Você está na página 1de 97

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O

ENSINO RELGIOSO

ENSINO RELIGIOSO: COMPONENTE


CURRICULAR E ÁREA DE CONHECIMENTO

Texto: Ângela Maria


Ribeiro Holanda

06/08/2011
email: ribeiroholanda@gmail.com
14/09/2011 1
DIVERSIDADE E DIFERENÇA
INCLUSÃO
SUSTENTABILIDADE
ACESSIBILIDADE

IDENTIDADE
CRENÇAS
INTERCULTURALIDADE LIBERDADE
TRADIÇÕES

VALORES
ATITUDES
LUTAS

CONTRADIÇÕES
EXPRESSÕES RELIGIOSAS E CULTURAIS NO BRASIL E NO
MUNDO, ACONTECIMENTOS E OUTRAS REALIDADES
REPERCUTEM NA CONSTRUÇÃO DO CURRICULO ESCOLAR
QUESTIONAMENTOS
1- O que é área de
conhecimento e componente
curricular?
2- O que compreendemos
sobre identidade
pedagógica?
3- Qual a identidade
pedagógica do ER?

14/09/2011 4
QUESTIONAMENTOS

4- Qual a forma de organização


curricular do ER?
5- Por que parâmetros, diretrizes,
matrizes, proposta, referencial?
Todos falam a mesma
linguagem?
6- Qual a função pedagógica do
ER no currículo escolar?

14/09/2011 5
ÁREA DE CONHECIMENTO

Conjunto de conhecimento
relacionados e interligados, que se
define pela referência atribuída a uma
temática, realidade ou fenômeno.

14/09/2011 6
COMPONENTE CURRICULAR

MATÉRIA QUE COMPÕE A MATRIZ


CURRICULAR DE UMA ETAPA DE
ENSINO, CURSO.

14/09/2011 7
ASPECTOS PEDAGÓGICOS

 CONCEPÇÃO DO ER – ASPECTOS
FILOSOFICOS
 REFERENCIAL CURRICULAR
 PROPOSTA PEDAGÓGICA
 MATRIZ CURRICULAR
 AVALIAÇÃO DO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM
 LIVROS DIDÁTICOS
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
14/09/2011 9
ASPECTOS LEGAIS NO CONTEXTO
NACIONAL

 Constituição Federal – artigo 210 § 1º

LDBEN – Lei nº 9.394/96 – artigos 2º,


3º, 22, 26, 27, 32,33, 61, 62

 Lei nº 9.475/97 – Artigo 33

 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais


da Educação Básica:
- - Resolução CEB/CNE Lei nº 04/10
- - Parecer CEB/CNE Lei nº 07/10
14/09/2011 10
ASPECTOS LEGAIS NO CONTEXTO
NACIONAL

 Diretrizes Curriculares Nacionais para o


Ensino Fundamental de 9(Nove) Anos.
- - Resolução CEB/CNE Lei nº 07/10
- - Parecer CEB/CNE Lei nº 11/10

14/09/2011 11
ASPECTOS LEGAIS NO CONTEXTO NACIONAL

DCN PARA FORMAÇÃO DE


PROFESSORES DO ER -FONAPER

 PCNER - 1997

CONAE – EIXO V – JUSTIÇA EDUCAÇÃO,


TRABALHO: inclusão, diversidade e
igualdade .

14/09/2011 12
ASPECTOS LEGAIS NO CONTEXTO ESTADUAL

 RESOLUÇÃO CEE/CEB/AL – Lei nº


003/2002
 PARECER CEE/CEB/AL – Lei nº
006/2002

14/09/2011 13
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

 Art. 210 – § 1º

O ER, de matrícula facultativa


constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de
Ensino Fundamental.

14/09/2011 14
LDB – Lei nº 9.394/96
 Art. 2º - A educação tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para
exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

14/09/2011 15
LDB – Lei nº 9.394/96
 Art. 3º - O ensino será ministrado com
base nos princípios:
I- liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber:
II- pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas;
IV- respeito a liberdade e apreço a
tolerância
14/09/2011 16
LDB – Lei nº 9.394/96
 Art. 22 - A educação básica tem
por finalidade desenvolver o
educando, assegurando-lhe a
formação indispensável para o
exercício da cidadania...

