mentor Ferdinand Lassale, o qual declina
sua visão de que a Constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais de
poder que regem a nação. Ou seja, trata-se das forças que comandam os interesses que
preponderam e que se materializam em um documento real e efetivo, qual seja, a
Constituição.
Esses fatores de poder, a burguesia, aristocracia, monarquia, militares, grandes
negociantes e outros grupos organizados reúnem forças sistematizadas em um
documento escrito, que só terá valor e eficácia se corresponder a esses valores
preponderantes. Caso a Constituição não represente ou contrarie essas forças sociais,
para Lassale, seria apenas uma folha de papel.
Perceba que Hesse faz uma abordagem propositiva (deve, precisa, se houver essas
condições...) enquanto Lassale parece trazer uma visão descritiva(é assim, representa
isso...).
Concepção política: Tem seu expoente em Carl Schmitt, para quem a Constituição é uma
decisão política fundamental, materializada pelo poder constituinte. Schmitt faz uma
distinção entre Constituição e leis constitucionais, para estabelecer como Constituição
tudo que se refira aos direitos e garantias fundamentais da pessoa humana, à
organização do Estado, à competência, exercício e separação dos Poderes. Tudo aquilo
que não for decisão política fundamental não seria Constituição, mas simples lei
constitucional.
É essa concepção, de Carl Schmitt, que fundamenta a teoria da constituição em sentido
material e em sentido formal.
Concepção Culturalista de Constituição: tem seu expoente em Michele Ainis, para quem
a Constituição é associada ao conjunto de fatos culturais que disciplinam as relações e os
direitos fundamentais pertinentes à cultura, envolvendo a educação, o desporto e a
cultura em sentido estrito.
Constituições não escritas: são aquelas que surgem com o lento passar do tempo, como
resultado de lenta síntese da evolução histórica do Estado. São integradas por leis escritas
esparsas, jurisprudências, normas costumeiras e convenções.
Constituições imutáveis: não admitem modificação de seu texto, e são assim categorizadas
para fins didáticos, uma vez que atualmente não se verificam registros desse tipo de
Constituição.
Constituições rígidas: São as que admitem modificações em seu texto, mas essas
modificações exigem processo legislativo diferenciado em relação àquele utilizado na
formulação e alteração da legislação ordinária. No caso da CF/1988, esse processo está
descrito no art. 60:
Constituições flexíveis: são as que permitem alteração integral de seu texto por processo
legislativo comum, utilizado para elaboração das leis infraconstitucionais, ordinárias. São
também denominadas de plásticas (Pinto Ferreira). São flexíveis, via de regra, as
Constituições não escritas ou costumeiras, não obstante possam existir dentre as escritas,
consoante Celso Ribeiro Bastos. No sistema de constituição flexível NÃO existe supremacia
formal da Constituição, pois não há processo legislativo diferenciado para aprovação de
leis constitucionais. Isso não significa que no sistema flexível as normas constitucionais são
alteradas com maior frequência. A simples flexibilidade formal não implica em
instabilidade.
Constituições semirrígidas: são as que permitem alteração de parte de seu texto por
processo legislativo ordinário ou comum (parte flexível) e exigem processo legislativo
especial para outra parte (parte rígida). Exemplo foi a Constituição Imperial de 1824.
Não caia no conto da banca de acreditar que constituições rígidas não admitem
modificação ou que são aquelas que possuem cláusulas pétreas.
Constituições formais: são aquelas cujas normas inseridas em seu texto são integralmente
constitucionais, independentemente de seu conteúdo. Toda e qualquer norma inserida
em um texto único, de uma Constituição escrita, solenemente elaborada por um
processo legislativo diferenciado, é considerada constitucional. Caso da CF/1988.
E é essa a posição do nosso STF em relação à nossa Constituição. Toda e qualquer norma
inserida no texto constitucional (à exceção do preâmbulo), possui força normativa
constitucional e serve parâmetro para declaração de inconstitucionalidade. Guarde bem
isso!
