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Li

çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

PARTEI

I
NTRODUÇÃOGERALAODI
REI
TODAFAMÍ
LIAEDASSUCESSÕES

1. Enquadr
ament
otr
adi
cionaldo Di
rei
to da Famí
li
a e do Di
rei
to das
Sucessõesenquant
oRamosdoDi
rei
toCi
vi
l

Naópt
icat
radi
ci
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rei
todaf
amí
l
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der
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amos
deDi
rei
toci
vi
linst
it
uci
onalenãoDi
rei
toCi
vi
lComum comoasobr
igaçõeseos
di
rei
tosr
eai
s.

Mas,
segundoacl
assi
fi
caçãoger
mâni
cadasr
elaçõesj
urí
dicas,
édi
rei
toquese
enquadr
anodi
rei
topr
ivado.

Pode-
seent
ãoper
gunt
ar:
ser
áqueodi
rei
todaf
amí
l
iaér
eal
ment
eum di
rei
to?

Jemol
o,af
ir
maqueaf
amí
l
ianãopodeserr
eduzi
daaumaconcepçãoj
urí
dica.
Éum i
nst
it
utopr
é-j
urí
dico,
cuj
aessênci
anãoésuscept
ível
deserabar
cadapel
a
l
ei.Por
queéconst
it
uídoporaf
ect
os,v
alor
esi
mat
eri
ais,et
c.Di
zqueaf
amí
l
ia
apar
ecesempr
ecomoumai
l
haqueomardoDi
rei
topodet
ocar
,ousej
a,sóum
bocadi
nhopodeodi
rei
tor
egul
arouent
rarnaf
amí
l
ia.

Car
bonni
er,consi
der
adocomopaidoDi
rei
todaFami
l
iarf
rancês,escr
eveu
di
zendoqueodi
rei
tonãoest
ápr
esent
eem t házonasdenondr
udo, oit
.Sónum
cer
tonúmer
oder
elaçõeshumanaséqueodi
rei
tot
eri
avocaçãot
écni
capar
a
est
arpr
esent
e.Nav
idaf
ami
l
iarosi
ndi

duossópr
ati
cam odi
rei
todel
onge,
quando não épossí
velagi
rdeout
raf
orma.Ex.Cel
ebr
arcasament
o.Mas
depoi
sdi
stov
ivem comoseodi
rei
tonãoexi
sti
sse,
longedel
e.

Par
ael
e,onondr
oitéaessênci
aeoDi
rei
tooaci
dent
e.Est
esóent
raem cena
quandoéchamadopel
avont
adeexpr
essadepel
omenosum dosi
nter
essados.

Noent
ant
o,nenhumadessasposi
çõesneganat
urezaj
urí
dicaaoDi
rei
toda
Famí
l
ia.

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Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Masodi
rei
todaf
amí
l
iat
ambém seconsi
der
acomoDi
rei
toPr
ivado,
em v
irt
ude
decont
ernor
masdedi
rei
topenal
,fi
scal
,desegur
ançasoci
al,
etc.

Aquel
asnor
masquer
egul
am auni
ãodef
act
o,aconv
ivênci
aem economi
a
comum,nor
masdoCC,benef
íci
osquesedãonaadmi
nist
raçãoPúbl
i
caaos
pai
s(l
i
cençasdemat
erni
dade,pat
erni
dade,abono,et
c.)
,acabaent
ãoodi
rei
to
daf
amí
l
iacont
erumapar
tedodi
rei
tonãoci
vi
ldaf
amí
l
ia.ODi
rei
todaf
amí
l
ia
em sent
idoampl
o.

Oquenosi
nter
essanest
acadei
raéest
udarodi
rei
todaf
amí
l
iav
igent
enoCC-
noseul
i
vroI
V.

Def
ende-
set
ambém quenodi
rei
todaf
amí
l
iaexi
stem mai
snor
masi
njunt
ivas,
i
mpost
ascoact
ivament
epel
oest
adocomoéocasode:

 Di
vór
cio;

 Regul
açãodoexer
cíci
odopoderpat
ernal

 Est
abel
eci
ment
odaf
il
iação

 I
mpugnaçãodapat
erni
dade,
etc.

Tudo i
sto acabaporcont
radi
zero seucar
áct
erpr
ivado,por
queno di
rei
to
pr
ivadoháaquel
aidei
adel
i
ber
dade,deaut
onomi
apr
ivada.Ser
áquenãoser
ia
mel
horconsi
der
á-l
oDi
rei
toPúbl
i
co?

Cl
aroquenão!

Énecessár
iosempr
e,umai
nter
vençãoest
atal
.

Nodi
rei
todaf
amí
l
ia,osgr
uposf
ami
l
iar
esnãosãoent
espúbl
i
coseosseus
membr
osact dosdoi
uam despi usi
mper
ii
.

Pori
sso,odi
rei
todaf
amí
l
iaédi
rei
toci
vi
l,éum Di
rei
toPr
ivadoComum.As
suasnor
masdi
sci
pli
nam acondi
çãonor
mal
daspessoas.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
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aM

Ref
erenci
aaoobj
ect
odoDi
rei
todaf
amí
li
aeaododi
rei
todassucessões

Naor
ient
açãot
radi
ci
onal
,oobj
ect
ododi
rei
todaf
amí
l
iaéai
nst
it
uição“
famí
l
ia”
,
ousej
aogr
upodepessoasuni
dasent
resi
porr
elaçõesj
urí
dicasf
ami
l
iar
es.

Oobj
ect
ododi
rei
todassucessõesser
ia,ai
nst
it
uição“
sucessão”
,ou sej
aa
t
ransmi
ssãopormor
tedesi
tuaçõesj
urí
dicaspat
ri
moni
ais.

NoCCencont
ramosadef
ini
çãodasucessãomasnãodaf
amí
l
ia.Ser
áque
exi
steal
gumadi
fi
cul
dadedeconceberumanoçãopar
ael
aouser
ápor
quese
di
zquear
eal
i
dadef
ami
l
iarv
ari
aem f
unçãodot
empoedoespaço?

Sej
acomof
or,adout
ri
nadef
ini
uebem af
amí
l
ia,j
ust
ament
enosmol
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queoconhecemos comoel
aéent
endi
da.I
stoé:

Como gr
upo depessoasuni
dasent
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j
urí
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li
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goel
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urí
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it
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l
ho,
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ant
eeadopt
ado.

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amí
l
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uge,par
ent
esaf
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ant
ese
adopt
ados.Pori
ssoem sent
idoj
urí
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erv
ári
asf
amí
l
ias:

 Conj
ugal

 Par
ent
al

 Umaf
amí
l
iaporaf
ini
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 Eumaf
amí
l
iaadopt
iva.

Todas as modal
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amí
l
ia em sent
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urí
dico não t
êm a mesma
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elev
ânci
a/i
mpor
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rei
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amí
l
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olui
uev
aisempr
eev
olui
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nossa r
eal
i
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nda não ent
rou mas v
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teza mexercom as
l
egi
slaçõesquandof
icar
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i
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ocr
iaçãoi
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tr
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prov
etas,
etc.

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ect
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todaf
amí
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sedef
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obaasr
eal
i
dades
queseassemel
ham àsr
elaçõesf
ami
l
iar
esnomi
nadas,
comoéocasodaUni
ão

46
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çõesdoDi
rei
todaFamí
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aedasSucessões Manuel
aM

deFact
o.

Est
assi
tuaçõessão:uni
ãodef
act
o,r
elaçãoent
reesposados,r
elaçãodeex-
cônj
uges,
avi
daem economi
acomum,
arel
açãoent
ret
utorepupi
lo,
arel
ação
ent
reumapessoaeaquel
aqueacr
iaesust
ent
a.

Ser
áocr
it
éri
odeaf
ect
oquedev
esert
omadopar
ael
encarasr
elaçõespar
a
f
ami
l
iar
es?Seassi
m f
osset
erí
amosumal
i
stai
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ndáv
elder
elaçõespar
a
f
ami
l
iar
es.Ex:
ami
gosquemor
am j
unt
os,
col
egasdaescol
a,et
c.

Dev
eserocr
it
éri
odeef
eit
osj
urí
dicos.O cr
it
éri
odecoi
nci
dênci
adeef
eit
os
j
urí
dicos,
comoéocasodaeconomi
aem comum,
uni
ãodef
act
o,r
elaçãoent
re
t
utorepupi
l
oqueéi
gual
àdeum pai
efi
l
ho.

AUTONOMI
A CI
ENTI
FICA E DI
DACTI
CA DO DI
REI
TO DAS SUCESSOES
PERANTEODI
REI
TODAFAMI
LIA

Embor
aodi
rei
todassucessõesnamai
orpar
teseguecomocont
inuaçãodo
di
rei
todaf
amí
l
ia,nãosepodeacei
tarest
acont
inuação,ousej
aodi
rei
todas
sucessõesoper
aexcl
usi
vament
eem benef
íci
o dosf
ami
l
iar
es.A sucessão
oper
atambém em benef
íci
odeout
raspessoasquenãosãof
amí
l
iasdoDe
Cuj
us,comoosami
gos,
oEst
ado,
etc.Háquem ent
endaqueest
auni
fi
caçãosó
t
rouxedi
fi
cul
dadeaosdi
scent
eseumagr
andeext
ensãodacadei
ra.

DI
REI
TOESTATALEDI
REI
TOCONSUETUDI
NÁRI
O

Onossoest
udov
ail
i
mit
ar-
seapenasaodi
rei
toest
atalporv
ári
asr
azõesque
podem conhecer
.

FONTESDODI
REI
TODAFAMI
LIA

Aoci
ngi
rmosapenasaodi
rei
toest
atali
mpor
tar
efer
ir
,ent
ãoasf
ont
esdest
e

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

r
amodeconheci
ment
o:

 AConst
it
uição,
art
.14º
,24º
,25ºe26ºsobr
etudo.

 Ol
i
vroI
VdoCódi
goCi
vi
l

 OCódi
godeRegi
stoCi
vi
l

 Lei
s3e6de1976

 Est
atut
odaAssi
stênci
aJur
isdi
cional
deMenor
es,
apr
ovadopel
oDecr
eto
nº417/
71de29deSet
embr
o

 Conv
ençõessobr
eodi
rei
todascr
ianças,
etc.

ASRELAÇOESJURI
DICASFAMI
LIARES

Mai
s uma v
ezo C.
C.não def
ine a r
elação j
urí
dica f
ami
l
iar
,um concei
to
i
mpor
tant
enodi
rei
todaf
amí
l
ia.Ocódi
goapenasenumer
aasf
ont
esder
elação
j
urí
dico-
fami
l
iarnoar
t.1576º
:casament
o,par
ent
escoaf
ini
dadeeadopção.

Cr
it
ica-
seol
egi
sl
adorci
vi
ldequeoel
encoconst
ant
edoar
t.1576ºéi
nfel
i
z
dadoqueopar
ent
escoeaaf
ini
dadenãosãof
ont
esouf
act
osconst
it
uti
vosde
r
elaçõesf
ami
l
iar
es.El
assãoel
açõesj
urí
dicasf
ami
l
iar
esenãof
ont
es.

Segui
ndoal
ógi
cadassi
tuações,
afont
edo:

 Par
ent
esco épr
ocr
iaçãoouger
ação

 Af
ini
dade éconj
ugaçãodocasament
oact
ocom apr
ocr
iação

 Casament
oest
ado Casament
oact
o

 Adopção(
est
ado) Ví
ncul
odaadopção

Um el
encomel
hordasf
ont
esdasr
elaçõesj
urí
dicasf
ami
l
iar
esser
ia:

 Casament
oact
o;

 Pr
ocr
iação;

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çõesdoDi
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todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Casament
oact
oconj
ugadocom apr
ocr
iação;

 EoAct
odaadopção.

Assi
m,f
aci
l
ment
esedepr
eender
iaque,af
inal
,asr
elaçõesj
urí
dicasf
ami
l
iar
es
são:ocasament
oenquant
oest
adoouar
elaçãomat
ri
moni
al,opar
ent
esco,a
af
ini
dadeeov
íncul
odaadopção.

Ocasament
oest
ádef
ini
donoar
t.1577ºcomocont
rat
oque….
.….
.

Est
a noção t
em em cont
a o casament
o act
o,poi
s o casament
o est
ado
cor
responder
á um v
íncul
o ent
re duas pessoas de sexo di
fer
ent
e que
cel
ebr
aram um cont
rat
oesecompr
omet
em aconst
it
uirf
amí
l
iamedi
ant
euma
pl
enacomunhãodev
ida.Ov
íncul
omat
ri
moni
alseconst
it
uipormei
odeum
cont
rat
onost
ermospr
escr
it
osnoCCeCRCcom asr
espect
ivasf
ormal
i
dades.

OPARENTESCO–ar
t.1578ºodef
inecomo….

Éumar
elaçãodeconsangui
nidade,del
açosdesangueent
reduaspessoase
det
ermi
na-
seporl
i
nhaseporgr
aus.Cadager
açãof
ormaum gr
aueasér
iede
gr
ausconst
it
uial
i
nhadepar
ent
esco– v
ideosar
ts.1579º
,1580º
,1581ºe
1582º
.

A AeBouAeC–Pai
efi
l
ho–1ºgr
audal
i
nhar
ect
a

B C BeC–i
rmãos–2ºgr
audal
i
nhacol
ater
al

D E CeDouBeE–Ti
oesobr
inho-3ºgr
audal
i
nhacol
ater
al
AeDouAeE-Av
oenet
o-2ºgrLR

DeE–pr
imos–4ºgrLC

O PARENTESCO na l
i
nha r
ect
a pode ser ascendent
e ou descendent
e,
consoant
epar
tamosdopr
ogeni
torpar
aodescendent
eouocont
rár
io.No
exempl
oquev
imos,
Aéascendent
ede1ºgr
audeB;Dédescendent
edo2ºgr
deA,
etc.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Também al
eidi
sti
ngueal
i
nhamat
ernadapat
erna.Podemosv
eri
ssoem
v
ári
osar
ti
gosdoCC.Porex:
art
.1952º
,nº3.

Ti
nofoinamoradoAna casoucom Rui Rui
namor
ounaj
uv udecom E
ent l
isa

Duar
te Bi
a Hel
ena Fr
anci
sco

Duar
te,
BiaeHel
enasãoi
rmãos–2ºgrLC–Li
nhaMat
erna–Ut
eri
nos

Bi
aeHel
enasãoi
rmãs-2ºgrLC– Ger
manos– Li
nhaMat
ernaePat
erna,
por
tant
opar
ent
escobi
l
ater
al–Dupl
oPar
ent
esco.

Bi
a,Hel
ena e Fr
anci
sco -2º grLC Pat
erna – Consanguí
neos,por
tant
o
Uni
l
ater
ais.

Jádi
ssemosat
rásqueaf
ont
edopar
ent
escoéapr
ocr
iação.Masosdev
eres
daíemer
gent
es só são at
endí
vei
s se a f
il
iação se encont
rarl
egal
ment
e
est
abel
eci
da,
art
.1797º
.

Af
il
iaçãoéum f
act
ojur
ídi
cosuj
eit
oar
egi
stoci
vi
lobr
igat
óri
o.Osseusef
eit
os
pr
oduzem-
seem qual
quergr
audal
i
nhar
ect
aeat
éaosext
ogr
audal
i
nha
col
ater
al,
art
.1582º
.Asuar
elev
ânci
avar
iaem r
azãodal
i
nhaedogr
au.Assi
m,
émai
srel
evant
ear
elaçãodepar
ent
escoqueemer
gedaf
il
iação-mat
erni
dade
oupat
erni
dade.Depoi
sseguear
elaçãodeav
ósenet
os;i
rmãosent
resi
;ti
oe
sobr
inho;
epr
imos,
etc.

O ef
eit
o dest
a hi
erar
qui
aver
if
ica-
se nos aspect
os r
elaci
onados com os
al
i
ment
os,
impedi
ment
osmat
ri
moni
ais,
poderpat
ernal
,naav
eri
guaçãoof
ici
osa
dapat
erni
dade,
napr
ior
idadesucessór
ia,
etc.

AFI
NIDADE,
art
.1584º

Éov
íncul
oqueuneum doscônj
ugesaospar
ent
esdoout
ro.

Senãoexi
sti
rcasament
oent
reduaspessoas,
nãohav
eráov
íncul
odaf
il
iação.
El
adet
ermi
na-
sepel
osmesmosgr
ausel
i
nhasquedef
inem opar
ent
escoenão

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

cessapel
adi
ssol
uçãodocasament
o,ar
t.1585º
.

Ac/cB AeB(
sogr
osdeE)sãoaf
insno1ºgr
auLRdeE

C Dc/cE D(
padr
ast
odeF)éaf
im no1ºgr
audeF(
ent
eado)

F C(
ir
mãodeDécunhadodeE)éaf
im 2ºgrdaLC

Jur
idi
cament
enãoexi
stenenhumar
elaçãoent
reospai
sdeum oudoout
ro
cônj
uge(
pai
sdeDeosdeE)compadr
es/
concunhados.

Os ef
eit
os da af
ini
dade t
ambém se f
azem sent
ir nos i
mpedi
ment
os
mat
ri
moni
ais.

Aobr
igaçãodeal
iment
osenquant
oef
eit
oasr
elaçõesj
urí
dicasf
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li
ares

Ar
t.2003ºss…….
/……………….

CARACTERI
SITI
CASDASSI
TUAÇOESJURI
DICASFAMI
LIARES

Assi
tuaçõesj
urí
dicasf
ami
l
iar
escar
act
eri
zam-
sepel
anat
urezaest
atut
ári
a,
i
ndi
sponi
bil
i
dade,
dur
abi
l
idadev
irt
ual
,oponi
bidadeer
l
i gaomni
set
ipi
cidade.

DI
REI
TOMATRI
MONI
ALEPARAMATRI
MONI
AL

AUNI
AOCONJUGAL

Noção

Oar
t.1577ºdef
ineocasament
ocomo…………….

O casament
o car
act
eri
za-
sepel
a cont
rat
ual
i
dade,di
ver
sidadedesexo das
par
tes,
pel
aassumpçãodocompr
omi
ssor
ecí
procodepl
enacomunhãodev
ida,
pel
apessoal
i
dadeepel
asol
eni
dade.

O casament
o cel
ebr
a-seper
ant
eum f
unci
onár
io admi
nist
rat
ivo.Porcausa

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

di
sso,
atr
ibui
-seaocasament
oanat
urezadeact
oadmi
nist
rat
ivo,
alegandoque
osnubent
est
êm demani
fest
arav
ont
adedecasarper
ant
eum f
unci
onár
ioe
que só a i
nter
venção dest
e conf
erev
alorj
urí
dico ao casament
o;que a
decl
aração de v
ont
ade dosnubent
esé apenasuma si
mpl
escondi
ção da
pr
áti
cadeum act
odopoderest
atal
.

Cl
aroqueest
aidei
anãoédeacei
tar
,por
quant
o,acondi
çãodaexi
stênci
ado
casament
onãoéapr
esençadof
unci
onár
iodor
egi
stoci
vi
l.Éadecl
araçãode
consent
iment
odosnubent
esquet
em opapelpr
inci
pal–ocasament
oési
m
act
odedi
rei
topr
ivado

Aspar
tesgozam deal
gumamar
gem deaut
onomi
a,podendodeci
dirquando
casar
,com quem casar
,est
ipul
arsobr
eomododecumpr
iment
osdosdev
eres
conj
ugai
slegal
ment
eimpost
os,
nost
ermospossí
vei
s.

Ar
elev
ânci
adasi
mul
açãocomov
íci
odoact
omat
ri
moni
al,t
ambém r
efor
çaa
suanat
urezar
evogáv
el.

Of
unci
onár
ioi
nter
vém masnãomodi
fi
caanat
urezadoact
ocomoacont
ece
com acompr
aev
endadei
móv
eisondei
nter
vém onot
ári
osem noent
ant
o
mudarot
ipocont
rat
ual
.

Ocompr
omi
ssor
ecí
procoqueassumem,
env
olv
eosdi
ver
sosdev
erespr
ópr
ios
docasament
o.Env
olv
easpect
ospessoai
sepat
ri
moni
ais.

Ocasament
oécel
ebr
adosegundoasdi
sposi
çõesdoCCoquedemonst
raa
suasol
eni
dade/
ser
iedade,
art
.1615º
.

Éum cont
rat
opessoalnamedi
daem queéi
ndi
spensáv
elapr
esençados
nubent
es,com excepçãodeum del
essef
izerr
epr
esent
arporum pr
ocur
ador
,
ar
t.1616ºal
.a)
.

Em f
im,
ocasament
oéum cont
rat
oespeci
alnamedi
daem quei
nfl
uinaesf
era
pessoal
epat
ri
moni
aldaspessoas.Éum cont
rat
ofami
l
iar
.

MODALI
DADESDECASAMENTO

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

O casament
oci
vi
lnãoéaúni
caf
ormapossí
veldecasament
o.Mast
erão
v
igênci
ananossaor
dem j
urí
dica?Cl
aroquenão!

Exi
stem v
ári
asmodal
i
dades:

Casament
orel
i
giosoobr
igat
óri
o–oEst
ador
econheceef
icáci
aci
vi
lapenasa
est
eti
po.I
mpl
i
caqueoEst
adoadopt
aum t
ipor
eli
gioso.

Casament
oci
vi
lobr
igat
óri
o -o Est
ado r
econhece apenas os casament
os
cel
ebr
adosegundooCC.Porexempl
o:Fr
ança,
Gui
né-
Bissau.

Casament
oci
vi
lfacul
tat
ivo–sãoconf
eri
dosef
eit
oci
vi
squeroscel
ebr
ados
sobf
ormaci
vi
lcomor
eli
gioso.

Casament
o ci
vi
lsubsi
diár
io – o Est
ado r
econhece o casament
orel
i
gioso
admi
ti
ndoocasament
olai
copar
aoscasosqueéconsi
der
adol
egí
ti
mopel
a
i
grej
a.

Em I
ngl
ater
raencont
ramosv
erdadei
roexempl
odecasament
oobr
igat
óri
o.

A nov
a l
ei i
ngl
esa pr
evê a abol
i
ção do casament
o f
acul
tat
ivo e a
i
mpl
ement
açãol
egal
docasament
oobr
igat
óri
o.E,
nost
ermosdest
anov
alei
:

 Um casalquecoabi
teet
enhaopr
imei
rof
il
ho,t
eráaut
omát
icae
i
medi
atament
e os mesmos di
rei
tos de her
ança de um casal
casado.
 Um casal
sem f
il
host
eráomesmodi
rei
todeher
ançasdeum casal
casadoaof
im deci
ncoanosdecoabi
tação.

 Um casalsem f
il
hos que coabi
te,e ao f
im de doi
s anos de
coabi
taçãoeem casodemor
tedeum dosmembr
osdocasal
,o
membr
osobr
evi
vent
eter
ádi
rei
toamet
adedosbenseor
est
oser
á
at
ri
buí
doàf
amí
l
iadof
aleci
do(
a).

I
stosi
gni
fi
caqueem I
ngl
ater
ra,
eapar
ti
rdaapr
ovaçãodal
ei,
umapessoaser
á
casadasem quer
erest
arcasada.Aúni
caf
ormadeumapessoanãosecasar
,

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

ser
ávi
vendosozi
nho(
a).Apar
ti
rdomoment
oqueum casal
passeav
iverj
unt
o,
e mesmo que não se quei
ra casar nem t
er f
il
hos,passa a est
ar
aut
omat
icament
ecasado.Ocasament
opassaaserobr
igat
óri
o.

Háquem ent
endaquea

ext
inçãodocasament
onat
uralt
radi
cional
,rest
ri
ngeal
i
ber
dadei
ndi
vi
dualdo
ci
dadãoi
mpondoexact
ament
eacont
rat
ual
izaçãodocasament
otr
adi
cional
mas sem cont
rat
o assi
nado.A par
ti
rdaqui
,toda e qual
queri
mposi
ção
t
otal
i
tár
iaem r
elaçãoàv
idapr
ivadadaspessoasser
álegi
ti
mada.

PROMESSADECASAMENTO,
art1591ºss

Apr
omessadecasament
oquesechamav
aesponsai
soudedesposór
ios,éo
cont
rat
odepel
oqualduaspessoasdesexodi
fer
ent
ecompr
omet
em acont
rai
r
mat
ri
móni
o.

Requi
sit
os:

Est
einst
it
utof
azobser
vardeper
tooar
t.410º
,nº1quedet
ermi
naaapl
i
cação
aocont
rat
o-pr
omessaasdi
sposi
çõesl
egai
srel
ati
vasaocont
rat
opr
omet
ido.

Assi
m:

 Sópodecel
ebr
arpr
omessadecasament
oquem t
ivercapaci
dade
par
acel
ebr
arocasament
o;

 Oobj
ect
odapr
omessadev
eserl
egal
ment
epossí
vel
,ar
t.280º
,nº
1;

 Nãodependedaobser
vânci
adeumaf
ormaespeci
al,ar
t.219º
;
exempl
o:opedi
dodecasament
opodeserf
eit
over
bal
ment
ee
acei
te.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Aof
ert
adoanel
denoi
vadocol
ocadonodedo,
etc,
etc.

 Mas, como o casament


o exi
ge um document
o ent
ão [
e
necessar
ioqueosesponsai
sescr
evam al
gumacoi
sapar
ad

Osi
mpl
esnamor
onãoét
idocomopr
omessadecasament
o.

Ef
eit
os:
art
.1591º

 Nãoépassí
veldeexecuçãoespecí
fi
ca,ousej
a,nãodádi
rei
toa
deexi
giracel
ebr
ação;

 Dádi
rei
toai
ndemni
zação,
art
.1594º
,

 Os benef
ici
ári
os da i
ndemni
zação podem ser o esposado
i
nocent
e.

 Ospai
sout
ercei
rosquet
enham agi
doem nomedospai
s.

 Ai
ndemni
zaçãoéf
ixadasegundoopr
udent
ear
bít
ri
odoj
uiz
,ar
t.
1594º
,nº3,
1592,
1593º

 Caduci
dadedaacção,
1595º

REQUI
SITOSDEFUNDODOCASAMENTOCI
VIL

1. Apossi
bil
i
dadel
egal(
ainexi
stênci
adecasament
oent
reduaspessoas
domesmosexo)

Ahet
erossexual
i
dade

Adi
ver
sidadedesexoéum dosr
equi
sit
osdef
undodocasament
o.O CCo
r
efer
eexpr
essament
enoar
t.1577º
.Fal
tandoest
erequi
sit
oocasament

j
uri
dicament
einexi
stent
e,ar
t.1628º
,al
e).

Ser
áest
aimposi
çãoumai
nconst
it
uci
onal
i
dade,umav
iol
açãodopr
incí
pioda
i
gual
dade?

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Al
gunsaut
oressust
ent
am queaadmi
ssi
bil
i
dadedocasament
odaspessoas
domesmosexoéumaaut
ênt
icaameaçaàsubsi
stênci
adasoci
edadet
alcomo
o conhecemos.Na v
erdade a admi
ssi
bil
i
dade dest
efenómeno col
oca a
soci
edadeem r
isco.Seamai
ori
adasoci
edader
esol
verv
iverumacomunhão
homossexual
,aol
ongode20,50anosnãohav
erápr
ocr
iaçãoeasoci
edade
t
ender
áem ext
ingui
r-
secom amor
tedosv
elhosedosúl
ti
mospr
ocr
iados.

2. CAPACI
DADE

Out
ror
equi
sit
odef
undodocasament
oéacapaci
dadeci
vi
l.Têm capaci
dade
par
a cont
rai
rtodos aquel
es em quem não se v
eri
fi
ca os i
mpedi
ment
os
mat
ri
moni
aispr
evi
stosnal
ei,
art
.1600º
.

Or
a,i
mpedi
ment
osmat
ri
moni
aissãoci
rcunst
ânci
asquedequal
quermodo
obst
am àr
eal
i
zaçãodocasament
o.

Consoant
eacl
assi
fi
cação,osi
mpedi
ment
osest
ãosuj
eit
osaum pr
incí
piode
t
ipi
cidadeounão,
art
.1601º
,1602º
,1604º
.

Est
esi
mpedi
ment
ossãov
eri
fi
cadosant
esdecer
imóni
adocasament
oenão
só.Se houv
eral
gum i
mpedi
ment
o o casament
o não dev
e serr
eal
i
zado.
Cont
udo,mesmohav
endoi
mpedi
ment
oev
ieraserr
eal
i
zadoocasament
o,
podedet
ermi
naraanul
ação,
art
.1631ºouapl
i
caçãodesançõesespeci
aiscom
car
áct
erpat
ri
moni
al,
art
.1649ºe1650º
.