14/09/2011 17
LDB –LEI nº 9.394/96

Art. 26 - § 4º - o ensino levará em conta as


contribuições de diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígena,
africana e européia.

14/09/2011 18
LDB – LEI nº 9.394/96

Art. 26 A – estudo da História da África e dos


africanos, a luta dos negros e dos povos
indígena no Brasil, a cultura negra e indígena
brasileira; o negro e índio na formação da
sociedade nacional, resgatando as duas
contribuições nas áreas social, econômica e
política, pertinentes à historia do Brasil.
(Lei nº 10.639/03 e 11.645/08 )

14/09/2011 19
LDB – LEI nº 9.394/96

Art. 27 -Os conteúdos curriculares da


educação básica observarão, ainda,
as seguintes diretrizes:

I – a difusão de valores fundamentais ao


interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao
bem comum e à ordem democrática.

14/09/2011 20
LDB – LEI nº 9.394/96

Art.32 – Ensino fundamental com duração de 9


anos terá por objetivo a formação básica do
cidadão:

III – o desenvolvimento da capacidade de


aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação
de atitudes e valores.

14/09/2011 21
LEI nº 9.475/97

Art.33 – O ER de matrícula facultativa, é parte


integrante da formação básica do cidadão,
constitui disciplina dos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental,
assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer
formas de proselitismo.

14/09/2011 22
DIVERSIDADE E DIFERENÇA
INCLUSÃO
SUSTENTABILIDADE
ACESSIBILIDADE

IDENTIDADE
CRENÇAS
INTERCULTURALIDADE LIBERDADE
TRADIÇÕES

VALORES
ATITUDES
LUTAS

CONTRADIÇÕES
DCNGEB-REFERÊNCIAS CONCEITUAIS

Art. 4º - As bases que dão sustentação ao


projeto nacional de educação responsabiliza
o poder público, a família, a sociedade e a
escola pela garantia a todos os educandos
de um ensino ministrado de acordo com os
princípios de:

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e


divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e aos direitos;

14/09/2011 24
DCNGEB –REFERÊNCIAS CONCEITUAIS

Art. 6º - Na Educação Básica, é


necessário considerar as dimensões
do educar e do cuidar, em sua
inseparabilidade, buscando recuperar,
para a função social desse nível da
educação, a sua centralidade, que é o
educando, pessoa em formação na sua
essência humana.

14/09/2011 25
DCNGEB – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
Conceitos, limites e possibilidades

Art. 11 – A escola de Educação Básica é


o espaço em que se recria a cultura
herdada, reconstruindo-se as
identidades culturais, em que se
aprende a valorizar as raízes próprias
das diferentes regiões do País.

14/09/2011 26
DCNGEB – Formas para a organização
curricular

Art. 13 – O currículo, assumido como


referência os princípios educacionais
garantidos à educação, assegurados
no artigo 4º desta Resolução,
configura-se como o conjunto de
valores e práticas que proporcionam a
produção, a socialização de
significados no espaço social e
contribuem intensamente para a
construção de identidades
socioculturais dos estudantes.

14/09/2011 27
DCNGEB – Formas para a organização
curricular

§ 1º - O currículo deve difundir os


valores fundamentais do interesse
social, dos direitos e deveres dos
cidadãos , do respeito ao bem comum
e à ordem democrática, considerando
as condições de escolaridade dos
estudantes em cada estabelecimento,
a orientação para o trabalho, a
promoção de práticas educativas
formais e não-formais.

14/09/2011 28
DCNGEB – Formas para a Organização
Curricular

§ 2º - Na organização da proposta
curricular, deve-se assegurar o
entendimento de currículo como
experiências escolares que se
desdobram em torno do
conhecimento, permeadas pelas
relações sociais, articulando vivências
e saberes dos estudantes com os
conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para
construir as identidades dos
educandos.

