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República da Guiné - Bissau

Ministério da Educação Nacional


Faculdade de Direito de Bissau

Regente: Professor Doutor Hugo Ramos Alves


Assessor: Dr. Mamadu Djaló
Aula do dia 15.10.2019

966177366
Ramosalves@fd.ulisboa.pt

7 Janeiro 2020 Primeiro teste


17 de março segundo teste
5 maio terceiro teste

O regime do direito das obrigações começa do Artigo 397 ao artigo 1250 CC

Manual Menezes Leitão e Antunes Varela


Cláudio Madaleno Direito das obrigações guineense

Aula do dia 17.10.2019

Direito das obrigações

Elementos - sujeitos (credor e devedor), objeto e garantias

397 a 873 cc
O artigo 397 tem desde logo a definição do do Direito das obrigações, definição dada há quase
2000 anos.

Qual o objeto da obrigação: é a prestação.


Negócios jurídicos unilaterais
Contratos
Gestão de negócios 464 ss
Enriquecimento sem caus
Responsabilidade civil

Obrigação em sentido amplo corresponde


- Ónus, sujeição,
Obrigação em sentido estrito
Obs: nas obrigações há igualdade entre as partes isto é não há direito potestativo.
Não há um dever genérico na obrigação.
Obrigação em sentido técnico: Dever específico pressupõe uma relação entre um credor
e um devedor.

As brigacoes sao pensadas para serem muito mais dinâmicas por isso é o mais dinâmico do
ponto de vista do Direito civil. É o que melhor se adapta a
ão da riqueza.
577 cc

Sessao de crédit
O direito das obrigações também serve para proibir enriquecimentos injustificados
- locupletamento

Responsabilidade- ressarcimento de danos


Os danos podem imputados de três formas:
- culpa : censura a conduta da pessoa para que haja imputação de dano;
- risco :
- sacrifício
Responsabilidade subjetiva artigo 483 cc
798 Responsabilidade civil contratual
499 ss imputação pelo risco
Na imputação pelo risco não exige que se haja culpa.
Sacrifício: responsabilidade pelo sacrifício

Principio geral do direito das obrigações


Conceito e estrutura da obrigação

Aula do dia 21.10.2019


Sumário: princípios fundamentais do direito das obrigações

Todos eles são relativos a cada uma das fontes das obrigações
A responsabilidade patrimonial serve para tudo ou seja é comum a todos.

Princípios fundamentais
- autonomia privada artigo 405cc no fundo quer dizer desde que não sejam proibidos pela lei
podem tudo.
Apesar de haver liberdade contratual (livre desenvolvimento da personalidade) há situações em
né há limites à essa liberdade ex: artigo 280, 281, 282 cc
1146 cc
Liberdade de celebração Obs: ninguém pode impor a celebração de contratos.
Liberdade de estipulação: é tudo que está aí escrito, possibilidade de escolher o conteúdo do
contrato.

Contrato de adesão é um contrato pré feito em que não há margem do aderente poder negociar
qualquer cláusula. É a situação em que se celebra ou não se celebra.

239 integração

Kant contrato é uma forma de manifestação da liberdade - eu me contrato porque quero.


Para Aristóteles o contrato é o produto de uma determinada justiça contratual. Aristóteles leva
em consideração sobretudo a questão de valores.
Gestao de negócios 464 ss
A gestão de negócios É explicada pela ideia de solidariedade, ingerir na esfera jurídica alheia para
fazer bem não provocar danos. A gestão de negócios supõe ausência

Proibição do locupletamento (enriquecimento injustificado)


Artigo 473
Responsabilidade civil é explicado pelo princípio do ressarcimento de danos.
O ressarcimento de danos emergentes da responsabilidade civil é excepcional. Artigo 796

Para haver responsabilidade civil tem que se reunir os seguintes pressupostos:


Facto voluntário
Facto culpado
Ilícito
Provoca dano
Nexo de causalidade

As normas de responsabilidade objetiva são ainda mais excepcionais. Ex: art 483/2

Responsabilidade pelo sacrifício


Aquele que resulta das situações de Estado de necessidade, legítima defesa e ação
direta e que provoque um dano.

Princípio da responsabilidade patrimonial 601

Caso o devedor não cumprir a sua obrigação pode o credor lançar mão ao Artigo 817

Princípio da boa fé 437/1 vs artigo 762/2


O princípio de boa fé foi pensada mais no âmbito dos contratos mas hoje em dia é muito
abrangente. Cfr artigo 334

Aula do dia 22.10.2019


Sumário:

Credor tem o direito de exigir.


Devedor dever de prestar.
Art 397
Cfr. Artigo 762

A obrigação tem um objeto que é a prestação.


Como é que o vínculo obrigacional funciona.
Isso pode ser explicado com base nas três variantes:
Teorias personalistas;
Teorias Realistas;
Teorias mistas.
Assiste ao credor o direito de exigir judicialmente a prestação.

Responsabilidade patrimonial corresponde a garantia geral da obrigação.

Teorias personalistas: tem por base a definição da obrigação que já vem do direito
romano ( a obrigação é o vínculo jurídico pelo qual alguém está adstrita a pagar uma
prestação à outra).

