Você está na página 1de 34

www.cliqueapostilas.com.

br

Introdução:
O  Trompete  é  um  instrumento  de  sopro da  classe  dos  metais  também  conhecido  como  Pistão,  feito  em
metal  contêm  uma  campânula  que  é  responsável  pela  amplificação  do  som, contêm  pistos  que  alteram o
caminho  de  passagem  do  ar  pelos  tubos  do  trompete  aumentando  ou  diminuindo  a  distância  percorrida
pelo  ar  no  interior  do  instrumento,  contêm  um  bocal  onde o trompetista posiciona os lábios e pela vibração
dos lábios e a velocidade do ar para o interior do instrumento o som é produzido.

História:

Com  a  evolução  das  técnicas  de  manipulação  de  metais  estes  tubos  passaram  a  serem  feitos  de  metal
como a prata, o bronze e o latão.

O  trompete  foi  muito  utilizado  na  época  do  Império  Romano  mas  praticamente  desapareceu  da  Europa
com  a  quedo  deste  Império  ressurgindo  no  período  das  cruzadas  quando  foi  encontrado  com  os
sarracenos  que  o  utilizavam  para  fins  bélicos.  No  período  da  idade  média  o  trompete  foi  ganhando  státus
de  instrumento  musical  e não mais apenas para fins  bélicos, por volta de 1400 os fabricantes de trompetes
desenvolveram os trompetes curvados, que eram mais compactos, facilitando o uso.

Estes   trompetes  eram  fabricados  com  metal  batido  e  feito  em  duas  partes,  a  primeira  éra um  cano  com
duas   voltas  e  a  segunda  era  a  campânula,  a  campânula  e o  tubo  eram  soldados  com  cera  de  abelhas  e
rinham  ornamentos  nas  junções  para  esconde­las.  Os  bocais  destes  instrumentos eram  diferentes,  suas
bordas  eram  achatadas  e  largas,  a  garganta  tinha  um   diametro  maior  e  o  "shank"  era  mais  comprido  e
largo.

Aos  poucos  o trompete  foi sendo  utilizado  para  tocar  nas  igrejas,  orquestras  da  corte  e  festas  das  cortes
européias  e  os  trompetistas foram ganhando estatus chegando a serem escolhidos pela corte e os demais
cidadãos serem proibidos de tocar o intrumento.

Na  idade  média,  mais  especificamente  no  período   barroco,   a  necessidade  de  produzir  sons  em   outras

Apostila de Trompete pag. 1
www.cliqueapostilas.com.br

freqüências   que  não  as  fundamentais  do  instrumento levaram  alguns  construtores  destes  instrumentos  a
criarem  maneiras  de alterar o comprimento do tubo e aumentar  ou diminuir a freqüência do som produzido,
após   muitas  tentativas  e  inventos  surgiu,  em  1815,  os  pistos.  A  superioridade do  sistema  de  pistos  ficou
evidente  sobre  os  demais  sistemas de  vara,  ao  ponto de  tornar­se universal e foi adotada pela maioria  dos
fabricantes de trompetes.

Conhecendo o Trompete
Instrumento  de  sopro  feito  de  metal  ou  cobre,   desenvolvido  a  partir  de  uma  peça  perfurada.  Tem  o
Trompete  em  sua  principal  característica  um  tubo  cilíndrico  de  cano  comprido  e  estreito  que  transforma a
pressão  do  ar  gerada  pela  ação  dos  lábios  em  som  musical.  O  Trompete  por  sinal  é  o instrumento  mais
famoso  das  famílias  dos  metais  pois  seu  timbre  chama  muito  a  atenção  do  ouvinte  e  desde  o  seu
surgimento até os dias de hoje já obteve vários formatos, tamanhos, tonalidades, timbres, etc.