14/09/2011 29
DCNEB – Base Nacional Comum

Art. 14. A base nacional comum na


Educação Básica
a) Língua Portuguesa;
b) a Matemática;
c) o conhecimento do mundo físico, natural, da
realidade social e política, especialmente do
Brasil, incluindo-se o estudo da História e
das Culturas Afro-Brasileira e Indígena,
d) a Arte, em suas diferentes formas de
expressão, incluindo-se a música;
e) a Educação Física;
f) o Ensino Religioso.

14/09/2011 30
DCN PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE
NOVE ANOS

Art. 15 - Os componentes curriculares


obrigatórios no Ensino Fundamental por área
de conhecimento
 I- Linguagens: a) Língua Portuguesa, b)
Língua Materna – Populações indígenas;
Língua Estrangeira, c) Arte d) Educação
Física.
 II – Matemática
 III – Ciências da Natureza
 IV- Ciências Humanas : a) História e
Geografia
 V- Ensino Religioso

14/09/2011 31
DCNGEB – FORMAÇÃO BÁSICA

§ 2º Tais componentes curriculares são


organizados pelos sistemas educativos, em
forma de áreas de conhecimento, disciplinas,
eixos temáticos, preservando-se a
especificidade dos diferentes campos do
conhecimento, por meio dos quais se
desenvolvem as habilidades indispensáveis
ao exercício da cidadania, em ritmo
compatível com as etapas do
desenvolvimento integral do cidadão.

14/09/2011 32
CONAE – Construindo o Sistema Nacional de
Educação e o Novo PNE – 2011 – 2020
EIXO VI – Justiça Social, Educação e Trabalho:
inclusão, diversidade e igualdade

Quanto a Educação Religiosa

a) Inserir, no Programa Nacional do


Livro Didático, de maneira explicita, a
orientação para introdução da
diversidade cultural religiosa.

14/09/2011 33
CONAE

b) - Desenvolver e ampliar programas de


formação continuada sobre
diversidade cultural religiosa,
visando superar preconceitos,
discriminação, assegurando que a
escola seja um espaço pedagógico
laico para todos, de forma a garantir
a compreensão da formação da
identidade brasileira.

14/09/2011 34
CONAE
c) Inserir os estudos de diversidade
cultural-religiosa no currículo das
licenciaturas.

d- ampliar os editais voltados para a


pesquisa sobre a educação da
diversidade cultural-religiosa,
dotando-os de financiamento.

e- Garantir que o ensino publico se


paute na laicidade, sem privilegiar
rituais típicos de dadas religiões
(rezas, orações, gestos), que acabam
por dificultar a afirmação, respeito e
conhecimento de que a pluralidade
religiosa é um direito assegurado na
14/09/2011Carta Magna Brasileira. 35
A PARTIR DA LEI Nº 9.475/97
UMA NOVA COMPREENSÃO
SABERES E FAZERES PEDAGÓGICOS

 O QUE ENSINAR?
 COMO ENSINAR?
 SUSTENTABILIDADE DO DISCURSO
PEDAGÓGICO PARA EFETIVAÇÃO DO ER.

14/09/2011 36
PEDAGÓGICO – Resolução
CEB/CEE/AL. Nº 003/2002
 A definição dos conteúdos de ER
pelas escolas deverão estar inserida
em seus projetos pedagógicos, com
apoio dos órgãos educacionais e
considerará que este ensino deve
promover o conhecimento sobre os
seguintes aspectos, entre outros:

37
1. O fenômeno religioso no contexto da formação social
do Brasil;
2. As múltiplas influências que compõem a pluralidade
cultural religiosa brasileira:

2.1. A cosmovisão das sociedades nativas do atual


território brasileiro: o fenômeno religioso nessas
sociedades;

2.2. A cosmovisão das sociedades africanas,


particularmente dos povos que foram trazidos ao
território brasileiro durante o período escravista: o
fenômeno religioso nessas sociedades;
2.3. A cosmovisão das sociedades européias
e particularmente dos povos que
ocuparam/migraram para o território
brasileiro:o fenômeno religioso nessas
sociedades;