Apresenta a obrigação como um direito de natureza pessoal.


Ob-ligatio (dar muitas voltas)

Savigny Tinha uma noção exótica sobre o direito das obrigações.


Para ele o cumprimento da obrigação é um ato vinculado.

Teorias Realistas: Estão a dizer que a obrigação é coisa eficaz, para eles a obrigação é
um direito de natureza real.
Há quem diga que a obrigação é um direito sobre as coisas do devedor.
Os direitos reais são direitos de natureza absoluta.

Mas a obrigação estruturalmente há um dever específico.

O direito de crédito não é um direito real.


O direito real é um direito de natureza relativa.
O direito real tem a natureza absoluta.

Teorias mistas vêm a obrigação como uma ordenação complexa.


Chegam a conclusão que a obrigação tem uma natureza pessoal mas em caso do
incumprimento a o credor tem também o direito sobre o património do devedor, no fundo
o credor tem dois direitos em relação ao devedor...e garantia patrimonial.

O direito de natureza pessoal pode ser diferente da responsabilidade

Schuld und haftung


Schuld significa - Culpa, obrigação e dívida.

O fiador no fundo é um devedor subsidiário ou de segunda linha.


Cfr. Artigo 627
A teoria realista pensa que todas as prestações têm valor pecuniário, o que na realizada
não acontece.
Ver artigo 799
Aula do dia 28.10.2019
Sumário: Diferença entre DO e DR/Direito de crédito
Objeto da obrigação: Conduta do devedor
Os direitos reais não pressupõe uma ligação interpessoal, são excludentes e absolutos.

A obrigação é estruturalmente relativa. (Credor e devedor), portanto inter partes.


Cfr artigo 406/2 CC
A oponibilidade do direito real é absoluta (plena) e eficaz erga omnes.

Cfr artigo 1311 CC


Nos direitos reais há regras de prevalência...

Há algumas figuras previstas na lei, ficam no meio entre as obrigações e direitos reais:
Direitos pessoais de gozo;
Artigos 1022, 1037/2
1129 (comodato), 1121 (parceria pecuária).
1185

CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO
- Autonomia;
- Relatividade;
- patrimonialidade
- colaboração ou intermediação;

Patrimonialidade da obrigação:
Em tempos antigos Só seria a obrigação aquele que teria valor patrimonial.
Cfr artigo 398/2. A patrimonialidade não é uma característica jurídica da obrigação
apesar de poder ser socialmente relevante.
Cfr artigo 496
Pluvial mínimo da juridicidade.
Não é obrigação aquela que resulte do capricho do credor.

* Autonomia é também uma falsa característica da obrigação;


* A colaboração/ intermediação é sim uma verdadeira característica da obrigação.
Cfr artigo 817 CC

Relatividade: pode ser perspectivada de duas formas:

Estrutura
Eficácia
Aula do dia 29.10.2019
Sumário: PRESTAÇÃO - artigo 398/1

A prestação pode consistir num conteúdo positivo ou conteúdo negativo.

Na esmagadora maioria das situações as obrigações resultam do contrato.

A prestação tem que ser: Lícita, determinada, física ou legalmente possível e não
contrariar a ordem pública e os bons costumes.

Cfr artigo 280, 401, 543, 539, 400/1, 1245

Se a finalidade do contrato for comum às partes, contra a ordem pública isso releva...

OBRIGAÇÕES CIVIS E OBRIGAÇÕES NATURAIS


As obrigações naturais estao previstas do artigo 402 ss
As obrigações naturais o seu cumprimento não é judicialmente exigível.

Jogos e apostas podem estar nas três situações:


Obrigações civis (podem ser exigidas judicialmente)
Obrigações Naturais (não podem ser exigidas judicialmente)
Ou não serem obrigações

Soluti Retentio : retenção e cumprimento 403/1


O problema está em determinar a natureza jurídica da criatura das obrigações naturais?
Há quem diga que não são efetivamente
Há quem diga que as obrigações naturais correspondem a apenas uma coisa a
obrigação moral de cumprimento.

Classificação das prestações:

*Facto (facere) 398/1 - pode ter um conteúdo positivo ou negativo (não fazer)
Prestação de facto negativo:
- non facere
- Pati

Prestação de facto positivo:


- prestação de facto positivo material. Ex pintar um automóvel
- prestação de facto positivo jurídico. Ex contrato promessa art 410.

*coisa (Dare) - (tem por objeto a entrega da coisa)


A prestação ainda pode ser prestação de facto fungível e prestação de facto infungível
Na prestação de facto fungível qualquer pessoa pode realizar a prestação. Art 828

Apenas o devedor é que pode realizar a prestação. Ex: B, tem um problema mas apenas
o Dr. Y é que pode resolver aquele problema. Aqui não há possibilidade de substituir o
devedor em caso de incumprimento. A solução é responsabilidade civil
pormincumprimento do contrato.

Em Portugal a solução é a sanção pecuniária compulsória. (Artigo 829-A) A cada dia que
pO e o devedor incumpre, paga um determinado valor pecuniário.