Na sua prova, irão lhe perguntar quais Constituições tendem a maior estabilidade e
segurança jurídica. Naturalmente, as sintéticas, que têm seu conteúdo atualizado por
meio de mutações hermenêuticas e alterações de interpretação de seus poucos
dispositivos ao longo do tempo, os quais acabam funcionando como princípios ou
diretrizes gerais.
Já as Constituições analíticas, " engessam", por assim dizer, uma gama imensa de temas e
assuntos, que poderiam ser tratados pela legislação ordinária, e que portanto estão mais
sujeitos a alterações e contingências políticas, sociais e econômicas, o que acaba tornando
o texto constitucional uma verdadeira colcha de retalhos, em virtude das constantes
alterações.
Constituições normativas: são aquelas que mantêm estreita sintonia com a realidade
social e política, e que efetivamente regulam a atividade estatal. As disposições
constitucionais são regiamente obedecidas pelos agentes do poder, que se submetem às
limitações e diretrizes impostas pela ordem constitucional.
Assim, guarde para a prova que uma Constituição dirigente é caracterizada pela existência
de normas programáticas.
Constituição balanço: editadas para vigorar durante certo tempo, pré-definido em seu
próprio texto, servindo como avaliação e retrato de um Estado durante certo período de
tempo. Muito comuns nos regimes comunistas, como na antiga União Soviética.
II) Elementos formais de aplicabilidade: São os elementos que dizem respeito à formação
das regras de aplicação das normas constitucionais, como o preâmbulo, as cláusulas de
promulgação, as disposições constitucionais transitórias, bem como o §1º, do art. 5º, onde
está disposto que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 38ª
ed. São Paulo: Malheiros. 2014, p. 47).
III) Elementos limitativos: Têm origem no liberalismo clássico, que busca estabelecer
limites à ação do Estado, assegurando um Estado de Direito onde os direitos individuais e
coletivos devem estar presentes no texto constitucional. Encontram-se no Título II, sob a
rubrica de Direitos e Garantias Fundamentais, à exceção dos direitos sociais e direitos
sociais dos trabalhadores, que entram na categoria dos elementos sócioideológicos (SILVA,
José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 38ª ed. São Paulo: Malheiros.
2014, p. 46).
IV) Elementos orgânicos: São aqueles contidos em normas jurídicas que regulam aspectos
da organização e funcionamento do Estado. Na atual Constituição, tais elementos são
encontrados nos Títulos III (Da Organização do Estado), no Título IV (Da Organização dos
Poderes e do Sistema de Governo), no Título V, Capítulos II e III (Das Forças Armadas e da
Segurança Pública), e no Título VI (Da Tributação e do Orçamento) (SILVA, José Afonso da.
Curso de Direito Constitucional Positivo. 38ª ed. São Paulo: Malheiros. 2014, p. 46).
6) Emendas Constitucionais;
3) Repartição de Competências;
4) Bens Públicos;
Princípio da legalidade
A famosa frase de Hely Lopes Meirelles enfatiza: “Enquanto na administração particular é
lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que
a lei autoriza”. Destaca-se que o princípio da legalidade é bem mais amplo do que a mera
sujeição do administrador à lei formal, pois se refere ao ordenamento jurídico, às normas
e aos princípios constitucionais, incluindo também as normas regulamentares por ele
editadas.
- Imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas jurídicas
em que atuam- atuação dos agentes públicos sendo imputada ao Estado, significando
um agir impessoal da Administração. Ou seja, vedação da promoção pessoal de agentes
ou autoridades.
Princípio da moralidade
O fato da Constituição Federal ter erigido a moral administrativa em princípio jurídico
expresso, permite afirmar que ela é um requisito de validade do ato administrativo.
Súmula Vinculante 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro
grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.