2.4. A cosmovisão das sociedades orientais,


destacando os povos que migraram para
o território brasileiro: o fenômeno
religioso nessas sociedades;
3. Os valores éticos e morais presentes nas diversas
religiões

4. Religião e identidade

5. A relação entre cosmovisões religiosas e cientifica


na contemporaneidade

6. Liberdade religiosa e tolerancia como princípios e


valores que fundamentam o Estado de Direito.
Aspectos curriculares

 Currículo – eixos temáticos – invariantes do


fenômeno religioso.
 Conteúdos – conceituais, procedimentais, atitudinais.
 Metodologia – como se dá a operacionalização do
trabalho docente
 Avaliação – inicial, contínua, processual, formativa,
cumulativa, somativa, final.

14/09/2011 42
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DO ER

Objeto de estudo - Fenômeno Religioso

Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno


religioso, analisando as diferentes manifestações do sagrado
nas tradições religiosas de matrizes: Africanas,Indígenas,
Ocidentais e Orientais.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DO ER

Objeto de estudo - Fenômeno Religioso


Conduz para a compreensão que não existe
ser humano ou povo destituído de experiência
do sagrado. Nunca foi encontrado um vácuo
religioso na História, no qual alguma cultura
tenha sido isenta de expressões religiosas
OBJETIVO GERAL

 Contribuir com a construção da


cidadania, promovendo o diálogo
interreligioso, o respeito às
diferenças, a superação dos
preconceitos e o estabelecimento das
relações democráticas e
humanizadoras.

14/09/2011 45
CURRÍCULO

“O currículo nunca é simplesmente uma


montagem neutra de conhecimentos, que de
alguma forma aparece nos livros e nas salas de
aula do país. Sempre parte de uma tradição
seletiva, da seleção feita por alguém, da visão
que algum grupo tem do que seja o
conhecimento legítimo. Ele é produzido pelos
conflitos, tensões e compromissos culturais,
políticos e econômicos que organizam e
desorganizam um povo.” (Michael W APLE ,
2001, p. 53).

14/09/2011 46
CURRÍCULO

“As experiências escolares que se


desdobram em torno do conhecimento,
em meio as relações sociais, e que
contribuem para a construção das
identidades de nossos/as estudantes.
Currículo associa-se, assim, ao conjunto
de esforços pedagógicos desenvolvidos
com intenções educativas.
(Moreira e Candau. Indagações sobre
Currículo, p.18).

14/09/2011 47
Concepção de Eixos Temáticos
RAZÕES PARA OS EIXOS TEMÁTICOS

 Aglutina investigações e pesquisa


sob diferentes enfoques
 Organiza o trabalho pedagógico
 Limita a dispersão temática
 Fornece o cenário no qual são
construídos os objetos de estudo
 Permite a concretização da
proposta de trabalho pedagógico
centrada na visão interdisciplinar
14/09/2011 49
EIXOS TEMÁTICOS
organizadores do currículo do ER

 Culturas e Tradições Religiosas,


 Textos e Livros Sagrados e/ou
Tradições Orais
 Teologias
 Ritos
 Ethos

14/09/2011 50
CULTURAS E
TRADIÇÕES RELIGIOSAS

Reúne o conjunto de conhecimentos


ligados ao fenômeno religioso
presente nas raízes religiosas
orientais, ocidentais, africanas e
indígenas.

14/09/2011 51
CULTURAS E TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
APRENDIZAGENS
 Compreender que existem pessoas com
diferentes características e religiões e que
juntas podem estabelecer uma convivência.
 Reconhecer diversidades de culturas em sua
região;
 Perceber a relação mútua de comunicação com
outras tradições religiosas;
 Observar a diversidade religiosa existente no
Brasil.

14/09/2011 53
CULTURAS E TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
Aprendizagens

 Reconhecer diversidades de culturas em sua região;


 Perceber a relação mútua de comunicação com outras
tradições religiosas;
 Observar a diversidade religiosa existente no Brasil.