Prestações instantâneas e fracionadas


Obrigações em que temos uma única prestação que é retalhada
Prestações duradouras

Prestações de meios e prestações de resultados


Prestações de resultado o devedor obriga-se a prestar algo.
Devedor se obriga apenas a atuar com uma certa inteligência.
799 cc

Prestações indeterminadas
Obrigações alternativas 543 ss, 549, 545, 546, 547,

Obrigação com faculdade alternativa?


Obrigações genéricas 539
Para estarmos perante as obrigações É necessário que o devedor tenha mais

Concentração da obrigação? 541


Tem tres funções nas obrigações genéricas:
Corresponde a entrega dos bens ao devedor

Incoterms?

Aula do dia 14.11.2019

Garantia geral da obrigação artigo 601 CC


Cfr também artigo 605 ss
É normal que no decurso da vida alguém tenha mais que um credor, o chamado de
concurso de credor.
Princípio de par condutio creditorum, isto é, por regra esses credores estão todos no
mesmo grau. Artigo 604/1
Garantia geral Implica o reforço da probabilidade da garantia de crédito. Este reforço é
feito através das garantias especiais.
Há quem diga que a garantia geral não é uma verdadeira garantia em sentido técnico.

Garantias especiais: traz maior probabilidade de satisfação da garantia de crédito.

Meios de conservação da garantia


Declaração de nulidade 605 cc este artigo veio apenas reforçar a nulidade prevista no
artigo 286 CC.

Uma vez declarada a nulidade o que acontece ao devedor?

Requisitos para funcionar a sub-rogação? - é um meio subsidiário ou seja quando


não podemos lançar mão a outros meios de conservação é que lançamos mão a
sub-rogação.

REQUISITOS DA SUB-ROGAÇÃO
- omissão do devedor, serve só para perseguir o devedor que nada faz.
- sub-rogação do credor ao devedor só atua relativamente aos direitos com conteúdo
patrimonial.
Nos casos em que estivermos perante o direito com natureza pessoal (divórcio por
exemplo), a sub-rogação do credor ao devedor.

- em algumas circunstâncias o direito determina que só o titular do direito pode exercer.


Exemplo: revogação por ingratidão donatário.

- Essencialidade, sub-rogação do devedor ao credor é essencial para a satisfação do


crédito.
- é judicial (608 cc) ou extrajudicial.

EFEITOS 609 CC
Como a sub-rogação do devedor ao credor é indireta, ...

Impugnação PAULIANA
Arresto

Está pensada para situações em que há transmissão do património seja ela a título
oneroso, seja ela a título
O que importa aqui é a deslocação do bem do devedor para o terceiro.
Cfr 610 ss

PRESSUPOSTOS Artigo 610, 612, 618


- tem que haver diminuição da garantia patrimonial (geralmente traduzido na alienação
do bem) Proemio
- a) acto a impugnar : anterior ao crédito (aqui o credor tem que mostrar o dolo de
devedor) ou posterior ao crédito ( aqui o credor tem apenas que mostrar o tempo de
precedência cronológica);

Os requisitos da impugnação PAULIANA são mais exigentes em relação aos outros


meios de conservação da garantia

Na impugnação de segundo grau é necessário provar que o alienante e o adquirente


ambos estão de má fé. 613/1/b
A impugnação PAULIANA é dificilmente decretada nos casos de segunda alienação.

ARRESTO
Regime substantivo código civil
Regime adjetivo CPC

Requisitos artigo 619


- Periculum in mora (perigo na mora)
- Fumus Boni iuris (prova sumária, não completa)
- interesse processual
O arresto produz os efeitos da penhora
Na Guiné Bissau o arresto não tem efeitos da penhora.

Cfr. Artigo 410 CPC


Cfr. Artigo 621 CC

GARANTIAS ESPECIAIS DE CUMPRIMENTO


Foram revogados pelo ato uniforme da HOADHA

Nas garantias reais temos o chamado retorno qualitativo da obrigação: ex penhora,


hipoteca ...

Meios de conservação da garantia patrimonial - casos práticos

Aula do dia 21.11.2019


Modificação das obrigações

A modificação voluntária das obrigações


Contratos que alteram o conteúdo de uma obrigação previamente existente.
Modificação em sentido elegeram certas cláusulas do contrato.
Mas há modificações mais amplas ou modificações em sentido lato.

Dação em cumprimento 837 cc e novação - Matar uma obrigação para fazer nascer
outra. Modificação em sentido amplo.
Tudo isto acontece sempre por acordo isto é não podem ser impostos.

A regra geral está contida no artigo 406 cc, apesar disso há excessos que permitem uma
certa margem para a alteração do contrato com base no artigo 437 cc
Rebuc sic estantibus 437/1 cc
Para tal há que respeitar certos requisitos
-Alteração anormal das circunstâncias
- alteração que afete gravemente a boa fé.

Por exemplo a alteração legislativa que provocar uma alteração das circunstâncias que
nem se quer era espectavel uma das partes pode requer a alteração do contrato.

A prescrição artigo 300 ss


É também uma forma de modificar a obrigação.
Ela não é automática porque exige-se que ela seja invocada.
Antigamente dizia-se que a prescrição extinguia a Obrigação. Cfr. Artigo 304/2 CC

A prescrição não extingue a obrigação mas sim modifica a natureza podendo passar de
civis para naturais não podendo ser exigido desde modo nos tribunais.