ESPECIFICAÇÕES GERAIS DO TROMPETE:
• Corpo latão
• Campana 124mm
• Calibre (ML) 11,70mm
• Válvulas niqueladas
• Acabamento: Laqueado
• Afinação: Sib, Dó ou Mib
• Dimensões: 26cm x 59cm x 17cm (AxCxL)
• Peso: 6Kg

Apostila de Trompete pag. 2
www.cliqueapostilas.com.br

Partes do trompete:

O Bocal:

O  bocal  é  a  peça  da  trombeta que  entra  em  contato  com  os  lábios  do trompetista e arreios o jogador está
zumbindo  para  produzir  um  tom.  Existem muitos  tipos,  marcas  e  tamanhos  de porta­vozes que são feitos
especificamente  para  um  propósito  único,  como  tocar  registo  alto  ou  tocar  orquestral  profunda.  Bocais
pode  ser  feita como  uma  peça  sólida  de  latão,  plaqueadas  em  placas  de  prata,  ou  pode  ter  a  capacidade
de  ter  um  aro,  copo, ou  garganta,  que  pode  ser desapertado para que as alterações podem ser feitas sem
a  compra  de  um  bocal  completamente  novo. Para um  mais e  discussão aprofundada de boquilhas,  confira
a seção de bocal.

A Campana:

A  Campana  é  uma  parte  muito  importante  do  trompete.  Tudo   sobre  ela,  os  materiais  de  que  é  feita,   o
tamanho,   abertura  da  boca,  amplitude,  etc  é  importante  para  produzir  o  som  característico  de  cada
trompete.  A  maioria   das  campanas  são  feitas  de  bronze   que  é  revestida  em  prata  ou  revestido  em  laca
ouro.  O  chapeamento de prata produz um som mais brilhante sendo mais mais aberto e tende a proteger o
instrumento  mais  tempo,  enquanto  que  a  laca  produz  uma  mais  suave  ou  "amortecido"  e  tem  uma
tendência  a  desgastar.  Algumas  empresas  oferecem opções como prata ou de bronze de berílio. Isto  pode
ser útil para algumas pessoas em melhorar a entonação, tom, e projeção, mas não é para todos.

Apostila de Trompete pag. 3
www.cliqueapostilas.com.br

Abertura  da  campana  é  a taxa  que  a  campana  aumenta  de  diâmetro, também é uma opção de trompetes.


Alargamento  muito  grande  produz  sons  mais  suaves  (um  exemplo  disso  seria  um  flugelhorn,  que tem um
som  muito  suave  e  um  alargamento muito  grande  da  campana).  Pelo contrário,  um  alargamento pequeno
da  campana  produz  um  nítido  timbre e adiciona uma cor estridente. Ao escolher alargamento da campana,
a  maioria  das pessoas tenta encontrar um meio termo para que seu instrumento pode ser usado em  várias
configurações  musicais.  Ao  escolher  trompetes,  também  é  uma  boa  idéia  ver se a campana é feita a mão
e  sem  costura  ou fabricado a máquina com uma costura. A costura pode ser quase imperceptível, mas faz
diferença na produção do som.

O Tudel:

O  Tudel é  o tubo que passa através do bocal e o  seu receptor para o primeiro pisto. É muito importante que


esta secção do tubo seja livre de amassados pois eles podem severamente prejudicar o som produzido.

O  tudel  fornece  a capacidade para compensar  problemas de afinação que enfrentam  trompetes e todos os


instrumentos.  Qualquer  instrumento  não  é  perfeitamente  ajustado  e afina, de modo algum espaço tem que
ser  dada  para  que  ele  possa  ser  ajustado.  O  tudel  é  normalmente  deixado  puxado  para  fora  por  uma
metade  de  uma  polegada,  de  modo  que  se  o  instrumento  é  agudo,  pode  ser  puxado  para  fora  ou  se o
instrumento é grave, pode ter quarto a ser empurrado dentro.

Os tubos de válvulas:

Os  tubos  de  válvulas  estão  em  um  trompete  por  uma  razão:  para  produzir  o  som  entre  as  notas  naturais
(harmônicos)   de  um  trompete.  Quando  um  êmbolo  do   pisto  é   pressionado,  o  ar  é  encaminhado  através
delas  para  estes tubos a fim de estender o comprimento total da tubagem, o que reduz a altura da nota que
está  a  ser  tocada.  Os  tubos das  válvulas  do  primeiro  e terceiro são móveis na maioria de bons trompetes.
Cada  um  desses  dispositivos  permitem  que  o  trompetista  alongue  manualmente  o  tubo  um  pouco  mais,
para  ajudar  a  corrigir  a  afinação  de  determinadas   notas,  mais  notavelmente  C  #  e  D  graves,  que  são
notoriamente notas  agudas.  Para um guia  completo sobre o uso das lâminas em tuning, confira tendências
de afinação.