(...) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma
vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF
Além disso, o próprio Supremo Tribunal Federal ressalvou que a proibição NÃO é
extensiva a AGENTES POLÍTICOS do Poder Executivo, como Ministros de Estado e
Secretários estaduais, distritais e municipais (Rcl 6650/PR).
Princípio da publicidade
Engloba:
Princípio da eficiência
O princípio da eficiência na Administração pública trata-se do melhor emprego dos
recursos e meios (humanos, materiais e institucionais), para melhor satisfazer às
necessidades coletivas num regime de igualdade dos usuários (José Afonso da Silva).
Economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e
rendimento funcional são valores encarecidos pelo princípio da eficiência.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas
da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá
ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; CAI MUITO
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público
federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório; CAI MUITO
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso
II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma
direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou
outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer
das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
CAI MUITO
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados
e ao Senado Federal; (se for CONTRATO, é o CONgresso que susta)
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará,
de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
Súmula 347
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público.
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados,
poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os
esclarecimentos necessários.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito
Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96. .
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os
seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos
mencionados no inciso anterior.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e
dos orçamentos da União;
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão
integrados por sete Conselheiros.
FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo,
e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas
dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
ADI 687, rel. min. Celso de Mello - A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus
permite que os
próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas
Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual
denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, rel. min. Octavio
Gallotti – ADI 445/DF, rel. min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as câmaras municipais no exercício de
seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º).
Esses conselhos ou tribunais de contas dos Municípios – embora qualificados como órgãos estaduais (CF, art.
31, § 1º) – atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das câmaras
de vereadores. A prestação de contas desses tribunais de contas dos Municípios, que são órgãos estaduais
(CF, art. 31, § 1º), há de se fazer, por isso mesmo, perante o tribunal de contas do próprio Estado, e não
perante a assembleia legislativa do Estado-membro. Prevalência, na espécie, da competência genérica do
tribunal de contas do Estado (CF, art. 71, II, c/c art. 75).
11) Bens Públicos: Formas de utilização, concessão, permissão e autorização de uso. Concessão
de Direito real de uso;
13) Desapropriação;
Pode ocorrer de o texto da lei ser republicado ou ocorrer publicação de um texto novo,
da mesma lei. Duas regras merecem especial atenção:
Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo começará a correr da nova publicação; e
Existem leis temporárias, exceções no sistema, limitando sua duração a um tempo certo
(lei com prazo de validade) ou a um evento (como uma guerra, por exemplo).
Contudo, se a nova lei regular apenas parte da matéria, não atacando alguns dispositivos
da lei anterior, esta permanecerá em parte no mundo jurídico, dizendo-se ter sido
derrogada (PARCIAL).
A nova lei pode ainda dispor de forma complementar, seja geral ou especialmente. Nestas
situações não haverá alteração da lei anterior, passando as duas a coexistirem de maneira
harmoniosa no sistema.
Ato jurídico perfeito é o que já alcançou todo seu trâmite de formação, estando preparado
para produzir ou já produzindo efeitos (como um contrato já formado).
O direito adquirido, por sua vez, é o que já compõe a esfera do sujeito, mas ainda não foi
exercitado (como alcançar os requisitos para a aposentadoria e não a requerer),
considerando-se estes os que o “começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem” (LINDB, art. 6º, § 2º).
Estas situações não se confundem com a possibilidade de que a lei se faça imperar sobre
situações pendentes. Assim, se A e B realizam pré-contrato visando a realização de uma
locação futura, mudando a legislação que regula o contrato de locação esta não atingirá
o contrato preliminar realizado, mas deverá ser observada no contrato definitivo.