14/09/2011 54
CULTURAS E TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
Temáticas sugeridas

 Diversidade religiosa
 Cada um com sua crença
 Liberdade religiosa
 Direitos Humanos
 Unidade na diversidade religiosa
 Festas nas tradições religiosas
 Sincretismo religioso
 O sagrado:essência do fenômeno religioso
 Musicas poesias e ditos populares religiosos
14/09/2011 55
CULTURAS E TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
Temáticas sugeridas

 Unidade na diversidade religiosa


 Fenômeno religioso e religiosidade
 Nossas raízes indígenas e africanas e o sagrado
 Pluralidade cultural: identidade e alteridade;
 A presença da mulher nas tradições religiosas;
 Origem dos espaços sagrados das tradições religiosas;

14/09/2011 56
ETHOS NAS TRADIÇÕES RLEIGIOSAS

 É a forma interior da moral humana


em que se realiza o próprio sentido
do ser.

14/09/2011 57
POSTURAS DE VIVENCIAR O
ETHOS

Alteridade
• estado ou qualidade do que é “outro”
14/09/2011
• significa o reconhecimento do outro 58
ETHOS NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS

Aprendizagens

 Aprender a conviver e reconhecer os diferentes grupos,


respeitando-os
 Refletir sobre as contribuições de ideal de vida, justiça,
liberdade e paz que as tradições religiosas
proporcionam ao povo brasileiro
 Conhecer a regra de ouro das tradições religiosas como
princípio étnicorreligioso e mostrá-lo de acordo com
diferentes fontes religiosas

14/09/2011 59
ETHOS NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS
Aprendizagens

 Perceber que a construção de sua identidade se dá na


relação com o outro, diferente;
 Construir o entendimento das diferenças na alteridade;
 Reconhecer que não tem sentido a inimizade entre as
religiões, porque elas, mesmo sendo diferentes
formaram a comunicação popular ao longo d história do
Brasil;
 Valorizar e promover o diálogo como forma de
esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas.

14/09/2011 60
ETHOS NAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS

Temáticas Sugeridas
 As diferenças se complementam

 Somos todos iguais e diferentes

 Relação entre ética e religião


 Unidade na diversidade
 Liberdade religiosa
 Normas morais e jurídicas para a convivência
 Regra de ouro das tradições religiosas de matriz oriental,
ocidental, africana e indígena
 Relação entre ética/religião e cidadania
 Valores Humanos e religiosidade


14/09/2011 61
TEXTOS E LIVROS SAGRADOS

são considerados revelados ou inspirados

14/09/2011 62
Textos e Livros Sagrados
Transmitem, conforme a fé dos
seguidores, mensagens do
Transcendente, em que, pela
revelação, cada forma de afirmar o
Transcendente faz conhecer aos
seres humanos seus mistérios e
sua vontade, dando origem às
tradições .

14/09/2011 63
TEXTOS E LIVROS SAGRADOS

Aprendizagens
 Compreender que os livros e textos sagrados orais e
escrtios das tradições religiosas expressam mensagens e
ensinamentos para a convivência humana;
 Compreender que cada tradição religiosa tem seu texto e ou
livro sagrado.

14/09/2011 64
TEXTOS E LIVROS SAGRADOS

Aprendizagens

 Perceber que existem textos e livros sagrados orais escritos


das várias tradições religiosas
 Reconhecer que os textos e livros sagrados das tradições
religiosas propõem harmonia pessoal com todos os seres
em busca da paz, da convivência e da comunicação com o
transcendente
 Saber que nas tradições religiosas as memórias são
registradas em livros ou na cultura oral

14/09/2011 65
TEXTOS E LIVROS SAGRADOS

Temáticas Sugeridas
 Os livros sagrados das tradições religiosas

 A presença da mulher nos livros sagrados

 Os livros e textos sagrados orais e escritos das


tradições religiosas de matriz:Africana,
Indígena, Oriental e Ocidental
 A tradição oral das religiões nas matrizes:
africanas e indígena
 Construção da palavra sagrada

 Espaços sagrados – geografia dos espaços


sagrados
 A sacralidade dos textos sagrados orais e
escritos.
14/09/2011 66
Ritos e rituais
É a série de práticas
celebrativas das tradições
religiosas que formam um
conjunto de rituais, símbolos
e espiritualidades que
alimentam a vida dos
seguidores.