Apostila de Trompete pag. 4
www.cliqueapostilas.com.br

                                  

O Gancho de Dedo:

Enquanto  o gancho  dedo  não  serve  para  nada  musical,  é necessário  para tocar  o trompete com apenas a
mão  direita,  liberando  a  esquerda  para  virar  música.  A  Posição  apropriada  para  tocar o trompete é manter
o  dedo  menor na parte superior do gancho, e não no mesma. O objetivo de manter o dedo nesta posição é,
em  passagens  muito  difíceis,  ter  seus  dedos  não  amarrados  por  causa  de  ter  um  dedo  em  um  ângulo
diferente.

Os Pistos:

Pistões  bons  são  fundamentais  para  tocar  bem.  Eles  devem  se  mover  muito  rápido  e  suave,  sem
empurrões  ou  respostas  lentas.  Este  é  talvez  um  dos  aspectos  mais  difíceis  para  a  construção  de  um
trompete.  Cada  válvula  de  pistão  é  diferente,   e  reencaminha  o  fluxo  do  ar  de  dentro  de   um  conjunto
diferente  de  tubos,  de modo  que  cada  pisto  não  é  substituível.  Um  pequeno  número  ér  impresso na haste
de  cada  pistão  que  indica  qual  é  o   pistão.  O  pistão  1  é  o  mais  próximo  a  você,  e  do  pistão  3  está  mais
distante.  Ao  colocar  seus  pistões de  volta  é importante para alinhá­los adequadamente. Existem diferentes
maneiras  de  dizer  se eles estão alinhados, dependendo do fabricante. Se a válvula é colocada de costas, o
ar não vai passar pelo trompete, é como se você soprar em um frasco fechado.

É  muito importante manter os pistos em boa qualidade. Isso inclui mantê­los livres de corrosão e mantê­los

Apostila de Trompete pag. 5
www.cliqueapostilas.com.br

bem  lubrificados.  Há  muitos  tipos  diferentes  de  óleo  válvula  comercialmente  disponíveis,  que  variam  de
orgânica   para  totalmente  sintético.  Alguns  são  coloridos,  alguns  podem  deixar  um  gosto  ruim  na  boca.  O
melhor conselho é usar apenas um que você gosta.

Os invólucros dos pistos:

Os  invólucros  dos pistos são as três cilindros em que os pistões se encaixam. É extremamente importante


que  sejam  evitadas  sujeiras  e  amassados,  porque   eles  causam  danos  aos  pistos  podendo  danificar  o
instrumento.   Se  você  verificar  algum  problema  de  encaixe  e  de  acionamento  e  retorno  do  pisto.  Enviá­lo
para o conserto.

Abaixo temos uma figura de um trompete completamente desmontado.

Apostila de Trompete pag. 6
www.cliqueapostilas.com.br

Produção do som:

O  som  é  produzido  pelo sopro  do  ar  através  da  boca  fechada,  produzindo  um  som  "vibrante"  para  dentro
do  bocal   e  dando  início  a  uma  onda   estacionária  formada  pelas  vibrações  na  coluna  do  ar  no  interior  do
trompete  A  freqüência  de  vibração  do  ar  é  determinada  pelo  comprimento  do  tubo,  velocidade  do  ar  no
interior  do   instrumento,  ângulo  de  entrada  do  ar  no  tubo.  O  trompetista pode  produzir  uma  série  de  sons
harmônicos   alterando  a  abertura  e  a  tensão  dos  lábios  junto  ao bocal;  esta  interação  entre  os  lábios  e  o
bocal é chamada de embocadura.

Afinação:

A  vibração e afinação são duas coisas que andam juntas no mundo da musica. A afinação  é uma grandeza
musical,  ou  seja,  quando  se  criou  o  conceito  de  notas  musicais,  cada  nota ficou  determinada  que  tivesse
ter   um  determinado  numero  de  vibrações  por  segundo.  Assim,  se  conseguirmos  reproduzir  o  mesmo
numero de vibrações significa que a nota esta afinada.