Por fim, coisa julgada é a qualidade que recobre os efeitos da sentença, fazendo com
que estes não mais possam ser modificados, ressalvada eventual ação rescisória ou de
querela nulitatis. A rescisória, proposta no Tribunal, tem por fim anular sentença de
primeiro grau já transitada em julgado (dentro do prazo de 2 anos, contados do trânsito
em julgado), em situações especiais, como no caso de ter sido proferida a decisão por
juiz absolutamente incompetente. Já a querela nulitatis, ou declaratória de inexistência
processual, é promovida em primeiro grau, e tem por fundamento, por exemplo, o
transcurso de processo à revelia do réu que sequer foi citado.
Como regra deve-se perceber que a lei estabelece seus efeitos sem prazo determinado.
Diante desta afirmação, tem-se que uma norma terá produção imediata de efeitos sobre
as relações que se encontrem dentro de seu período de vigência. Este preceito está claro
no art. 6º da LINDB que determina que a lei terá efeito imediato, sendo protegidos o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Estes institutos impedem que os
efeitos imediatos de uma norma afetem situações consolidadas durante a vigência de
outra. Finalizando a sucessão das leis no tempo, temos de discutir como serão regulados
os atos que transcorrerem entre duas ou mais leis.
Fugindo a tal estrutura, se o efeito estiver ligado à causa mesma do ato (transmissão da
propriedade, da posse, reconhecimento da filiação etc.) não poderá ser alcançado pela
nova lei, sob pena de incorrer em retroatividade mínima, que também é medida vedada
ante a existência do ato jurídico perfeito, da coisa julgada ou do direito adquirido.
Para melhor compreender a vedação à retroatividade mínima, tenha-se uma nova norma
determinando que a alienação de bem imóvel acima de 20 salários mínimos deva ser
objeto de escritura pública. O atual regramento determina a forma pública quando o
imóvel tiver valor acima de 30 salários mínimos. Caso A e B celebrem um contrato de
compra e venda de imóvel no valor de 22 salários mínimos e se valham, de acordo com
o regramento vigente ao tempo, apenas da forma particular (pois a legislação assim
reconhecia o ato) a nova regra não poderá impedir que o contrato produza efeitos, pois
importaria em retroatividade mínima, vez que alcançaria a estrutura de validade de
contrato em razão do prolongamento dos efeitos da relação jurídica.
Volvendo os olhos para o aspecto espacial da norma, vê-se que a regra atrela o poder
vinculante da lei ao espaço soberano do Estado. Contudo, em nosso país adotamos a
territorialidade moderada regulando a territorialidade com situações em que se
reconhece a extraterritorialidade. Quando vigente a primeira, o regramento do próprio
país será aplicado; na segunda, lei estrangeira será aplicada ao caso. Seguindo uma
tabela, pode-se observar que:
É importante notar que enquanto nos arts. 8º e 9º prende-se a LINDB à legislação do país
em que se encontram os bens, nos demais artigos citados, estabelece divergência entre
o local dos bens e o domicílio da pessoa, como no art. 10º, em que determina que a
sucessão por morte ou por ausência obedece a lei do país em que era domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. Portanto,
em momentos a Lei de Introdução determina que a lei do território valerá, em outro,
estabelece uma relação extraterritorial.
Quando necessário apresentar provas que foram produzidas alhures serão admitidas
desde que respeitem dois parâmetros: sua aceitação em terras brasileiras – respeito à
ordem pública e aos ditames legais acerca da prova –; e obediência ao sistema de onde
se originaram (art. 13, LINDB).
Estatuto pessoal – Domicílio - LINDB, art. 7º – A lei do país em que for domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os
direitos de família.
Imóveis - Locus rei sitae - Art. 8º – para qualificar os bens e regular as relações a eles
concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
Obrigações e contratos - Locus regit actum - Art. 9º – Para qualificar e reger as obrigações,
aplicar-se-á a lei do país em que constituírem.
Em busca da compreensão dos caminhos da interpretação das leis deve-se ter claro que
a norma, por ter conteúdo, seja ele escrito ou passado de geração em geração, deve ser
analisada caso a caso, interpretada momento a momento, para que sua função de
regulamentação seja alcançada de forma plena e que o ideal de justiça se faça presente.