Sãoconcebí
vei
s4cl
assi
fi
caçõesdei
mpedi
ment
os:

I
mpedi
ment
osdi
ri
ment
esabsol
utos

I
mpedi
ment
osdi
ri
ment
esr
elat
ivos

I
mpedi
ment
osi
mpedi
ent
es

I
mpedi
ment
osdi
spensados.Nãoumav
erdadei
racl
assi
fi
cação

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

3. I
MPEDI
MENTOSDI
RIMENTESABSOLUTOS

Sãoaquel
esqueobst
am àcel
ebr
açãodecasament
odecer
taspessoascom
quem querquesej
a.São por
tant
over
dadei
rassi
tuaçõesdei
ncapaci
dade.
Aquel
eem quem sev
eri
fi
carum dessesi
mpedi
ment
osnãopodecasar
-secom
ni
nguém.

O casament
ocel
ebr
adocom al
gum i
mpedi
ment
odi
ri
ment
eacar
ret
aasua
anul
ação,ar
t.1631ºMast
ambém podem conv
ali
dar
-senost
emosdoar
t.
1633º
.

Naal
.a)encont
ramosaI
dadenúbi
lquecomeçaapar
ti
rdos16anos.Cont
udo
um esponsalde16anosémenor
.Pori
ssopr
eci
sadeconsent
iment
odospai
s
par
a poderse emanci
parpl
enament
e pel
o casament
o.Se não obt
erest
e
consent
iment
o,emanci
pa-
separ
cial
ment
eist
oé,nãopoder
áadmi
nist
raros
bensquel
evapar
aocasament
oenem est
esr
espondem pel
asdí
vi
dasque
cont
rai
rnest
eper
íodo,
art
.1649º
.

b)Demênci
anot
óri
a,env
olv
eademênci
adedi
rei
to(
int
erdi
çãoei
nabi
l
itação
poranomal
i
apsí
qui
ca)assi
m comoademênci
adef
act
o.Umapessoadement
e
éàquel
equenãopoder
egerconv
eni
ent
ement
easuapessoaouoseupr
ópr
io
pat
ri
móni
o.

Seai
ndanãof
orr
econheci
doj
udi
cial
ment
e,est
ademênci
adev
esercer
ta,
i
nequí
vocaenãoduv
idosa.Nãopr
eci
saserr
econheci
daaanomal
i
ament
al.
Mesmocasandonosi
nter
val
osl
úci
dos,ocasament
oser ado.A r
áanul ati

nãosóapr
otecçãodoout
rocont
raent
e,dei
nter
essepúbl
i
coeai
ndadeor
dem
eugéni
ca(
pret
ende-
seev
itarqueast
aras/
def
eit
osdodement
eset
ransmi
ta
par
aosf
il
hoseassi
m def
endert
ambém asoci
edade)esoci
al(
evi
tarquese
const
it
uam f
amí
l
iasquenãosej
am oseuconj
unt
osãút
il
).

Pensa-
sequeal
eiaper
toudemai
snest
eimpedi
ment
odadoquehácasosde
demênci
anot
óri
aouj
udi
cialquenãoobst
am ocasament
o.Temosanossa
dúv
ida.Quenãoser
iai
nconst
it
uci
onalest
anor
manamedi
daem quer
est
ri
nge
osdi
rei
tosdosci
dadãos.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Casament
oant
eri
ornãodi
ssol
vi
do,
art1601º
,al
c)

Vi
saev
itarabi
gami
a-umadascausasdaanul
abi
l
idade,1631ºal
.a)
.Também
podeconv
ali
dar
-se,ar
t.1633ºal
.c)
.Legi
ti
midade,ar
t.1639ºal
.c)
.Pr
azo,ar
t.
1643º
.

I
MPEDI
MENTOSDI
RIMENTESRELATI
VOS,
art
.1602º

Osi
mpedi
ment
osdi
ri
ment
esr
elat
ivosobst
am ocasament
odecer
taspessoas
ent
resi
.Sãocasosdei
l
egi
ti
midadeem sent
idot
écni
co.

Al
.a)Também env
olv
eaadopçãopl
ena.Comosabemosaadopçãopl
ena
ext
ingueasr
elaçõesent
reoadopt
adoeasuaf
amí
l
iabi
ológi
ca.Masi
ssonão
querdi
zerqueoadopt
adopodecasarcom aquel
esquef
oram seuspai
s.

O par
ent
escoeaaf
ini
dadet
êm queserr
espei
tadaquernaf
amí
l
iabi
ológi
ca
comonaadopção.O adopt
adoeseusdescendent
est
êm quer
espei
taros
i
mpedi
ment
osdopar
ent
escoeaf
ini
dadequerquant
oàf
amí
l
iabi
ológi
cacomo
naadopt
iva.

Osi
mpedi
ment
osdepar
ent
escoeaf
ini
dadev
isam ai
ndaev
itaroi
ncest
o,a
pr
áti
cadeact
ossexuai
sent
ref
amí
l
iaspr
óxi
mas.Mai
sumav
ez,porr
azõesde
or
dem eugéni
ca,
éti
casoci
aleai
ndaporr
azõesdamor
alsoci
al.

Noar
t.1602º
,al
.d)
,oi
mpedi
ment
oal
iconst
ant
eexi
gequehaj
acondenação
com t
rânsi
to em j
ulgado.Se houv
erapenas a acusação ou pr
onunci
a
(
despacho do j
uiz que acei
ta a acusação)ent
ão não ser
áimpedi
ment
o
di
ri
ment
emassi
mimpedi
ent
equeseencont
ranoar
t.1604º
,al
.e)
.

Oi
mpedi
ment
odoar
t.1602ºal
.d)t
ambém sef
undanacensur
abi
l
idadesoci
al
eét
icadeum casament
ocel
ebr
adocom al
guém quemat
ouout
ent
oumat
aro
cônj
ugedaquel
e.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

I
MPEDI
MENTOSI
MPEDI
ENTES

Est
as são as si
tuações que,embor
a obst
am o casament
o,não os t
orna
anul
ávelcaso sej
am r
eal
i
zados.Acar
ret
am cont
udo,sanções de car
áct
er
pat
ri
moni
al,
art
.1649º
,1650º
.

Sãoi
mpedi
ment
osi
mpedi
ent
esal
sa)
,b)
,c)
,d)
,e)ef
).

Oi
mpedi
ment
oimpedi
ent
epr
azoi
nter
nupci
alt
em queserr
espei
tadot
ant
opel
o
homem (
180di
as)comopel
amul
her(
300di
as)
.Seocasament
osedi
ssol
ver
pormor
te,
opr
azocont
a-seapar
ti
rdadat
adoóbi
to.

Sef
ordecl
aradaamor
tepr
esumi
dadecum doscônj
uges,ar
t.116º
,não
hav
eráaobser
vânci
ado pr
azo i
nter
nupci
al,si
mpl
esment
epor
quenão f
az
sent
ido.Poi
s,at
éadecl
araçãodamor
tepr
esumi
dacom t
rânsi
toem j
ulgadoos
cônj
uges j
á não habi
tav
am j
unt
os,o que di
ssi
pa t
odas as dúv
idas que
subj
azem est
eimpedi
ment
o.

Ar
ati
odest
eimpedi
ment
oassent
a

1. Nasr
azõesdeor
dem soci
al,sobr
etudonocasodev
iuv
ez.Ov
iúv
ooua
v
iúv
anãodev
ecasar
-senopr
azocur
tode2ou3meses,aol
ongodo
per
íododel
uto;

2. Na pr
ópr
ia est
abi
l
idade do segundo casament
o.Quem sai
u de um
casament
o dev
e aguar
darport
empo suf
ici
ent
e par
a não v
olt
ara
comet
erosmesmoser
rosquel
evar
am ao f
racasso do pr
imei
ro.O
segundocasament
onãodev
eser
vir
,nunca,der
efúgi
oouescudopar
a
esquecerasmágoasdoant
eri
or;

3. Amul
herdá-
seopr
azomai
slongodev
idoasuapr
ópr
iaconst
it
uição
f
ísi
ca.Vi
saest
repr
azoev
itarquai
squerdúv
idassobr
eapat
erni
dadedo
f
il
honasci
dodepoi o–at
sdosegundocasament urbat
iosangui
nis.No
ent
ant
o,como não dei
xa de acont
ecersi
tuações embar
açosas,o
l
egi
sladorpr
evi
uumasol
uçãoi
nter
médi
apar
aoscasosdedesr
espei
to
porest
eimpedi
ment
o.Assi
m,apr
esunçãopoder
áirpar
aosegundoou

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

pr
imei
ro mar
ido consoant
eof
il
ho t
enha nasci
do passado cent
oe
oi
tent
adi
asdepoi
sdacel
ebr
açãodosegundocasament
oouant
es,ar
t.
1806º
.Masamul
herpodev
err
eduzi
daest
epr
azo,
art
.1605º
,nº2.

Osi
mpedi
ment
osconst
ant
esno ar
t.1604º
,al
.b)
,c)d)são passí
vei
sde
di
spensa,v
ideoar
t.1609º
.Nãohav
endoadi
spensaocasament
ocel
ebr
ado
com est
esi
mpedi
ment
osi
ncor
rem nasançãopr
evi
stanoar
t.1650º
,nº2.

Éomi
nist
éri
odaj
ust
içaouot
ri
bunaldemenor
esquecompet
edardi
spensa
consoant
eoscasos.

Naal
.f)r
efer
em-
seosmenor
esde16e17anospoi
sai
dadei
nfer
ioraos16
v
em comi
nadonoar
t.1601ºcomoi
mpedi
ment
odi
ri
ment
eabsol
uto.Est
es
menor
est
êm queobt
eraaut
ori
zaçãodospai
s.Mas,seest
esnãoder
em a
aut
ori
zação por r
azões i
nfundadas a conser
vat
óri
a pode f
azer i
sso e
post
eri
orment
eot
ri
bunal
,ar
t.183ºssCRC.

Secasarsem aaut
ori
zaçãoouor
espect
ivosupr
iment
o,nãof
icapl
enament
e
emanci
pado.Sanção,
art
.1649º
.

OCONSENTI
MENTO-ar
t.1617º

Oconsent
iment
otem desermút
uosobpenadei
nexi
stênci
a,pur
o,si
mpl
ese
l
i
vre,
art
.1618º
.

Amani
fest
açãodev
ont
adeor
ient
a-sepel
opr
incí
piodapr
esenci
ali
dade,ar
t.
1617º
,ist
oé,av
ont
adedosnubent
essóér
elev
ant
equandomani
fest
adano
pr
ópr
ioact
o.

Or
ali
dade– oconsent
iment
otem queserpr
ofer
idopel
aspal
avr
assol
enes
i
mpost
aspar
aaacei
taçãodocompanhei
ro.

Av
ont
adedecasaréest
ri
tament
epessoal
,ar
t.1619º
,em r
elaçãoacada
nubent
e.Si
gni
fi
caqueacel
ebr
açãodocasament
onãoét
ransmi
ssí
velenem é
exer
cido at
rav
és de r
epr
esent
ant
e sal
vo nos casos pr
evi
sto na l
ei– a
cel
ebr
açãodocasament
oem queum dosnubent
esest
ejar
epr
esent
adopor

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

um pr
ocur
adorcom poder
esespeci
ais,ar
t.1620º
,nº1e2.Seosdoi
sse
f
izer
em r
epr
esent
arporpr
ocur
ador
esocasament
oéi
nexi
stent
e,ar
t.1628ºal
.
c)
.

Apr
ocur
açãonocasoadmi
ti
dodev
eobedecerosr
equi
sit
osde:

1. For
ma,i
stoé,serout
orgadapori
nst
rument
opúbl
i
cooudocument
o
escr
it
oeassi
nadopel
orepr
esent
ant
ecom r
econheci
ment
opr
esenci
al.

2. Fundo,
apr
ocur
açãodev
econt
eraconcessãodepoder
esespeci
aispar
a
oact
o,i
ndi
vi
dual
i
zaroout
ronubent
e,ar
t.1620º
,nº2.

Opr
ocur
adornão dev
eternunca ospoder
esdecel
ebr
arou não o
casament
oconf
ormeent
ender
,poi
sest
afacul
dadenãoécompat
ível
com ocont
eúdoi
mper
ati
vodef
ini
donoar
t.1620º
.Maspoder
ecusarde
casarseconst
ataral
gum i
mpedi
ment
o.

Fal
tadev
ont
ade,
div
ergênci
aent
rev
ont
adeeadecl
aração,
art
.1643ºss

Seav
ont
adedecasarf
alt
arout
enhasi
doext
orqui
daporcoacçãof
ísi
caou
mor
al,
ocasament
oéanul
ávelassi
m comosehouv
erer
roquant
oàpessoado
out
ronubent
e,ar
t.1635º

Al
egi
ti
midadepar
apedi
raanul
açãonest
escasosest
ápr
evi
stanosar
t.1640º
e1641º
.

Quant
oaoer
ro,est
etem der
ecai
rsobr
easqual
i
dadesessenci
aisdapessoa
docônj
uge,
tem deserdescul
páv
el(
aponder
açãodohomem médi
o),
essenci
al
(
ist
oé,
qual
querpessoaqueoconhecessenãoacei
tar
iasecasar
)epr
ópr
io(

af
acul
dade de o nubent
einocent
e opt
arse anul
a o casament
o com
f
undament
eem er
roouseanul
acom f
undament
oem i
mpedi
ment
odi
ri
ment
e.
Porexempl
opensouquet
inhai
dadenúbi
l
,masnav
erdadenãot
inha)
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

FORMALI
DADESDOCASAMENTO

Acel
ebr
açãodocasament
oest
ásuj
eit
aàsf
ormal
i
dadesest
abel
eci
dasnal
ei,
ar
t.1615º
.

Est
asf
ormal
i
dadespodem serav
eri
guadas

1. Ant
esdocasament
o–f
ormal
i
dadespr
eli
minar
es(
PPP)

2. Dur
ant
eacel
ebr
ação

3. Depoi
sdocasament
o–r
egi
stos

FORMALI
DADESPRELI
MINARES-ar
t.1610ºssCC

Ant
es da cel
ebr
ação do casament
o,os nubent
es dev
er,j
unt
o do da
conser
vat
óri
a,or
gani
zaropr
ocessopr
eli
minardepubl
i
cações.O casament
o
r
eal
i
zadosem pr
ocessopr
eli
minardepubl
i
caçõespodeserv
áli
domassegue
i
mper
ati
vament
eor
egi
medasepar
açãodebens,
art
.1720º
,al
.b)
.

Oobj
ect
ivodopr
ocessopr
eli
minardepubl
i
caçõeséav
eri
guaraexi
stênci
ade
i
mpedi
ment
os.Opr
ocessocomeçacom adecl
araçãodosnubent
esj
unt
oda
conser
vat
óri
ador
egi
stoci
vi
lsegui
dodasf
ormal
i
dadesi
nter
nas(
fi
xaçãode
edi
tal
,despacho,
etc.
)

Senodecur
sodopr
azodeedi
talapar
ecerporexempl
osi
nal
,denúnci
ade
al
gum i
mpedi
ment
o,amar
chadopr
ocessopr
eli
minarésuspensaat
équese
escl
areça,
cesseousej
adi
spensadooi
mpedi
ment
odet
ect
ado.

Énodecur
sodoPPPqueosesponsai
scel
ebr
am aconv
ençãoant
enupci
al,
podendoi
ncl
uirnel
ador
egi
medebensescol
hido,
asdoaçõespar
acasament
o,
ai
nst
it
uiçãoounomeaçãodoher
dei
rooul
egat
ári
o,aconv
ençãosobr
epar
ti
lha
de bens di
fer
ent
e do r
egi
me conv
enci
onado,cl
áusul
as de r
ever
são e
f
idei
comi
ssár
ia,
etc.

Fi
ndaest
apausaounãohav
endonenhum i
mpedi
ment
ooconser
vadorel
abor
a
o despacho f
inalque aut
ori
za os nubent
es a casar
,ar
t.1613º CC e o

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

casament
oécel
ebr
adosegundooar
t.1616ºssCCear
t.192ºssCRC.Éaqui
que se obser
vam as f
ormal
i
dades de r
eal
i
zação do casament
o.Dev
e-se
demonst
raraquit
odaapubl
i
cidadeesol
eni
dadedo casament
o conf
orme
est
ipul
aosar
ti
gosmenci
onados.

FORMALI
DADESPOSTERI
ORES–r
egi
stos

Asf
ormal
i
dadespost
eri
oresdocasament
ocompor
tam ar
eal
i
zaçãodor
egi
sto
quepodeserpori
nscr
içãoout
ranscr
içãoconsoant
eocasament
otenhasi
do
cel
ebr
adoporum f
unci
onár
ioder
egi
stoci
vi
lounão,
art
.1651ºsseCRC.

Or
egi
stof
azr
etr
oagi
rosef
eit
osdocasament
oàdat
adacel
ebr
ação,
art
.1670º
.

CASAMENTOSURGENTES,
art
.1622ºssCC195ºssCRC

Ocasament
our
gent
eéaquel
equeécel
ebr
adosem aobser
vânci
adopr
ocesso
pr
eli
minardepubl
i
caçõesesem ai
nter
vençãodof
unci
onár
ioder
egi
stoci
vi
l.

Requi
sit
os:

1. Fundador
ecei
odemor
tedeum dosnubent
es

2. I
minênci
adepar
to

Ocasament
our
gent
etem quesercel
ebr
adonapr
esençade4t
est
emunhas2
duas das quai
s não dev
em serpar
ent
es sucessí
vei
s dos nubent
es.Est
e
casament
osegueor
egi
mei
mper
ati
vodasepar
açãodosbens,
art
.1720º
,al
.a)
.

Ocasament
our
gent
enãoéhomol
ogadosesev
eri
fi
carquef
oicel
ebr
adocom
al
gum i
mpedi
ment
o.Asf
ormal
i
dadesdopr
ocessopr
eli
minardepubl
i
caçõesé
queconcl
uem pel
ahomol
ogaçãoounão.Por
tant
oadi
spensadopr
ocesso
pr
eli
minardepubl
i
caçõeséi
l
usór
iapoi
s,acabaporsev
eri
fcarapost
i eri
ori
.

Senãopr
eenchert
ambém osr
equi
sit
osdecasament
our
gent
enãohav
eráa
homol
ogação.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

EFEI
TOSDOCASAMENTO

Oef
eit
oimedi
atodocasament
oconsi
stenaaquiçãodost
si atusdocasadoe
consequent
ement
enav
incul
ação aosdev
eresqueemer
gem dest
eest
ado:
dev
eresconj
ugai
s.

O st
atus decasado col
oca aspar
tesnuma si
tuação dei
ndi
sponi
bil
i
dade,
oponi
bidadeer
l
i gaomni
s,naexcl
usi
vi
dade,ousej
a,oanúnci
odopr
incí
pioda
monogami
a.

Depoi
sdar
eal
i
zaçãodocasament
ooEst
adonãosedesi
nter
essadel
ecomo
pr
etendi
a demonst
rar o Car
bonni
er.I
nvest
ir nel
e com t
odos os act
os
pr
eli
minar
eseda pr
ópr
ia cel
ebr
ação edepoi
sdei
xarandarao sabordos
cônj
ugesser
ianomí
nimoi
ncompr
eensí
vel
.

O casament
omudaj
uri
dicament
eav
idadaspessoas,nãosónasr
elações
ent
resimast
ambém em r
elação aost
ercei
ros.Est
areper
cussão ext
erna
j
ust
if
icaai
ndamai
sai
nter
vençãodoEst
adoem i azonadenon
nundaraquel
dr
oit
,oucomuni
carai
l
haaocont
inent
e.

Év
erdadequepormai
squecomunguem def
ormapl
enaav
idanuncav
ão
t
ransf
ormar
-seef
undi
r-
senumasópessoa,
nem t
erosmesmossonhospor
que
comungam ol
eit
o.Todav
ia,háumacomunhãoí
nti
maext
ensaepr
ofundade
duasv
idas.

Di
sti
nguem-
seosef
eit
osem pessoai
sepat
ri
moni
ais

Osef
eit
osdocasament
osãopessoai
sepat
ri
moni
ais,ou,pr
edomi
nant
ement
e
pessoai
soupr
edomi
nant
ement
epat
ri
moni
ais.I
stopor
quequaset
odosel
es
congr
egam si
mul
taneament
e ef
eit
os das duas si
tuações mas com
pr
edomi
nânci
apar
aunsoupar
aout
ros.

Quandosef
aladosef
eit
osdocasament
oháquet aost
omarem cont atusde
casado.Est
eest
adomodi
fi
cadecer
tomodoav
idadoscônj
uges.Porexempl
o
não podem se casar com out
ras pessoas enquant
o não est
iver
em
desv
incul
adosdoant
eri
orcasament
o.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Éi
mpor
tant
elembr
art
ambém quei
mper
anar
elaçãomat
ri
moni
alopr
incí
piode
i
gual
dadedoscônj
uges.

Osdev
eresconj
ugai
s

Os cônj
uges est
ão r
eci
procament
evi
ncul
ados aos dev
eres conj
ugai
s,ar
t.
1671º
.Est
esdev
eresi
ntegr
am onúcl
eoi
ntangí
veldacomunhãoconj
ugal
,poi
s
expr
imem um ent
endi
ment
olegaldaobr
igaçãodecomunhãot
endenci
alment
e
pl
enadev
idaaqueaspar
tesest
ãov
incul
adas.

Sãodev
eresconj
ugai
s:

 Respei
to

 Fi
del
i
dade

 Coabi
tação

 Cooper
ação

 Assi
stênci
a

Dev
erder
espei
to

Consi
steem nãol
esarahonr
a.Éum dev
erquesur
gecomoum r
efl
exoda
t
utel
ager
aldaper
sonal
i
dadef
ísi
caemor
al.

Ni
nguém est
áaut
ori
zadoav
iol
arosdi
rei
tosel
i
ber
dadespessoai
sdoout
ro.A
ni
nguém él
í
cit
oagi
rsi
stemat
icament
ecomoseest
ivessesozi
nho.Em v
ári
as
ci
rcunst
ânci
asoest
adodecasadoexi
geacadaum quesej
apr
udent
eno
exer
cíci
odosseusdi
rei
tosger
ais.

Dev
erdef
idel
idade

Oscônj
ugesest
ãor
eci
procament
eobr
igadosanãocomet
erem oadul
tér
ioe
nem mant
erl
i
gações amor
osas com t
ercei
ros.Al
guns aut
ores t
endem a
consi
der
arest
edev
ercomoum dev
erdedev
oção,dedi
cação,l
eal
dadeouboa-

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

f
é,dando-
oamenorconot
açãosexual
.Noent
ant
onãopodemosdesconect
ar
t
ant
oest
edev
erdoact
osexual
.Aexi
gênci
adaexcl
usi
vi
dadesexualdecor
re,
exact
ament
edei
magem l
egal
docasament
ocomocomunhãot
endenci
alment
e
pl
enadev
idaemonogami
a.

Por
tant
o,odev
erdef
idel
i
dader
esume-
seàpr
oibi
çãodoadul
tér
ioquedev
eser
ent
endi
donãosócom apr
áti
cadacópul
acompl
eta,
comoqual
querout
roact
o
sexualr
eal
i
zadocom t
ercei
ro.Ex:cópul
avul
var
,ocoi
toanal
,amast
urbação
com i
nter
vençãodet
ercei
ro,
em f
im,
act
odei
nti
midadesexual
.

Dev
erdecoabi
tação

Est
eimpõe a comunhão de l
eit
o,mesa e habi
tação.Comunhão de l
eit
o
si
gni
fi
car
iaapar
ti
lhadamesmaet
ambém apr
ati
cadeact
ossexuai
s.

Acomunhãodemesa,
nãoseconf
inaapenasai
dei
adet
omarr
efei
çõesj
unt
os,
mast
ambém,aumacomunhãodev
idaeconómi
ca.Masamai
orr
elev
ânci
a
dest
edi
rei
tor
esume-
senacomunhãodehabi
tação(
casademor
adadaf
amí
l
ia)
ecomunhãosexual
.Asr
azõesdeor
dem pr
ofi
ssi
onaleemi
graçãonãopoem
em causaest
edev
er.

Dev
erdecooper
ação,
art
.1673º

Est
e dev
erconsubst
anci
a-se na obr
igação de socor
ro e aux
íl
io mút
uo.
Obr
igação de os cônj
uges assumi
rem em conj
unt
o as r
esponsabi
l
idades
i
ner
ent
esàv
idaf
ami
l
iarquedeci
dir
am cr
iar
.

Ambos dev
em se apoi
arna v
ida ou pr
ofi
ssão de um ou out
ro.Aj
uda e
pr
otecçãoàpessoaoupat
ri
móni
odoout
ro.I
mpl
i
cat
ambém assi
stênci
ana
doença (
trat
ament
o ou r
ecuper
ação da t
oxi
codependênci
a,porexempl
o).
Cont
udo não si
gni
fi
ca i
sso,uma assi
stênci
a mar
ti
ri
zant
e.Par
a ev
itarest
a
si
tuaçãoal
eiconf
ereaoscônj
ugesodi
rei
todesedesv
incul
arem docont
rat
o
decasament
oat
rav
ésdoi
nst
it
utodedi
vór
cio.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Dev
erdeassi
stênci
a,ar
t.1673º

Cor
respondeaum dev
erdecumpr
iment
oest
ri
tament
epat
ri
moni
al,
env
olv
endo
pr
est
ações suscept
ívei
s de av
ali
ação pecuni
ári
a: obr
igação de pr
est
ar
al
i
ment
osedecont
ri
bui
rpar
aosencar
gosnor
mai
sdav
idaf
ami
l
iar
.Ambos
t
êm aobr
igaçãodeocor
reràsnecessi
dadesdoagr
egadof
ami
l
iar
.

Nodomí
niodonomeedaf
il
iação,osef
eit
osdocasament
ocompor
tam a
possi
bil
i
dadedequal
querdocônj
ugeadopt
aroapel
i
dodoout
roedecont
inuar
ausa-
lodepoi
sdocasament
odesdequenãosemost
rei
ndi
gnopar
atal
.

REGI
MEDEBENS–ART.1717ºSS

Regi
medebenséocompl
exodenor
masr
elat
ivasaosef
eit
osdocasament
o
que se pr
oduzem no pl
ano pat
ri
moni
aldur
ant
e a subsi
stênci
a do v
íncul
o
mat
ri
moni
al.

SegundooCCpodemost
err
egi
mest
ípi
coseat
ípi
cos.

Osr
egi
mest
ípi
cosdebenssãot
rês:

1. Comunhãoger
aldebens

2. Comunhãodeadqui
ri
dose

3. Separ
açãodebens

CONVENÇÕESANTENUPCI
AIS,
art
.1698º

Conv
ençãoant
enupci
aléum cont
rat
oacessór
iodocasament
o.Éoacor
dodos
nubent
es/
esponsai
s,dest
inadosa f
ixarou escol
hero r
egi
me de bensdo
casament
o.El
asupõeaexi
stênci
aev
ali
dadedocasament
o.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Sobr
eel
aimpendeumacondi
ti
oiur
is,
querdi
zer
,senãohouv
erocasament
oou
nãof
orv
áli
do,el
anãopr
oduz
iráef
eit
os,v
ideoar
t.1716º
.Just
ament
epor
causadasuanat
urezaacessór
ia.

Exi
steum pr
incí
piodel
i
ber
dadedef
ixaçãopr
evi
stanoar
t.1708º

Cont
eúdodaconv
ençãoant
enupci
al

 Podem escol
herum dosr
egi
mespr
evi
stosnal
eiouadopt
ando
um r
egi
meat
ípi
co,
art
.1698º
;

 Nãopodem t
ornarcomuni
cáv
eisosbensqueal
eiel
encacomo
i
ncomuni
cáv
eis;

 Nãopodem al
ter
arosdi
rei
tosedev
eresquerconj
ugai
scomo
pat
ernai
s,ar
t.1699º
,et
c.