Portanto a prescrição não é um facto extintivo mas sim modificativo da obrigação.

25.11.2019
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

Cessão de créditos é hoje na vida prática dos institutos mais importantes.


Artigo 577
REQUISITOS
É necessário que haja um crédito válido e existente;
É necessário que o crédito não ligue a pessoa do credor;
Não seja um crédito litigioso. Artigo 579 excepto artigo 581

Dação em cumprimento 837

A cessão de crédito é policausal.


Na cessão de créditos temos vários intervenientes: devedor (cedido), credor (cedente) e
o terceiro é o cessionário.

A cessão de crédito tem que ser notificada ao devedor nos termos do artigo 783/1 CC.
-Aqui não é necessário que o devedor aceite ou seja ocorre a cessão de crédito
independentemente da vontade do devedor. (Notificação)

-Para além disso há outras formas de publicação ...583 CC (conhecimento)


-Demonstrar que o cedido aceitou a cessão. (Aceitação)

Sucessão de crédito é uma sucessão entre vivos e não é uma sucessão em sentido
técnico da palavra. Artigo 85cc

A cessão de crédito Não envolve a garantia de cumprimento por parte do cedido.


587/2

SUB-ROGAÇÃO PELO CREDOR artigo 589


Aqui quem cumpre é o terceiro
767/1 qualquer terceiro pode cumprir a obrigação

SUB-ROGAÇÃO voluntária: é necessário que ou credor ou devedor reciclarem que


aquele terceiro lhe aliviou a prestação....
Caso especialíssimo artigo 591 CC
- documento escrito
SUB-ROGAÇÃO legal artigo 592

Para que haja a sub-rogação é necessário uma de duas coisas:


Cfr também o artigo 644 CC

544

Aula de dia 28.11.2019


ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
Artigo 595 ss CC

Pode ter várias configurações quanto a forma.


Assuntor - devedor

Quanto aos efeitos a assunção de dívida Pode ter duad modalidades:


Assunção liberatória - uma vez feita exonera o antigo devedor. Com base no artigo 595
nº2.

Assunção cumulativa: há uma responsabilidade solidária. Qualquer um pode ser exigido.


Aqui há uma solidariedade imperfeita (não se aplica o artigo 524) por causa da figura do
regresso que não funciona no âmbito da Assunção da dívida.
Aqui não há 100% uma sucessão.
REQUISITOS
- Existência de uma obrigação;
- se reporta sobre as dívidas existentes no presente (não dívidas futuras); ou seja dívida
presente
- existência de um acordo com base no artigo 595/1/a ou no âmbito do artigo 595/1/b
- obrigação tem que ser válida e existente.
Cfr. Artigo 596 a ratificação do credor pode ser tácita.
Portanto não há uma forma para a ratificação.

Como a assunção de divida tem caráter sempre negocial o artigo 597 diz algumas
coisas.

Há quem diga que a assunção de divida é um negócio puramente abstracto. O que é


provado contrariamente pelo artigo 597 cc
Os negócios abstractos Desde que seja verificado a forma produz sempre efeitos.

Artigo 598 cc, 600

Há uma outra modalidade de transmissão das obrigações Que é a cessão da posição


contratual cfr artigo 424 cc - aqui há necessidade do consentimento da contraparte
Cfr artigo 425...

A CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL é o efeito do contrato e não pode ser cedida


de forma unilateral porque está em causa um contrato entre as partes ou seja não se
pode alterar unilateralmente a obrigação.

O consentimento da contraparte pode ser prévio ou posterior a celebração do contrato.


Também pode ser expresso ou tácito...

FORMA

O negócio pode ser gratuito, oneroso, dação em cumprimento,


CV...

O contrato tem que ser

REVISÃO
Modalidade das obrigações
Modificação das obrigações
Meios de conservação das garantias
Transmissão das obrigações (crédito)
ramosalves@fd.ulisboa.pt

Cfr artigo 582 + 571 CC


Os juros vincendos transmitem-se com o crédito.

CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO

Forma como voluntariamente o devedor realiza a prestação a favor do credor,


satisfazendo efetivamente o seu interesse.
No fundo, o cumprimento pode ser definido como a realização da prestação devida,
como refere o artigo 762/1 CC.

Há teorias que usam o termo pagamento como sinônimo de cumprimento.


Mas verdade é que o cumprimento é mais que pagamento porque há várias formas de
cumprimento que não consubstanciam no pagamento.

Discute-se sobre a natureza jurídica do cumprimento:


- tese segundo a qual o cumprimento teria uma natureza contratual;
- teoria da natureza da natureza da realização real da prestação. Artigo 762.

PRINCÍPIOS GERAIS
O regime do cumprimento das obrigações obedece aos seguintes princípios gerais:

Princípio da pontualidade (406)


Não se resume ao cumprimento na data estipulada mas também o cumprimento ponto a
ponto do estabelecido no contrato.

Princípio da realização integral da prestação ou Princípio da integralidade. 763/1

Princípio da boa fé na realização da prestação; 762/2

Princípio da concretização.

CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES 762 ss CC


A obrigação nasce para ser cumprida.
A realização da prestação por parte de devedor tem um conjunto de princípios que lhes
são associados.

O devedor não pode alterar unilateralmente o objeto do cumprimento.


Princípio da pontualidade : 406/1 cumprir ponto por ponto o contrato, não podendo haver
a alteração unilateral do contrato salvo com o consentimento do credor por exemplo
caso da dação em cumprimento.

Princípio da integralidade: a Obrigação é para ser cumprida integralmente e duma só


vez.
763/1
Por exemplo: A deve a B 1000000 depois leva 500 mil para cumprir a obrigação perante
B, este não é obrigado a receber o cumprimento dos 500 mil salvo se o tivesse aceitado
nessa condição.

Princípio de boa fé 762/2

Os verdadeiros grandes principios são o princípio de boa fé e o da pontualidade.

Artigo 397 e 762 CC

Quando falamos em cumprir uma obrigação temos que levar em conta essas questões:

Quem pode cumprir (legitimidade de cumprimento)? R: o devedor 762/1 + 767 cc


( realização da prestação por terceiro, não o cumprimento da prestação por terceira
como aparece escrito as vezes nos manuais. Não pode haver realização da prestação
por terceiro se se tratar de prestação infungível ou infungibilidade convencional.

Pode acontecer que a realização da prestação por terceiro traga prejuízo ao credor,
nestas situações o credor pode legitimamente recusar a prestação por terceiro. 767/2.
768/2 CC
Cfr. Também o artigo ,813 CC.

O cumprimento é um ato de disposição - artigo 764/1 se se tratar de um ato de


disposição o devedor tem que ser capaz.

Quem pode receber a prestação (legitimidade para receber a prestação)? R: credor


artigo 764/2, mas há casos em que a prestação pode ser realizada ao representante do
credor que pode ser legal ou voluntária- 769, 771 CC ou por terceiro, artigo 770.

Onde se realiza a prestação? R:

Quando se realiza a prestação ou se cumpre a Obrigação?

Esta questão está expressamente regulada na lei.


A grande maioria da disposição sobre o tempo de cumprimento da obrigação são
supletivas.

Se as partes nada dizem, o credor pode exigir o cumprimento da parte devedor a


qualquer momento. Artigo 777/1 CC.

Obrigação cum votuerit


Obrigação cum potuerit
Artigo 778/1 sempre que seja previsto um prazo numa obrigação o legislador determina
no artigo 779 que o devedor é o beneficiário do prazo. Ser beneficiário do prazo é
sinônimo de que o devedor pode realizar a prestação antes do prazo, mas pode o credor
recusar a prestação.

Artigo 1147 CC situação do prazo a favor de ambos.


Artigo 1185 CC
Artigo 1194 CC
Benefício do prazo a favor do devedor artigo 780 CC
Cfr artigo 781 CC
Artigo 934 CC vence o prazo se apenas acontecer u a de duas coisas:
- 1 se a prestação não paga ultrapassa a oitava parte do preço o devedor perde o
benefício do prazo.

-2

ONDE É QUE O DEVEDOR PODE CUMPRIR A PRESTAÇÃO? - LUGAR DO


CUMPRIMENTO
Aqui todas as normas entre 772 a 776 são supletivas.
O princípio geral é o do favor debitori 772/1
Cfr. Artigo 773
Artigo 774
Artigo 787 CC faculdade de devedor exigir a quitação por uma razão de certeza.

Pode acontecer situação em que um devedor tenha mais que uma dívida perante o
mesmo credor. 783/1

Se o devedor esquecer de designar a dívida que quer extinguir aplica-se supletiva


disposta no artigo 784/1.

NATUREZA JURÍDICA DO CUMPRIMENTO 762/1


Sobre esta matéria há duas teses essencialmente:
Tese não contratual
Tese contratual limitada:

Teoria da natureza real da prestação:


Cumprir uma obrigação é praticar um ato jurídico.
Aula do dia 16.01.2020
Entrega dos testes

Aula do dia 21.01.2020


CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES NÃO IMPUTÁVEIS AO DEVEDOR
IMPOSSIBILIDADE DO CUMPRIMENTO

Sempre que nas situações de impossibilidade de cumprimento Determina que se deve


presumir da culpa do devedor (799) segundo o artigo 790 ss CC

Primeira grande distinção:


Impossibilidade originária 401 CC
Impossibilidade superviniente 790 ss

Na impossibilidade originária quando


Prestação que seria possível realizar a prestação a quando da realização do contrato.

Impossibilidade originária da prestação origina a nulidade do contrato art. 401/1 CC


Apesar da impossibilidade ser originária mas se o negócio estar estar sujeito a condição
o negócio é válido.

A impossibilidade originária só diz respeito ao objeto negocial 401/3

Superviniente está prevista nos artigos 790 ss

IMPOSSIBILIDADE OBJETIVA E IMPOSSIBILIDADE SUBJETIVA (QUANTO A PESSOA


DO DEVEDOR)

Artigo 790 CC impossibilidade objetiva; determina a extinção da obrigação...