Desta forma, interpretar é além de extrair o sentido da norma, atualizar seu conteúdo e o
preparar para a aplicação, daí ter-se que todo aplicador é, também, intérprete. De outro
lado, não vale dizer que na clareza deve cessar a interpretação. Na verdade, toda norma,
por mais clara, passa por um processo hermenêutico para ser aplicada ao caso concreto,
variando a complexidade do mesmo (processo) conforme o caso. Podem-se apresentar
os seguintes métodos de interpretação:
a) Gramatical – a letra da norma é o primeiro passo para o intérprete. Para que se possa
compreender necessário que se passe em revista cada signo, significado e significante.
Cada palavra, cada vírgula, cada interjeição ganha sentido em seu conjunto;
b) Histórico – ao se compreender a norma, deve-se ter em vista todo o seu processo de
concepção, o que levou ao seu nascimento, as necessidades que a sociedade apresentou
para que viesse à tona tal regramento, o que leva a um outro método, o social;
c) Sociológico – uma norma nasce de uma determinada sociedade e, como bem definiu
Miguel Reale, o direito está fundamentado por uma teoria tridimensional (envolvendo
fato, valor e norma). Desta forma, toda norma apresenta um conjunto de fatos e valores
sociais que lhe permitiram (ou criaram a necessidade) a existência;
d) Teleológico – nesta forma o intérprete levará em conta os fins almejados pela norma,
seus objetivos, qual o problema social ou regramento de conduta tinha por objeto;
e) Axiológico – se a norma nasce de um fato valorado, a interpretação também necessita
levar em consideração o conjunto de valores que se agregam à norma. Com isso, é
possível atualizar o conteúdo da norma, ao se perceber que os valores envolvidos
também evoluíram;
f) Sistemático – como o Direito se apresenta como um sistema, é fundamental para se
compreender de forma plena uma norma que se busque relacioná-la às demais. Desta
forma, tem-se claro que uma norma não está sozinha e deve ser compreendida em
conjunto com todas as demais.
g) Lógico – Nas palavras de Maria Helena Diniz, o que se pretende é desvendar o sentido
e o alcance da norma, estudando-a por meio de raciocínios lógicos, analisando os períodos
da lei e combinando-os entre si, com o escopo de atingir perfeita compatibilidade.
Deve-se, a este tempo, ter claro que os métodos não se aplicam de forma isolada ou
excludente à interpretação de uma norma determinada. Pelo contrário, no mais das vezes
irão se apresentar mesclados, pontos revolvidos em uma mesma conduta do
hermeneuta. Não se interpreta de apenas uma só forma, busca-se, na realidade, o perfeito
sentido da norma dado ao caso.
Analogia: Método de integração do sistema, que visa a aplicação de uma regra a uma
situação por ela não prevista diretamente, em razão da similaridade básica entre as
situações fáticas. Como bem lembra Tércio Sampaio, existem duas formas de analogia:
a) legis – quando se parte de um preceito legal para aplica-lo a um caso não previsto;
b) iuris – quando se têm vários preceitos que, juntando-se os princípios que os inspiram,
são utilizados para a criação de uma nova normal aplicável ao caso
5) Da prescrição e da decadência;
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre
o trabalho intelectual, técnico e manual.
DA RELAÇÃO DE EMPREGO
Muito já se debateu sobre a natureza jurídica do contrato de trabalho. Atualmente, é
pacífico que se trata de natureza contratual civilista, pois nasce na vontade das
partes, requisito essencial para a relação de emprego, porém, sem utilizar modelo
contratual existente na esfera civil.
Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo
motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta
por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
DO TRABALHO VOLUNTÁRIO
Previsto pela Lei n. 9.608/98 é prestado por pessoa física para entidade pública de
qualquer natureza ou instituição sem fins lucrativos. O serviço voluntário não gera vínculo
empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. A não
onerosidade é restrita à contraprestação, assim, poderá haver ressarcimento de
despesas sem caracterizar a relação de emprego.