 Podem i
ncl
uirna conv
enção,cl
áusul
a de r
ever
são,i
sto é,a
possi
bil
i
dadedeum bem doador
ever
terpar
aodoadornocasode
sobr
evi
veraodonat
ári
o.Podem osmesmosf
azer
em doações
ent
resi
eincl
uirest
acl
áusul
a;

 Podem i
ncl
uir Cl
áusul
afi
dei
comi
ssár
ia,ar
t.2286º
,cl
áusul
a
at
rav
és do qual
,o t
est
ador i
mpõe ao l
egado ou her
dei
ro
(
fi
duci
ári
o)oencar
godeconser
varaher
ançapar
aqueel
arev
ert
a,
apósasuamor
te,
afav
ordeout
rem (
fi
dei
comi
ssár
io)
;

 Podem conv
enci
onarapar
ti
lhadebenssegundoor
egi
menão
conv
enci
onado,
art
.1719º
;

 Podem cel
ebr
arei
ncl
uirnaconv
ençãoum pact
osucessór
iaa
f
avordeum del
esoudet
ercei
ro,
art
.1700ºss;

 Fazerdoaçõespar
acasament
o,ar
t.1753º

Aconv
ençãoant
enupci
alpodeserassi
nadasobcondi
çãoout
ermo,
art
.1713º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Capaci
dadepar
acel
ebr
araconv
ençãoant
enupci
al

Acapaci
dadedecel
ebr
araconv
ençãoant
enupci
alcoi
nci
decom adecasar
.
Todo aquel
equet
em capaci
dadedecasart
ambém t
em capaci
dadepar
a
cel
ebr
araconv
ençãoant
enupci
al,
art
.1708º
.

For
ma

A conv
ençãoant
enupci
alt
em deserf
eit
aporescr
it
urapúbl
i
ca.Edev
eser
r
egi
stado sob penadenão pr
oduzi
ref
eit
osem r
elação aost
ercei
ros.Em
r
elaçãoaosesposadospr
oduzef
eit
osi
ndependent
ement
edor
egi
sto.

Rev
ogação

Ant
es da cel
ebr
ação do casament
o,a conv
enção ant
enupci
alpode ser
r
evogadaoumodi
fi
cadaat
odoot
empo.Depoi
sdacel
ebr
açãodocasament
o
el
ator
na-
sei
mut
ávelem obedi
ênci
aaopr
incí
piodai
mut
abi
l
idadedosr
egi
mes
debens.

Aconv
ençãocaducaseocasament
onãof
orcel
ebr
adodent
rodeum ano,ou
seest
evi
eraseanul
ado,
art
.1716º
.

Comoj
áanunci
amosat
rás,
osr
egi
mest
ípi
cossãot
rês:

 Comunhãodeadqui
ri
dos

 Comunhãoger
aldebens

 Separ
açãodebens

REGI
MEDACOMUNHAODEADQUI
RIDOS-Regi
mesupl
eti
vo–

Or
egi
medecomunhãodeadqui
ri
dospodev
igor
arnumar
elaçãomat
ri
moni
al

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

por
que as par
tes o escol
her
am ou v
igor
ar supl
eti
vament
e por
que não
cel
ebr
aram aconv
ençãoant
enupci
alouest
afoicel
ebr
adamascaducououf
oi
decl
aradaasuai
nval
i
dade.

Éum r
egi
meondeencont
rar
emost
rêspat
ri
móni
osasaber
:benspr
ópr
iosde
cadaum eopat
ri
móni
ocomum,
ist
oé,

1. Pat
ri
móni
odomar
ido

2. Pat
ri
móni
odaesposae

3. Pat
ri
móni
ocomum

Ent
rapar
aopat
ri
móni
ocomum:

 Osbensadqui
ri
dosnaconst
ânci
adomat
ri
móni
ocom excepção
dassi
tuaçõespr
evi
stasnest
emesmocódi
go,
art
.1724º
,al
a);

 Opr
odut
odet
rabal
hodecadaum,
art
.1724º
,al
.b)
.

 Osbenshav
idospordoaçãooudei
xat
est
ament
ári
adet
ercei
ro,
desdequenãoi
ntegr
em al
egí
ti
maequeest
enãodet
ermi
nea
suai
ncomuni
cabi
l
idade;

 Osbensmóv
eissobr
equai
simpendem dúv
idassobr
ea sua
t
it
ular
idade,
art
.1725º
;

 Of
rut
odosbenspr
ópr
ios,
art
.1733º
,nº2;

 Osbensadqui
ri
dosmai
ori
tar
iament
ecom o di
nhei
ro oubens
comuns,
art
.1726º
,nº1;

 Osbensadqui
ri
doscom 50% dodi
nhei
rooubenscomum,ar
t.
1726º
,anal
ogi
cament
e.

Ser
ãobenspr
ópr
ios:

 Osmenci
onadosnoar
t1733º
,nº1;

 Osbensconst
ant
esnosar
t.1722º
,1723º
,1726ºem par
te,
1727º

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

em par
te,
1728º
,

 Osbensqueosdosnubent
esoucônj
ugest
enham r
ecebi
dodo
out
ropordoação.

REGI
MEDACOMUNHAOGERAL,
art
.1732ºss

Except
osehouv
erai
mposi
çãodoar
t.1720º(
imposi
çãodasepar
açãode
bens)
,osesponsai
spodem conv
enci
onarquev
igor
enoseucasament
o,o
r
egi
me da comunhão ger
al.É o úni
co r
egi
me que v
igor
a só quando f
or
escol
hidopel
osnubent
es.

Nest
eregi
meopat
ri
móni
ocomum éconst
it
uídoport
odososbenspr
esent
ese
f
utur
os que não sej
am except
uados no ar
t.1733º
nº 1.Est
a excepção
demonst
raqueor
egi
medacomunhãoger
alnãoexcl
uit
ambém aexi
stênci
ade
benspr
ópr
ios.

REGI
MEDASEPARAÇAODEBENS,
art
.1735ºss

Or
egi
medasepar
açãodebenspodev
igor
arpor
queaspar
tesoescol
her
am ou
por
quef
oii
mpost
aimper
ati
vament
e,ar
t.1720º
.Nest
eregi
menãohábens
comuns.Cada cônj
uge conser
va a pr
opr
iedade dos bens l
evados par
ao
casament
oassi
m comoosadqui
ri
dosnasuaconst
ânci
a.

Cadaum podedi
sporl
i
vrement
edosseusbens.

Hav
endo dúv
idassobr
ea t
it
ular
idadedeal
gunsbensmóv
eis,pr
esume-
se
per
tenceraambosem r
egi
medecompr
opr
iedade,ar
t.1736º
.Osbensque
per
tencem em compr
opr
iedadeaoscônj
ugesnãosãobenscomuns.Nest
e
sent
ido é per
ti
nent
e di
sti
ngui
r comunhão conj
ugal com a
compr
opr
iedade/
cont
it
ular
idade, poi
s, a comunhão conj
ugal de bens
cor
respondeaumacont
it
ular
idadedemãocomum oucomunhãoger
mâni
ca.
Aquioscônj
ugessãot
it
ular
esdeum úni
codi
rei
to,sobr
eochamadobem
comum.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Acompr
opr
iedadet
em nabaseumapl
ural
i
dadededi
rei
tosdamesmaespéci
e
quer
ecaem sobr
eomesmobem.Aquiháquot
asnov
erdadei
rosent
idodo
t
ermo.

Acont
it
ular
idadecessacom adi
vi
sãodacoi
saeest
adi
vi
sãopodeserexi
gida
at
odoot
empoporqual
querdel
essenãoi
ncl
uír
em umacl
áusul
adei
ndi
vi
são,
ar
t.1412º
.

Podeadi
vi
sãoserf
eit
aami
gav
elment
eouporv
iaj
udi
cial
.

Asquot
aspodem di
ver
gir(
nãoser
em i
guai
s),
art
.1403º
,nº1;

Aadmi
nist
raçãodosbensdacompr
opr
iedade,
art
.1406º
,1407ºe1408º
.

Cadacompr
opr
iet
ári
opodedi
spordasuaquot
a.

Nacomunhãoconj
ugal
:

Nãoexi
stequot
asnosent
idodacont
it
ular
idade.Exi
stequot
adacomunhãoa
meação;

Nenhum doscônj
ugespodedi
sporv
ali
daeef
icazment
edasuameaçãonos
benscomuns,enquant
onãocessarapr
ópr
iacomunhão;est
acomunhãonão
f
indapormer
ocapr
icho,el
asubi
steat
éav
eri
fi
caçãodef
act
osquel
hepoem
t
ermo;

Asquot
assãoi
dênt
icas(
50/
50)
.Nãopodehav
erqual
querconv
ençãoem
cont
rár
iosobpenadenul
i
dade,
art
.1730º
;

Quant
oàadmi
nist
raçãoedi
sposi
çãodosbens,
art
.1678º
,1682º
;

Acomunhãoconj
ugaléum pat
ri
móni
odeaf
ect
açãonamedi
daem queéo1º
quer
espondepel
adi
vi
dadar
esponsabi
l
idadedeambos.

Seor
egi
mev
igor
ari
mper
ati
vament
e,qual
querdoaçãof
eit
anaconst
ânci
ado
mat
ri
móni
oénul
a,ar
t.1762º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

REGI
MESATI
PICOS

No âmbi
to da per
missão da l
ei,os nubent
es podem pr
oporpar
a o seu
casament
o,r
egi
meat
ípi
coquenãocont
rar
ieasnor
massobr
eor
egi
medebens.

1. Podem decl
ararquet
odososbensser
ãopr
ópr
ioscom excepçãodo(
s)
car
ro(
s);

2. Adopt
arumapar
ti
cipaçãonosadqui
ri
dos,i
stoé,or
egi
medebensser
á
desepar
açãomasnof
inaldocasament
o,obem pr
ópr
iodecadaque
t
ivermai
s-v
ali
a,ousej
aval
ori
zou-
semai
s,ser
áobj
ect
odepar
ti
lha.Por
exempl
o:50e30.Nof
im docasament
o,50e90.Ent
ão,90-
40=40.Os
40 que v
alor
izar
am o pat
ri
móni
o que er
a 30,ser
á par
ti
lhado pel
os
cônj
ugesnof
inal
dar
elaçãoconj
ugal
.

DOAÇOESPARACASAMENTO–ar
t.1753ºss

Doaçõespar
acasament
osãodoaçõesqueum dosesposadosf
azaoout
ro(
ou
r
eci
procament
e)em v
ist
aaoseucasament
o.Por
tant
oéum negóci
osuj
eit
oa
uma condi
ção suspensi
va.O seu ef
eit
o é subor
dinado à cel
ebr
ação do
casament
o.Ocasament
otem quesercel
ebr
adoeserv
áli
do.

Segundoocr
it
éri
odaqual
i
dadedodoadorháduasespéci
esdedoação:

1. Doaçãoent
reesposados;

2. Doaçãodot
ercei
roaum dosesposadosouaf
avordeambos

Segundoocr
it
éri
odemoment
odeef
icáci
a:

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

1. Podeseri
nter
vivos.Osef
eit
ospr
oduzem-
seem v
idadodoadoreapar
ti
r
dacel
ebr
açãodocasament
o.

2. Mor
ti
scausa.Osef
eit
ospr
oduzem-
secom amor
tedodoador
.Est
as
podem ser enquadr
adas na cat
egor
ia de pact
os sucessór
ios
desi
gnat
ivos.

Al
eipr
oíbeospact
ossucessór
ios(
cont
rat
ossucessór
ios)
.Mascomot
odasas
r
egr
ast
êm excepção,épossí
velnest
ecasoosesposadoscel
ebr
arem um
cont
rat
osucessór
ioem obedi
ênci
aaopr
incí
piodof
avormat
ri
moni
i
.

As doações par
a casament
o ser
vem t
ambém par
aremov
er ev
ent
uai
s
obst
ácul
ospat
ri
moni
aisàdeci
sãonupci
al;par
aev
itaradi
spar
idadedemei
os
económi
cospossam i
mpedi
rar
eal
i
zaçãodeum sent
iment
o.

Tendo em v
i aof
st avormat
ri
moni
iest
asdoaçõest
êm queserf
eit
asna
conv
ençãoant
enupci
alqueporsuav
ezéf
eit
aporescr
it
urapúbl
i
ca.Nãot
endo
si
dof
eit
anaconv
ençãoant
enupci
al,asdoaçõespormor
teser
ãoenf
ermadas
denul
i
dadeeasquei
am pr
oduzi
ref
eit
osem v
idadodoadorseguem or
egi
me
ger
aldasdoações,
art
.1756º
,nº2.Nãobenef
ici
am dor
egi
meespeci
alpr
evi
sto
noar
t.1753ºss.

Asdoaçõespar
aocasament
onãosãopr
endaspar
aocasament
o.

Vi
stoqueadoaçãosópodeserf
eir
anaconv
ençãoant
enupci
al,
signi
fi
caent
ão
quesóaquel
equet
em capaci
dadepar
acasar
,par
acel
ebr
araconv
enção
ant
enupci
aléquepodef
azerumadoaçãopar
acasament
o,ar
t.1708º
,1709º
.

Asdoaçõespar
acasament
ossãopassí
vei
sder
evogaçãoant
esdacel
ebr
ação
docasament
o,ar
t.1712º
.

Osbensdoadosporum aoout
ronubent
esãopr
ópr
iosdodonat
ári
o.Nãose
comuni
cam,
art
.1757º
.

ADMI
NISTRAÇAODOSBENSDOCASAL–ar
t.1678º
ss

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ant
esdemai
saadmi
nist
raçãopodeseror
dinár
iaeext
raor
dinár
ia,consoant
e
se dest
ina a conser
vação e manut
enção da qual
i
dade da coi
sa ou a
t
ransf
ormaçãodacoi
sa.

Quant
oàadmi
nist
raçãodosbensdocasal
,éi
mpor
tant
elembr
armai
sumav
ez
opr
incí
piodei
gual
dadeent
reoscônj
uges.Aadmi
nist
raçãodosbensdocasal
per
tenceaambos.Umagest
ãodemãocomum.Cadaum t
em al
egi
ti
midade
par
apr
ati
caract
osor
dinár
iosdeadmi
nist
ração,i
stoé,agest
ãoser
ádi
sjunt
a
(
repr
esent
açãomút
ua)
.

A admi
nist
ração de bens pr
ópr
ios per
tence ao cônj
uge pr
opr
iet
ári
o sem
cont
udosef
alt
arasr
esponsabi
l
idadesconj
ugai
s(assi
stênci
a,…)

Noent
ant
o,épossí
velqueum bem pr
ópr
iosej
aadmi
nist
radopel
ocônj
ugenão
pr
opr
iet
ári
o nos t
ermos do ar
t.1678º
.Ser
á cont
udo,uma admi
nist
ração
or
dinár
ia.

Naadmi
nist
raçãodosbensdocasalnãohápr
est
açãodecont
as.Ar
gument
a-
seaf
avordi
ssonai
dei
adapazf
ami
l
iar
.Masoadmi
nist
radornãodev
eter
compor
tament
osnegl
i
gent
esquepr
ejudi
quem oout
rocônj
uge.

Um cônj
uget
ambém poder
árespondercomoum possui
dordemá-
féseent
rar
naadmi
nist
raçãoquenãol
heper
tenceoucom aoposi
çãodoout
ro,
art
.1269º
àcont
rár
io.

Pr
ovi
dênci
asadmi
nist
rat
ivas,
art
.1679º
.

DI
SPOSI
ÇAODOSBENSDOCASAL,
art
.1682º

Sendoadi
sposi
çãoum act
oquef
azsai
rum bem def
ormadef
ini
ti
va,háque
di
sti
ngui
rtambém adi
sposi
çãopormor
teeadi
sposi
çãoem v
ida.Di
sposi
ção
debensmóv
eiscomum docasal
epr
ópr
iosdecadaum.

Regr
ager
al:qual
querdoscônj
ugespodeal
i
enarbem móv
elpr
ópr
iooucomum
dequet
enhaadmi
nist
raçãocom asnecessár
iasexcepçõespr
evi
stasnoar
t.
1682º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Seal
i
enarpornegóci
ogr
atui
tobem comum docasalsem oconsent
iment
odo
out
ro,ai
mpor
tânci
adaquel
ebem éconsi
der
adanameação.Est
asi
tuação
enquadr
a-senosact
osquedecer
taf
orma,
empobr
ecem opat
ri
móni
ocomum.

Di
sposi
çãoem v
idadebensi
móv
eis

Épossí
veldi
sporem v
idadosbensi
móv
eisdeum oudeambososcônj
uges.
Masaal
i
enaçãot
em deserpr
ecedi
dapel
oconsent
iment
odeambos,
anãoser
quev
igor
eor
egi
medasepar
açãodebens.

Nosr
egi
mescomuni
tár
iosai
ndaqueobem sej
apr
ópr
io,
ofut
uroser
ácomum,
r
azãopel
aqual
nãosepodeal
i
enarsem oconsent
iment
odoout
ro.

A nossa l
einão f
azr
efer
ênci
a à uma si
tuação ext
remament
eimpor
tant
e
r
elaci
onada com o i
móv
el-casa de mor
ada da f
amí
li
a,que cer
tament
e
r
evi
sõesf
utur
asf
arãomenção.Sendoum i
móv
elcom especi
aldi
gni
dade,el
a
const
it
uiasededav
idaf
ami
l
iar
,o l
ocaldecumpr
iment
o dasobr
igações
f
ami
l
iar
es,sobr
etudo,comunhãodehabi
tação,um espaçoondedesenr
olaa
essênci
adar
azãodeserdapr
otecçãodaf
amí
l
ia.Daiumapr
otecçãomer
eci
da.
Nãopodeocônj
ugepr
opr
iet
ári
odacasaal
i
ená-
lasem oconsent
iment
odo
out
ro.

Aqui
siçãodebens,
art
.1683º

Oscônj
ugesnãonecessi
tam doconsent
iment
odoout
ropar
aacei
tardoações,
l
egadosouher
ança.Ser
iat
orna-
lodependent
eoui
ncapaz
.Maspr
eci
sar
ade
consent
iment
osepr
etenderr
epudi
arour
ejei
tarher
ançaoudoação.

Oconsent
iment
opodesersupr
ido,
art
.1684º

Em suma:

Cadacônj
ugepodepr
ati
carsem consent
iment
o:

 Act
osdeadmi
nist
raçãodosbenspr
ópr
ios

 Admi
nist
raçãodebenscomunsqueexcepci
onal
ment
eal
eil
he

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

conf
ia;

 Admi
nist
raçãoor
dinár
iadeal
gunsbenscomuns

 Di
sposi
ção de bens móv
eis pr
ópr
ios ou comum que só el
e
admi
nist
ra,
art
.1682º
,

 Di
sposi
çãodebensmóv
eisdel
eem r
egi
medesepar
ação,1682º
,
i
nº3,nf
ine.

Com consent
iment
o:

 Admi
nist
raçãoext
raor
dinár
iadosbenscomuns;

 Di
sposi
çãodosbensmóv
eiscomuns,
admi
nist
radosporambos

 Di
sposi
ção de bens i
móv
eis em r
egi
me que não sej
a da
separ
ação.

Quant
oàdi
sposi
çãopormor
te,
art
.1685º

Cadacônj
ugepodepar
adepoi
sdamor
tedosseusbenspr
ópr
iosepar
tedo
bem comum,
meação.

Essal
i
ber
dadededi çãomor
sposi ti
scausat
em l
i
mit
esquet
ambém sãol
egai
s,
poi
s,oaut
ordadi
sposi
çãonãopode,noexer
cíci
odessal
i
ber
dade,pr
ejudi
car
osseusher
dei
rosl
egi
ti
már
ios.


VIDASDOSCÔNJUGES

Ver
if
icandoagor
aol
adopassi
vodopat
ri
móni
o,v
emosqueoar
t.1690º
,não
obst
ant
etersi
doconcebi
donomesmomoment
ohi
stór
icocom oar
t.1678º
,
col
ocaamul
herem pédei
gual
dadecom ohomem,admi
ti
ndoquet
ant
oum
comooout
ropodecont
rai
rdí
vi
dascom ousem oconsent
iment
odoout
ro.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ar
egr
anasobr
igaçõeséquesór
espondepel
adí
vi
daquem acont
rai
u.No
di
rei
todaf
amí
l
ia,
nãoacont
eceomesmo.Qual
querum podecont
rai
radí
vi
dae
est
aserdar
esponsabi
l
idadedeambosai
ndaquecasadossegundoor
egi
me
dasepar
ação.Mast
ambém cer
tasdí
vi
daspodem serdar
esponsabi
l
idadede
apenasum del
es.

Nocasodadí
vi
daserdar
esponsabi
l
idadedeambos,r
espondeem pr
imei
ra
mão,opat
ri
móni
ocomum docasale,naf
alt
aoui
nsuf
ici
ênci
a,r
espondem
sol
i
dar
iament
eosbenspr
ópr
iosdecadaum.Aqui
nãoset
rat
adesol
i
dar
iedade
dedev
edor
esmassi
m“sol
i
dar
iedadedepat
ri
móni
os”
.

Nasobr
igaçõessol
i
dar
iasocr
edorpodepedi
raqual
querdosdev
edor
esa
pr
est
ação i
ntegr
al da dí
vi
da,ar
t. 512º
,nº 1. Nas dí
vi
das conj
ugai
s
comuni
cáv
eissósepodeexi
giraambos,por
tant
o,um l
i
tisconsór
ciol
egal
necessár
io,
art
.19ºCPC.

Noar
t.1691ºencont
ramosum el
encodedí
vidascomuni
cáv
eis:

Nº1 al
.a)Dí
vi
da cont
raí
da porqual
querum ant
es ou depoi
s do
casament
omascom oconsent
iment
odoout
ro.Nãoi
mpor
tapar
aqueser
ve,
bast
ateraapr
ovaçãodeambos.

b)Dí
vi
dasquesedest
inam par
aocor
rer
em aosencar
gosnor
mai
s
da v
ida f
ami
l
iar
.Est
es encar
gos t
êm que sernor
mai
s,por
exempl
o:compr
ademobí
l
ias,aqui
siçãodegéner
osal
i
ment
íci
os,
et
c.

Oencar
godav
idaf
ami
l
iarabr
anget
odasasnecessi
dadesdoscônj
uges,
f
il
hos,
afi
nseout
rospar
ent
esacar
godoscônj
uges.

Quandosef
alanoencar
gof
ami
l
iar
,tem quesepensarnosencar
gosde
car
áct
ernor
mal
.Est
anor
mal
i
dadeéaf
eri
dapel
ocr
it
éri
odev
alor
,ist
oé,
adi
vi
dadev
eserr
azoáv
elr
elat
ivament
eaopadr
ãodev
idadocasal
,
podendoserounãoper
iódi
ca.

c)Aquit
em quesev
ersempr
eseocônj
ugecont
rai
uadí
vi
dana

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

const
ânci
adomat
ri
móni
o,em pr
ovei
tocomum docasalenos
l
i
mit
esdoseupoderdeadmi
nist
ração.

Opr
ovei
tocomum docasal
nãosepr
esume.Éoquev
em consagr
adono
ar
t.1691ºnº
3.Tem queseref
ect
ivament
edemonst
rado,
compr
ovado.

Opr
ovei
tocomum éobenef
íci
odaf
amí
l
ia.Est
epr
ovei
topodeser
:

 Real
oumat
eri
al,
por
queobenef
íci
oépal
páv
el;

 I
deal
,por
quenãoémat
eri
alment
epal
páv
el.Porex:cont
racçãode
um empr
ést
imopar
aav
iagem t
urí
sti
cadaf
amí
l
ia.

 Ef
ect
ivo,por
queef
ect
ivament
eseconcr
eti
zou.Compr
adeum
car
ro.

 Pot
enci
al,por
queef
ect
ivament
enão houv
epr
ovei
to,i
sto é,a
mat
eri
ali
zaçãomashav
iat
odasaspot
enci
ali
dadespar
atal
.

Naal
í
nead)apar
ecem asdí
vi
dascont
raí
dasporqual
querdoscônj
ugesno
exer
cíci
odocomér
cio.

Asdí
vi
dascont
raí
dasporqual
querdoscônj
ugesnoexer
cíci
odocomér
cio
sal
vo se v
igor
arent
re el
es o r
egi
me da separ
ação.Est
a al
í
nea dev
e ser
compl
ement
adacom oar
t.15ºCCom,segundooqual
,asdí
vi
dascomer
ciai
s
docônj
ugecomer
ciant
epr
esumem-
secont
raí
dasnoexer
cíci
odocomér
cioe
por
tant
oem pr
ovei
tocomum docasal
.Ai
dei
aéqueocomér
cioseexer
cepar
a
obt
erl
ucr
oem pr
ovei
todoscônj
uges.

Nest
ecaso,
seocônj
ugedev
edorcomer
ciant
econt
rai
rdí
vi
da:

1. No exer
cíci
o de comér
cio,ar
t.1691º
,nº 1,al
.d)
,a dí
vi
da ser
á
comuni
cáv
elnãoseadmi
ti
ndoqual
querpossi
bil
i
dadedesepr
ovarque,
embor
anoexer
cíci
odocomér
cio,
nãohouv
epr
ovei
tocomum;

2. For
adoexer
cíci
odocomér
cio,ar
t.15ºC.Com,pr
esume-
seopr
ovei
to
comum epor
tant
oadí
vi
daser
ácomuni
cáv
el.Senãoi
l
idi
rapr
esunçãoa

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM


vi
daser
ácomuni
cáv
el,masdent
rodosseuscondi
cional
i
smos,ar
t.
1691ºc)
.

Sei
l
idi
rapr
esunção,adí
vi
dat
orna-
sepr
ópr
ia,ar
t.10ºCCom.
Nest
ecasor
espondem osbenspr
ópr
iosdocônj
ugedev
edor
,ar
t.
1692º
,1696º
.

Seocônj
ugedev
edornãof
orcomer
ciant
e:

1. Eadí
vidaf
orcomer
cial
,cont
raí
danasci
rcunst
ânci
asdasal
í
neasdoar
t.
1691º
,incl
uindoaal
i
enad)
,por
quehácasosem quesepodepr
ati
car
act
ocomer
cialsem quehaj
aaqui
siçãodaqual
i
dadedecomer
ciant
e.
Nest
ecasoadí
vi
daser
átambém comuni
cáv
el.

2. For
adessassi
tuações,
adí
vi
daser
ápr
ópr
ia.

b)Sãocomuni
cáv
eisasdí
vi
daspr
oveni
ent
esdoar
t.1693º
,nº2

Consi
der
am-
seai
ndacomuni
cáv
eisasdí
vi
daspr
oveni
ent
esdoar
t.1694º
,
nº1e2.


vi
dasi
ncomuni
cáv
eis:

Est
asv
êm t
rat
adasnoar
t.1692º
,1693º
,nº1,
1694º
,nº2.

Qual
éresponsabi
l
idadedosbensper
ant
eest
asdí
vi
das?

Talcomof
icoui
ntr
oduz
ido,nasdí
vi
dascomuni
cáv
eis,r
espondem pr
imei
roos
benscomunsdocasale,naf
alt
aoui
nsuf
ici
ênci
adest
es,sol
i
dar
iament
eos
benspr
ópr
iosde qual
querum doscônj
uges,ar
t.1695º
.Sol
i
dar
iedade de
pat
ri
móni
os.

Nasdí
vi
dasi
ncomuni
cáv
eis,
respondem osbenspr
ópr
iosdocônj
ugedev
edore

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

subsi
diar
iament
easuameação,
quenar
eal
i
dadeéum bem pr
ópr
io.Ameação
éum bem pr
ópr
ioqueoseut
it
ularnãopodel
ançarmãoaqual
quermoment
o
par
asev
erl
i
vredesuasobr
igações.Nem ocr
edorpoder
áexi
giraent
rega
i
medi
atadebensquecompõem ameação–mor
atór
ia.

Seal
eii
mporamor
atór
iaf
orçadasi
gni
fi
caqueocr
edornãopoder
ápr
ovocara
par
ti
lhadosbenscomunsaf
im del
ançarmãonameaçãodocônj
ugedev
edor
.
Si
gni
fi
caqueest
ecr
edornãoest
ápr
otegi
do.Ter
áqueesper
arat
équeest
eja
desf
eit
aar
elaçãoconj
ugal
com ar
espect
ivapar
ti
lhadosbenscomuns.

Naf
alt
ademor
atór
iaf
orçada,ocônj
ugenãodev
edorser
ánot
if
icadopar
a,no
pr
azode10di
asr
equer
erapar
ti
lhadobenscomunsouf
azerpr
ovadeest
ar
em cur
soest
adi
l
igênci
a,casocont
rár
iot
odososbenspoder
ãor
esponder
.
Ent
ende-
sequeonãodev
edornãosei
mpor
taqueasuameaçãot
ambém
r
espondapel
asdí
vi
dasdequenãoér
esponsáv
el.