Assim  fica  fácil  de  compreendermos  o funcionamento da afinação, quando dois trompetistas tocarem uma


mesma  nota,  para estarem  afinados  devem  reproduzir  o  mesmo  numero  de  vibrações, se um deles gerar
mais  ou  menos  vibrações  sentirá  algo  desconfortante  nos  nossos  ouvidos,  ou  seja,  uma  diferença  de
vibração, a tal desafinação.

Se  observarmos  o  trompete (como  outros  instrumentos  que  utilizam  bocais)  é  um  dos instrumentos mais
complicados  para se estabelecer uma afinação, pois qualquer modificação na pressão entre os lábios já ira
“deslizar”  a  afinação  de  uma nota,  alem  que  no  trompete  temos a chamada Serie Harmônica que também
não é muito perfeita.

Serie Harmônica:

Pode  estar  se  perguntando  como  que  pode   se  tocar  tantas  notas  com  apenas  3  pistos.   Para  fazermos
isso,  utilizamos   a  Serie  Harmônica.  A  Serie  nada  mais  é  que  uma  seqüência  de  notas  pré­definidas  na
construção  do  instrumento,  digo  definida,  pois  existe  um  conceito  de  física  acústica  em  cima  da
construção  do  instrumento  que  ira  definir  tais  notas  podem  soar  dentro  de  uma  tessitura.  Se  pegarmos
uma tubulação com determinado diâmetro e comprimento e com um bocal sopramos conseguiremos tocar
um  determinado  numero  de  notas,  se  modificarmos  o  comprimento  desse  tubo  teremos  mais  ou  menos

Apostila de Trompete pag. 7
www.cliqueapostilas.com.br

notas.  Podemos  fazer um teste tocando algumas notas apenas usando um bocal, e depois  fazer a mesma


coisa  colocando  o  bocal  no  instrumento  e  depois  refazer  o  teste  com  o  instrumento  sem  a  pompa  de
afinação geral. Cada comprimento alem de modificar o som, também ira modificar a Serie Harmônica.

No  trompete  através  dos  três  pistos  se  combinarmos  o  acionamento  conseguiremos  tocar  7  Series
Harmônicas  diferentes.  Observando  o  trompete,  seus  pistos  nada  mais  são  que  alongadores  do  tubo
principal,  quando tocamos as notas sem pressionar nenhum pisto, estaremos utilizando a Serie  Harmônica
1,  nela  teremos  as  notas Dó  3,  Sol  3,  Do  4,  Mi  4,  Sol  4,  Sib  4,  Do  5,  Re  5,  Mi  5, etc.  Se  pressionarmos  o
pisto  2,  as  notas  dessa  serie  irão  cair  1/2  tom,  irão  cair  por  causa  do  comprimento  da  tubulação  do
segundo pisto  que  é somado  quando  acionado  ao comprimento máximo do trompete. Se pressionarmos o
pisto  1,  as  notas  da  Serie  1  irão  cair  1  tom.  Podemos  perceber  que  o  comprimento  da volta do pisto 1 é  o
dobro  de  tamanho  do  utilizado  pelo   pisto  2.  Se  pressionarmos  os  pistos  1  e  2  iremos  derrubar  a   Serie
Harmônica  1  em  1  tom  e  1/2,  e  se pressionarmos  os  pistos  2  e 3 a nova Serie Harmônica formada será 2
tons  mais  grave   do  que  a  Serie  harmônica  1.  Com  o  acionamento  dos  pistos  1  e  3  teremos  2  tons  e  ½
mais  grave  que  a  Serie  Harmônica  1  e  com  o  acionamento  dos   pistos  1,  2  e  3  teremos  uma  Serie
Harmônica   de  3  tons  mais  grave  que  a  Serie  Harmônica  1  (aquela  tocada  sem  acionamento  dos  pistos).
Observe  que  a  Serie  Harmônica 7  (a  que  pressionamos  todos  os pistos é a única onde o ar ira passar por
todos os tubos).