DO TRABALHO INSTITUCIONAL
Constitui relação de trabalho o vínculo entre o servidor público (não regido pela CLT) e a
administração pública de todos os poderes que são regidos por próprios estatutos e,
consequentemente, pelo direito administrativo. Desse modo, inexiste relação de
empregado, pois a vinculação é estatutária.
COMPETÊNCIA - Ação proposta contra a Administração Pública por servidor que ingressou
como celetista antes da CF/88 e cuja lei posteriormente transformou o vínculo em
estatutário.
REGRA:
O pedido referente às verbas trabalhistas, formulado com base na Consolidação das Leis
do Trabalho, é de competência da Justiça do Trabalho.
Os pedidos formulados com base na relação estatutária são de competência da justiça
comum estadual.
EXCEÇÕES:
CASO JOÃO: João foi contratado pela Administração Pública estadual, sem concurso
público, para ocupar um emprego público, sendo seu vínculo jurídico celetista, ou seja,
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foi editada uma lei estadual
transformando o emprego ocupado por João em cargo público, tendo seu regime jurídico
mudado de celetista para estatutário. Se ele pleitear FGTS, a demanda deverá ser
proposta na Justiça do Trabalho (em razão de a verba pleiteada ser trabalhista).
CASO MARIA: Maria foi contratada pela Administração Pública estadual, sem concurso
público, para ocupar um emprego público, sendo seu vínculo jurídico celetista, ou seja,
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT Foi editada uma lei estadual
transformando o emprego ocupado por Maria em cargo público, tendo seu regime
jurídico mudado de celetista para estatutário. Se ela pleitear controvérsia referente aos
reflexos de vantagem remuneratória do período celetista, a demanda deverá ser proposta
na Justiça Estadual. Reconhecido que o vínculo atual entre o servidor e a Administração
Pública é estatutário, compete à Justiça comum processar e julgar a causa.
É a natureza jurídica do vínculo existente entre o trabalhador e o Poder Público, vigente
ao tempo da propositura da ação, que define a competência jurisdicional para a solução
da controvérsia, independentemente de o direito pleiteado ter se originado no período
celetista.
Peculato Desvio – Próprio – caput, art. 312, 2ª parte - RECLUSÃO de 2 a 12 anos + multa.
...Ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Peculato Furto – Impróprio - §1, art. 312 - RECLUSÃO de 2 a 12 anos + multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade
que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Peculato Culposo – Impróprio - §2 e §3, art. 312 - DETENÇÃO de três meses a 1 ano.
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
Assim como todo crime praticado por funcionário público contra a Administração em
Geral, o PECULATO é classificado como um crime próprio de funcionário público, só
podendo ser cometido por um particular se em concurso com um funcionário público, e
desde que sabedor de tal qualidade daquele (art. 30 do CP).
Ex: Um funcionário público municipal, em sua folga, passa por uma rua qualquer, e vê um
carro da Prefeitura parado. Ele arromba o carro e o leva embora. Cometeu Peculato?
NÃO, porque a POSSE DO CARRO NÃO SE DEU EM RAZÃO DO CARGO. O crime cometido
foi outro, mas não peculato.
Ex2: “o fiscal ou caixa de banco público tem POSSE do dinheiro que arrecada ou recebe”;
“o escrivão de polícia tem POSSE do seu computador de trabalho”; “o policial tem POSSE
do veículo que apreende”. São todos casos de POSSE EM RAZÃO DO CARGO.
NÃO. NÃO HÁ PECULATO DE USO. Tal resposta foi dada pelo Supremo Tribunal Federal
no julgamento do HC 108433, em 25/06/2013, em acórdão relatado pelo Ministro Luiz
Fux: "É ATÍPICA A CONDUTA DE PECULATO DE USO".