Também r
espondem pel
asdí
vi
daspr
ópr
iascer
tascat
egor
iasdebenscomuns
const
ant
esnoar
t.1696º
.

CONTRATOSENTREOSCÔNJUGES

Doaçõesent
recônj
uges

Adoaçãoent
recônj
ugesév
ali
daexcept
osev
igor
aror
egi
mei
mper
ati
voda
separ
açãodebens,ar
t.1762º
.Av
ali
dadedadoaçãoent
recasados,admi
ti
do
porl
ei,chocacom ar
egr
adapr
oibi
çãodecompr
aev
endasent
recônj
uges
pr
evi
stanoar
t.1714º
,nº2,
porduasr
azões:

 Acompr
aev
endasef
orv
ali
dament
ecel
ebr
ado,
sópormút
uoconsenso
poder
á serr
evogada.A doação ent
re casados é sempr
erev
ogáv
el
uni
l
ater
alment
e,ar
t.1765º
,podendot
ercomof
undament
oai
ngr
ati
dão
dodonat
ári
o,ar
t.970ºporf
orçado1761º
.

 Asdoaçõesent
recasados,naf
alt
adeest
ipul
açãoem cont
rár
io,v
alem

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

comoant
eci
paçãodaquot
aquecabeaocônj
ugeenquant
osucessí
vel
porf
orçadomecani
smodai
mput
açãodel
i
ber
dades.Of
act
odecaducar
a doação pel
a não sobr
evi
vênci
a do donat
ári
o ao doador
,aj
uda a
expl
i
carest
aaf
ir
mação.

QUEBENSDOAR?

Sópodem serdoadosbenspr
ópr
iosdodoadorenãocomuns,
art
.1764º
,nº1.
Daf
ormacomoél
i
vredi
sporem pr
incí
piodosbenspr
ópr
iosassi
mtambém se
podedoarl
i
vrement
e.

Noent
ant
oasdoaçõesnãoescapam or
egi
medasr
eduçõespori
nof
ici
osi
dade,
ar
t.2168ºss,seadoaçãoof
enderapar
tedosbensr
eser
vadosacer
tos
her
dei
ros.

Obem doadoent
ranopat
ri
móni
opr
ópr
iododonat
ári
o,ar
t.1764º
,nº2.Obem
doadosaideum pat
ri
móni
opar
aout
ro.Est
aémai
sumadassi
tuaçõesde
i
ncomuni
cabi
l
idadedebensquenãov
em pr
evi
stanoar
t.1733º
.

FORMA

Par
abensi
móv
eisaf
ormaéaescr
it
urapúbl
i
ca,
art
.947º
,nº1porf
orçadoar
t.
1761º
.

Par
abensmóv
eisexi
ge-
sedocument
oescr
it
o.Oquecont
rast
acom o947ºnº
2par
aqualser
emet
e.Poi
s,par
aest
epr
ecei
to,nocasodadoaçãodeum bem
elseacompanharde t
móv radi
ti
o não hál
ugaraobser
vânci
adequal
quer
f
ormal
i
dadeext
erna.Nodi
rei
todaf
amí
l
ia,
asdoaçõesdemóv
eisent
recasados,
ndaqueacompanhadadet
ai radi
ti
odeveconst
ardodocument
oescr
it
o,ar
t.
1763º
,nº1.

Asdoaçõesr
ecí
procassãopr
oibi
das,
art
.1763º
,nº2.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
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aM

CADUCI
DADE,
art
.1766º

Seodonat
ári
onãosobr
evi
veraodoador
,adoaçãocaduca,sal
voseest
e
conf
ir
maradoação,casoem queobem doadopoder
áint
egr
aropat
ri
móni
o
her
edi
tár
iododonat
ári
o,or
eli
ctum.Pori
ssodi
z-sequeadoaçãoent
recasados
const
it
uiumaant
eci
paçãodaher
ança.Ant
eci
paçãodaquot
adodonat
ári
ona
her
ançadodoador
.Seodonat
ári
onãosobr
evi
veraodoador
,adoaçãonão
pr
oduzi
raqual
queref
eit
o.

Seocasament
ovi
eraseranul
ado,
sal
voodi
spost
opar
aosef
eit
osput
ati
vos.

Seoscônj
ugessedi
vor
ciar
em eporcul
padodonat
ári
o,ai
ndaquenãosej
ao
pr
inci
pal
cul
pado.

COMPRAEVENDA

Édef
ini
ti
vament
epr
oibi
doacompr
aev
endaent
recasados,
art
.1714º
,nº2.Se
or
egi
meem v
igorf
oro da separ
ação par
ecedesapar
ecero r
isco dest
a
pr
oibi
ção desapar
ece, poi
s, não hav
endo bens comunas não hav
erá
necessi
dadedel
udi
bri
aral
ei.

Seav
endaf
orem hast
apúbl
i
canadai
mpedeoout
rodeof
erecerum pr
eço
mai
oreadqui
ri
rpar
asi
,obem.Nav
endaexecut
ivaéomai
orpr
eçoque
pr
eval
ece.

Ar
ati
o dapr
oibi
ção:ev
itarqueoscônj
ugessi
mul
em umadoaçãoquenão
est
ari
asuj
eit
aàr
egr
adal
i
vrer
evogabi
l
idadedasdoaçõesent
recasados.Uma
compr
afi
ctí
cia.

A mesmapr
oibi
çãot
ambém v
alepar
aoscont
rat
osdesoci
edadeent
reos
cônj
uges.Ev
itarqueosdoi
svenham aassumi
rresponsabi
l
idadei
l
imi
tadana
soci
edade.Apr
oibi
çãonãoabr
angeocont
rat
odesoci
edadedecapi
tai
s.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

OUTROSCONTRATOS

No ent
ant
o,os cônj
uges podem cel
ebr
ar out
ros t
ipos de cont
rat
os,
nomeadament
e,soci
edadedecapi
tai
s,dação em cumpr
iment
o,comodat
o,
mút
uo,
trabal
ho,
etc.

ASEPARAÇAOSUPERVENI
ENTEDOSBENS,
art
.1767º

Si
mpl
essepar
açãodebens

Amáadmi
nist
raçãodebensporpar
tedeum doscônj
ugesl
egi
ti
maoout
rode
r
equer
erasepar
açãodebens,
evi
tandoassi
m det
ermi
nadopr
ejuí
zo.

Of
undament
odest
apr
ovi
dênci
abasei
a-senoper
igodeum cônj
ugeper
dero
queéseuoucomum,
pel
amáadmi
nist
raçãodoout
ro.

Est
amedi
daésempr
eli
ti
giosa,
art
.1768ºpor
queacabapormodi
fi
carar
elação
mat
ri
moni
alassi
m quef
ordecr
etadapel
otr
ibunal
.Modi
fi
cat
ambém or
egi
me
mat
ri
moni
alquepassaaseror
egi
medasepar
açãodebens,
art
.1770º
.

Em pr
incí
piosóocônj
ugenãoadmi
nist
radort
em l
egi
ti
midadepar
arequer
era
separ
açãodebens,
art
.1769º
.

Asi
mpl
essepar
açãodebenséi
rr
evogáv
el,ar
t.1771º
.Est
air
rev
ogabi
l
idade
par
eceserumasançãopar
aocônj
ugel
esadopornãot
eropt
adodeant
emão
pel
afi
gur
adomandat
oqueél
i
vrement
erev
ogáv
el.

Out
roscasosquel
evar
am asepar
açãosuper
veni
ent
edebens

 Ausênci
anaf
asedecur
ador
iadef
ini
ti
va,
art
.108º

 Ausênci
anaf
asedemor
tepr
esumi
da,
art
.115º

 Separ
ação decr
etada no âmbi
to de uma execução pel
a dí
vi
da
i
ncomuni
cáv
el

 Separ
açãodecr
etadanasequênci
adadecl
araçãodei
nsol
vênci
a.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

APARTI
LHADOSBENSCOMUNSDOCASAL

Apar
ti
lhadosbensdocasali
nici
acom or
espect
ivoi
nvent
ári
o,segui
doda
at
ri
bui
çãodov
alor
.Apar
ti
lhaem siépr
ecedi
dadel
iqui
daçãodedí
vidassobr
e
asquai
srespondem osbenscomunsassi
m comodascompensaçõesdev
idas
ef
inal
ment
eapar
ti
lhaem par
tesi
guai
sdoquer
est
arnopat
ri
móni
ocomum.

ASEPARAÇAODEFACTO

Oest
udodest
afi
gur
a,t
ambém conf
igur
adacomoumadascausasdedi
vór
cio
l
i
tigi
oso,r
elev
aumav
ezquet
em umar
elev
ânci
aapar
tedodi
vór
cio.O seu
i
mpact
oul
tr
apassaumasi
mpl
escausadedi
vór
cio.

Separ
açãodef
act
onãopassadeumapr
ivaçãodeconv
ivênci
aconj
ugalpor
par
tedeum doscônj
uges.Éoabandonocompl
etodol
arconj
ugalporum
per
íodo de t
empo.Const
it
uiuma aut
ênt
ica v
iol
ação de um dos dev
eres
conj
ugai
s,acoabi
tação.

Requi
sit
os:

Asepar
açãoacont
ecev
eri
fi
cando-
sedoi
sel
ement
oscumul
ati
vos:

 El
ement
o obj
ect
ivo que consi
ste na f
alt
a de v
ida em comum dos
cônj
uges,
ausênci
adecoabi
tação.

 El
ement
osubj
ect
ivoconsi
stenopr
opósi
todenãor
est
abel
ecerav
idaem
comum,
podendoest
epr
opósi
toseum oudeambososcônj
uges.

A obr
igat
ori
edadedosdoi
sel
ement
osépar
aaf
ast
arcasosdeausênci
ade
coabi
tação porl
ongo per
íodo de t
empo pormot
ivos r
elaci
onados com o
t
rabal
hooubuscadomel
horpar
aaf
amí
l
ia.

Asepar
açãodef
act
opodeacont
ecermesmoqueoscônj
ugesest
ejam av
iver
namesmacasa,
nãopar
ti
lhandool
eit
oamesacom ai
ntençãodenuncamai
s
r
est
abel
ecerar
elação.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Asepar
açãodef
act
opodet
ambém daraodi
vór
cio.Éum dosf
undament
osdo
pedi
dodedi
vór
ciodel
i
tigi
oso.

Ef
eit
osdesepar
açãodef
act
o:

 Asepar
açãodef
act
oconst
it
uif
undament
ododi
vór
ciol
i
tigi
oso;

 Odev
erdeassi
stênci
aquei
ncumbeaoscônj
ugesf
icasendoexcl
usi
vo
docul
padodasepar
ação.Pode-
sedi
zerqueodev
erdeassi
stênci
ase
t
ransf
orma em obr
igação de pr
est
ar al
i
ment
os;mas cont
inuam
v
incul
adosaosout
rosdev
eres;

 Cessaapr
esunçãodapat
erni
dadedomar
idodamãese,dadat
ade
separ
açãodef
act
oedasent
ençaquedecr
etaodi
vór
ciopassar
em os
t
rezent
osdi
as;

 O exer
cíci
odopoderpat
ernalcaber
áaosdoi
sanãoserquet
enha
hav
idoacor
doquedev
eserhomol
ogadopel
otr
ibunal
,ar
t.1903ºque
r
emet
epar
aoar
t.1902;

 Odi
rect
osucessór
iomant
ém-
secom amor
tedeum del
es;

 Or
egi
medebensmant
em-
se.

EXTI
NÇÃODOVÍ
NCULOMATRI
MONI
AL

Ov
íncul
omat
ri
moni
alpodeext
ingui
r-
se:

 Pori
nval
i
dadedocasament
o

 Pormor
te,
ext
inçãonãor
etr
oact
iva

 Pordi
vór
cio,
ext
inçãonãor
etr
oact
iva

I
NVALI
DADEDOCASAMENTO

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Val
oresnegat
ivosdocasament
o

Os v
alor
es negat
ivos do casament
o são doi
s,ar
t.1627,i
nexi
stênci
ae
anul
abi
l
idade.

I
nexi
stênci
a

Ai
nexi
stênci
aéqual
i
ficadacomoi
nval
i
dadepel
aleimat
ri
moni
al.Est
ail
açãose
r
eti
radoar
t.1627º
,acont
rár
io.

Ascausasdai
nexi
stênci
adocasament
osãoasquef
igur
am noar
t.1628º
:

 O Casament
ocel
ebr
adoporquem nãot
enhacompet
ênci
afunci
onal
par
aoact
osal
vonocasodoscasament
osur
gent
es;

 Ocasament
our
gent
equenãot
enhasi
dohomol
ogado;

 Ocasament
oem cuj
acel
ebr
açãot
enhaf
alt
adoadecl
araçãodav
ont
ade
deum oudeambososnubent
es,
oudopr
ocur
adordeum del
es;

 Ocasament
ocont
raí
dopori
nter
médi
odopr
ocur
ador
,quandocel
ebr
ado
depoi
sdet
erem cessadoosef
eit
osdapr
ocur
ação,ouquandoest
anão
t
enhasi
doout
orgadaporquem f
igur
anel
acomoconst
it
uint
e,ouquando
sej
anul
aporf
alt
adeconcessãodepoder
esespeci
aispar
aoact
ooude
desi
gnaçãoexpr
essadoout
rocont
raent
e;

 Ocasament
ocont
raí
doporduaspessoasdomesmosexo.

Por
ém,não ser
ájur
idi
cament
einexi
stent
eo casament
o cel
ebr
ado porum
f
unci
onár
iodef
act
oseosnubent
esdesconheci
am t
alf
act
o,ar
t.1629º
.Somos
daopi
niãoqueocasament
odev
eri
aserconsi
der
adoi
nexi
stent
eseapenasum
dosnubent
est
ivesseconheci
ment
odai
ncompet
ênci
adapessoaquecel
ebr
ou
ocasament
o.

Regi
medai
nexi
stênci
adocasament
o

Oscasament
osi
nexi
stent
esnãopr
oduzem qual
queref
eit
oenem mer
ecem a

bondade”dosef
eit
osput
ati
vos.Podem seri
nvocadosat
odoot
empo,ar
t.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

1630ºporqual
querpessoai
ndependent
ement
edadecl
araçãodot
ri
bunal
.

Quem t
ivercont
raí
doum casament
oinexi
stent
epodev
olt
aracasarsem est
ar
obr
igadoar
espei
taropr
azoi
nter
nupci
al.

Anul
abi
li
dade,
art
.º1631ºss

Oscasament
osci
vi
ssãoanul
ávei
snãot
ermosdoar
t.1631º
.Oar
ti
goel
enca
t
rêsgr
uposdecausasquel
evam aanul
açãodoscasament
os:

 I
mpedi
ment
osdi
ri
ment
es

 Ausênci
adet
est
emunhasnacel
ebr
açãodecasament
o

 Fal
taev
íci
osdev
ont
ade

Decl
aradaaanul
açãodocasament
o,cessam t
odasasr
elaçõespessoai
se
pat
ri
moni
aisdoscônj
uges,ar
t.1688º
,1689º
.Adecl
araçãodaanul
açãot
em
ef
eit
osr
etr
oact
ivosno caso deboa-
fédoscônj
uges,ef
eit
osput
ati
vosdo
casament
o.

Ocasament
oput
ati
vo,
aquel
equesesupõesermasquenãoé,
produzef
eit
os
comoseocasament
ofossev
áli
doat
éot
rânsi
toem j
ulgadodasent
ença,ar
t.
1647º
.

Ppor
tant
ocomor
equi
sit
ospodemosdi
zer
:

r
eal
i
zacaodocasament
o,

exi
stnci
adev
ici
oe

boaf
e,ar
t.1648

Mas,par
a que um casament
o benef
ici
e dest
efav
or,é pr
eci
so que t
enha
exi
sti
do,v
enhaaseranul
adoequehaj
aboa-
fédepel
omenosum del
es.
Consagr
ou-
seaquiaboa-
fésubj
ect
iva,
éti
ca,
ousej
aignor
ânci
adescul
páv
eldo
v
íci
o.

Ef
eit
osdaanul
açãodocasament
o:

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Aanul
açãodocasament
oimpl
i
caacessaçãodosef
eit
osdocasament
o
(
pessoai
sepat
ri
moni
ais)
,com car
áct
err
etr
oact
ivo,
art
.1688º
.

 Aspar
tespodem v
olt
aracasarmassãoobr
igadosar
espei
taropr
azo
i
nter
nupci
al.

 Asdi
sposi
çõest
est
ament
ári
asf
eit
asporum af
avordoout
rocônj
uge
caduca,
art
.2317º
,al
.d)
.

DI
SSOLUÇÃOPORMORTE

Mor
rendo um dos cônj
uges,o casament
o di
ssol
ve-
se,consequent
ement
e,
cessam t
odososef
eit
ospessoai
sepat
ri
moni
aisdocasament
o,ar
t.1688º
.O
ef
eit
odest
aext
inçãonãoér
etr
oact
ivo.

Ef
eit
os

 Com amor
tedeum doscônj
ugesosobr
evi
vopodev
olt
aracasar
,
dev
endor
espei
taropr
azoi
nter
nupci
al,
art
.1604º
,1605º
;

 Ar
elaçãodeaf
ini
dadesubsi
ste,
art
.1585º
;

 Podecont
inuarausaroapel
i
dodoout
roenquant
osenãosemost
re
i
ndi
gnopar
aisso,
art
.1675º
;

 Mant
ém odi
rei
todesucederdecuj
uscomoher
dei
rol
egal
,l
egi
ti
mo,ar
t.
2133º
;

 Benef
ici
adochamadoapanági
odocônj
ugesobr
evi
vo,ar
t.2018º
,ist
oé,
benef
ici
ardosr
endi
ment
osdosbensdei
xadospel
ofal
eci
do;

 Fi
gur
andonocont
rat
odear
rendament
oocônj
ugef
aleci
do,ocont
rat
o
nãocaduca.Oper
a-seat
ransf
erênci
adodi
rei
todear
rendament
o,ar
t.
50ºdaLei
doI
nqui
l
inat
o;

 Fi
cat
endol
egi
ti
midadepar
arequer
eraspr
ovi
dênci
aspr
event
ivasou
at
enuant
esdaof
ensaàmemór
iadocônj
ugef
aleci
do,
art
.71º
,nº2,
73º
,

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

75º
,nº2,
76º
,nº2e79º
,nº1,
CC;

 O poderpat
ernalpassa i
medi
atament
e a per
tencerexcl
usi
vament
e
cônj
ugesobr
evi
vo,
art
.1904º
.

DI
SSOLUÇAOPORDI
VÓRCI
O

Out
racausadedi
ssol
uçãodov
íncul
omat
ri
moni
alsem ef
eit
oret
roact
ivoéo
di
vór
cio.

Odi
vór
cioéadi
ssol
uçãodocasament
odecr
etadapel
otr
ibunalapedi
dodeum
ouambososcônj
uges.

Odi
vór
cioéum di
rei
topot
est
ati
vocom poderdepr
oduzi
rdet
ermi
nadoef
eit
o,
nest
e caso,a ext
inção da r
elação mat
ri
moni
al.É um di
rei
to pot
est
ati
vo
ext
int
ivo.Éum di
rei
topessoalqueem pr
incí
piosópodesersol
i
cit
adopel
o
cônj
ugel
esado,
sal
voasexcepçõesconst
ant
esdoar
t.6º
,Lei
6/76.

Éum di
rei
toi
rr
enunci
ável
einer
edi
táv
el.

Exi
stem duasmodal
i
dadesdedi
vór
cio:Di
vór
ciopormút
uoconsent
iment
oe
Di
vór
ciol
i
tigi
oso

Di
vór
ciopormút
uoconsent
iment
o

Requi
sit
os

Tem dehav
eracor
doent
reoscônj
ugesquant
oàdi
ssol
uçãodocasament
o,ar
t.
3ºdal
ei6/
76.Oacor
dodepôrf
im ar
elaçãoconj
ugaldev
eabr
angert
ambém o
acor
doquant
oàpar
ti
lhadebens,àr
egul
açãodoexer
cíci
odopoderpat
ernal
dosf
il
hosmenor
es,sehouv
erem esobr
eacasademor
adadaf
amí
l
ia.Senão
houv
ernadaem cont
rár
io,dev
e-seent
enderque,oqueacor
dar
am par
adepoi
s

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

docasament
oval
erát aomédi
ambém par um t
empor
eent
reor
equer
iment
oea
deci
sãocom asnecessár
iasadapt
ações.

Tem depassarpel
omenosum anosobr
eadat
adocasament
o,ar
t.11º
.

Odi
vór
ciopormút
uoconsent
iment
onãopr
eci
sadequal
querf
undament
ação,
ar
t.12º
.Oscônj
ugespodem ent
rarcom or
equer
iment
oesem necessi
dadede
demonst
rarasr
azoessubj
acent
esaopedi
do.

Di
vór
ciol
it
igi
oso

Nãohav
endol
ugaraum di
vór
ciopormút
uoconsent
iment
o,podet
erl
ugaro
di
vór
cio l
i
tigi
oso que r
equer o f
undament
o. O di
vór
cio l
i
tigi
oso pode
f
undament
ar-
se numa causa subj
ect
iva(
viol
ação cul
posa dos dev
eres
conj
ugai
s).Ouobj
ect
iva(
quandosev
eri
fi
caasi
tuaçãodar
upt
uradav
ida
conj
ugali
ndependent
ement
e da cul
pa dos cônj
uges)
.Supõe-
se que est
a
r
upt
uracompr
omet
eapossi
bil
i
dadedav
idaem comum,i
ndependent
ement
e
dai
l
ici
tude.

Fal
a-senest
ecasodedi
vór
cio-
sançãopor
queháv
iol
açãodedev
eresconj
ugai
s
porum doscônj
uges,v
iol
açãoquecompr
omet
eapossi
bil
i
dadedav
idaem
comum.Est
as v
iol
ações pr
essupõem uma condut
ail
í
cit
a e cul
posa.Não
i
mpor
taseagi
ucom dol
oounegl
i
gênci
a.Bast
asercul
posaecensur
ável
,poi
s,
oi
nfr
act
orpodi
aedev
iat
eragi
dodeout
romodonasci
rcunst
ânci
asconcr
etas.
Agi
rcomoum homem médi
o.

Nost
ermosdoar
t.4ºdal
ei6/
76,encont
ramosumal
i
stanãoexaust
ivade
f
undament
ospar
aodi
vór
ciol
i
tigi
oso.

Ent
reosf
undament
os,f
igur
anaal
.a)oadul
tér
io.Épr
eci
soqueocônj
uge
adúl
ter
otenhapr
ati
cadoest
eact
oconsci
ent
eel
i
vre.Sehouv
ercoaçãoa
si
tuaçãomuda.Sehouv
eri
nst
igaçãoporpar
tedeum doscônj
ugespar
aqueo
out
rocomet
aoadul
tér
ioeser
virdi
ssocomof
undament
odopedi
dodedi
vór
cio,
aacçãonãot
erápr
ovi
ment
o.Sehouv
erper
dão,of
act
opr
ati
cadonãopoder
á
ser
virdef
undament
opar
aopedi
dodedi
vór
cio.Ent
ranest
efundament
oa
gr
avi
dezdamul
herpori
nsemi
naçãoar
ti
fi
cialcom esper
mat
ozói
desdeout
ro
homem sem oconsent
iment
odoseucônj
uge,assi
m comoacedênci
ado

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

homem af
avordeout
ramul
hersem oconsent
iment
odocônj
uge.

Acondenaçãodef
ini
ti
vaporcr
imedol
osocom penadepr
isãosuper
iora3anos
(
al.b)
),nãoi
mpor
taanat
urezadocr
ime.Sehouv
err
ecur
so,t
alcondenação
nãopoder
áser
virdecausa.Tem dehav
ercondenaçãocom t
rânsi
toem j
ulgado.

A condut
a desonr
osa const
ant
e no ar
t.4º
,al
.e)
,dev
e seranal
i
sada
obj
ect
ivament
e.Énecessár
iohav
erdol
o.

Odi
vór
cior
emédi
onãot
em mui
tosexempl
os.Naal
í
neai
)encont
ramosuma
dessas si
tuações.O que aquise v
isa não é cast
igarni
nguém,mas si
m
r
emedi
arumasi
tuaçãoi
ntol
eráv
el.Est
asi
tuaçãonãocont
rar
iaaobser
vânci
a
dosdev
eresconj
ugai
s.

Todasassi
tuaçõesmenci
onadasnoar
t.4ºsóconst
it
uem f
undament
opar
ao
di
vór
cioquandocompr
omet
eav
idaem comum,
art
.5º
.Quandoav
íti
manãodá
i
mpor
tânci
aao act
o pr
ati
cado,per
doou,ent
ão não háf
undament
o par
ao
di
vór
cio.

Legi
ti
midade,
art
.6º

Sóocônj
ugeof
endi
do,em pr
incí
pio,t
em al
egi
ti
midade.Masal
eiadmi
teque
osseusascendent
es,
descendent
esecol
ater
aisat
éo2ºgr
auf
açam i
sso,
mas
ocônj
ugeof
endi
dodev
eest
arv
ivo.Em casodemor
te,ocasament
ofi
ca
di
ssol
vi
dopel
amor
te.

Ar
ati
odeacçãodeseri
ntent
adaporpessoasdi
fer
ent
esdocônj
ugeof
endi
doé
r
elat
ivament
eàher
ança,
par
ti
lha,
cul
padoscônj
uges,
etc.

Caduci
dadedodi
rei
to

Odi
rei
todei
ntent
araacçãocaducaaof
im deum anoacont
ardadat
aem que
ocônj
ugeof
endi
doouoseur
epr
esent
ant
elegalt
eveconheci
ment
o,ar
t.7ºda
l
eidodi
vór
cio.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ef
eit
osdodi
vór
cio

 Talcomosev
iunadi
ssol
uçãopormor
te,
aquit
ambém cessam t
odosos
ef
eit
ospessoai
sepat
ri
moni
aisdocasament
o;

 Osdi
vor
ciadospodem v
olt
aracasarsecumpr
ir
em asexi
gênci
asl
egai
s;

 Aaf
ini
dademant
ém-
seem r
elaçãoàf
amí
l
iadoout
rocônj
uge;

 Per
de-
seodi
rei
todesucederoout
ro,
art
.2133ºal àcont
.d)“ rar
iosensu”
,
ar
t.2148º
;

 Caducam asdi
sposi
çõest
est
ament
ári
asf
eit
asporum em benef
íci
odo
out
ro;

 Podeconser
varoapel
i
dodoout
roenquant
onãoset
ornari
ndi
gnopar
ao
ef
eit
o;

 Oexer
cíci
odopoderpat
ernal
éregul
adopel
otr
ibunal
naf
alt
adeacor
do;

OUTROSCASOSDEDI
SSOLUÇÃO

Out
roscasosdedi
ssol
uçãodecasament
o

Adecl
araçãodamor
tepr
esumi
dadeum doscônj
ugesf
azcessarar
elação
conj
ugalumav
ezqueadecl
aração damor
tepr
esumi
dat
em osmesmos
ef
eit
osque a mor
te,ar
t.115º
.Na r
evi
são ef
ect
uada na l
eipor
tuguesa a
decl
araçãodamor
tepr
esumi
danãodi
ssol
veocasament
o.

A mudançadesexo naconst
ânci
ado mat
ri
móni
o.É bom l
embr
arqueo
casament
ocel
ebr
adoent
reduaspessoasdomesmosexoéi
nexi
stent
e,ar
t.
1628ºal
.e)
.Com amudançadosexonaconst
ânci
aest
aremosper
ant
euma
i
nexi
stênci
asuper
veni
ent
e?Seassi
m seent
enderser
áumai
nexi
stênci
acom
consequênci
as di
fer
ent
es da v
erdadei
ra i
nexi
stênci
a. Por
tant
o,o mai
s
conv
eni
ent
eéconsi
der
aro casament
o di
ssol
vi
do pori
ncompat
ibi
l
idadede
comunhãodev
idacom osmesmosef
eit
osdodi
vór
cio.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

AUNI
AODEFACTO

Noçãoeconst
it
uição

Uni
ãodef
act
oéacomunhãodev
idadur
adour
aent
reduaspessoasdesexo
di
fer
ent
equepr
essupõeumapar
ti
lhademesa,
lei
toehabi
tação.