A  figura   abaixo  apresenta  as  notas  produzidas  por  cada  configuração  de  pistos  ­  Creditos:
MacGyverMagic

Um detalhe interessante sobre a Serie Harmônica:

Podemos  perceber  que  ao  tocar  algumas  notas  iremos  ouvir   algumas  com  a  sonoridade  um  pouco
diferente  do  normal  e  também  com  a  afinação  um  pouco  diferente  e  ate  mesmo  algumas  notas  refletidas
de  outras  series.  A  sonoridade  de  algumas  notas  (aquelas  que  se  replicaram  em  outras  series)  soará
diferente,  pois  a  que  esta  sendo  tocada  não  faz parte dessa Serie Harmônica, ou seja, o comprimento dos

Apostila de Trompete pag. 8
www.cliqueapostilas.com.br

tubos  aplicados  para  essa  nota  não  estão  perfeitamente  dentro  do  padrão  de  forma  de  onda,  acústica,
harmônicos,  etc.  Quando  tocamos  as  notas dentro da Serie Harmônica verdadeira para ela, a nota ira  soar
perfeita  pois  o  comprimento do  tubo  estará  de  acordo  com  a  forma  de  onda que ira se propagar dentro da
tubulação (lembrando das medidas de construção do instrumento).

A  afinação  dentro  das  Series  Harmônicas  também  mudam.  Infelizmente  a  Serie  Harmônica  não  é
perfeitamente  afinada.  Com  a  chave  geral  de  afinação,  iremos  corrigir  a  afinação  por  completa  da  Serie
Harmônica,  mas  mesmo  assim  algumas  notas  da  serie  podem  sofrer  alguns  desvios  de  afinação  que
devem ser corrigidas através do acionamento das pompas de afinação dos pistos 1 e 3.

Outro  detalhe,  o  instrumento não  faz  tudo  sozinho,  alem  de  utilizarmos os  pistos para modificar as Series
Harmônicas  para  subir  ou  descer  na  tessitura  das  notas   e  utilizar  as  pompas  de  afinação  para  corrigir
determinadas  notas,  também  precisamos  utilizar  a  embocadura  para  ajudar o instrumento. Não tem como
mantermos  uma  determinada vibração  fixa  nos  lábios  e  ir  apenas  pressionando  os  pistos, temos também
que  contraindo  e  afrouxando  os  lábios   para   modificar  a  vibração  e  ajudando  as  ondas  sonoras  a
caminharem pelos tubos até sair pela campana.

Embocadura:

Os  lábios,  quando tocamos  a nota  vibram  muito  rápido,  muitas  vibrações  por  segundo.  É a administração
dessa  vibração  que  ira  fazer  tudo  funcionar  no  trompete,  e  administrar  isso  é  o  que  chamamos  de
Desenvolver Embocadura.

A  Embocadura  nada  mais  é  do  que  fazer  os  lábios  vibrar  para  se  produzir  som. Isso  parece  fácil  falando,
mas  não  é  bem  assim,  pois  infelizmente  o  corpo  humano  não  nasceu  para  ser  trompetista,  ou  seja,  não
nasceu  pronto,  mas  podemos  condicioná­lo   para   essa  função.  Uma  boa  Embocadura  é  aquela   que  o
musico   consegue  desenvolver  um  bom  som,  é  aquela  que  ela  pode  mudar  de  uma  nota  pra  outra  com
facilidade  e  não  se cansar com  o  passar  do  tempo, claro que ele ira cansar, pois tocar trompete não deixa
de  ser   um  exercício  físico,  pois  esta  trabalhando  com  musculatura  do  rosto  e  respiração,  mas ele  deve
condicionar o corpo para um melhor funcionamento.

Regras  com  relação  à  colocação  do  bocal  são   absolutamente  individuais.  Cada  pessoa  possui  dentes,
lábios  e   estruturas  ósseas  diferentes.  Seria  impraticável  obrigar  um  instrumentista  a  colocar  o  bocal  num
lugar  que não é confortável e/ou eficiente. Um pequeno desvio no posicionamento do bocal à esquerda ou à
direita é absolutamente normal. Seguem alguns passos para formar sua embocadura:

1 ­ Falar a palavra Mmmmmmm

Apostila de Trompete pag. 9
www.cliqueapostilas.com.br

2 ­ Posicionar o bocal no centro dos lábios evitando que a borda do bocal fique na  parte vermelha do
lábio superior.

3 ­ Procurar a posição mais confortável para o bocal nos lábios.

4 ­ Não apertar o bocal nos lábios, a força da embocadura vem dos músculos laterais.