14/09/2011 67
RITOS E RITUAIS
São métodos ou práticas que permitem aos adeptos
uma relação imediata com o sagrado

14/09/2011 68
Ritos e Rituais

Aprendizagens
 Compreender que os símbolos

religiosos estão no cotidiano


das pessoas
 Conhecer rituais significativos

em diferentes culturas
religiosas, percebendo como
o ser humano sacraliza o
gesto, o movimento e o corpo.
14/09/2011 69
Ritos e Rituais
Aprendizagens
 Compreender a forma de expressão

das tradições religiosas pela


linguagem simbólica e poética, como
características marcantes da cultura
brasileira;
 Reconhecer a significação dos

símbolos e dos rituais das tradições


religiosas;
 Perceber que os ritos revelam

sentimentos, palavras e mensagens


14/09/2011 no cotidiano das pessoas; 70
Ritos e Rituais
Aprendizagens
 Perceber sinais de religiosidade na
linguagem cotidiana
 Entender o uso de sinais na
comunicação de sentimentos
 Reconhecer que o ritual é a
expressão dos valores de um grupo
religioso
 Apreender que o rito e a celebração
têm a ver com vivências, símbolos,
significados, encontro e festa
 Sensibilizar-se com a linguagem
14/09/2011
simbólica vigente na cultura religiosa. 71
Ritos e rituais – Temáticas
Sugeridas

 As grandes celebrações da
humanidade nas tradições
religiosas
 Ritos e crenças das tradições
religiosas: orais e escritas
 Os símbolos lembram a vida das
pessoas
 O povo brasileiro cria canções e
poesias para expressar o sagrado.
 Rito: uma linguagem humana
14/09/2011 72
Ritos e rituais - Temáticas Sugeridas

 Elementos da natureza:água, terra, ar e fogo


nas cosmovisões das tradições religiosas de
matrizes: indígenas, africanas, orientais e
ocidentais
 Rito:uma linguagem humana
 A religião e o rito
 O povo brasileiro cria canções; poesias para
expressar o sagrado
 As grandes celebrações da humanidade nas
tradições religiosas
 Ritos e crenças das tradições religiosas

14/09/2011 73
TEOLOGIAS

 Conjunto de afirmações e conhecimentos


elaborados pela religião e repassados para os
adeptos sobre o Transcendente, de modo
organizado ou sistematizado.

14/09/2011 74
IDEIA DO TRANSCENDENTE

Assim é que sempre entendi Deus uma presença na História


que não me proíbe de fazê-la mas me empurra em favor da
transformação do mundo, com o que se restaura a humanidade
de exploradores e de fracos.

Não passa perto de nós a ideia de que éramos provados por


Deus. Pelo contrário, cedo já me achava convencido da
necessidade de mudar o mundo, de reparar o que me parecia
errado. Essa atitude era mais uma advinhação, uma intuição,
do que conhecimento cabal.

Paulo Freire ( A Sombra desta mangueira? Editora Olho d’água.)

14/09/2011 75
IDEIA DO TRANSCENDENTE

Pelo que conheço dos doutores em coisas divinas, de cuja


companhia privei por longos anos, eles tem idéias diferentes sobre
Deus. Pintam-no sempre de semblante carregado, não há registro
algum de que ele jamais tenha dado uma boa risada, o que nos
obriga a concluir que ele não tenha senso de humor, sempre com
seu enorme olho sem pálpebra, aberto e sem pálpebra para não
fechar nunca, para não deixar passar nada. Deus te vê, cuidado com
o lugar onde você põe a mão...a despeito de Nosso Senhor Jesus
Cristo ter dito que no Reino de Deus só entram crianças, o que nos
obrigaria concluir que Deus também é uma criança, como o fez
Alberto Caieiro. Nunca li um tratado sobre os brinquedos de
Deus... E eu pergunto: Como é possível amar um ser assim?!
Rubem Alves. Teologia do Cotidiano. Editora Olho d’água.