Éaconv
ivênci
adeduaspessoasdesexodi
fer
ent
eem condi
çõessemel
hant
es
aosdoscônj
uges.I
mpl
i
capor
tant
o,umacomunhãodemesa,
lei
toehabi
tação.
Coabi
taçãonasuadupl
aver
tent
edecomunhãodehabi
taçãoecomunhão
sexual
.

Vi
stoquenãoháf
ormal
i
dadesousol
eni
dadeof
ici
alpar
aaconst
it
uiçãoda
uni
ãodef
act
o,el
aconst
it
ui-
sel
ogoqueossuj
eit
osv
ivam em coabi
tação.É
pr
eci
soquev
ivam em comunhãodemesael
eit
oehabi
tação.

Par
aquehaj
auni
ãodef
act
oquepossamer
ecerumapr
otecçãol
egalépr
eci
so
r
euni
rcumul
ati
vament
eossegui
ntesr
equi
sit
os:

 Umacomunhãodev
ida,
ousej
a,conv
ivênci
aem uni
ãodef
act
o;

 Ent
reum homem eumamul
her
,ist
oé,
obser
varahet
erossexual
i
dade;

 Et
enhadur
açãodemai
sde3anos.

Par
a al
ém dest
eshá queacr
escent
ar:a est
abi
l
idade,a si
ngul
ari
dadeea
ser
iedade.

Quandosef
aladauni
ãodef
act
o,i
mpor
tasempr
edi
sti
ngui
rtr
êst
iposde
si
tuações:

A)Casament
onãof
ormal
i
zado

B)Uni
ãodef
act
ojur
idi
cament
erel
evant
e

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

C)Uni
ãodef
act
ojur
idi
cament
eir
rel
evant
e

Casament
onãof
ormal
i
zadoéuni
ãodef
act
oreconheci
daj
udi
cial
ment
enos
t
ermosdal
ei3/
76,ar
t.1º
,nº2.I
stoequi
val
eaum casament
ofor
mal
i
zadoa
par
ti
r do moment
o do r
econheci
ment
o. Depoi
s do r
econheci
ment
o a
desi
gnaçãomai
sapr
opr
iadaéocasament
onãof
ormal
i
zado.Segundoanossa
l
eipassa a pr
oduzi
rtodos os ef
eit
os de um casament
o ci
vi
l.Uma f
ort
e
pr
otecçãodal
eigui
neenseàuni
ãodef
act
o.

Uni
ãodef
act
ojur
idi
cament
erel
evant
e,éauni
ãodef
act
oquepr
eenchet
odos
os r
equi
sit
os exi
gidos par
aor
econheci
ment
ojudi
cialmas que não f
oi
r
equer
ida.Est
a si
tuação cont
ém pr
otecção da l
eida uni
ão de f
act
o,não
obst
ant
enãot
ersi
doj
udi
cial
ment
ereconheci
da.Est
apr
otecçãoseencont
rano
ar
t.6ºdal
ei3/
76oscasosdor
ompi
ment
oem v
idadosmembr
osdauni
ãoou
porcausadamor
te.

Uni
ão de f
act
ojur
idi
cament
eir
rel
evant
e,cor
responde aquel
a que nem a
dout
ri
nanem al
eiconsi
der
auni
ãodef
act
oenem ger
aauni
ãopl
enadev
ida
comor
ecomendaoar
t.1º
.Éumauni
ãoi
mpr
ópr
ia,mer
ament
efor
tui
ta.São
aquel
es casos de mer
a av
ent
ura. É um t
ert
um genus i
nsi
gni
fi
cant
e,
despr
otegi
dodequal
quert
utel
ajur
ídi
ca.

Al
ei3/
76ex
igequeosuni
dosdef
act
otenham anecessár
iacapaci
dadepar
a
ef
ect
ivament
epoder
em r
equeraf
ormal
i
zaçãodasuauni
ãoeoubenef
ici
arem
dapr
otecçãol
egal
.Est
aleinãocont
ém nenhumal
i
stadei
mpedi
ment
ospar
a
uni
ãodef
act
o.Noent
ant
o,di
znoseuar
t.1ºqueauni
ãodef
act
oéaquel
a
comunhãodev
idadepessoascom capaci
dadel
egalpar
acont
rai
rcasament
o.
Si
gni
fi
caque,
aquel
eem quem sev
eri
fi
caral
gum dosi
mpedi
ment
osel
encados
noCC f
icai
mpossi
bil
i
tadoder
equer
eraf
ormal
i
zaçãodasuauni
ãooude
r
equer
erosbenef
íci
osqueal
eiconcedeai
ndaqueauni
ãonãot
enhasi
do
f
ormal
i
zada.

Def
ormadi
fer
ent
epr
ocedeual
eipor
tuguesa(
lei7/
2000)queel
encael
enca
i
mpedi
ment
osl
i
mit
adosàuni
ãodef
act
oassi
m comoosseusef
eit
os.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ef
eit
osdauni
ãodef
act
o

Segundoal
ei3/
76,umauni
ãor
econheci
daj
udi
cial
ment
eouum casament
o
não f
ormal
i
zado,pr
oduz t
odos os ef
eit
os de um casament
o ci
vi
l.Est
a
pr
otecçãoext
rav
asouoi
nst
it
utoder
efer
ênci
a,poi
s,com est
adi
sposi
çãoos
membr
osdeum casament
onãof
ormal
i
zadopassam at
ermai
svant
agense
mai
spr
otecçãoqueum casal
civ
il
.

Ef
eit
ospessoai
s

Ser
ão osmesmoscom osdo casament
o ci
vi
l.Di
rei
tose dev
eresi
guai
s.
Di
recçãoconj
unt
adaf
amí
l
ia.

Dev
erdef
idel
i
dadet
alcomoconsagr
adopar
aocasament
oci
vi
lenãoum
si
mpl
esdev
erder
espei
tocomoal
gunsaut
oresopi
nam.

Dev
erder
espei
toenquant
otal
enãocomoodev
erger
alder
espei
toquer
esul
ta
dos di
rei
tos f
undament
ais de cada ci
dadão,como opi
nam cer
tas v
ozes:
dev
eresmor
aisouét
icos.

Dev
erdecoabi
taçãoquedi
spensacoment
ári
os,poi
sapr
ópr
ial
eiexi
geasua
obser
vânci
acomocondi
çãoder
econheci
ment
o.

Também deassi
stênci
a.

Jáser
ádi

cilpensarnoest
adopessoaldadoqueosseusmembr
oscont
inuam
sol
tei
ros.

Osef
eit
ospat
ri
moni
ais

Sãoosmesmospor
queal
ei,ar
t.7º
,demonst
roucl
aroquepodem escol
hero
r
egi
mequequi
ser
em nomoment
odaf
ormal
i
zaçãodauni
ãoe,em casode
desacor
doser
áapl
i
cadoor
egi
mesupl
eti
vodecomunhãodeadqui
ri
dos.

Cr
ít
icas

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Nãosepodedei
xardet
eceral
gumascr
ít
icasaol
egi
sladorgui
neensequef
oi
mui
to“
papi
sta”par
acom osuni
dosdef
act
o,namedi
daem quepecoumui
to
port
erf
eit
oar
emi
ssãogl
obal
ouapl
i
caçãoem bl
ocodosef
eit
osdocasament
o
par
aauni
ãodef
act
o.

Est
a apl
i
cação em bl
oco pode seri
nter
pret
ado como um desi
ncent
ivoà
cel
ebr
açãodecasament
o,eat
édei
mposi
çãodeef
eit
osdecasament
opar
a
aquel
esquedeci
dir
am escol
heruma out
raf
orma dev
ivera sua r
elação.
Est
arí
amosper
ant
eo caso t
ípi
co dal
eii
ngl
esaquecont
em o casament
o
obr
igat
óri
o.

Ademai
s,o car
áct
eri
nfor
maldaconst
it
uição dauni
ão def
act
o não ser
ia
suf
ici
ent
epar
adesencadeart
odososef
eit
osdocasament
oquecompor
ta
pr
ocedi
ment
ospr
eli
minar
esdur
osequesecel
ebr
asol
enement
e.

Cessaçãodauni
ãodef
act
o

Podecessar
:

Porr
upt
ura,i
stoé,porv
ont
adedeum oudeambos(
rompi
ment
o,casament
o
deum oudeambosent
resi
)

Pormor
tedeum dosmembr
os

Pordi
vór
cioour
ompi
ment
o“l
i
tigi
oso”
,ar
t.11ºdal
ei6/
76.Querpormút
uo
consent
iment
ocomol
i
tigi
oso,
art
.3º
,12ºdal
ei6/
76.

Nat
urezaj
urí
dicadauni
ãodef
act
o

Porcausadassuaspar
ti
cul
ari
dadesedi
fi
cul
dadesdesel
heapl
i
cart
odosos
ef
eit
osdocasament
o,l
evant
aadi
scussãosobr
easuanat
urezaj
urí
dica.

1ºDi
z-sequeel
aéumar
elaçãoj
urí
dicapar
a-f
ami
li
ar

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Por
quenel
aacoabi
tação,nãoobst
ant
eapr
oxi
mar
-sedocasament
oencont
ra
l
i
mit
ações,
atepor
queacoabi
taçãonãoéum dev
erj
urí
diconauni
ãodef
act
o.

Queocasament
oci
vi
lexi
steai
ndaqueaspar
tesnãov
ivam em comum.

Quenocasament
o,oquel
heécar
act
erí
sti
coéocompr
omi
ssoj
urí
dicode
coabi
tação(
podem casarenãocoabi
tarnunca)enãoacoabi
taçãoef
ect
iva.
Pori
ssonãosepodeconsi
der
arauni
ãodef
act
ocomoumar
elaçãoj
urí
dica
f
ami
l
iar
.

Queauni
ãodef
act
onãoéumar
elaçãopor
quel
hef
alt
aum el
ement
oessenci
al
queéadur
abi
l
idade.Noent
ant
oest
ear
gument
oédechumbarpor
quant
o,há
uni
õesdef
act
oquesãot
ãohar
moni
osost
ãodur
ávei
set
ãoest
ávei
scomoos
casament
osci
vi
s,podendoporv
ezesser
em mai
sdur
ávei
s,mai
shar
moni
osas
emai
sest
ávei
squeoscasament
osci
vi
s.

2ºAuni
ãodef
act
oéumaf
igur
amai
spr
óxi
madaconv
ivênci
aem economi
a
comum

Di
z-se que a uni
ão de f
act
otem mai
s af
ini
dade com a conv
ivênci
a em
economi
acomum doqueauni
ãoconj
ugal
por
que:

 Ambaspr
essupõem comunhãodemesaehabi
tação

 Nasduassi
tuaçõesseexi
geum pr
azomí
nimodedur
açãopar
aque
possam benef
ici
ardeal
gumapr
otecçãol
egal
.

Em posi
çãocont
rár
ia,
argument
a-seosegui
nte:

 Év
erdadedequeambospr
eci
sam deum cer
topr
azopar
abenef
ici
arem
depr
otecçãol
egal
,masi
ssonãoost
ornasemel
hant
epor
queauni
ãode
f
act
oexi
geacomunhãosexualoquenãoacont
ecenaconv
ivênci
aem
economi
acomum

 A uni
ão de f
act
o é const
it
uída apenasporduaspessoasde sexo
di
fer
ent
e.Aconv
ivênci
aem economi
acomum podeserconst
it
uídapor
mai
sdet
rêsouquat
ropessoasenãoi
mpor
taogr
audeor
ient
ação

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

sexual
oudepar
ent
esco.

DI
REI
TOSDAFI
LIAÇÃOEPROTECÇAODEMENORES

NOÇÃOEMODALI
DADESDEFI
LIAÇAO

Fi
l
iaçãoéumar
elaçãodepar
ent
escocom umapar
ti
cul
arr
elev
ânci
a.Éaquese
t
rav
aent
reospr
ogeni
tor
eseosf
il
hosqueger
aram.

Fi
l
iaçãoéar
elaçãoj
uri
dicament
eest
abel
eci
daent
repr
ogeni
tor
eseosf
il
hos.
Comodi
zoar
t.1578º
,éov
íncul
oquel
i
gaduaspessoasem consequênci
ade
umadel
asdescenderdaout
ra.

Quandosedi
zqueobel
tr
anoépr
imodo si
cranoousobr
inhodof
ulano,é
por
quecomungam al
gum pr
ogeni
tor
.Aspessoasger
adasmer
ecem t
amanha
pr
otecçãodesdeonasci
ment
o,oqueéassegur
adocom af
igur
adepát
ri
o
poder
,opoderpat
ernal
.Um poder
-dev
erexer
cidonoi
nter
essedof
il
ho.

AConst
it
uiçãonoseuar
ti
go26ºr
econheceat
odosodi
rei
toàconst
it
uiçãoda
f
amí
l
ia,i
stoé,deest
abel
eceramat
erni
dadeoupat
erni
dade.AConst
it
uição
consagr
aopr
incí
piodet
rat
ament
oigual
i
tár
ioent
reosf
il
hosnasci
dosdent
roe
f
oradocasament
o,assi
m comoal
ei4/
76.Dev
em t
eromesmot
rat
ament
oat
é
nosef
eit
ossucessór
ios.

Segundoocr
it
éri
odaf
ont
edov
íncul
o,asmodal
idadesdef
il
iaçãopodem ser
:

Fi
l
iaçãobi
ológi
ca

Af
il
iaçãobi
ologi
aéaquel
aquedecor
redof
enómenodapr
ocr
iação,aque
r
esul
tadopar
ent
esconopr
imei
rogr
audal
i
nhar
ect
apr
evi
stonoar
t.1578º
.A
const
it
uiçãodov
íncul
odaf
il
iaçãot
em ef
icáci
aret
roact
iva,pr
oduzi
ndoef
eit
os
desdeadat
adonasci
ment
odof
il
ho.Est
afi
l
iaçãopoder
esul
tardoact
osexual
ent
reoscônj
ugesoudepr
ocr
iaçãomedi
cament
eassi
sti
da.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Fi
l
iaçãoadopt
iva

Af
il
iaçãoadopt
ivaéaquel
aque,i
ndependent
ement
edosl
açosdesangue,se
const
it
uiporuma sent
ença j
udi
cial(
prof
eri
da no âmbi
to do pr
ocesso de
adopção,ar
t.1973º
.Cor
respondeaumar
elaçãonomi
nada,t
ípi
ca,ar
t.1586
masnãot
em car
áct
err
etr
oact
ivo.

Fi
l
iaçãoporconsent
iment
onãoadopt
ivo-pr
ovem daf
il
iaçãomedi
cament
e
assi
sti
da e def
ine-
se por excl
usão de par
tes.Const
it
ui-
se medi
ant
eo
consent
iment
o da par
te que i
rá assumi
r a posi
ção j
urí
dica de pai
,
i
ndependent
ement
edosl
açasdesangueesem pr
ocessodeadopção.

Est
amodal
i
dadedemar
ca-
sedaf
il
iaçãobi
ológi
caporseri
ndependent
ede
l
açosdesangueet
ambém daf
il
iaçãoadopt
ivaporsenãoconst
it
uirmedi
ant
e
umasent
ençadeadopção.Éoquev
em consagr
adonoar
t.1799ºquandose
pr
oíbea i
mpugnação da pat
erni
dadepr
esumi
da ou a sua i
nvocação par
a
est
abel
ecerapat
erni
dade–i
nsemi
naçãoar
ti
fi
cial
.Nãot
em car
áct
err
etr
oact
ivo.

Háv
ári
ast
écni
casdepr
ocr
iaçãomedi
cament
eassi
sti
da,
nomeadament
e:

 I
nsemi
naçãoar
ti
fi
cial
,consi
stenai
ntr
oduçãodoesper
manosór
gãos
geni
tai
sfemi
ninossem serporv
iadacópul
a.

 Fer
ti
lzaçãoi
i nvi
tr
o,segui
dadat
ransf
erênci
adeembr
iõespar
aoút
ero
da mãe.É uma i
nsemi
nação l
abor
ator
ialde ov
óci
tos pr
evi
ament
e
r
ecol
hidosenat
ransf
erênci
adeembr
iõespar
aoút
ero.

 Tr
ansf
erênci
aint
rat
ubár
iadosgâmet
asouembr
iões.Aqui
,oóv
uloeo
esper
mat
ozói
de são pr
evi
ament
e pr
epar
ados no l
abor
atór
io e
t
ransf
eri
dospar
aoi
nter
iordast
rompasut
eri
nasdemodoaqueaísedê
af
usão.

em qual
querdest
escasosascél
ulasr
epr
odut
ivas(
esper
mat
ozói
de,
ov
óci
tos) podem pr
ovi
r do casal (
homol
oga) ou de um dador
(
het
eról
oga)
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

CONSTI
TUI
ÇAODOVI
NCULODAFI
LIAÇAO

Ocr
it
éri
odaver
dadebi
ológi
ca

Af
il
iaçãobi
ológi
caéapr
inci
palmodal
i
dadedef
il
iaçãoenãosubsi
diár
iacomo
as out
ras.Pori
sso se f
az cor
respondera at
ri
bui
ção j
urí
dica da f
il
iação
bi
ológi
cacom af
il
iaçãoef
ect
ivament
eexi
stent
e.Af
il
iaçãoéum v
íncul
onat
ural
r
esul
tant
e,nor
mal
ment
e,der
elaçõessexuai
sent
reum homem eumamul
her
dasquai
sresul
taaconcepçãoougest
açãodof
il
hopel
opaieoseupar
topel
a
mãe.Por
tant
o,pel
ocr
it
éri
odav
erdadebi
ológi
ca,
opai
éomar
idodamãe.

Par
aapr
oduçãodeef
eit
osj
urí
dicos,nãobast
aapenasaf
il
iaçãonat
ural

necessár
ioqueessaf
il
iaçãosej
arecebi
daour
econheci
danaor
dem j
urí
dica.É
est
e r
econheci
ment
o do v
íncul
o de f
il
iação pel
a or
dem j
urí
dica que
cor
respondeoest
abel
eci
ment
odaf
il
iação.

SegundoCast
roMendes,est
eest
abel
eci
ment
odev
eserat
ri
buí
doef
icáci
atão
sódecl
arat
ivaenãoconst
it
uti
va.

Est
abel
eci
ment
odamat
erni
dade

Af
il
iaçãomat
ernar
esul
tadof
act
odenasci
ment
otendoem v
ist
aqueamãe
genét
icaeamãedegest
açãosãoumaemesmapessoa.O par
tosóv
em
conf
ir
mari
sso.

Amat
erni
dadeest
abel
ece-
sepor
:

 Decl
araçãodemat
erni
dade

 Reconheci
ment
ojudi
cial

Mas,se uma mãe não decl


arara mat
erni mat
dade ( ersemperest
,pet
er
nunquam)
,podeor
econhecerj
udi
cial
ment
e.

Adecl
araçãodamat
erni
dadeéumadecl
araçãodeci
ênci
a,conf
ir
mat
ivaenão
deconsci
ênci
aeconst
it
uti
vacomoodapat
erni
dade.Dev
eserf
eit
adent
rode

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

30di
asi
medi
ato,
art
.119ºCRC.

Pode-
sel
evaracaboumaav
eri
guaçãoof
ici
osadamat
erni
dade,
art
.1845ºmas
i
ssonãoconst
it
uiumat
ercei
raf
ormadeest
abel
eci
ment
odamat
erni
dade,
poi
s,
or
esul
tadodaav
eri
guaçãoof
ici
osaéconduzi
daaoest
abel
eci
ment
opost
eri
or
por decl
aração ou por r
econheci
ment
o. Pr
ocur
a-se nessa av
eri
guação
descobr
irquem éapr
etensamãe.Seest
a,aoserouv
ida(
art
.1844º
)conf
ir
mar
amat
erni
dade,éoest
abel
eci
ment
odamat
erni
dadet
ermi
nadaouf
eit
apor
decl
araçãodamãe.

Por
tant
o,senão f
oramãeadecl
araramat
erni
dade,massi
m umadas
pessoasi
ndi
cadasnoar
t.120ºCRCai
ndi
caramãe,est
aser
ánot
if
icadapar
a
v
irdecl
ararconf
ir
mandoamat
erni
dadeour
ecusar
.Seapr
etensamãenegar
,a
mençãof
icasem ef
eit
ocomodi
zoar
t.1844ºnº2.Seacei
taramat
erni
dade
f
icaest
abel
eci
da.

Amãenãoper
fi
lha,decl
araamat
erni
dade.Maséumaf
igur
ahomól
ogada
per
fi
lhação.As duas f
igur
as são act
os j
urí
dicos si
mpl
es,não negoci
ais.
Cont
udo,adecl
araçãodamat
erni
dadeéumadecl
araçãodeci
ênci
a.Enquant
o
aper
fi
lhaçãoéumadecl
araçãodeconsci
ênci
a.

Reconheci
ment
ojudi
cial
,ar
t.1852ºss.

Est
abel
eci
ment
odapat
erni
dade

Apat
erni
dadeest
abel
ece-
se,pr
esumi
ndo-
senost
ermosdoar
t.1801ºsssero
paiomar
idodamãe.Apat
erni
dadedosf
il
hosnasci
dosf
oradocasament

est
abel
eci
dapel
oreconheci
ment
o.

Apat
erni
dadeest
abel
ece-
sedassegui
ntesf
ormas:

 Pr
esunção

 Reconheci
ment
ovol
unt
ári
oouper
fi
lhaçãoe

 Reconheci
ment
ojudi
cial

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Apr
esunçãodequeopaiéomar
idodamãev
alet
ambém par
aosuni
dosde
f
act
ocuj
auni
ãoest
ejar
econheci
daj
udi
cial
ment
e.

Oconheci
ment
odomoment
odaconcepçãodof
il
hoéespeci
alment
erel
evant
e
par
aef
eit
osdeest
abel
eci
ment
odapat
erni
dade.Noar
t.1796ºencont
ramos
r
egr
asquant
oaomoment
olegaldaconcepçãodof
il
ho:pr
imei
ros120di
as(
4
meses)dos300(
10meses)quepr
eceder
am onasci
ment
o.Tem-
sequea
concepçãosev
eri
fi
couem qual
querdi
asdos120di
asdos300queant
eri
ores
aoseunasci
ment
o.

Cont
udo,est
aspr
esunçõessãopassí
vei
sdeaf
ast
ament
o,sãoel
i
dív
eis,nos
t
ermosdal
ei.

Sesepr
ovarv
iaj
udi
ci
al,
porexempl
o,queagest
açãodof
il
hof
oii
nfer
iora180
di
as,
otr
ibunal
fixaadat
adeconcepção.

Nost
ermosdoar
t.1801ºof
il
honasci
doouconcebi
donaconst
ânci
ado
mat
ri
móni
odamãet
em comopaiomar
idodest
a.Ar
egr
aabr
angeapenasa
concepçãoenasci
ment
onaconst
ânci
adocasament
o.

Comoapr
esunçãot
ambém v
alepar
aoscasament
osanul
adosquebenef
ici
am
deef
eit
osput
ati
vos,apr
esunçãov
aiat
éot
rânsi
toem j
ulgadodasent
ençade
anul
ação.

Est
asr
egr
asnãot
omar
am em cont
aosaspect
osdapr
ocr
iaçãomedi
cament
e
assi
sti
da.

Jánãosepr
esumi
ráserpaiomar
idodamãenocasodosf
il
hosconcebi
dos
ant
esdocasament
o,i
stoédos180di
asant
eri
oresàcel
ebr
açãodocasament
o.

Quandot
enham si
doconcebi
dosdepoi
sdef
indaacoabi
tação,ar
t.1804º
,ou
sej
a,t
enham nasci
dodepoi
sdos300di
asdef
ini
da…….

Seamãesecasarsem r
espei
taropr
azoi
nter
nupci
al,emer
geum conf
li
tode
pr
esunçõesdepat
erni
dade,ar
t.1806º-dupl
apr
esunçãodepat
erni
dade,que
benef
ici
aosegundomar
idoeopr
imei
rot
ambém consoant
eof
il
hot
enha

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

nasci
do180di
adepoi
sdacel
ebr
açãodosegundocasament
oouant
es.

PERFI
LHAÇAO–1827ºss

Aper
fi
lhaçãoéaout
raf
ormadeest
abel
ecerapat
erni
dade.

Éoact
opel
aqualumapessoa,nor
mal
ment
edesexomascul
i
no,decl
araque
det
ermi
nadapessoahumanaéseuf
il
ho.Éum act
oli
vre,pessoal
,sol
enee
i
rr
evogáv
el.

Aper
fi
lhaçãoéum act
oli
vre,
naj
ust
amedi
daem quepodeseranul
adase,
por
exempl
o,seenf
ermarporcoaçãomor
al,ar
t.1837º
.Aquel
equeper
fi
lhadev
e
daro seu consent
iment
oli
vre,sem v
íci
o.Est
ali
ber
dade não dev
e ser
conf
undi
dacomosendoact
ofacul
tat
ivopor
que,opaiest
áobr
igado,t
em o
dev
erdeper
fi
lhar
.

Épessoalenãopat
ri
moni
al.Tem queserf
eit
apel
opr
ópr
iopaiouporum
pr
ocur
adorespeci
al.

Ésol
enepor
quesópoder
áserf
eit
anosmol
dest
raçadosnoar
t.1830º

Éi
rr
evogáv
el.I
ssomesmo.Mesmoqueot
est
ament
oem queest
iverv
ieraser
r
evogadoel
asubsi
ste,
art
.1835º
.

Quem podeper
fi
lhar
?ar
t.1828º

Só podem per
fi
lhar
,indi

duoscom mai
sde16 anosequenão est
ejam
i
nter
dit
osporanomal
i
apsí
qui
caounão f
orem not
ori
ament
edement
esno
moment
odaper
fi
lhação.Aquiademênci
anãopr
eci
sasercognoscí
vel
,bast
a
quesej
acer
ta,
inequí
voca,
nãoduv
idosa.

Dadoocar
áct
erpessoaldoact
o,osmenor
esde16anoseosi
nter
dit
ospor
out
rascausas,nãonecessi
tam deaut
ori
zaçãodospai
s,t
utor
esoucur
ador
es
par
apr
ati
car
em oact
oper
fi
lhação.

Mast
ambém,sóaquel
equenãopossuiapat
erni
dadeest
abel
eci
dapodeser

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

per
fi
lhado.

Épr
eci
soqueexi
stacomopessoa,out
enhaexi
sti
do.Aper
fi
lhaçãopodeser
f
eit
aat
odoot
empo,querant
esdonasci
ment
ocomodepoi
sdamor
te.Aci
ma
det
udo,
épr
eci
soqueexi
staout
enhaexi
sti
do,
art
.1831º
.

Av
eri
guaçãoof
ici
osa–ar
t.1841ºss

Sempr
e que se f
aça r
egi
sto de nasci
ment
o de menorapenas com a
mat
erni
dadeest
abel
eci
da,ounãot
ersi
doper
fi
lhado,oupor
queadecl
aração
denasci
ment
ofoif
eit
aport
ercei
ro,no1ºcaso,dev
eráserr
emet
idopar
ao
t
ri
bunal
demenor
esacer
ti
dãoaf
im deseav
eri
guarof
ici
osament
eai
dent
idade
dopr
esumí
vel
progeni
tor
.Opr
esumí
vel
progeni
torser
áouv
ido,
podendoapar
ti
r
dal
ipr
ocederaper
fi
lhação,
art
.1848ºnº4.

No2ºcaso,
quem decl
araronasci
ment
odeum i
ndi

duodev
erái
ndi
caramãe,
quet
ambém ser
áouv
ida.Seconf
ir
mar
,per
fi
lha,ousej
a,of
il
hoéconsi
der
ado
per
fi
lhado.Ser
ecusarr
espondeoar
t.1845º
,nº2,
ss.

Reconheci
ment
ojudi
cial–1852ºss

Est
econst
it
uimai
sumamodal
i
dadedeest
abel
eci
ment
odamat
erni
dadee
pat
erni
dadef
oradocasament
o.Real
i
za-
seat
rav
ésdeumaacçãoaut
ónoma,
acçãodei
nvest
igaçãodapat
erni
dade/
mat
erni
dade,
art
.1852º
.

Est
asacçõespodem serpr
opost
asa t
odo o t
empo conf
orme est
ipul
ao
decr
etonº437/
71.

CONSTI
TUI
ÇAODAADOPÇAO

NOÇAOEMODADLI
DADESDEADOPÇAO

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Fi
l
iaçãoadopt
iva–ar
t.1973ºSS-const
it
uiçãodaadopção

Oar
t.1586ºdef
ine-
acomov
íncul
oque,àsemel
hançadaf
il
iaçãonat
ural
,mas
i
ndependent
ement
edel
açosdesangue,
seest
abel
eceent
reduaspessoas.