Segue  abaixo como  deve  ser  uma  embocadura  segundo  FARKAS,  Philip.  The  Art  of Brass Playing. 1.  ed.
Rochester: Wind Music, 1962.

Apostila de Trompete pag. 10
www.cliqueapostilas.com.br

Respiração:

Alem  do  funcionamento  dos  lábios  é  importantíssima  uma  boa  respiração.  Esse assunto sempre foi muito
mistificado,  cheio  de  prós  e  contras,  mas  eu  particularmente  penso  na  respiração  como  algo  normal,  em
uma  respiração  que  utilizamos  no dia  a  dia, apenas com um  ciclo  mais completo, ou seja, no dia a dia não
acredito  que  não  utilizamos  nem  a  metade  da  capacidade  respiratória,  mal  o  ar  chega  aos  pulmões  para
fazer  a  troca  (oxigênio e gás carbônico) que já estamos expelindo o ar. No caso dos instrumentos de  sopro
sempre  pensamos  em  um  ciclo  de respiração  maior,  mais  cheio  e  mais  lento.  É  sempre manter  muito ar
armazenado  e soprar devagar, mas nunca ir até o fim do pulmão, pois se percebem que se fizermos ciclos
longos a ponto de faltar ar no pulmão ira gerar certo desconforto, cansaço e tensão para o corpo.

Outro   detalhe  importante  da  respiração  é  manter  uma  coluna  de  ar  firme  e  constante,  lembre­se  o  ar  é  o
combustível  do  instrumento,  se  tiver  oscilações  na  coluna  de  ar,  poderá  ter  problemas  com  a sonoridade,
afinação, etc.

O Diafragma:

O  diafragma  é  o  músculo  que  separa  a  cavidade  abdominal  da  torácica.  Quando  contraído,  o  diafragma
desce,  aumentando a  cavidade  do  peito  e  diminuindo a pressão interna do ar, que por  conseqüência, entra
nos  pulmões.  O  funcionamento  do  diafragma   se  assemelha  ao  de  um  pistão  de  antigos  borrifadores
caseiros  de   inseticida.  Quando  o  pistão  é  puxado   para  trás,  a  pressão  interna  do  reservatório  do  líquido
diminui   e,  quando  o  pistão  é  empurrado  para  frente  ­  como  para  espirrar  o inseticida  ­  a  pressão  interna
aumenta.

Para  uma  respiração  mais  profunda,  as  costelas  são  elevadas  e  expandidas.  Pequenos  aumentos  em
volume  podem  ser  obtidos  ainda  com  adicional  elevação  das  costelas  por  músculos  localizados  nas
costas  e  pescoço.  Pode­se observar também que os órgãos do corpo logo abaixo do diafragma ficam com
menor espaço, o que causa uma expansão do diâmetro da cintura.

Para  tocar  bem,  o  diafragma  é  fundamental,  deve­se  sempre  utilizá­lo  da maneira  correta  para  o  melhor
aproveitamento do ar.

Apostila de Trompete pag. 11
www.cliqueapostilas.com.br

Staccato:

O  Staccato  é  a  forma  que  iniciamos  um  som.  O  som  esta  interligado   entre  três  episodio:  Embocadura,
Respiração  e  Staccato. Se não tivermos uma boa embocadura, não teremos uma boa vibração, assim não
teremos  sonoridade, e  o  musico  se cansará  muito  rapidamente.  Se não tivermos uma boa respiração  não
teremos  uma  boa  sonoridade,  ou  seja,  não  teremos  um  som  vivo,  brilhante,  contagiante,  expressivo. E se
não tivermos um bom Staccato não teremos como iniciar um som com precisão.

O  Staccato  como  disse  é  a  forma  de  iniciar  um  som,  ou  seja, um modo que iremos utilizar a nossa língua
para dar um “empurrãozinho” pro ar vibrar os lábios.

Existem  vários  meios  de  fazer  o  staccato,  como  também  existem  vários  tipos  de  Staccato.  Cada  meio e
tipo  irão  gerar  uma  forma  diferente  de  se  expressar  musicalmente.  Basicamente  temos  três  tipos  de
Staccato  sendo  eles:  Simples,  Duplos  e  Triplos.  O  Staccato  Simples  é  utilizado  em  tudo  que  é  tipo  de
repertório,  e o tipo Duplo e Triplo são empregado em trechos rápidos onde a execução do staccato simples
não fica muito nítido, ou mesmo expressivo.