14/09/2011 76
TEOLOGIAS

Aprendizagens

 Compreender que as tradições religiosas


possuem uma teologia
 Perceber que em cada tradição religiosa há um
significado para sentido de vida além morte
 Entender que as tradições religiosas
apresentam elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso.

14/09/2011 77
TEOLOGIAS

Aprendizagens

 Reconhecer as respostas norteadoras do sentido de vida


nas tradições religiosas
 Saber sobre as afirmações do transcendente nas tradições
religiosas
 Valorizar o conjunto de mitos, crenças e doutrinas que
orientam cada tradição religiosa.

14/09/2011 78
TEOLOGIAS

Aprendizagens

 Reconhecer as respostas norteadoras do sentido de vida


nas tradições religiosas;
 Saber sobre as afirmações do transcendente nas tradições
religiosas;
 Valorizar o conjunto de mitos, crenças e doutrinas que
orientam cada tradição religiosa.

14/09/2011 79
TEOLOGIAS

Temáticas Sugeridas

 Mitos e crenças das tradições religiosas


 Possíveis respostas norteadoras do sentido da
vida: ressurreição,ancestralidade,
reencarnação e nada.
 Idéia do transcendente nas tradições religiosas
 As expressões da relação com o Transcendente
 As verdades sagradas como referenciais da vontade do
Transcendente.
14/09/2011 80
SENTIDO POLITICO
E HUMANO DO
CURRICULO:
SABER/SER/FAZER/
CONVIVER
 HUMANIZAR
CONVIVER
 PROMOÇÃO SOCIAL
 EXERCICIO DA CIDADANIA
 PARTICIPAÇÃO
DECISÃO
COMPROMISSO
MUDANÇA DE POSTURA
VIVENCIA ÉTICA
JUSTIÇA
SOLIDARIEDADE
ACESSO AO CONHECIMENO
HISTORICAMENTE
14/09/2011 CONSTRUIDO 81
PELA HUMANIDADE
Sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus
olhos viram o que nenhum homem poderia ver.:
câmara de gás construídas por engenheiros
formados, crianças envenenadas por médicos
diplomados, recém-nascidos mortos por enfermeiras
treinadas mulheres e bebes fuzilados e queimados
por graduados de colégios e universidades.

Assim tenho minha suspeitas sobre educação. Meu


pedido é: ajudem seus alunos a tornarem-se
humanos. Seus esforços nunca deverão produzir
monstros treinados ou psicopatas hábeis.
Ler, escrever e aritmética só são importantes para
fazer nossas crianças mais humanas.

(autor desconhecido)
“ Se um cristão viesse me dizer que,
entusiasmado pela leitura do Bhagavat,
desejava converter-se ao Hinduísmo, eu
lhe responderia: “Não o faça”. A Bíblia
lhe oferece tanto quanto o Bhagavat;
você é que não conseguiu descobri-lo.
Faça esforço e seja você um bom cristão”.
Mahatma Gandhi.
Ninguém nasce odiando
outra pessoa pela cor de
sua pele, por sua origem
ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas
precisam aprender; e, se
podem aprender a odiar,
podem ser ensinadas a
amar.”

(Nelson Mandela)

14/09/2011 84
Como sou monge budista,
considero o budismo o mais
conveniente.
Para mim, concluí que é o
melhor. Mas isso não significa
que o budismo é o melhor para
todo mundo.
...Se eu acreditasse que o
budismo é o melhor de todos,
seria uma tolice, porque pessoas
diferentes têm disposições
mentais diferentes. Portanto, a
variedade das pessoas exige uma
variedade de religiões.