Com or
ecei
odest
anoçãonãoabar
cart
odasasmodal
i
dadesdeadopção,o
Pr
ofessor Jor
ge Duar
te Pi
nhei
ro pr
opõe out
ra:“
Víncul
o const
it
uído por
sent
ença j
udi
ci
al,pr
ofer
ida no âmbi
to de um pr
ocesso especi
alment
e
i
nst
aur
adopar
aoef
eit
o,que,i
ndependent
ement
edel
açosdesangue,cr
ia
di
rei
tosedev
erespat
ernof
il
iai
sent
reduaspessoas”
.

Por
quecom est
eact
osepr
etendeassemel
haraconst
it
uiçãonat
ural
def
amí
l
ia,
al
eii
mpõecer
tasr
est
ri
ções,
cer
tosconst
rangi
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osquev
isam nof
undo,
ea
f
inal
,o i
nter
esse super
iorda cr
iança e não uma f
orma de pr
eser
varou
pr
ossegui
roi
nter
essedoadopt
ant
e.

Modal
idades,
art
.1976º

Com basenocr
it
éri
odosef
eit
os,aadopçãopodeserPl
enaeRest
ri
ta.Sãoos
ef
eit
osqueosdi
fer
enci
am,
poi
snaadopçãopl
ena,
oadopt
adopassaai
ntegr
ar
af
amí
l
ia adopt
iva como se f
osse um f
il
ho bi
ológi
co,“
div
orci
ando-
se”
t
otal
ment
ecom asuaf
amí
l
ianat
ural
/bi
ológi
ca.I
ssonãoacont
ecenaadopção
r
est
ri
ta.

Oar
t.1974ºt
rásumal
i
stader
equi
sit
osapl
i
cáv
eisat
odasasmodal
i
dadesde
adopção.

Adopçãopl
enaar
t.1979ºss

Par
aal
ém dosr
equi
sit
osger
ais,
oar
t.1980ºel
encamai
srequi
sit
osaobser
var
nocasodeadopçãopl
ena,ar
t.1981º
,1982º
,demonst
randocl
arament
equem
podeadopt
arpl
enament
eequem podeseradopt
adopl
enament
e.

 Par
aadopçãopl
enaépr
eci
sor
euni
rosr
equi
sit
osconst
ant
esdoar
t.
1974º
;

 Osadopt
ant
est
êm queserduaspessoascasadasent
resi
;

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Hámai
sde10anose,

 Sem descendent
es,
art
.1981º

 Oadopt
adot
em queserf
il
hodepai
sincógni
tosouf
aleci
dos,
art
.1982º

Not
e-sequeaadopçãopl
enaéumaadopçãoconj
unt
a.Ousej
a,umapessoa
nãopodeadopt
arsozi
nho.Masnoar
t.1981ºencont
ramosumaexcepção,
quandoal
eiper
mit
equeum doscônj
ugesadopt
eof
il
hodoout
rocônj
ugecuj
o
out
ropr
ogeni
tort
enhaf
aleci
dooudesconheci
do.

Aadopçãopl
enaéi
rr
evogáv
el,ar
t.1986º
.Osseusef
eit
osmant
êm-
semesmo
com asuper
veni
ênci
adef
il
hosdosadopt
ant
es,
art
.1985º
.

Excepci
onal
ment
e,admi
te-
sear
evogação,embor
acom umadenomi
nação
di
fer
ent
e,quandoseadmi
tear
evi
sãodasent
ença,
art
.1986º
,nº2.

Di
zal
eiqueoadopt
adopl
enoext
ingueasuar
elaçãocom af
amí
l
iabi
ológi
ca.
Passaai
ntegr
araf
amí
l
iaadopt
ivacomosef
osseum f
il
hobi
ológi
co.Na
v
erdadeest
aequi
par
açãoéf
ict
íci
a,oadopt
adopl
enonuncaocupaol
ugarde
um f
il
hobi
ológi
co,
sal
voquandoset
rat
ardasucessãol
egi
ti
már
iadoadopt
ant
e.
Poi
s,segundooar
t.1984º
,oadopt
adopl
enoouseusdescendent
es,eos
par
ent
esdosadopt
ant
esnãosãoher
dei
rosl
egí
ti
már
iosnem l
egí
ti
mosunsdos
out
ros,nem f
icam r
eci
procament
evi
ncul
adosàpr
est
açãodeal
i
ment
os.Um
adopt
adopl
enonãopodeher
daroseui
rmãoadopt
ivo,nem um t
iodaf
amí
l
ia
adopt
iva.

Nof
undosóher
daoadopt
ant
e.Aadopçãopr
oduzef
eit
osapenas,
ent
reel
eeo
adopt
ant
e.

Adopçãor
est
ri
ta,
art1987ºss

Requi
sit
os,
art
.1974ºaadi
cionaroar
t.1988º
.

Ef
eit
os,
art
.1987º
,1990º
,1991º
,1992º
,1994º
,1995º
,1996º
.

Pr
est
açãodecont
as,
art
.1998º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Comoni
nguém nascesi
mul
taneament
eduasv
ezes,
também ni
nguém podeser
adopt
adosi
mul
taneament
eporv
ári
aspessoas,
art
.1989º
.

Rev
ogação

Aadopçãor
est
ri
taépassí
vel
deserr
evogada,
art
.1999º
.

Legi
ti
midadeef
undament
ospar
arequer
erar
evogaçãodaadopçãor
est
ri
ta,
art
.
2000ºe2001º
.

Ef
eit
osdar
evogação,
art
.2002º
.

EFEI
TOSDAFI
LIAÇÃO

Par
aapr
oduçãodosef
eit
osdaf
il
iação,or
egi
stoj
ogaum papelf
undament
al.
Const
it
uiassi
m acondi
çãodeef
icáci
adaf
il
iação.Senãohouv
erl
ugarao
est
abel
eci
ment
odaf
il
iaçãonost
ermosat
rásest
udados,osef
eit
osnãose
pr
oduzi
rão.Éosent
idoexpr
essonoar
t.1878º
,nº1.

Quemoment
osedev
etomarem cont
a?Moment
odepr
oduçãodosef
eit
os?

Par
aaf
il
iação bi
ológi
ca l
egal
ment
e est
abel
eci
da,os ef
eit
os pr
oduzem-
se
desde o moment
o de nasci
ment
o do f
il
ho (
nasci
do dent
ro ou f
ora do
casament
o – pr
inci
pio do t
rat
ament
oigual
i
tár
io dos f
il
hos)
.A ef
icáci

r
etr
oact
iva,ar
t.1878º
,nº2.Ospoder
es-
dev
eressãoi
guai
s,quert
enham os
f
il
hosnasci
dosnaconst
ânci
adomat
ri
móni
oounão(
uni
ãodef
act
o:nest
e
casoambost
êm queest
abel
ecerapat
erni
dade/
mat
erni
dade,sobpenado
podereoexer
cíci
ofi
carconf
inadoexcl
usi
vament
eàquel
equeest
abel
eceua
f
il
iação,
art
.1904º
).

Jáquant
oaf
il
iaçãoadopt
iva(
plena)
,oef
eit
oconst
it
ui- exnovum”
se“ ,por
sent
ençaj
átr
ansi
tadaem j
ulgado.I
ssonãoquerdi
zerqueoadopt
adosó
poder
áconv
ivercom oadopt
ant
eapósot
rânsi
toem j
ulgadodasent
ença.Pode
exi
sti
rant
esumaconv
ivênci
a,masosef
eit
osj
urí
dicossóser
ãoat
endi
doscom
ot
rânsi
toem j
ulgado.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Quant
oàf
il
iaçãoadopt
ivar
est
ri
ta,
aquest
ãoj
ánãosecol
ocadamesmaf
orma,
dadoquenest
amodal
i
dade,
oadopt
adocont
inuaamant
erosl
açoscom asua
f
amí
l
iabi
ológi
ca.Nest
a,sóoexer
cíci
opoderpat
ernalseat
ri
buiaoadopt
ant
e.
Osef
eit
ossãomui
tor
est
ri
tos.

Decor
redocódi
goqueaof
il
hocabeodev
erf
undament
aldehonr
arer
espei
tar
ospai
s,ar
t.1876º
.Dev
e-sedi
zerqueest
edev
erér
ecí
proco.O paidev
e
t
ambém honr
are r
espei
taro f
il
ho.Não dev
e hav
erv
iol
ação dos di
rei
tos
i
ndi
vi
duai
s do out
ro,ou sej
a,ambos dev
em r
espei
tar os di
rei
tos da
per
sonal
i
dadeepat
ri
moni
aisdoout
ro.

Of
il
hot
em odi
rei
todeusarosapel
i
dosdospai
s,ar
t.1877º
.Oexer
cíci
odest
e
di
rei
todev
eserconj
ugadocom oquev
em escr
it
onoCRC apr
opósi
toda
composi
çãodenome,
art
.130º
.

Dev
erdeauxí
l
io,del
edecor
reasobr
igaçõesdeaj
uda,pr
otecçãoem r
elaçãoà
pessoa e o pat
ri
móni
o de ambos.São dev
eres com especi
alr
elev
o nos
moment
osdecr
esci
ment
o,doençaev
elhi
ce.

Dev
erde assi
stênci
a,é um dev
erque i
mpõe pr
est
ações suscept
ívei
s de
av
ali
açãopecuni
ári
a,decont
ri
bui
rpar
aoencar
godav
idaf
ami
l
iar–pr
est
ar
al
i
ment
os.

Dev
erdeal
i
ment
os,j
ávei
oref
erenci
adonodev
erant
eri
or.Mas,comot
ambém
subsi
stemesmoapósodi
vor
cio,
val
eapenaaut
onomi
za-
lo,
art
.2003ºss.

Quant
oanaci
onal
i
dadeosf
il
host
omam odospai
s,assi
m comooadopt
ado
pl
eno,ar
t.1º
,7ºssdal
einº2/
92,l
eidanaci
onal
i
dade,adqui
ri
ndoosseus
apel
i
dosconf
ormeoCRC.

PODERPATERNAL–CONTÉUDO

O poderpat
ernaléabor
dado em t
eor
iager
alcomo um mei
o desupr
ira
i
ncapaci
dade de exer
cíci
o dos menor
es não emanci
pados.Como est
es

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

menor
escar
ecem decapaci
dadegenér
icadeexer
cíci
o,nãopodendopr
ati
car
pessoal
ment
eact
osenegóci
osj
urí
dicos,ospai
ssur
gem comomei
odesupr
ir
essasi
tuaçãocomodet
ent
oresdopoderpat
ernal
.

Mas,opoderpat
ernalémai
sdoqueum mei
odesupr
iment
odai
ncapaci
dade
demenor
es.El
enãosi
gni
fi
caapenasopoderder
epr
esent
açãoouapenaso
poder
-dev
erdeadmi
nist
rarosbens.I
ncl
uiout
rosdev
eres,
quai
ssej
am:opoder
dev
erdedi
ri
gir
,deeducareodepr
overosust
ent
odacr
iança.

Par
acumpr
ir
em com essespoder
es-
dev
eres,osf
il
hosdev
em est
arav
iversob
omesmot
ect
ocom osdet
ent
oresdopoderpat
ernal
.Di
zoar
t.1883ºquenão
podem osf
il
hosabandonaracasadospai
snem del
aser
em r
eti
rados.

Oexer
cíci
odopoderpat
ernalcompet
eaospai
s,em pédei
gual
dade.Dev
em
exer
cerest
epodernoi
nter
essedosf
il
hosenãonosseusexcl
usi
vosi
nter
esses.

Opoderpat
ernalnãoéum di
rei
tosubj
ect
ivo.Éumasi
tuaçãoj
urí
dicacompl
exa
naqualsobr
essaem poder
esf
unci
onai
seal
gunsdi
rei
tos.Nãoéum conj
unt
o
def
acul
dades(
decont
eúdoegoí
sta)del
i
vreexer
cíci
o.Ési
m um conj
unt
ode
f
acul
dades de car
áct
eral
tr
uíst
a que dev
e serexer
cido pr
imei
rament
e no
i
nter
essedosf
il
hos.Édeexer
cíci
ovi
ncul
ati
vo.

Ospai
snãopodem pr
ati
carcer
tosact
ossem aaut
ori
zaçãodot
ri
bunal
,ar
t.
1887º
.

Não podem r
enunci
arest
e poder
,ar
t.1880º
.É um poderi
ndi
sponí
vel
,
i
ntr
ansmi
ssí
vel
.Compet
eapenasael
es.Mesmonocasodeadopção,oque
acont
ecenão éat
ransmi
ssão do poderpat
ernaldospai
sbi
ológi
cosaos
adopt
ivos.Acont
ecesi
m aext
inçãodapr
imei
rasi
tuaçãoeonasci oex
ment
novum dasegunda.

O poderpat
ernalapr
esent
a-secomoum i
nst
it
utodest
inadoàpr
otecçãoe
pr
omoçãodocr
esci
ment
osaudáv
eldomenor
.Oseucont
eúdoét
ípi
co.Nãose
pode supr
imi
rnem acr
escent
arnada.Não se pode cr
iarnov
as si
tuações
j
urí
dicasnem el
i
minaraquel
asqueest
ão i
ndi
cadasna l
ei.Est
ati
pici
dade
coi
nci
dir
ácom oseucar erer
áct gaomnes–ost
ercei
rosdev
em r
espei
tare
est
arem condi
çõesdesabercom segur
ançaquai
sosdomí
niosem quel
hesé

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

v
edadoi
nter
fer
ir
.

COMPETEAOSPAI
S,opoderdeguar
dar
,educar
,pr
overosust
ent
o,r
epr
esent
ar
eadmi
nist
rarosbensdomenor
,ar
t.1879º
,1881º
,1883º
,1884ºe1885º
.

Opoderdeguar
da,
cust
ódi
a,ar
t.1879º
,impl
i
caqueospai
s:

 Dev
em v
elarpel
asegur
ançaesaúdedosf
il
hos.

 I
mpl
i
cat
ambém queosf
il
hosdev
em v
ivercom ospai
snomesmol
ar;

 Quepodem pr
ivarosf
il
hosdecer
tosconv
ívi
os,nomeadament
e,os
per
nici
osos;

 Deci
dirpel
ofi
l
ho no quet
oca aoscui
dadosmédi
cos.I
ncumbi
-l
hes
aut
ori
zari
nter
vençõesout
rat
ament
osat
inent
esaomenor
.

Poderdedi
ri
giraeducação,
art
.1879º
,incl
uit
ambém opoderdecor
recção,
art
.
1884ºéum poderquedev
eserexer
cidosem abusos,excessos,exer
cidono
i
nter
essedof
il
hoecom r
espei
topel
asuasaúde,
segur
ança,
for
maçãomor
ale
gr
audemat
uri
dade.Podem ospai
srecor
reraal
gumasmedi
dasdecor
recção,
nomeadament
e,r
epr
eensões,pr
ivaçãodedi
ver
ti
ment
ooucast
igoscor
por
ais
moder
ados.

Opoder
-dev
erdepr
overosust
ent
o,ar
t.1881º
,al
.b)–i
mpõeaospai
sodev
er
dedarsust
ent
oquei
ncl
uiov
est
uár
io,aal
i
ment
açãoet
odasaspr
est
ações
conexas com as v
ári
as si
tuações j
urí
dicas em que se desdobr
a o poder
pat
ernal
.Dev
em pr
opor
cionaraosf
il
hosum ní
veldev
idai
dênt
icoaoseu,
ist

namedi
dadassuaspossi
bil
i
dades.

O poder
-dev
erder
epr
esent
ação,ar
t.1879º
,nº2,1881º
,nº1al
.d)
,1885º-
i
ncumbe aos pi
as o poderger
alde r
epr
esent
ação dos f
il
hos ai
nda que
nasci
tur
os.Est
epoderi
mpl
i
caexer
cert
odososdi
rei
tosecumpr
ircom t
odas
asobr
igaçõesdof
il
ho,com excepçãodeact
ospessoai
squeel
epodepr
ati
car
l
i
vrement
e(casar
,per
fi
lhar
,et
c.)
.Jánãopoder
árepr
esent
arof
il
hosehouv
er

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

conf
li
todei
nter
essesent
redoi
sfi
l
hos,ai
ndaqueum del
essej
amenor
.Tudo
i
ssoem pr
omoçãodapazedacoesãof
ami
l
iar
.

Opoder
-dev
erdeadmi
nist
rar
,ar
t.1879º
,nº2,
1881º
,nº1al
.g)
,1886º
.

Ospai
sdev
em admi
nist
rarosbensdosf
il
hoscomosef
ossem seus.Est
e
poderdev
ersof
rel
i
mit
açõesquandosef
azr
efer
ênci
aaosbensadqui
ri
dospor
sucessãooudoação,pel
omenor
,cont
raav
ont
adedospai
s,dosbensem que
est
esest
ejam af
ast
adosdeadmi
nist
ração,
ent
reout
ros,
art
.1893º
,al
.c)af
).

Al
i
mit
açãov
aiai
ndanosent
idodeospai
scar
ecer
em daaut
ori
zaçãodo
t
ri
bunalpar
aapr
áti
caecer
tosact
os,ar
t.1887ºsob deanul
ação dest
es
mesmosact
os,
art
.1891º
.

Nãopodem adqui
ri
rosbensdomenor
,ar
t.1890º
.

Têm ousuf
rut
osobr
eosbensdomenornol
i
mit
edoar
t.1893º
.

Ospai
snãopr
est
am cauçãonem cont
ascomoosadmi
nist
rador
es,ar
t.1897º
,
1898º
.

Seof
il
hoat
ingi
ramai
ori
dadeouf
oremanci
pado,
cessam ospoder
esdospai
s,
dev
endoosbensser
em ent
reguesaof
il
ho,
art
.1899º
.

Exer
cíci
odopoderpat
ernalapósacessaçãodov
íncul
omat
ri
moni
alouna
separ
açãodef
act
o,ar
t.1900ºss

Em casodemor
te,
est
eexer
cíci
ofi
caexcl
usi
vament
epar
aocônj
ugesobr
evi
vo.
Masseest
evol
taracont
rai
rnov
asnúpci
as,oseunov
oconsor
tenãof
ica
i
nvest
idonest
ecar
go,
embor
apossaserr
esponsabi
l
izadosol
i
dar
iament
epel
os
danosr
esul
tant
esdamáadmi
nist
raçãodopr
ogeni
torsobr
evi
vo,
art
.1901º
.

Em casodedi
vór
cio,
senãohouv
eracor
donest
emoment
oot
ri
bunalr
esol
veo
assunt
o,ar
t.1902º
.

Em casodesepar
açãodef
act
o,ar
t.1903ºquer
emet
epar
aoar
t.1902º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

I
NIBI
ÇAODOPODERPATERNAL,
Art
.1910ºSS

Segundoocr
it
éri
odef
ont
eai
nibi
çãopoder
esul
tardi
rect
ament
edal
ei,
ini
bição
depl
enodi
rei
to,
“opel
ege”
,ar
t.1910º
,oudadeci
sãoj
udi
cial
,ar
t.1915º
.

Segundoocr
it
éri
odeext
ensãodosef
eit
osai
nibi
çãopodesert
otal(
consoant
e
abr
anj
aagener
ali
dadedassi
tuaçõesj
urí
dicascont
idasnopoderpat
ernal
)ou
par
cial
(par
aoscasosdoar
t.1912º
.

Ai
nibi
çãoj
udi
ci
alt
ambém podesert
otal
oupar
cial
.

Asi
nibi
çõespodem serl
evant
adas,ar
t.1917ºepodem si
mpl
esment
ecessar
,
ar
t.1914º
.

Ai
nibi
çãonãoi
sent
anenhum dospai
sdocumpr
iment
ododev
erdeal
i
ment
o,
ar
t.1918º
.

MEI
ODESUPRI
ROPODERPATERNAL,
art
.1921ºss

Est
andoospai
simpossi
bil
i
tadosdeexer
cer
em osdev
erespat
erno-
fi
li
ais,al
ei
pr
ocur
ouout
raf
ormadeev
itarqueosmenor
esf
iquem desampar
ados.Sãoos
chamadosmei
osdesupr
iment
odopoderpat
ernal
.

Hádoi
smei
ospar
aoef
eit
o:

 At
utel
a

 Eaadmi
nist
raçãodebens

TUTELA

At
utel
aéo mei
o porexcel
ênci
adesupr
iro exer
cíci
o do poderpat
ernal
,
podendot
erv
ári
ascausas,
art
.1921º
:

 Mor
tedospai
s

 I
nibi
çãodoexer
cíci
odopoderpat
ernal

 I
mpedi
ment
osdef
act
o

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Ser
em i
ncógni
tosospai
s

 Nãot
ersi
doest
abel
eci
doaf
il
iação

Ot
ri
bunalpodeof
ici
osament
epr
omov
erai
nst
aur
açãodat
utel
a,dadoquet
udo
sef
aznoi
nter
essedomenor
.Nocasodei
mpedi
ment
odef
act
ooMi
nist
éri
o
Públ
i
codev
etomarpr
ovi
dênci
asenomearal
guém par
aasdi
l
igênci
asque
possam t
razerbenef
íci
osao menorcomo t
ambém di
l
igenci
asqueev
item
pr
ejuí
zospar
ael
e.

Sãoór
gãosdet
utel
a,ar
t.1924º
:

 Ot
utor

 Eoconsel
hodaf
amí
l
ia

Desi
gnação

Ot
utorpodeserdesi
gnadoporqual
querdospai
s,ar
t.1928º
,pel
alei
,ar
t.1930º
epel
otr
ibunal
,ar
t.1931º
.

Nocasodeum dospai
sdesi
gnart
utorpar
aof
il
homenornocasodev
iera
f
alecerout
ornar
-sei
ncapaz,
art
.1928º
,est
adesi
gnaçãopoder
áserconf
ir
mada
our
evogadapel
opr
ogeni
torsobr
evi
vonost
ermosdomesmopr
ecei
to.

Sef
orem v
ári
ost
utor
esnomeadosesem queseconsi
gai
dent
if
icaraor
dem do
exer
cíci
odocar
go,al
eimandaquesej
asegundoaor
dem denomeação,ar
t.
1929º
.

Al
eiel
encaumal
i
stadepessoasquenãopodem sert
utor
eseosquepodem
escusar
-sedaquel
ecar
go,
art
.1933º
,1934º
.

Di
rei
toseobr
igaçõesdot
utor

Ot
utort
em osmesmosdi
rei
toseobr
igaçõesdospai
smashál
i
mit
açõesnest
a
equi
par
açãonoquet
oca,
ent
reout
rassi
tuações:

 Usuf
rut
o,ar
t.1936º

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Pr
oibi
çõesdepr
áti
cadecer
tosact
os,
art
.1937º

 Pr
est
açãodecont
as,
art
.1944º

 Remuner
ação,
art
.1942º

Remoçãoeexoner
açãodot
utor
,ar
t.1958º
,1949º
,1950º
.

Consel
hodef
amí
li
a,ar
t.1951ºss

Osegundoór
gãodoi
nst
it
utot
utel
aéoconsel
hodaf
amí
l
iaaquem compet
e
v
igi
arodesempenhodot
utor
.O consel
hodef
amí
l
iaéconst
it
uídopordoi
s
v
ogai
smai
soMi
nist
éri
oPúbl
i
co,
art
.1951º
.

A um dosv
ogai
sdoconsel
hodef
amí
l
ia,denomi
nadopr
otut
or,compet
ea
f
iscal
i
zação daacção do t
utorcom car
áct
erper
manent
e,f
unção pr
inci
pal
.
Ai
nda l
he compet
e,cooper
arcom o t
utor
;subst
it
ui-
lo nas suas f
alt
as e
i
mpedi
ment
os,
etc.
,ar
t.1955º
,1956º
.

Ao cont
rár
io do t
utor
,os membr
os do consel
ho da f
amí
l
ia não são
r
emuner
ados,
art
.1959º
.

Ar
emoção dosmembr
osdo consel
ho da f
amí
l
ia se apl
i
ca asr
egr
asde
r
emoçãodot
utor
,ar
t.1960º
.

Ter
modat
utel
a,ar
t.1961º
.

ADMI
NISTRAÇÃODEBENS,
art
.1967º

Nost
ermosdoar
t.1922º
,ser
áinst
it
uídaaadmi
nist
raçãodebensseospai
s
t
iver
em si
doexcl
uídos,
ini
bidosoususpensosdaadmi
nist
raçãodet
odosoude

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

al
gunsbensdoi
ncapaz
.

A admi
nist
ração de bens não ocor
re,nunca,i
sol
adament
e.Sempr
evem
acompanhadaoucom opoderpat
ernal
oucom at
utel
a.

Soaór
gãosdaadmi
nist
raçãodebens,
art
.1924º

1. Um oumai
sadmi
nist
rador

2. Seat
utel
aest
iveri
nst
alada,
passaat
ert
ambém oconsel
hodef
amí
l
ia.

Sef
orem desi
gnadosv
ári
osadmi
nist
rador
eseespeci
fi
cadocadaum oquev
ai
admi
nist
rar
,nãoseobser
vaar
egr
adepr
efer
ênci
a.

Quem podeseradmi
nist
rador
?Oar
t.1970ºr
espondeaest
aquest
ão.

Di
rei
tosedev
eresdoadmi
nist
rador
,ar
t.1971º
.

Fi
m daadmi
nist
raçãodebens,
art
.1972º
.

Ext
inçãodov
íncul
odaf
il
iação

Ext
inção r
etr
oact
iva na f
il
iação bi
ológi
ca acont
ece com a i
mpugnação da
pat
erni
dade,damat
erni
dadei
nvál
i
da,decl
araçãodamat
erni
dade,caduci
dade
daper
fi
lhação.

Naf
il
iaçãoadopt
ivacom ar
evi
sãodasent
ença.

Ext
inçãonãor
etr
oact
ivaacont
ececom amor
teout
ransf
ormaçãodaadopção
r
est
ri
taem pl
ena.

PARTEI
I

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

DI
REI
TODASSUCESSOES

Noçãodasucessão

Segundooar
t.2024º
,éochamament
odeumaoumai
spessoasàt
it
ular
idade
dasr
elaçõesj
urí
dicaspat
ri
moni
aisdeumapessoaf
aleci
daeaconsequent
e
dev
oluçãodosbensqueaest
aper
tenci
am.

Porest
a:

-Pode-
sechamarumaoumai
spessoaspar
avi
rem ocuparol
ugardof
aleci
do;

-Si
gni
fi
caquemor
reual
guém (
umapessoasi
ngul
arenãocol
ect
iva)
;

Amor
tedeal
guém éocomeçopar
aaat
ri
bui
çãodassi
tuaçõesj
urí
dicasque
adoDeCuj
er us.

A dout
ri
naent
endequeasucessãocor
respondeaumaaqui
si
çãoder
ivada
t
ransl
ati
va,
pormor
te,
desi
tuaçõesj
urí
dicas.

Out
rapar
tedadout
ri
naent
endequeéum f
enómenoaut
ónomo.Equeessa
aut
onomi
aser
iaapenasconcei
tual
;poi
sfor
mal
ment
eser
iaumat
ransmi
ssão.

Essa é por
tant
o a dout
ri
na mai
ori
tár
ia.Di
zem que aquiassi
ste-
se uma
modi
fi
caçãoobj
ect
ivanaesf
eraj
urí
dicadaquel
equeper
deeumaaqui
sição
der
ivadadeout
ro.Nasucessãooquepassaéaqui
si
çãosubj
ect
ivaqueé
aut
ónomadat
ransmi
ssão.

Amai
ori
tár
iaent
endequeéumai
nvest
idur
a.

Oqueécer
toéquet
ant
onum comonoout
rov
eri
fi
ca-
seamesmacoi
sa.

ÂMBI
TODASUCESSÃO

Sendoamor
teumav
ici
ssi
tude,quesi
tuaçõessãoabr
angi
das?O queser
á

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

obj
ect
odesucessões?

Podemosdi
zerqueoobj
ect
odasucessãosãot
odasassi
tuaçõesj
urí
dicasque
seencont
rav
am nat
it
ular
idadedoDeCuj
usnomoment
odamor
teequenão
dev
em ext
ingui
r-
seporef
eit
o dest
amor
te.São assi
tuaçõesj
urí
dicasque
compõem aher
ança.