O  Staccato  Simples  é  desenvolvido  através  de  algumas  sílabas,  sendo  elas  os  T  e  D  (existem  outras
sílabas  que podem  ser  interessante  utilizar,  como  Hoo,  tudo  depende  do  tipo  de  execução  e  efeito  que se
quer  apresentar).  Nos métodos  geralmente  encontramos  mais  a utilização da silaba T. Para nós sempre é
preferido  utilizar   as  silabas  D,  pois  se  soa  mais  calmo,  sem  muito  ataque,   deixando  a  sílaba  T  para
momentos que precisamos de uma execução mais agressiva.

Alem  de  iniciar  um  som  o  staccato  também ira  ajudar  na  estabilidade  da  nota em  determinada  região  da

Apostila de Trompete pag. 12
www.cliqueapostilas.com.br

tessitura.  Para   tocar,  podemos  utilizar  as  três  silabas,  sendo  elas:  Dá,  Dê  e  Dí.  Utilizando  a  sílaba  Dá
acabamos  deixando  a  língua  bem  baixa,   liberando  uma  grande  passagem  de  ar  entre   a  garganta  e  os
lábios,  é  uma  boa  silaba  para se usar nas notas graves. Já a sílaba Dê utilizamos para as notas médias, já
que  a  língua  fica  no  nível  intermediário,  e  a  sílaba  Dí  para as  notas  agudas,  já  que  a  língua  vai estar  bem
alta,  afunilando  o  ar,  fazendo  acelerar.  Tente   pronunciar  essas  sílabas  Dáaaaaaaaa,  Dêeeeeee,  Díiiiiii,
percebe­se a diferença na execução. É empregado da mesma forma para a Silaba T, Ta, Te e Ti.

Já  a  utilização  de  ataques  Duplos  e  Triplos  utiliza  as  silabas  Ta  Ka e  Ta  Ta  Ka  (ou  Da  Ga  e  Da  Da  Ga).
São  articulações interessantes de serem estudadas, para quem precisa executar uma escala muito rápida,
com  notas  bem  definidas  e  rápidas,  onde  não  se  consegue  desenvolver  com  os  ataques  simples,
utilizam­se  essas  outras formas de execução. Esse tipo de staccato  exige mais estudo, pois envolve muito
mais  a  forma  de  pronuncia  das  silabas,  tente  pronunciar  bem  rápido  Da  Ga  Da  Ga…  e  Da  Da  Ga  Da  Da
Ga…  A  idéia  é  estudar  a  dicção  delas  primeiro  e  depois  passar  a  estudar  no  instrumento  e de forma bem
lenta e ir acelerando aos poucos.

Digitação do Trompete:
A  digitação  deve  ser  bem  conhecida  e  treinada   até  decorar  toda  as  notas  e  suas  variantes.  Segue  a
digitação principal do trompete.

Apostila de Trompete pag. 13
www.cliqueapostilas.com.br

Estudos para o trompete:
Esta secção utiliza os estudos do Jorge Nobre.

Apostila de Trompete pag. 14
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 15
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 16
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 17
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 18
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 19
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 20
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 21
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 22
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 23
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 24
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 25
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 26
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 27
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 28
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 29
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 30
www.cliqueapostilas.com.br

Conservação do Trompete:

Apostila de Trompete pag. 31
www.cliqueapostilas.com.br

Apostila de Trompete pag. 32
www.cliqueapostilas.com.br

A Importância da Teoria Musical:

Quando  falamos  de música  podemos dividi­la em duas partes: prática musical e teoria musical. A prática é


o  que  tocamos  e  o  que  aprendemos  até  por  muitas  vezes  sem  precisar  da  teoria.  Com  isso,  aparecem
perguntas  do  tipo:  Para  que  serve  a  teoria  musical  sendo  que  o  mais  importante  (que  é  tocar)  eu  já
aprendi?  A  teoria  não  pode  ser  tratada  como  algo  prioritário, da  mesma  forma  que  a  prática  também  não.
Ambas  devem  ser   cadenciadas  de  uma  forma  igualitária,  ambas  devem  caminhar  juntas,  pois  uma
depende da outra.