Cfr. Artigo 801 CC

Impossibilidade relativa a pessoa do devedor (impossibilidade subjetiva)

Cfr. Artigo 791 CC


Se for uma obrigação de facto fungível a obrigação não se extingue.
Mas se for uma obrigação de facto infungível, a obrigação se extingue.

IMPOSSIBILIDADE TEMPORÁRIA VS IMPOSSIBILIDADE DEFINITIVA

O legislador regula expressamente apenas a impossibilidade temporária. Artigo 792


Em caso da impossibilidade temporária, Determina a lei que o devedor não responde
pela mora. As situações de impossibilidade temporária não podem durarmpara sempre.
Pressupõe que os artigo 790 e 791 prevêm a impossibilidade definitiva.

Se o credor perder objetivamente o interesse na prestação, devido a impossibilidade


temporária, esta IMPOSSIBILIDADE passa de temporária para definitiva. 792/2

IMPOSSIBILIDADE TOTAL VS PARCIAL

Total: toda a prestação é impossível;


Parcial: apenas parte da prestação é que é impossível.

Estas impossibilidades cruzam-se.

IMPOSSIBILIDADE PESSOAL
Apesar do que nome indica, é tratada em sede de incumprimento e não em sede de
impossibilidade.

Na Guiné-Bissau a impossibilidade está na sede do incumprimento das obrigações.

Cfr. 799 CC apesar de se presumir a culpa do devedor, em determinadas situações há


que fazer a análise casuíticamente como no caso de Djenatu que tinha comprometido

RISCO 408/1, 796/1, 409 CC

Salvo os casos especiais do número 2 e 3 do artigo 796 o risco é suportado pelo


adquirente.
Artigo 796/3 se aplica no caso das condições suspensiva e resolutivas.

Cfr. Artigo 794 CC não extingue a obrigação.


É uma questão de fazer continhas para ver o que é mais rentável.

Aula do dia 27.01.2020

RESPONSABILIDADE CIVIL

Havendo incumprimento do contrato pode-se lançar mão a responsabilidade civil.


Mas mais na vertente da responsabilidade civil obrigacional, resultante do
incumprimento contratual.

PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL


- Existência de um facto é ilícito; (comportamento censurado pela ordem jurídica, ou seja
não tem que ser um comportamento que possa ter a justificação ns ordem jurídica.
Exemplo: casos da justa causa de incumprimento: excepção de não cumprimento art.
421 CC, Direito de retenção 754. No fundo estas são as causas que excluem a licitude.

- culpa presumível (799 CC)


A culpa aqui pode ser por:
Dolo ou negligência.
Dolo pode ser direto : intenção deliberada do devedor em não cumprir. A deve a B e diz
não vai pagar.

Dolo Necessário: o dano resultante não era intenção inicial, ou seja a intenção não é
diretamente provocar aquele dano, mas sim o dano é resultante de uma determinada
prática. No fundo, o dano é colateral.

Dolo Eventual: aqui a não realização da prestação, a atuação em si é intencional mas


com o resultado inesperado.

Negligência pode ser:


. Consciente: há uma representação do dano mas não se conforma com este dano.
. Inconsciente: nem chega a representar a possibilidade da existência do dano.

Obs: quer o rolo ou negligência podem originar a responsabilidade civil.

Responsabilidade civil resultante do dolo: 814 CC, 815 CC, mútuo gratuito 1151 CC +
1134.
Responsabilidade civil resultante de negligência:
No sbmito dos contratos: artigos 956/1/b e 957/1 CC
Artigo 1134 (comodato)
Há situações também que não se pode assacar culpa ao devedor

- Dano: é representado porque retira-se a utilidade do património do devedor. Este dano


é indemizável.
562 CC o legislador dá primazia a restituição natural. Quando não for possível pode-se
lançar mão à indemnização pecuniária (em dinheiro).
566 CC

A indemnização dos danos abrange os danos imergentes e os lucros cessantes (ganhos


que o sujeito teria se não tivesse havido a violação) artigo 564/2. Quando se fala de
danos não patrimoniais - 496, 562+564, é afastado a partida os lucros cessantes e
danos emergentes.

A doutrina fala em dano em sentido real e dano em sentido patrimonial.

A indenização recai sobre os danos futuros se estes forem previsíveis.

Aula do dia 28.01.2020


NEXO DE CAUSALIDADE

- Nexo de causalidade: tem que existir um nexo de causalidade entre o facto e o dano.
Tem que existir um acontecimento, no caso da responsabilidade contratual
(incumprimento) a causar o dano que seja ressarcido.

Existem várias concepções doutrinárias relativamente ao nexo de causalidade.


Ex: teoria da equivalência (condição sine qua non);
Teoria da última condição (condição próxima);
Teoria da condição eficiente;
Teoria da causalidade adequada (prognose póstuma);
Teoria do fim da norma violada.

Posição do legislador Guineense: Artigo 563 CC (teoria da causalidade adequada).


Só existe o nexo de causalidade quando o facto seja idóneo, adequado para produzir o
dano.

O legislador prevê também a situação da sua virtual 491 CC (esta causa virtual pode
afastar a responsabilidade.
Ex: uma pessoa envenena cavalo de uma outra pessoa mas antes que o cavalo mora,
uma outra pessoa atirou no cavalo.