Aher
ançaéconst
it
uídaporbensousi
tuaçõesj
urí
dicas?

Nav
erdadeoqueset
ransmi
tenãosãoosbens,massi
m si
tuaçõesj
urí
dicas.
Por
tant
osãoassi
tuaçõesj
urí
dicasqueconst
it
uem oacer
voher
edi
tár
io.

Oquef
azpar
tedest
eobj
ect
o?

Tudo,menosassi
tuaçõesj
urí
dicaspessoai
s,ent
reasquai
s,osdi
rei
tosda
per
sonal
i
dadeeosest
adosf
ami
l
iar
es.

Nãosão,
por
tant
o,t
ransmi
ssí
vei
spormor
te:

-As si
tuações que se f
undam no est
ado f
ami
l
iar (
dir
eit
os conj
ugai
s,
pat
ernof
il
iai
s,ai
ndaquet
enham est
rut
urapat
ri
moni
al;

-Si
tuaçõesquepornat
urezasãoi
nsepar
ávei
sdapessoa(
ex:cont
rat
ode
pr
est
açãodeser
viçosmédi
cos,usuf
rut
oar
t.1476º
,al
i
ment
osar
t.2013ºa)
,
usoehabi
taçãoar
t.1485º
);

-Ascuj
aext
inçãof
oidet
ermi oDeCuj
nadapel us,
art
.2025º
,nº
2.

-Odi
rei
todaacei
taçãodapr
opost
acont
rat
ual
,ar
t.231º
,nº
2;

Dano mor
te– ar
espect
ivai
ndemni
zação?É uma si
tuação ext
remament
e
cont
rov
ert
ida nest
a mat
éri
a. Est
a i
ndemni
zação i
ntegr
a o pat
ri
móni
o
her
edi
tár
io?

Adout
ri
namai
ori
tár
iaent
endequeodanomor
tenãoéi
ndemni
zadonaesf
era
j
urí
dicadoDeCuj
usmassi
m nadaspessoasi
ndi
cadasnoar
t.496º
,nº2;que
aquel
aindemni
zaçãov
aidi
rect
ament
epar
aaesf
eraj
urí
dicadaquel
aspessoas
enãoporv
iadaher
ança.

Di
zOl
iv
eir
aAscensão:sof
rerdanosi
mpl
i
caaex
ist
ênci
adeumaesf
eraj
urí
dica;

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

quem mor
renãosof
redano,massi
m desapar
ece,nãosepodei
ndemni
zar
quem est
ámor
to.Masi
ndemni
za-
seospar
ent
esconf
ormer
efer
eoar
t.496º
,
et
c.

Adout
ri
nami
nor
it
ári
a,sust
ent
adaporGal
vãoTel
es,di
zqueéi
ndemni
zadona
esf
eradoDeCuj
useessavaiporvi
adaher
ança;

Queamor
teéoul
ti
momoment
odav
i soDeCuj
da,poi ussof
reuant
esde
mor
rer
,equeéest
esof
ri
ment
oqueéi
ndemni
zado.

Est
adout
ri
napar
ecel
evaraumadupl
aindemni
zação(
pel
odanomor
tena
esf
eradoDeCuj
usei
ndemni
zaçãodaspessoasconst
ant
esnonº2doar
t.
496º
,pel
aper
dadeum ent
equer
ido)
.

Par
ecequeoCCpaut
apel
adout
ri
naMai
ori
tár
ia,umav
ezqueonº2do496º
r
efer
eaum di
rei
topr
ópr
iodosf
ami
l
iar
esel
encados,em consequênci
adeum
danonãopat
ri
moni
al.Onº3t
ambém r
efor
ça.

CARACTERESDODI
REI
TODASSUCESSÕES

 Odi
rei
todassucessõest
em car
áct
eri
nst
it
uci
onal
;
 Éum r
amocom umacer
taaut
onomi
a;
 Tem nat
urezapat
ri
moni
al;
 É um r
amo que di
sci
pli
na apenas uma úni
ca cat
egor
ia de di
rei
to
subj
ect
ivo;
 Tem car
áct
eruni
tár
io,di
sci
pli
naum f
enómenouni
tár
io–of
enómeno
sucessór
io.Uni
tár
iomasdi
nâmi
co;
 Osci
l
aent
redoi
sval
ores:at
utel
adal
i
ber
dadededi
sposi
çãoat
ít
ulo
gr
atui
topormor
teeapr
otecçãodaf
amí
l
iadoDeCuj
us.

CARCTERESDASSI
TUAÇOESJURI
DICASSUCESSORI
AS

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Asi
tuaçãoj
urí
dicasucessór
iaéodi
rei
todesuceder
;oi
ussuccedendiou
i
usdel
ati
oni
s:
 O di
rei
todesucederéum di
rei
topot
est
ati
voqueseext
inguecom a
acei
taçãoouor
epúdi
o;
 Oexer
cíci
odessedi
rei
tonãopodeserf
eit
osobcondi
çãoout
ermo.

DESI
GANAÇÃOSUCESSÓRI
A

Desi
gnaçãosucessór
iaéaoper
açãoi
ntel
ect
ualf
eit
aem v
idado deCuj
us
medi
ant
eaqualsei
ndi
caquem sãoossucessí
vei
sdeal
guém.Éumasi
tuação
pr
eli
minardapr
ópr
iasi
tuaçãomor
te.

Quem f
ordesi
gnadoéum sucessí
vel
,i
stoé,
obenef
ici
ári
odef
act
odesi
gnat
ivo
queai
ndanãof
oichamadoàsucessão,ouaquel
equeéchamadomasque
ai
nda não acei
tou nem r
epudi
ou.É o benef
ici
ári
o de uma expect
ati
va
sucessór
ia.

Sucessor
,épessoachamadaquej
áacei
tou.Sóset
ornasucessorquem j
á
acei
touaher
ançaoul
egado.

MODALI
DADESDEDESI
GNAÇÃO

Dado que as pessoas são chamadas,desi


gnadas par
a suceder
em como
her
dei
rooul
egat
ári
o,v
amosant
esdemai
s,f
azerdi
sti
nçãodest
asf
igur
as.

Assi
m,segundoocr
it
éri
odadesi
gnaçãoem r
azãodoobj
ect
o,v
amosdi
sti
ngui
r:

-Desi
gnaçãocomoher
dei
ro

-Desi
gnaçãocom l
egat
ári
o

O cr
it
éri
o dedi
sti
nção v
em pl
asmado no ar
t.2030º
,def
ormaqual
i
tat
iva.
Her
dei
roéaquel
equesucedenat
otal
i
dadeounumaquot
adopat
ri
móni
odo
DeCuj
us;numaf
racçãoabst
ract
a,r
epr
esent
ati
vadeumar
elação.Porexempl
o:

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

30%,
50%,
met
ade,
etc.

Legat
ári
oéaquel
equesucedeem bensouv
alor
esdet
ermi
nados.Umacoi
sa
det
ermi
nada.Porexempl
o:Ocar
roqueest
áest
aci
onadonagar
agem dacasa
f
icapar
aosobr
inhoBent
o.

Adet
ermi
naçãodadei
xaéi
mpor
tant
e.Épr
eci
soque,
pel
omenosnomoment
o
damor
tesdoDeCuj
usqueosbenssej
am det
ermi
náv
eis.Ai
ndaque,oquef
or
dei
xadosej
atudooqueo DeCuj
ust
inha,cont
inuaserl
egat
ári
o,por
quea
qual
i
dadedeher
dei
ropr
essupõeumaconex
ãodeat
ri çãomor
bui ti
scausacom
t
odoopat
ri
móni
oomoment
odadesi
gnação.

Assi
m,quandosepr
etendei
nst
it
uirher
dei
rooobj
ect
ivoéat
ri
bui
r-
lhe,
pormor
te
deal odososbensqueoDeCuj
guém,t ust
ivernomoment
odaaber
tur
ada
sucessão.Si
gni
fi
cat
ambém queessesbenspodem aument
araoquehav
iano
moment
odal
i
ber
ali
dade.

Mas,seoaut
ordasucessãof
izerum t
est
ament
o,dei
xandoaobenef
ici
ári
o
t
odooseupat
ri
móni
o,oudesi
gnando-
ocomoseuher
dei
rouni
ver
sal
,est
e
benef
ici
ári
oser
áum her
dei
roenãoum l
egat
ári
o.

Adei
xadeusuf
rut
oéum l
egado(
art
.2030ºnº4)
,mai
sumav
ez,ai
ndaque
i
nci
dasobr
etodoopat
ri
móni
oouot
est
adorl
hequal
i
ficarcomoum her
dei
ro.

Quem sucedenor
emanescent
e,t
ambém éum her
dei
ro,
art
.2030,
nº3.

Cont
udo,
épr
eci
sov
eri
fi
caral
gumassi
tuaçõesem queal
guém sucedeem bens
det
ermi
nadosmasnãof
icasendol
egat
ári
omassi
m her
dei
ro.Sãooscasosde:

 Dei
xascat
egór
icasdi
cot
ómi
casqueesgot
am at
otal
i
dadedaher
ança.P.
ex:dei
xoosmeusbensmóv
eisaoAeosi
móv
eisaoB.Sãoher
dei
ros,
poi
saher
ançaf
oir
epar
ti
dat
endosi
dout
il
izadoum cr
it
éri
o.
 Legadoporcont
adaquot
aol
egadoporcont
adacont
aét
ambém
her
dei
ro.Nãoobst
ant
ereceberum bem det
ermi
nado,masest
eépor
cont
adal
egí
ti
ma(
suaquot
anaher
ançacomosucessí
velpr
ior
it
ári
o).Se
obem dei
xadoporcont
adaquot
afori
nsuf
ici
ent
e(i
nfer
iorasuaquot
a)
podeobenef
ici
ári
oexi
giradi
fer
ença.Massef
orsuper
ioraov
alorda

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

quot
a,ser
áher
dei
roat
éaol
i
mit
edasuaquot
a.Quant
oaor
est
ant

l
egat
ári
o.
 Legadoem subst
it
uiçãodaquot
a(ar
t.2165º
,nº4)
.Consi
stenuma
di ção mor
sposi ti
scausa de bensdet
ermi
nadoscuj
a acei
tação pel
o
benef
ici
ári
oimpl
i
caanãoaqui
siçãodaquot
aher
edi
tár
iaquet
em por
di
rei
to.Seacei
tarol
egado,
per
deodi
rei
todeher
dei
ro.

ESTATUTOTI
PODEHERDEI
RO/
LEGATÁRI
O

Nº Her
dei
ro Legat
ári
o

1. Pode exi
gira par
ti
lha,ar
t.2101,nº
1.O Se houv
er l
egado a duas
her
dei
ro uni
ver
salnão pode.Her
da na pessoas sobr
e o mesmo
t
otal
i
dade. obj
ect
o poder
á hav
er a
di
vi
sãodacoi
sacomum.

2. I
ncumbe-
lhe a r
esponsabi
l
idade pel
os Nãor
espondepel
asdí
vi
das
encar
gosdaher
ança(
art
.2068º
).

3. Respondedi
rect
ament
eper
ant
ecr
edor
es É um cr
edor per
ant
e o
daher
ança,
incl
usi
veper
ant
elegat
ári
o. her
dei
ro.El
eéum encar
go
daher
ança,
art
.2068º
.

4. As r
eduções i
nof
ici
osas abr
angem
pr
imei
roaher
ançaesódepoi
sol
egado,
ar
t.2171º
.

5. É possí
velsuj
eit
ara t
ermo
i
nici
al a nomeação de
l
egat
ári
o mas não a
i
nst
it
uiçãodeum her
dei
ro.

6. Gozadodi
rei
todeacr
escer
,ar
t.2301º
.O Também gozadest
edi
rei
to,
her
dei
rouni
ver
sal
não. ar
t.2302º
.

7. Só el
etem o di
rei
to de pr
efer
ênci
a na El
etem umanov
aposseao
v
enda ou dação em cumpr
iment
o do cont
rár
io do her
dei
ro que

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

qui
nhãoher
edi
tár
io,
art
.2130º cont
inua.

8. Tem l
egi
ti
midade par
a r
equer
er as
pr
ovi
dênci
as pr
event
ivas de def
esa à
memór
iadoDeCuj
usar
ts.71º
,73º
,75ºnº
2,
79º
,nº
1.

9. Di
z-set
ambém queéum cont
inuadorda
per
sonal
i
dade.Est
anãoédeacei
taruma
v
ezqueseext
inguecom amor
te.

10. Queét
ambém um r
epr
esent edo de Éum mer
ant obenef
ici
ári
oduma
Cuj
us um sucessor pessoal
. Um l
i
ber
ali
dade. Há quem
r
epr
esent
ant
e genér
ico, por
que a sua ent
enda ser um
r
epr
esent
açãoser
epor
taàuni
ver
sal
i
dade r
epr
esent
ant
eespecí
fi
co(
no
de di
rei
to f
ormado pel
o compl
exo de r
est
ri
to âmbi
to do di
rei
to
di
rei
toseobr
igaçõesdodecuj
us. t
ransmi
ti
do)
.

11. O pr
incí
piodai
ndi
vi
si
bil
i
dadedav
ocação Apl
i
ca-
seat
odos.
apl
i
ca-
se não só aos her
dei
ros como
t
ambém aosl
egat
ári
os.Ar
ts.2054º
,2055º
,
2250º
,nº2.

DESI
GANÇÃOSUCESSÓRI
AEM RAZÃODAFONTE

Fact
osdesi
gnat
ivossãoci
rcunst
ânci
asqueat
ri
buem aal
guém aqual
i
dadede
sucessí
vel
.Oar
t.2026ºf
aladet
iposdev
ocação.

Osf
act
osdesi
gnat
ivospodem sernegoci
aisounãonegoci
ais.Sãonegoci
ais,
o
t
est
ament
oqueest
ánabasedasucessãot
est
ament
ári
aeopact
osucessór
io
queest
ánabasedesucessãocont
rat
ual
.SãoNãoNegoci
ais,asr
elações
j
urí
dicasf
ami
l
iar
es(
casament
o,par
ent
escoeadopção)
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ot
est
ament
oeocont
rat
oat
ri
buem aqual
i
dadedesucessí
velant
esdamor
te
do de cuj
us.Não são mer
os t
ít
ulos da v
ocação.Poi
s,a v
ocação só se
concr
eti
zanomoment
odaaber
tur
adasucessão.

Osf
act
osdesi
gnat
ivosnão at
ri
buem a qual
i
dade de sucessí
velde f
orma
def
ini
ti
vaacer
taspessoas.Ant
esdaaber
tur
adasucessãoomapa,al
i
stade
sucessí
vei
séi
nst
ável
,poi
squem t
inhasi
do desi
gnado poder
ánão o ser
,
podem v
irnov
aspessoas,
etc.

MODALI
DADESDEDESI
GNAÇÃONAPERSPECTI
VADOFACTODESI
GNATI
VO
QUEESTÁNASUAORI
GEM

Do ar
t.2026º-2028º
,encont
ramosmodal
i
dadesdesucessão segundo o
cr
it
éri
odof
act
odesi
gnat
ivo:

-Asucessãol
egi
ti
már
iael
egi
ti
maquet
êm porf
undament
ofact
odesi
gnat
ivo
nãonegoci
al;

-Asucessãot
est
ament
ári
aquesef
undanot
est
ament
o.

-Asucessãocont
rat
ual
quesef
undanopact
osucessór
io.

Em qual
querdessas modal
i
dades de sucessão pode cr
uzaro cr
it
éri
o da
desi
gnação em r
azão daf
ont
ecomo cr
it
éri
o dadesi
gnação em r
azão do
obj
ect
o.

Em qual
quer uma das r
efer
idas modal
i
dades,um sucessí
velpode ser
desi
gnadopar
asucedercomoher
dei
rooucomol
egat
ári
o.

Namodal
i
dadedesucessãol
egal
,odesi
gnado,em r
egr
aéconv
idadopar
a
sucedercomo her
dei
ro.Excepci
onal
ment
e se poder
á,v
ial
egal
,desi
gnar
al
guém par
asucedercomol
egat
ári
o.

Quandoal
guém édesi
gnado,l
egal
ment
epar
asuceder
,épor
queédesi
gnado

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

par
asucedernat
otal
i
dadedaher
ança,numaquot
adopat
ri
móni
oher
edi
tár
io
ounor
emanescent
edaher
ança.

Por
tant
osãoconcebí
vei
s:

Her
ançasl
egi
ti
már
ias

Her
ançasl
egí
ti
mas

Her
ançascont
rat
uai
se

Her
ançast
est
ament
ári
as.

Umapessoapodebenef
ici
ardemúl
ti
plosf
act
osdesi
gnat
ivosquel
heconf
ir
am
aqual
i
dadedesucessí
velem di
ver
sasmodal
i
dadesdesucessão.Ex:Adoapor
mor
te 2% da sua her
ança a B medi
ant
e escr
it
ura públ
i
ca de conv
enção
ant
enupci
al.Osdoi
ssecasam.Bésucessí
vel
cont
rat
ual
elegí
ti
modeA.

HI
ERARQUI
A DAS MODALI
DADES DE SUCESSÃO SEGUNDO O CRI
TÉRI
O
DESI
GNATI
VO

Dov
ist
oat
éaquif
aci
l
ment
esepodedepr
eenderqueossucessí
vei
s(aquel
es
quef
orem desi
gnadosousej
a,osbenef
ici
ári
osdeum f
act
odesi
gnat
ivo)não
est
ãonomesmopl
ano.Assi
m:

 Em pr
imei
ropl
anoest
áasucessãooudesi
gnaçãol
egi
ti
már
ia-aquel
a
queal
eii
mpõeem benef
íci
odosdescendent
esouascendest
eequea
v
ont
adedodecuj
usnãopodeaf
ast
ar.
 Em segundol
ugarf
igur
aasucessãooudesi
gnaçãocont
rat
ual
,segui
do
dasucessãot
est
ament
ári
a.
 Porúl
ti
mot
emosasucessãooudesi
gnaçãol
egí
ti
ma–aquel
apar
tede
queodecuj
uspodi
adi
spormasnãoof
ezoudei
xouot
est
ament
oque

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

ent
ret
ant
oéi
nvál
i
do.
Éder
efer
irdesdej
áquenãoset
rat
adehi
erar
qui
adeher
dei
ros,massi
m de
t
ít
ulos.

At
é a aber
tur
a da sucessão,o mapa de sucessí
vei
s ai
nda pode v
ari
ar
(
consoant
eser
efer
iuat
rás)
:podem ent
rarnov
os,podem sai
rosquej
álá
est
avam,por
queal
guém nasceuoumor
reu,unscasar
am eadv
ier
am f
il
hos,
houv
edi
vór
cio,
etc.

Oúni
cosucessí
vel
const
ant
eéoEst
ado.

SUCESSÃOLEGI
TIMÁRI
A

Ar
ts.2156º-2178º
.

Est
aéaquel
aquot
adequeot
est
adornãopodedi
sporporserl
egal
ment
e
dest
inadaaosher
dei
rosl
egi
ti
már
ios,
art
.2027º
.

Asucessãol
egi
tmár
iat
em car
áct
eri
njunt
ivo,i
mper
ati
vo.Ai
mper
ati
vi
dadeé
apenasquant
oài
mpossi
bil
i
dadedeaf
ast
aressasucessão,poi
s,osucessí
vel
l
egi
ti
már
iopodeacei
tarour
epudi
araher
ança.

Pr
eval
ecesobr
eosdemai
s;cont
ém r
egr
asespecí
fi
casquant
oadet
ermi
nação
dossucessí
vei
s,ar
t.2157º
.

Conf
ereaosucessí
velodi
rei
toàl
egí
ti
ma,
ist
oé,
aquel
apor
çãodebensdeque
odecuj
usnãopodedi
spor
.Pori
ssoseasl
i
ber
ali
dadesof
ender
em al
egí
ti
ma,
hav
erál
ugarar
eduçãopori
nof
ici
osi
dadeat
equesej
apr
eenchi
da,
art
s.2168ºe
2169º
.Par
a essas r
eduções a sucessão cont
rat
ual
,test
ament
ari
a podem
sof
rer
,assi
m comoasdoaçõespar
aocasament
o,ar
t.
1759º
.

A sucessãol
egi
ti
már
iaéumamodal
i
dadeaut
ónomadasucessão,com um
t
ít
ulopr
ópr
io.

Éum l
i
mit
eàl
i
ber
dadedet
est
ar,
podendoasr
eduçõesacont
ecerai
ndaem v
ida

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

dodecuj
us.Éocasodasdoaçõesem vi
da,
art
.2168º
.

Nest
asucessãor
einaopr
incí
piodai
ntangi
bil
i
dadedal
egí
ti
ma,ar
t.2163º
-
2165º
,qual
i
tat
ivaequant
it
ati
vament
e.Aquiv
emososl
egadosem subst
it
uição
dal
egí
ti
maeacaut
elasoci
niana(
art
.2164º
);adeser
dação,
art
.2166º
.

LEGÍ
TIMAELEGI
TIMÁRI
OS

Na nossa l
eios sucessí
vei
slegi
ti
már
ios são os descendent
es e os
ascendent
es,sucedendoospr
imei
rosenasuaf
alt
aosascendent
es,senão
houv
erl
ugaraodi
rei
toder
epr
esent
ação.Di
rei
toqueassi
steaosdescendent
es
dequem f
orchamadomasquenãoquerounãopoder
eceberaher
ança,ar
t.
2039º
.No di
rei
to por
tuguês,o cônj
uge passou a i
ntegr
ara cl
asse dos
sucessí
vei
slegi
ti
már
ios com as segui
ntes quot
as:concor
rendo com os
descendent
es a sua quot
a é de 1/
4 da her
ança;concor
rendo com os
ascendent
esasuaquot
aéde2/
3.

SeAmor
reel
hesobr
evi
ver
am of
il
ho,amãeeoav
ô,est
esser
ãopr
eter
idosa
f
avordo f
il
ho.Est
e ser
á chamado pr
imei
ro em obedi
ênci
aàr
egr
a de
pr
efer
ênci
adegr
audepar
ent
escoedecl
asse,
art
.2139º
.

Legí
ti
ma,éaquot
adequeoaut
ordasucessãoouot
est
adornãopodedi
spor
l
i
vrement
e.El
apodeserobj
ect
ivai
stoé,
aquel
aquot
aindi
sponí
vel
,i
ntocáv
el.A
her
ançal
egí
ti
ma.QI
.El
egí
ti
masubj
ect
iva–aquel
aquot
adaher
ançaquecabe
acadaum dossucessí
vei
senquant
olegi
ti
már
ios.

Seoher
dei
ro(
sucessí
vell
egi
ti
már
io)f
orúni
co,aquot
aindi
sponí
velcoi
nci
de
com al
egí
ti
masubj
ect
iva.

Al
egí
ti
masubj
ect
ivaouaquot
aindi
sponí
velv
ari
aconsoant
eset
rat
arde
descendent
es,
orespect
ivonúmer
oeascendent
es.Assi
m osci
l
aent
re½a2/
3.

Seoher
dei
rol
egi
ti
már
iof
orum f
il
ho,aQIédemet
adedaher
ança(
1/2)
,ar
t.
2157º
;Sef
orem doi
soumai
s,édedoi
ster
ços(
2/3)
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Sef
orem osascendent
esde1ºou2ºgr
auesegui
ntes,
osar
ts.2159º
,2160ºe
2161ºr
espondem.

Adi
vi
sãodaquot
aindi
sponí
vel
faz-
seporcabeça.Regr
ager
al,
art
.2139º
.

CÁLCULODALEGÍ
TIMA

Oar
t.2162ºcont
ém comoepi
graf
e,cal
cul
odal
egí
ti
ma,
masnof
undonãoéo
quef
az;apenasper
mit
efi
xarov
alordaher
ançaondepost
eri
orment
esef
ixar
á
aquot
aindi
sponí
vel
.

Par
aobt
eressev
alor
,amassapat
ri
moni
alquev
aiser
virpar
adet
ermi
naraQI
ouher
ançal
egi
ti
mar
ia,
háquet
omarem cont
a:

 Or
eli
ctum,queabar
caosbensexi
stent
esnopat
ri
móni
odoaut
orda
sucessão àdat
adasuamor
te(
bensexi
stent
esàdat
adamor
te,
doadospormor
teet
est
ament
o).Osbensl
egadoseosdei
xadosem
t
est
ament
oenquadr
am-
set
ambém aquipor
quesócom amor
tedo
t
est
adorqueser
ãot
ransf
eri
dopar
aaesf
eraj
urí
dicadobenef
ici
ári
o.
 Odonat
um,
queengl
obaosbensdoados(
em v
ida)
,com excepçãodos
quet
enham per
eci
do,
art
.2112º
,easdespesassuj
eit
asàcol
ação;
e
 O passi
vo,que i
ncl
uiasdespesasdo f
uner
al,a admi
nist
ração,a
l
i
qui
daçãodopat
ri
móni
oher
edi
tár
ioeasdí
vi
dasdof
aleci
do.

Masnem t
odasasl
i
ber
ali
dadesf
eit
asem v
idapel
oaut
ordasucessãoest
ão
suj
eit
asàcol
ação,
art
.2110º
,2012º
.

Masseal
gof
ordoadoeper
ecerai
ndaem v
idadodecuj
useest
eper
eci
ment
o
nãof
ori
mput
adoaodonat
ári
o,nãoent
rapar
aocál
cul
odal
egí
ti
ma,
art
.2162º
,
nº2enem est
ásuj
eit
aàcol
ação,
art
.2112º
.

O i
nst
it
uto da col
ação t
em a sua l
ógi
ca:v
isa i
gual
ar a par
ti
lha dos

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

descendent
es.Excl
ui-
sedesdel
ogoasdespesasl
i
gadasànor
mal
i
dadedas
r
elaçõesent
reodecuj
useseusdescendent
es,
art
.2110º
,nº2.

Obedecendooar
t.2162º
,podemosexempl
i
ficar
:

Àdat
adamor
tedeA,osseusbensest
avam av
ali
adosnov
alorde90,doou
umacasa(
aval
i
adaem 20)aB,
dei
xout
est
ament
oaf
avordeCnov
alorde15,
di
vi
dasnov
alorde20.Dei
xou2f
il
hos,DeE.t
odasaspessoasmenci
onadas
l
hesobr
evi
ver
am.

R=90;
D=20;
P=20

VTH=R+D-
P;VTH=90+20-
20=90

90*
2/3=60,ousej
aQIoul
egí
ti
maobj
ect
ivaéde60.QD=30.A
l
egí
ti
masubj
ect
ivadecadaum éde30,
art
.2139º
.

Ov
alordot
est
ament
onãocont
aráaut
onomament
epor
quej
áest
áincl
uídono
Rel
i
ctum.O Val
orTot
aldaher
ançav
ari
aem f
unçãodot
ipo/
modal
i
dadeda
sucessãoem causa.

I
MPUTAÇÃODASLI
BERALI
DADES

Dadoqueasdoaçõesem v
ida,asl
i
ber
ali
dades,sãot
idasem cont
apar
ao
cál
cul
o da her
ança,ent
ão é pr
eci
so enquadr
á-l
as,deduzi
-l
as nas quot
as
(
disponí
vel
oui
ndi
sponí
vel
).

AI
mput
açãonãopassadeumaoper
açãodeenquadr
ament
ocont
abi
l
íst
icode
l
i
ber
ali
dadesnumaquot
a.Éumaoper
açãoant
eri
oràr
eduçãodel
i
ber
ali
dades
i
nof
ici
osas,
àpar
ti
lhaeàaber
tur
adasucessão.

As l
i
ber
ali
dades f
eit
as pel
o aut
orda sucessão em benef
íci
o de t
ercei
ros

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

(
her
dei
ronãopr
ior
it
ári
o)sãoi
mput
adasnaquot
adi
sponí
vel
.Asf
eit
asaf
avor
desucessí
vei
slegi
ti
már
iospr
ior
it
ári
ossãoi
mput
adasounaquot
adi
sponí
vel
ounal
egí
ti
masubj
ect
ivadobenef
ici
ári
o.Seoaut
ordal
i
ber
ali
dadenadadi
sser
,
al
i
ber
ali
dade dev
erá seri
mput
ada na quot
aindi
sponí
vel
,como se uma
ant
eci
pação no pr
eenchi
ment
o da r
espect
iva quot
alegi
ti
már
ia.Se houv
er
excessoàl
egí
ti
masubj
ect
iva,oexcessoser
áimput
adonaquot
adi
sponí
vel
.
Vi
deoar
t.2114º
,2165º
,nº4.