É importante ficar atento. Ainda sobre o peculato de uso, temos que tomar cuidando
com o crime previsto no DL n.° 201/67::
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário,
independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores:
(...)
II - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos;
DIFERENCIAÇÃO
PECULATO APROPRIAÇÃO – 1° POSSE/ 2° APROPRIAÇÃO
PECULATO FURTO – 1° SUBTRAÇÃO/ 2° POSSE
STJ - prevalece o entendimento que NÃO É POSSÍVEL, pois nos crimes contra a
Administração Pública não se protege apenas o patrimônio público, mas também a
MORALIDADE PÚBLICA, então, o simples desvio de conduta é SIGNIFICANTE, o dever de
moralidade do funcionário público impera.
STF - admite em alguns casos a aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA nos crimes
contra a Administração Pública.
A EXIGÊNCIA DEVE SE DAR EM RAZÃO DO CARGO, AINDA QUE SEJA FORA DA FUNÇÃO
OU ATÉ MESMO ANTES DE ASSUMI-LA.
PARA SER CONCUSSÃO A VANTAGEM EXIGIDA DEVE SER INDEVIDA, SE FOR DEVIDA NÃO
HAVERÁ O CRIME.
O “retardo”, a “omissão (deixar)” ou a “prática” do ATO DE OFÍCIO tem que ser ILEGAL.
Se o agente “retardou”, “omitiu (deixou)” ou “praticou” o ato de ofício SEM violar
disposição expressa em lei, não há prevaricação.
O “retardo ilegal”, a “omissão ilegal” ou a “prática ilegal” do ATO DE OFÍCIO deve ter
como INTUITO: SATISFAZER INTERESSE OU SENTIMENTO PESSOAL.
Não confunda PREVARICAÇÃO com CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA. Nos dois crimes
o funcionário pública deixar de praticar ou retarda ato de ofício, a diferença está no
MOTIVO:
No ano de 2007 foi incluído no Código Penal uma “nova espécie” de Prevaricação. Essa
“nova prevaricação” não exige satisfação de interesse ou sentimento pessoal, ou seja, não
é a prevaricação em sua “forma normal”, não é a prevaricação em sua “forma própria”,
é a chamada PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA, assim estabelecida:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o
acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano (SEM MULTA).
Nos dois crimes, o agente deixar de realizar um ato de ofício (responsabilizar é um ato de
ofício), ambos movidos por SENTIMENTO.
A “advocacia” aqui não está ligada a figura do Advogado (o profissional com inscrição na
OAB). A “advocacia” nesse crime está ligada a ideia de “defesa”.
A doutrina entende que não. Entende que só é crime se defender interesse de terceiros.
Não se configura o crime no caso de defesa de interesse próprio (pessoal).
No caso de o particular estar correto, ou seja, se seu pedido administrativo ser legítimo,
há crime? Sim, há crime de Advocacia Administrativa. O Código Penal não pune a defesa
de um interesse ilegítimo, e sim A SIMPLES DEFESA DE UM PARTICULAR.
Cuidado para não cair na “armadilha” do crime de tráfico de influência. Como no nome
“tráfico de influência” remete a uma ideia parecida com a conduta do crime de Advocacia
Administrativa, sua banca poderá tentar te confundir.
Comete o crime quem SABIDAMENTE DESEMPENHA uma FUNÇÃO PÚBLICA que NÃO
TENHA. (É necessário EXERCER INDEVIDAMENTE ALGUM ATO PRÓPRIO DA FUNÇÃO
PÚBLICA).
Quem apenas FINGE ser funcionário público, não exercendo qualquer ato oficial, não
comete o crime de usurpação de função pública.
Há crime de resistência quando a conduta é praticada por terceiro não ligado ao ato legal.
Pois, o crime também se configura quando a violência ou ameaça é dirigida a quem esteja
prestando auxílio ao funcionário público competente para executar o ato.