Não há obrigação de indenizar sem a responsabilidade civil.

RESPONSABILIDADE CCSOTRATUAL
Mora do devedor 805 ss

Incumprimento defeituoso
Mora do credor

A mora do credor está a parte.


A CUMPRIMENTO da obrigação do dever é afetado por conduta do credor.
Cfr artigo 813 CC aqui há duas situações a realçar:
- Quando o credor recusa receber a prestação
- Se o credor não praticar certos atos necessários para o cumprimento da prestação por
parte do devedor.

Ex: A obriga-se perante B a fazer instalações elétricas em casa deste último.


Se o credor não abrir a porta, não mostras os cabos etc...o devedor não poderá cumprir
a obrigação.

Aqui o devedor não cumpre por uma razão justificada, pois o devedor não deixa.
Cfr. Artigo 814 CC, 815 ver também o artigo 775 CC, 795

Consignaçdepósitojojijo
Artigo 808/1 aplicação analógica

A mora como qualquer outro instituto tem Pressupostos:


Artigo 804/2 e 808/1

Para que haja mora é necessário os seguintes:


Que a prestação não tenha sido realizada atempadamente
Que seja imputável ao devedor
Que a prestação seja possível

A estes três acrescenta-se o seguinte Pressuposto:


O credor tem de ter interesse na realização da prestação artigo 808/2 o interesse do
credor é apreciável objetivamente em função das circunstâncias e do tipo de contrato em
causa.

Termo essencial e incumprimento definitivo?

Artigo 805/2 Tem sempre que se mostrar os requisitos enunciados anteriormente


Nestes três casos previstos no número 2 do artigo 802 verdadeiramente não há
constituição em mora, Mas sim impossibilidade temporária.
Só dispensa o credor de interpelar o devedor.

EFEITOS ASSOCIADOS A MORA


A mora Corresponde a uma situação de responsabilidade contratual / obrigacional;
É uma das modalidades da responsabilidade obrigacional, indenização do credor 804/1.

Se estivermos perante uma obrigação pecuniária, juros moratórios ....

2º efeito diz respeito ao risco, se o devedor tivesse realizado pontual e tempestivamente


a obrigação, o risco transferia-se para o credor.
Artigo 807 CC
Na mora do devedor o risco continua com o devedor.
Na mora do credor o risco passa para o credor.

Relevância negativa da causa virtual artigo 807/2


Mostrar que mesmo que eu tivesse cumprido aconteceria a mesma coisa com o credor...

A causa virtual negativa serve para exonerar a responsabilidade a alguém...


Exemplos de causas virtuais negativos Artigo 491, 492 e 493 CC causa virtual
demonstrável que permitem exonerar-se da responsabilidade.
Essas causas só valem excepcionalmente.

Não se pode utilizar a causa virtual negativa para imputar danos a alguém.

Uma vez declarada a mora pode acontecer uma de duas coisas:


O devedor acaba de cumprir

Primeira forma de extinção:


Purgação da mora - corresponde às situações em que o devedor realiza as prestações a
que estava vinculado e oferece ao credor a indemnização correspondente incluindo os
juros moratórios.

A mora transformar hse em incumprimento definitivo.


Artigo 808/1 há apenas duas formas ara essa transformação:

Interpelação admunitoria
Interpretação comunitoria

Aula do dia 04 de fevereiro de 2020


INCUMPRIMENTO DEFINITIVO
CUMPRIMENTO DEFEITUOSO

Incumprimento definitivo: Corresponde a uma situação relativamente a qual o direito não


tenha interesse. Não tem um regime próprio mas através do artigo 808 chegamos a
solução

Cfr. Artigo 798 CC

Presunção de culpa artigo 799/1 CC.

Para o professor Menezes Cordeiro temos uma presunção de faute.


Não é correto esse entendimento de PMC.

Artigo 800/1 CC
O devedor responde pelos atos praticados pelos auxiliares como se fossem praticados
por ele. Implica tornar o devedor responsável pelos atos dos auxiliares.
É uma responsabilidade de pendor objetivo. Os auxiliares não respondem nd perante o
credor.

Comparação do artigo 800 com o artigo 500 CC


Para se aplicar o artigo 500 temos que estar perante uma comissão...

O contrato bilateral é um típico contrato sinalagmático há uma contraprestação.


Atencao a estes aspectos no âmbito dos contratos bilaterais:

Condição resolutiva tácita


Se não houver o cumprimento por uma das partes dá a outra parte a possibilidade da
resolução do contrato.
O incumprimento definitivo dá lugar a resolução do contrato.

Cfr. Artigo 801/2 CC

Resolução de contrato: Declaração unilateral recepticia que é motivada.

Excepção de não cumprimento do contrato 428 CC


Se há diferença de tempo para o cumprimento da prestação em que o primeiro não
cumpre, a outra parte pode invocar a exceção e que lhe permite também não cumprir
como sendo a parte fiel.

A grande questão que se coloca no âmbito dos contratos bilaterais

Incumprimento (interesse) contratual negativo: Colocar a parte fiel na posição em que se


encontrava antes da celebração do contrato. Cfr. Artigo 434 CC

Colocar o credor na situação em que estaria se o contrato tivesse sido cumprido.