Dalai-Lama

“ Chegando ao fim de
minha vida eu vejo que o
mais belo presente que
Deus me fez é o de
permitir que jamais o ódio
ou o rancor tomasse
lugar no meu coração”.
Helder Câmara
“Gente que exercita a
missão sagrada de
reconhecer no outro a
imagem e semelhança de
Deus, Olorum ou Javé.”
“Somos parte um do outro,
pela vontade do Grande
Espírito.”
PROPOSTA DE SUMÁRIO

 Concepção de Área de Conhecimento e Componente Curricular


 O ER na Constituição Federal e na LDB nº 9.394/96.
 O ER nos sistemas de ensino – Resolução CEE/CEB/AL. Nº 003/2002 e Parecer
CEE/CEB/AL nº 006/2002.
 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica
 Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental
 Concepções teórico e metodológico do ER
 Organização curricular do ER - eixos temáticos
 Eixos temáticos do ER
 Aprendizagens e temáticas sugeridas nos eixos temáticos

14/09/2011 89
Referencias Bibliográficas

ALAGOAS. Câmara de Educação


Básica.Conselho Estadual de Educação.
Resolução nº003/2002.
________. Câmara e Educação Básica.
Conselho estadual de Educação. Parecer
nº 006/2002.

BRASIL. Constituição da República Federativa


do Brasil. Lei Promulga em 05 de outubro de
1988. In: OLIVEIRA, Juarez de. Organização de
textos, notas e remissivas e índices, 5ªed. São
Paulo: Saraiva, 1991.

________. Diversidade religiosa e direitos


humanos – Cartilha - SECAD/MEC
DEL0RS.J. Educação um tesouro a descobrir.
São Paulo: Cortez, 2001.

14/09/2011 90
Referencias Bibliográficas

 Fórum Nacional Permanente do Ensino


Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Religioso. São Paulo: ave Maria,
1995.
 _______Caderno Temático 1: referencial
curricular para a proposta pedagógica da escola.
2000.
 ______-.O Ensino Religioso na Proposta
Pedagógica da Escola. Módulo 1. Curso a
distância. 2000.

14/09/2011 91
• HOLANDA, Ângela Maria Ribeiro. PCNER:
O currículo do ensino religioso em debate.
In. Pozzer, Adecir et. Al. Diversidade
religiosa e Direitos Humanos. São Leopoldo:
Nova Harmonia, 2010 pag. 291 – 302.

• _________Ensino Religioso no contexto das


legislações: entre conquistas, desafios e
perpectivas. Revista Pistis & Práxis.
Teologia Pastoral/PUC- V. 2 nº2
Jul/dez/2010. Curitiba: Champagnat, 2009.

92

14/09/2011
• HOLANDA, Ângela Maria Ribeiro
Holanda. In: JUNQUEIRA, Sérgio
Rogério Azevedo. Rosa Lydia
Teixeira, Ângela Maria Ribeiro
Holanda. Ensino Religioso: aspectos
legal e curricular 1 ed. - São Paulo:
Paulinas, 2007 – (Coleção temas do
ensino religioso).

14/09/2011 93
________, Sérgio Rogério de Azevedo.
Rosa Lydia Teixeira, Ângela Maria
Ribeiro Holanda - Ensino Aspectos
legislativos do ensino religioso
brasileiro: uma década. Religião &
Cultura/ Departamento de Teologia e
Ciências da Religião. PUC/SP-VI, n.
11 ( jan./jun. 2007). São Paulo:
Paulinas – Educ., 2007

14/09/2011 94
KULLOK, Maisa Gomes Brandão. As
exigências da formação do professor
na
atualidade.Maceió:EDUFAL,2000.p.
56
• MERCADO, Luis Paulo Leopoldo.
Maísa Brandão Gomes Kullok. (Orgs).
Formação de professores. Maceió:
EDUFAL, 2004.
14/09/2011
• NOVOA,Antonio.Os professores e sua
formação. Lisboa:Educa, 1992.
• SENA, Luzia (Org.) Ensino religioso e
formação docente: ciências da
religião e ensino religioso em diálogo.
São Paulo:Paulinas, 2006.

14/09/2011 96
Referencias Bibliográficas

 SACRISTÁN, J. Gimeno. Currículo e diversidade


cultural.IN: Silva, Tomaz Tadeu da; MOREIRA,
Antônio Flávio. Territórios
contestados.Petrópolis:Vozes, 1995. p. 82-113.
 VIESSER. Lizete Carmem. Um paradigma
didático para o Ensino Religioso. Petrópolis:
Vozes, 1994.

14/09/2011 97

Você também pode gostar