Se  a  pessoa  quer  tocar  por  brincadeira  e  tem  noção  de  que  não  vai  evoluir  em  nada  no  seu  instrumento
podendo  até regredir, a teoria pode até ser deixada de lado. Mas se é aquela pessoa que independente se  é
por  diversão  ou  profissão,  mas  quer  ser  um  baita  instrumentista,  aí  a  teoria  obrigatoriamente  tem  que
entrar,  pois  é  ela  que  mostra  um  horizonte  que  explica  qualquer  dúvida  que  o  músico  tiver,  dessa  forma
mostrando  com  clareza  opções  que  ele  pode  utilizar  no  seu  instrumento,  o  tornando  mais  técnico  e
criativo.

Para  alguém  que  quer  evoluir  como  músico  a  teoria  é   uma  das  ferramentas  musicais  mais  importantes
que  tem  para  clarear  qualquer  coisa,  para  ajudar  na hora de fazer um arranjo, para ajudar na hora de fazer
uma  linha  harmônica  ou  melódica,  para  ajudar   a  improvisar.  Talvez  a  pessoa  possa  até  conseguir  algo
sem  a  teoria,  mas  jamais  evoluirá como  músico,  pois  se  comparar  alguém que tem conhecimento teórico
com alguém que não tem, poderá ver a diferença com que cada um possui perante sua prática musical.

Sem  o  conhecimento  teórico  é  como  achar  uma  agulha  em  um  palheiro,  afinal  são  milhares  de  notas,
milhares  de  acordes,  milhares  de  escalas,  e  até  conseguirmos  achar  algo  que  encaixe,  ou  vai  demorar
muito  ou  vai   tentar  dando  tiro  no  escuro.  Já  com  o  conhecimento  teórico,  o  que  alguém  levaria  uma
semana para conseguir fazer, a pessoa pode levar um minuto.

Nunca  é  demais  conhecer  mais  sobre  a  música,  encarem  isso  como  algo  que  vocês  vão  explorar,  uma
exploração  que  nunca  terá  fim  e  é  o  que  me faz estudar música até nos dias de hoje, pois sempre quando
acho   que  já  aprendi  tudo,  aparece  coisa  nova  para  estudar.  A  teoria  musical  é  mais  fascinante  do  que
parece,  o  que  não  deve  acontecer  é  a  pessoa levar a teoria ao pé da letra do que aprendeu. Nesse caso, a
única  coisa  que  deve  priorizar  é  o  seu  ouvido.  Se  o   som  ta  bom  não  importa  se  aquela  nota  ta  fora  do
campo harmônico, o que importa é que você achou a sonorização que queria.

A  teoria  musical  te  agrega conhecimento  e  ajuda  você  na  música.  Mas  se quer levar algo como prioridade
que  leve  apenas  o  seu  ouvido, pois o  resto é uma ferramenta de apoio. O que é  claro não deixa de ser algo
extremamente  importante  para  o  seu  desenvolvimento.  Para  quem  não  conhece  teoria  musical,  aqui  vão
alguns passos iniciais no qual você deve pesquisar:

1. Sustenido e Bemol: Pesquise detalhadamente o que são.

Apostila de Trompete pag. 33
www.cliqueapostilas.com.br

2. Cifras: Pesquise detalhadamente como se lê.
3. Tom e Semitom: Descubra o significado e como eles atingem as escalas.
4. Escala Maior e Escala Menor Natural: Descubra o porquê de sua existência e como executá­las na
prática.
5. Intervalos: Entenda como eles são lidos. Se você entender sobre intervalos passo a passo já será
uma grande vitória.
6. Tríades e Tétrades: Procure tudo sobre suas diferenças e como elas podem ser aproveitadas.
7. Acordes: Aprenda como formá­los.
8. Escala Menor Harmônica e Escala Menor Melódica: Descubra o porquê de sua existência e como
executá­las na prática. Identifique os intervalos das 4 escalas aprendidas até então (Maior, Menor
Natural, Menor Harmônica, Menor Melódica).
9. Campo Harmônico: Para que serve, como formar, como executar.

Apostila de Trompete pag. 34

Você também pode gostar