INTEGRALIDADE 563
O Prof. Menezes cordeiro entende que não podemos esta a preocupar-se com o
interesse contratual positivo ou negativo mas sim com a indemnização nos termos do
artigo 563 CC.

Impossibilidade culposa 801/1, 802/1.

CUMPRIMENTO DEFEITUOSO ARTIGO 799 CC, 913, 1139 CC o cumprimento


defeituoso é naquelas situações em que se cumpre mas mal.

PRESSUPOSTOS
- tem de haver um INCUMPRIMENTO de deveres assessórios;
- defeito ou não conformidade aquilo que foi contratado;
- defeito tem de ser relevante;
- o cumprimento defeituoso provoca danos típicos, diferentes dos danos da mora e dos
danos do cumprimento definitivo.
CONSEQUÊNCIA
Responsabilidade: Obrigação de indenizar art. 799 e 798 CC
Pode haver também uma mera redução do preço...
DECLARAÇÃO DE NÃO CUMPRIMENTO
O que fazer ao devedor neste caso?

Construções de regras na doutrina:

Ver se a obrigação já está ou não vencida;


Se a Obrigação já está vencida não faz qualquer sentido para o credor fixar um prazo
admunitoria para o devedor cumprir.

Se a obrigação não está vencida, não parecer fazer muito sentido deixar o contrato
correr normalmente até o contrato se vncer pois, o devedor já tinha declarado quem não
cumpriria a Obrigação. Nestes casos o credor pode acelerar o contrato nos termos do
artigo 808 CC (interpelando o devedor para cumprir), e dizer ao devedor que tem um
período X para cumprir sob pena de incumprimento definitivo.

Numa obrigação pura, ela se vence com a interpelação do devedor.

Cfr artigo 817 CC


827 ss
Sanção pecuniária compulsória só existem em Portugal em casos de prestação de facto
infungivel.
Obras literárias

CLÁUSULAS DE EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE


Cláusulas postas no contrato e que determinam que em caso de incumprimento o
devedor nada deve. Vedado pelo artigo 809 CC

Ver artigo 800/2 CC


Para professor Pinto Monteiro, As cláusulas de exclusão de responsabilidade são válidas
desde que haja culpa leve do devedor.

É admissível que as partes limitem as liberdades no âmbito do artigo 405 CC

Cláusula penal artigo 810 a 812 CC


Modalidades das cláusulas penais: só percebemo-las pela interpretação do contrato é
que sabemos se é uma ou outra modalidade:
-Verdadeira pena contratual;
-Fixação antecipada de danos.

Artigo 812 é uma norma excepcional material e não sujeita-se a aplicação analógica.

PENALTY CLAUSE É PURAMENTE COMPULSÓRIA

Aula do dia 17.02.2020


Eficácia externa das obrigações
Pós eficácia das obrigações (culpa pós facto finito)

Eficácia poe-se a questao de saber se o contrato celebrado entre A e B pode ser oposto
por um terceiro.

O cumprimento é um modo de extinção por excelência das obrigações.

Apesar disso, há situações em que os contratos possam ser ressuscitados.

Aula do dia 18.02.2020


CONTINUAÇÃO

As obrigações têm efeito apenas entre as partes, credor e devedor. Isto é a relatividade
estrutural das obrigações.
Cfr. Artigo ,406 CC por via da regra, os contratos produzem efeitos apenas entre as
partes. Mas excepcionalmente há situações em que os contratos produzem EFEITOS
relativamente em relação aos terceiros.
Cfr artigo 443

Obs: para a doutrina clássica único que se pode responsabilizar é o devedor. Mas hoje
em dia ninguém defende esta ideia.

A construção intermédia:
A construção geralmente mais seguida manda aplicar a figura do abuso de direito
porque segundo eles o terceiro está a ajudar da autonomia privada e da liberdade de
contratar.

Mas há uma terceira construção que entende que se olharmos bem para o código civil o
terceiro não é arte de contrato mas no entanto diz essa doutrina se olharmos bem para o
artigo 483 conseguimos responsabilizar o terceiro.
Defendida por prof. Santos Júnior.

O professor Santos junior entende que os outros estão a ler mal o código como se
estivessem na Alemanha.
Para providenciar situações em que o ordenamento jurídico confere um direito subjetivo
a alguém para atuar. Artigo 823 BGB

Se o terceiro não sabe da existencia do contrato e depois o devedor pratica um ato que
determina o incumprimento por causa disso, neste caso não há eficácia exterior do
contrato salvo se o terceiro soubesse da existência do contrato e do seu conteúdo.

Se olharmos para a construção intermédia, o problema não se encontra na ilicitude.


Para adoutrina intermédia o abuso de direito resolve a ilicitude.

Para a doutrina moderna ...

CULPA POST FACTUM FINITUM


Nasce da constatacao que em alguns casos a boa fe impõe deveres assessorios de
modo que não ponham em causa ou frustrem a finalidade do contrato.

Deveres assessórios de boa fé:


Deveres de Informação
Deveres de lealdade
Deveres de proteção

Dever de não respeitar o crédito alheio.


A pós eficácia das obrigações existe e é aplicada.

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