Para ser crime de “resistência” o agente deve usar de VIOLÊNCIA ou AMEAÇA à PESSOA.
Trata-se de um crime FORMAL, ou seja, para se consumar não é necessário que ato deixa
de ser executado. Se o ato não foi executado devido à RESISTÊNCIA, responderá pela
forma qualificada.
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa pode cometer o crime, inclusive, funcionário público na
condição de particular.
ATO: Deve ser LEGAL. Se forem ATOS ILEGAIS, não haverá crime de desobediência nos
seguintes casos: ordem para participação de reconstituição de crime; ordem para
assoprar o bafômetro; ordem para ser submetido a identificação criminal fora das
hipóteses previstas em lei.
ORDEM: Deve ser uma ORDEM, e não um mero PEDIDO. Essa ORDEM pode deve ser feita
de modo INDIVIDUAL, DIRETA, PESSOAL e o conhecimento da ordem ser INEQUÍVOCO. O
ordenado deve ter a consciente vontade de DESOBEDECER. NÃO haverá crime se o
particular não tiver como cumprir a ordem.
Comete o crime o PARTICULAR que SOLICITA, EXIGE, COBRA ou OBTÉM VANTAGEM (ou
promessa de vantagem, para si ou para outrem) A PRETEXTO DE INFLUIR EM ATO
PRATICADO por funcionário público no exercício da função pública.
O Código Penal visa punir é a do PARTICULAR que SIMULA (FINGE) TER INFLUÊNCIA SOBRE
ATO PRATICADO POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO visando uma VANTAGEM (financeira ou
não).
Agora se o ato violar dever funcional do funcionário, o corruptor ativo terá sua pena
aumentada de um terço.
CONTRABANDO e DESCAMINHO
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de
órgão público competente;
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular
ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou
fluvial.
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina
no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou
acompanhada de documentos que sabe serem falsos.
§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular
ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou
fluvial.
O crime de falsidade pode ser absorvido pelo crime de descaminho: Constatado que a
falsidade ideológica foi o meio pelo qual se buscou iludir o pagamento de direitos ou
tributos incidentes, mostra-se patente a relação de causalidade com o crime de
descaminho, o que atrai a incidência da consunção.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA:
CONTRABANDO: NÃO se aplica.
DESCAMINHO: Aplica-se.
Para proteger EDITAIS PÚBLICOS, que muitas das vezes contém comunicações
importantes, o Código Penal resolveu punir quem rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar
ou conspurcar (SUJAR) edital afixado por ordem de funcionário público.
É EDITAL, então, se alguém rasgar uma PORTARIA, por exemplo, não estará cometendo
o crime em estudo.
Por fim, se o EDITAL/SELO/SINAL já tiver atingido sua finalidade, não foi mais útil (tiver
cumprido o prazo, por exemplo), não haverá crime.
Os objetos que não podem ser SUBTRAÍDOS ou INUTILIZADOS são LIVRO OFICIAL,
PROCESSO ou DOCUMENTO confiado à custódia de funcionário público (em razão de
ofício) ou confiado à custódia de particular em serviço público.
EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
Art. 337-A. (...)
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias
ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal.
Veja então que é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa:
- o agente for primário e de bons antecedentes; e
- o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais
2) Crimes de responsabilidade.
13) Processo e julgamento. Dos crimes de responsabilidade. Dos crimes contra a administração
pública.
12) Ação penal pública: condicionada, incondicionada. Privada. Privada subsidiária. Formas de
procedimento. Jurisdição e competência. Competência originária dos Tribunais de Justiça em
matéria penal.
CICLO 2
IX - Estatuto do Idoso.
X- ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: Ética, moral, princípios e valores. Ética e democracia: exercício da
cidadania. Ética e função pública. Ética no setor público. Lei n°. 8.429/1992: disposições gerais.
Atos de improbidade administrativa.