I
NTANGI
BILI
DADEDALEGÍ
TIMA

O sucessí
vell
egi
ti
már
iot
em umapr
otecçãoquesesupor
tanest
epr
incí
pio.
Est
aint
angi
bil
i
dadepodeserqual
i
tat
iva,ex:ar
t.2163º(
nãoi
mporencar
gos)
,
2165º
,nº
2,ouquant
it
ati
va,
art
.2166º(
regi
mededeser
dação)
,2168º
.Segundo
est
epr
incí
pio,ol
egi
sl
adornãopodepr
ivari
njust
if
icadament
eol
egi
ti
már
iodo
v
alort
otalou par
cialque l
he assi
steat
ít
ulo de l
egí
ti
ma.O r
egi
me da
deser
dação, ar
t. 2166º
, é um dos exempl
os dessa modal
i
dade de
i
ntangi
bil
i
dade.Ar
t.2167º
;oi
nst
it
utodar
eduçãodel
i
ber
ali
dades,ar
t.2168º
(
quant
it
ati
va)ss;seumal
i
ber
ali
dadeat
ingi
ral
egí
ti
mael
aér
edut
ívelt
ant
o
quant
ofornecessár
iopar
apr
eencheral
egí
ti
ma,ar
t.2169º
.Dev
e-senopr
azo
de2anosacont
ardaacei
taçãodaher
ançai
ntent
arar
espect
ivaacção,ar
t.
2178º
.

Ar
eduçãoobedecer
áapr
ior
idadeest
ipul
adanoar
t.2171º
,ist
oé,pr
imei
ro
at
acaasdei
xast
est
ament
ári
asat
ít
ulodeher
ança,asdei
xast
est
ament
ári
asa
t
ít
ulodel
egados,
asl
i
ber
ali
dadesf
eit
asem v
idaeasl
i
ber
aldadesmor
i ti
scausa.
Por
tant
o,t
odasasl
i
ber
ali
dadessão suscept
ívei
sder
edução,i
ncl
uindo as
doações em v
ida.Se f
ornecessár
ior
ecor
reras l
i
ber
ali
dades cont
rat
uai
s,
começar
-se-
ápel
aúl
ti
ma,
art
.2173º
.

Embor
aosar
t.2171ºessnãof
izer
em r
efer
ênci
a(noquet
ocaàsr
eduções
i
nof
ici
osas)aos pact
os sucessór
ios,t
ambém são passí
vei
s de r
edução.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Cont
udo,t
êm umacer
tapr
otecçãonost
ermosdosar
ts.1701º
,nº1,1705º
,nº
3.

TUTELADOSSUCESSI
VEI
SLEGI
TIMÁRI DADODECUJUS
OSEM VI

Est
atut
elaconcr
eti
za-
secom asr
eduçõesf
eit
asàsdoaçõesem v
idaque
of
endam al
egí
ti
ma.Oaut
ordasucessãonãopodeem v
idaf
azerl
i
ber
ali
dades
queof
endam al
egi
ti
ma,
ex:
art
s.2162º
,2168º
,2171º
,2174º
);

Nãopodeoaut
ordasucessãov
enderaum l
egi
ti
már
iosem oconsent
iment
o
dosdemai
s,ar
t.877º
,nº
s1e2(
vendaaf
il
hosounet
os)
.Issopar
aev
itaras
doaçõesdi
ssi
mul
adasem pr
ejuí
zodasl
egi
ti
masdosdescendent
es;

Podem osher
dei
rosl
egi
ti
már
ioar
gui
rem anul
i
dadedasi
mul
ação(
art
.242º
,nº
2)cuj
ofi
m épr
ejudi
carosmesmos;

Umaout
rapr
otecçãoseencont
ranoar
t.2029º
,par
ti
lhaem v
ida.Mas,
ter
áque
serconsent
idapel
osout
rosher
dei
ros;

Apesardepossui
rtodasessaspr
err
ogat
ivas,ol
egi
ti
már
ionãopassadet
it
ular
deumaexpect
ati
vaj
urí
dica,
deumasi
tuaçãoj
urí
dicaquesóset
ransf
ormaem
di
rei
toapósamor
tedodecuj
us.Est
amor
tet
em l
heencont
rarcapazdeher
dar
.

SUCESSAOCONTRATUAL

Aadmi
ssi
bil
i
dadedasucessãocont
rat
ualémai
sat
ít
uloexcepci
onalenãoa
r
egr
a.Oar
t.2028ºpar
eceof
erecerumar
egr
aedi
fer
ent
est
iposadmi
ssí
vei
s,

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

masécl
aroquesóexcepci
onal
ment
esãoadmi
ti
dos.

Noar
t.946ºassi
sti
mosumaoper
açãodeconv
er egaldedoaçõesmor
sãol ti
s
causa,denat
urezacont
rat
ual
,em t
est
ament
o,ar
t.2179º
,sef
orem obser
vadas
asf
ormal
i
dadesdot
est
ament
o.Adout
ri
naent
endequebast
aqueadoação
pormor
tet
enhasi
dof
eit
aporescr
it
urapúbl
i
caésuf
ici
ent
epoi
stal
for
mal
i
dade
seapr
oxi
madasf
ormal
i
dadesdeal
gunst
est
ament
os.Cont
udoessasf
igur
as
sãodi
fer
ent
es:
adoaçãoéum cont
rat
o;exi
stem duaspar
tes,
oaut
ordadoação
eodonat
ári
oqueacei
ta,em pr
incí
pioél
i
vrement
erev
ogáv
el,ar
t.969º(
poi
s
enquant
onãof
oracei
teél
i
vrement
erev
ogáv
el)
.Aopassoqueot
est
ament

um negóci
ouni
l
ater
al,sót
em umapar
te,ot
est
ament
oél
i
vrement
erev
ogáv
el,
ar
t.2179º
,nº1.

Doar
t.2028º
,pode-
seext
rai
rtr
êsmodal
i
dadesdepact
ossucessór
ios.

Pact
os Renunci
ati
vos,at
rav
és dos quai
s al
guém r
enunci
a à sucessão de
pessoav
iva;

Pact
osDesi
gnat
ivosouAqui
sit
ivos,at
rav
ésdosquai
sal
guém r
egul
aasua
pr
ópr
ia;di
spõe da pr
ópr
ia sucessão.As doações pormor
te são pact
os
desi
gnat
ivos.

Pact
osDi
sposi
ti
vos,quei
mpl
i
cam adi
sposi
çãodasucessãodet
ercei
roai
nda
nãoaber
ta.Al
guém di
spõedesucessãodet
ercei
roai
ndanãoaber
ta.

ApenasosPact
osDesi
gnat
ivosouAqui
sit
ivossãov
ali
dos,masnost
ermos
per
mit
idosporl
ei.Vej
a-seosar
ts.946º
,nº1,
2028º
,nº2.

Par
aser
em v
ali
dosessespact
osdev
em const
arnaconv
ençãoant
enupci
al
cel
ebr
adaporescr
it
urapúbl
i
ca,ar
t.1699º
,1700º
.São pact
osv
áli
dospor
r
espei
toaopr
incí
piodof
avormat
ri
moni
i.

Ospact
osdesi
gnat
ivosv
ali
dosem obedi
ênci
aao cr
it
éri
o daqual
i
dadedo
benef
ici
ári
osão:

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

-Asdoaçõespormor
tef
eit
asporum esposadoem f
avordet
ercei
ro,
art
.1705º
,
1753ºeSS.

-Asdoaçõespar
acasament
o pormor
tequet
em necessar
iament
ecomo
benef
ici
ári
oum dosesposados,
art
.1755º
.

Asdoaçõespar o,mor
acasament ti
scausa,f
eit
asport
ercei
rosópodem ser
r
evogadaspormút
uoacor
dodoscont
raent
eseat
odoot
empo,ar
t ,i
.1701º n
f
ine.Sef
oraf
avordet
ercei
ro,
eforacei
te,
tor
na-
sei
rr
evogáv
eluni
l
ater
alment
e,
ar
t.1701º
,nº
1.

oàsdoaçõesmor
Quant ti
scausaent
reesposados,
art
s.1701ºe1758º
,nº1.

Ospact
ossucessór
iossegundoocr
it
éri
odobenef
ici
ári
odi
fer
em quant
oao
r
egi
medecaduci
dade:

Assi
m os pact
os sucessór
ios par
a casament
o,caducam no caso de o
donat
ári
ofal
ecerant
esdodoador
,ar
t.1703ºenost
ermosdoar
t.1760º
.Mas,
hav
endol
ugarar
epr
esent
açãonãoseobser
vaacaduci
dadepr
evi
stanoar
t.
1703º
,nº2.Mai
sumav
ez,
opr
incí
piodof
avormat
ri
moni
i
.

Ospact
ossucessór
iosaf
avordet
ercei
roscaducam noscasodecaduci
dade
da conv
enção ant
enupci
alem que se i
nser
em,ar
t.1716º
,no caso de o
donat
ári
ofal
ecerant
esdodoador
,ar
t.1705º
,nº4enost
ermosdoar
t.1706º
.

Pact
osdesi
gnat
ivossegundoocr
it
éri
odeobj
ect
o

Pact
osdei
nst
it
uiçãodeher
dei
rosounomeaçãodel
egat
ári
os.

At
rav
ésdospact
ossucessór
iospodem serdesi
gnadosher
dei
rosoul
egat
ári
os

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

i
ndependent
ement
edequem sej
aobenef
ici
ári
o.

Pose-
sei
nst
it
uircomo her
dei
ro oul
egat
ári
o em f
avordeesposado oude
t
ercei
ro,ar
ts.1702º
,1705º
,nº1,quer
emet
epar
a1701ºe1702º
.Ar
espect
iva
dei
xacont
rat
ual
podesernat
otal
i
dadeounumaquot
adaher
ança,
art
.1702º
.

Par
achegar
mosaov
alort
otaldaher
ançapar
aef
eit
osdadet
ermi
naçãoda
quot
acont
rat
ual
épr
eci
sot
omarem cont
aoRel
i
ctum (
R),
oDonat
um post
eri
or
(
p)eoPassi
vo(
P),ar
t.1702º
,nº1.Háqueponder
arodonat
um post
eri
or.É
necessár
ioabat
eropassi
vosobpenadepr
ejudi
caroher
dei
rol
egi
ti
már
ioem
det
ri
ment
odoher
dei
rocont
rat
ual
.

Ex:
aher
ançacont
rat
ual
édemet
adedaher
ança.

15(
R)+10(
Donat
um Post
eri
or)-
5(P)=20

20(
VTH)*
1/2=10

O sucessí
veldesi
gnado v
ia cont
rat
o é pr
otegi
do quant
o às l
i
ber
ali
dades
subsequent
es ao pact
o na j
ust
a medi
da da pr
otecção de um sucessí
vel
l
egi
ti
már
io.Ni
ssopodei
mpugnarnegóci
osgr
atut
it
ospost
eri
orment
efei
tose
que pr
ejudi
ca osseusdi
rei
tosenquant
o her
dei
ro.Também não pode ser
pr
ejudi
cado pel
os act
os gr
atui
tos de di
sposi
ção,ar
t.
1701º
.est
eregi
me é
apl
i
cáv
elaopact
osucessór
ioem f
avordosesposadoseàquel
esquet
enham
t
ercei
roscomobenef
ici
ári
os,
art
.1705º
,nº1.

SUCESSÃOTESTAMENTÁRI
A

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Noçãol
egal
,ar
t.2179º
,nº1.…….

Segundoest
anoçãoot
est
ament
oser
epor
taapenasabenspat
ri
moni
ais.
Cont
udoel
epodet
ambém cont
erpar
tedecont
eúdonãopat
ri
moni
alouser
uni
cament
ecompost
oporest
apar
te.Porex:aper
fi
lhação.Um t
est
ament
o
podet
ercomocont
eúdosói
ssonost
ermosdoar
t.2179º
,nº2.

Car
act
eresdot
est
ament
o

Tomandoem cont
aoseucont
eúdopat
ri
moni
al,
éum negóci
ojur
ídi
co:

 Mor
ti
scausa,por
quesópr
oduzosef
eit
osqueoaut
ordesej
ouem v
ida
depoi
sdamor
tedest
e;
 Uni
l
ater
alousi
ngul
ar,
poi
ssót
em umapar
teenm cont
raposi
çãocom o
t
est
ament
odemãocomum,
art
.2181º
;
 Nãor
ecept
íci
o,nãot
em um v
erdadei
rodest
inat
ári
o,asalef
icáci
anão
dependedaacei
taçãodobenef
ici
ári
o;
 For
malnamedi
daem quepar
aserv
ali
dot
em der
evest
irum det
ermi
na
f
ormapr
escr
it
anal
ei;
 Gr
atui
to,
por
queat
ri
bui
benef
íci
oaal
guém sem qual
quercont
rapar
ti
da;
 Li
vrement
erev
ogáv
el,
art
.2179º
.Est
afacul
dadeéi
rr
enunci
ável
.
 Pessoal
,namedi
daem quenãopodeserf
eit
opori
nter
post
apessoa–
r
egr
a,ar
t.
2182º
.mas,excepci
onal
ment
epodeacont
ecernocasodas
f
igur
aschamadassubst
it
uiçãopupi
l
ar,ar
t.2297esubst
it
uiçãoquase-
pupi
l
ar,
art
.2298º
.
Nasubst
it
uiçãopupi
l
ar,opr
ogeni
torquenãof
ori
nibi
dodoexer
cíci
odopoder
pat
ernal
podei
nst
it
uirher
dei
rosoul
egat
ári
oaoseuf
il
homenor
.

Também sev
eri
fi
caem r
elaçãoaof
il
hoi
ndependent
ement
edasuai
dadesef
or
i
ncapaz–éasubst
it
uiçãoquase-
pupi
l
ar.Em t
odasel
as,
ficam sem ef
eit
oseo
f
il
hoat
ingi
ramai
ori
dade,l
hesobr
evi
ver
em descendest
esouf
orl
evant
adaa
i
nter
dição.Opr
ogeni
tori
nvest
idonessepoder
,sópoder
áinst
it
uirher
dei
rosou
l
egat
ári
osnosbensqueosubst
it
uídoadqui
ri
rapar
ti
rdel
e,ar
t.2300º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

REQUI
SITOSDEFUNODOTESTAMENTO

-Li
cit
udedoobj
ect
oedof
im,
art
.2186º
.Est
adi
sposi
çãoadapt
aodi
spost
ono
ar
t.281ºaot
est
ament
oqueéum negóci
ouni
l
ater
al.

Quant
oaof
im,omesmosev
eri
fi
ca,oquel
evar
áànul
i
dadedomesmo.I
stoé,
f
imi
l
íci
to,cont
rar
ioàl
ei,of
ensi
voaosbonscost
umesecont
rar
ioàor
dem
públ
i
ca,ex:dei
xarumacasapar
aaexpl
oraçãosexual
,ou,par
aaor
gani
zação
deact
ost
err
ori
stas.

Li
ci
tudedoobj
ect
onegoci
al

Ot
est
ament
odev
eterobj
ect
oquesej
afí
sicaoul
egal
ment
epossí
velenãoser
cont
rár
ioàl
ei,det
ermi
náv
elenãocont
rar
ioàor
dem publ
i
caouof
ensi
voaos
bonscost
umes.Sei
ssoacont
eceror
egi
meser
ádenul
i
dadenast
ermosdoar
t.
280º
.Opr
ópr
iocapí
tul
odassucessõest
rásor
egi
menoseuar
t.2186º
.

Ex:umadei
xacuj
oobj
ect
oéf
isi
cament
eimpossí
vel
,umal
ua;j
uri
dicament
e
i
mpossí
vel
,um bem dedomí
niopúbl
i
co;i
ndet
ermi
náv
el,dei
xoqual
quercoi
sa
aof
ulanodet
al.

Capaci
dade

Ar
egr
aequet
odososi
ndi

duost
êm capaci
dade.
,ar
t.2188ºaspessoas
col
ect
ivasnãoat
em.Di
zal
eiquet
em capaci
dadet
est
ament
ári
aact
ivade
exer
cíci
otodasasquenãof
oram decl
aradasi
ncapazesdet
est
ar.Osi
ncapazes

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

sãonost
ermosdoar
t.2189º
,osmenor
esnãoemanci
padoseosi
nter
dit
ospor
anomal
i
apsí
qui
ca.Querdi
zerum menoremanci
padopel
ocasament
opode
t
est
ar.Oquenãoacont
ececom osemanci
padosporout
rasv
ias.

Acapaci
dadeoui
ncapaci
dadeav
eri
gua-
sepel
adat
adot
est
ament
o,ar
t.2191.
o
t
est
ament
ofei
to porum i
ncapazénul
o,ar
t.2190º
.Também ser
ánul
aa
di
sposi
çãot
est
ament
ári
ademenorquecasarsem consent
iment
odospai
sse
adi
sposi
çãocai
rsobr
eosbensquel
evoupar
aocasament
o,ar
ts.1640ºe
1649º
.

I
ndi
sponi
bil
i
dadesr
elat
ivas

Exi
stem duascat
egor
ias:

Nomi
nai
s,asquev
êm pr
evi
stasnosar
ti
gos2192ºa2198º
,ist
oé,af
avordo
t
utor
,cur
ador
,admi
nist
radordebem,pessoacuj
aguar
dademenorest
eja
ent
regue,médi
cos,enf
ermei
ros,sacer
dot
es,i
nter
veni
ent
es no t
est
ament
o,
cúmpl
i
cedoadul
tér
io(
est
ecasodev
idoapr
otecçãodaor
dem mat
ri
moni
aleda
pazf
ami
l
iar
),et
c.

I
nomi
nadas,dest
inadasasanci
onarav
iol
açãoder
egr
assobr
eimpedi
ment
os
mat
ri
moni
ais,
art
.1650º
,nº2.

Asi
ndi
sponi
bil
i
dadesaquir
efer
idasdi
zem r
espei
toàpessoadot
est
adorenão
dobenef
ici
ári
o.Poi
s,asdi
sposi
çõesl
egai
soconf
ir
mam quandor
efer
em que“
a
di
sposi
çãot
est
ament
ári
aénul
a….

Al
eipr
oíbet
est
ament
oaf
avordest
aspessoaspar
apr
otegeral
i
ber
dadede
t
est
ar.Pensa-
sequepoder
ão seencont
rarnumasi
tuação dei
nfer
ior
idade
suscept
ível
deapr
ovei
tament
oporessaspessoas.

Excepções:

Apr
oibi
çãonãoabr
angeot
est
ament
ofei
toat
ít
ulodel
egador
emuner
atór
io,
i
stoé,dest
inadoapagarosser
viçosmédi
cosr
ecebi
dospel
otest
adoreque
nãot
em nat
urezadedi
vi
daexi
gív
el;

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Adi
sposi
çãof
eit
aaf
avordef
ami
l
iar
esconf
ormeoar
t.2192º
,nº3.

Bem como asf


eit
asa f
avorde médi
cos,enf
ermei
rose sacer
dot
esse o
t
est
adornãov
ieramor
rerdadoençaqueassi
sti
am.

Na v
erdade as i
ndi
sponi
bil
i
dades são v
erdadei
ras i
l
egi
ti
midades e não
v
erdadei
rascapaci
dadesoui
ncapaci
dades.

Consent
iment
o

Exi
stenest
ecapí
tul
oum r
egi
meespeci
alpar
aoconsent
iment
oque,cont
udo
nãoesgot
aoconsent
iment
odot
est
ador
,pel
oqueseapl
i
casubsi
diar
iament
e
asr
egr
asger
aissobr
eoconsent
iment
ononegóci
ojur
ídi
co,
art
.240º
-257º
.

Af
alt
adev
ont
adenegoci
al(
decl
araçõesnãosér
ias,coacçãof
ísi
caef
alt
ade
consci
ênci
adadecl
aração)édi

cil
deconcr
eti
zaçãonocasodet
est
ament
o.

Di
ver
gênci
asent
reav
ont
adeeadecl
aração

Si
mul
ação,
art
.2200º
,anul
ável
.

Aquipr
evê-
se a si
mul
ação r
elat
iva subj
ect
iva,pori
nter
posi
ção f
ict
íci
a da
pessoa.Mas,ai
ndaquehouv
esseasi
mul
açãoobj
ect
iva,or
egi
meser
iaa
mesmapori
mposi
çãol
egal
.

Reser
vament
al,r
egi
me:omesmodasi
mul
ação.Pel
ocar
áct
ernãor
ecept
íci
o
dot
est
ament
o,excl
ui-
seor
equi
sit
odoconheci
ment
ododecl
arat
óri
ocomo
condi
çãodeanul
ação.

Er
ronadecl
aração,
art
.2203º
,247º
,248º
,quant
oàspessoasebensi
ndi
cados
nospr
ecei
tos.


ciosnaf
ormaçãodav
ont
ade

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

I
ncapaci
dadeaci
dent
al,
art
.2199º
.Regi
meanul
abi
l
idade.

Er
rov
íci
o,ar
ts.220º
,nº
1,2202º
.Mas,éi
mpor
tant
eaessenci
ali
dadedoer
roe
est
aresul
tardopr
ópr
iot
est
ament
o.

Coacçãomor
al,
art
.2201,
anul
abi
l
idade.

Requi
sit
osdef
ormadot
est
ament
o

Asf
ormascomunsdot
est
ament
osão,nost
ermosdoar
t.2204º
,públ
i
coe
cer
rado.

Não são admi


ti
dos os t
est
ament
os or
ais ou nuncupat
ivos,sob pena de
nul
i
dade.Gui
lher
medeOl
iv
eir
aent
endequeser
áfer
idadei
nexi
stênci
a,oque
v
aicont
raasr
egr
asdonegóci
oqueensi
nam queadesobedi
ênci
apel
afor
ma
i
mpl
i
caanul
i
dadedonegóci
o,ar
t.220º
.

Test
ament
opúbl
ico–ar
t.2205º

Épúbl
i
coot
est
ament
olav
radopornot
ári
onoseul
i
vrodenot
as.Est
eser
á
l
avr
ado,r
egi
stadonum l
i
vropr
ópr
io,dadooseucar
áct
ersecr
eto/
conf
idenci
al.
Pori
ssonãoéf
eit
oporescr
it
urapúbl
i
ca.

Test
ament
ocer
rado–ar
t.2206º

Est
eéf
eit
opel
otest
adoeporel
eassi
nado.Émanuscr
it
o.Maspodeserescr
it
o
eassi
nadoporout
rapessoaar
ogodot
est
adorouescr
it
oporout
rapessoae
assi
nadoporel
e.Queassi
naot
est
ament
odev
erubr
icart
odasasf
olhasque
nãocont
enham asuaassi
nat
ura,
art
.2206º
,nº3.

Ot
est
ament
ocer
radoéapr
ovadopel
onot
ári
onost
ermosdar
espect
ival
ei.É
umaapr
ovaçãomer
ament
efor
mal
,poi
s,nãosev
aiv
eri
fi
carsef
oif
eit
oaf
avor
deAouB,
oquef
oidei
xadoounão,
etc.Sópoder
áseot
est
adorper
mit
ir
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Éadat
adeapr
ovaçãoquedet
ermi
naadat
adaf
eit
uradot
est
ament
o,ar
t.
2207º
.Éapar
ti
rdest
adat
aquesev
eri
fi
caosr
equi
sit
osdef
undonomoment
o
daaber
tur
adot
est
ament
o.

Quant
oaconser
vaçãov
ideoar
t.2209º
.

I
nabi
l
idadepar
atest
arar
t.2208º

Osquenãosabem l
erounãopodem assi
nar
,nãopodem f
azerum t
est
ament
o
cer
rado.Tr
ata-
seaqui
deumai
ncapaci
dadedegozopar
atest
ar.Consequênci
a,
nul
i
dade,
art
.2206º
,nº5.

For
masespeci
aisdet
est
ament
o

Par
a al
ém das si
tuações nor
mai
s, podem, os que se encont
rar
em
i
mpossi
bil
i
tadosdeusonor
maldasduasf
ormasdet
est
ament
orecor
rem a
est
asf
ormasespeci
aisenquant
odur
aroi
mpedi
ment
o.

 Test
ament
odemi
l
itar
esepessoasequi
par
adas,ar
t.2210º
.Também
podem f
azert
est
ament
o públ
i
co,ar
t.2211ºou cer
rado,ar
t.2212º
.
Compl
ement
arment
e,oar
t.2213ºt
rásal
gumasr
egr
as.
 Test
ament
ofei
toabor
dodenav
io,
art
.2214º
,também podeserpúbl
i
co
oucer
radonost
ermosdosar
ts.2215º
-2218º
.
 Test
ament
ofei
toabor
dodeaer
onav
e,ar
t.2219º
.
 Test
ament
ofei
toem casodecal
ami
dadepúbl
i
ca,
etc.

Âmbi
todaf
ormal
egal
:ot
est operr
ament elat
ionem,
art
.2184º

Todas as di
sposi
ções t
est
ament
ári
as f
eit
as que dependam ou f
açam
r
efer
ênci
aael
ement
osquenãopar
ti
cipar
am naf
ormal
egal
,sãonul
as.Não
podem est
esdi
sposi
ti
voschamarour
osdocument
ospar
acompl
etá-
los.P.Ex:
ot
est
adordi
z:“
dei
xoaoBent
oeCar
lososbensconst
am numaf
olhaguar
dada
nagav
etadami
nhasecr
etar
ia”
.Oespí
ri
todopr
ecei
toaf
ast
aest
apossi
bil
i
dade,

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

mas,háquet
omarem cont
aa2ªpar
t a,àcont
edomesmo.Ousej rár
iosensu,
ser
ával
i
daadi
sposi
çãor
emi
ssi
vaseodocument
opar
aoqualser
epor
tao
t
est
ament
operr
elaci
onem t
ivessesi
doescr
it
oeassi
nadopel
otest
adorcom a
mesmadat
aoucom dat
aant
eri
oràdot
est
ament
o.

Par
tedadout
ri
naent
endequeadi
sposi
çãot
est
ament
ári
aremi
ssi
vasóser
ia
v
ali
daseopr
ópr
iodocument
opar
aoqual
remet
eot
est
ament
oti
vesseaf
orma
dot
est
ament
ocer
rado.

Asexi
gênci
asf
ormai
sli
mit
am ar
elev
ânci
adot
est
ament
o.Eest
asexi
gênci
as
cor
respondem asdi
sposi
çõesessenci
ais,
quesãoaquel
asqueot
est
adordev
e
f
azerpessoal
ment
e.

Quant
oàsdi
sposi
çõest
est
ament
ári
asessênci
asoPr
ofessorDuar
tePi
nhei
roe
out
rosdi
zem quesóser
ávál
i
daar
emi
ssãopar
aodocument
oqueobser
veas
f
ormasl
egai
sdot
est
ament
oouaf
ormadeescr
it
urapúbl
i
ca.

Quant
oàsdemai
sdi
sposi
çõesel
asser
ãov
áli
dassear
emi
ssãof
orf
eit
a,pel
o
menos,par
adocument
osescr
it
oseassi
nadospel
otest
adorcom amesma
dat
aouant
eri
oràdot
est
ament
o.

I
nter
pret
açãodot
est
ament
o–ar
t.2187º

Nest
epr
ecei
toencont
ramosumaor
ient
açãosubj
ect
ivi
sta,quant
oàobt
enção
dar
eali
ntençãodot
est
ador
.Ai
nter
pret
açãooquesev
isaédet
ect
arav
ont
ade
r
ealdomesmo.Est
avont
adet
em queserapur
ada.Sóav
ont
ademani
fest
ada
pel
afor
mal
egalest
abel
eci
dadev
erev
elar
.Ist
opr
ovém dapr
ópr
iasol
eni
dade
dot
est
ament
o;

Por
tant
osóser
áadmi
ti
dapr
ovacompl
ement
arnost
ermosdoar
t.2187º
,nº2.
I
sto é,t
alcomo seexi
genasr
egr
asger
aisdei
nter
pret
ação denegóci
os
f
ormai
s:um mí
nimodecor
respondênci
aver
bal
.O ar
t.2187º
,nº2f
alano
cont
ext
o.Tem de hav
erum mí
nimo de cor
respondênci
a com o t
ext
o.O
i
ntér
pret
enão dev
eráci
ngi
r-
seaumapal
avr
aou di
sposi
ção i
sol
ada;dev
e
at
ender
-seat
odot
eordot
est
ament
o.Cadadi
sposi
çãohá-
deserv
ist
anasua

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

r
elaçãocom t
odasasout
raset
odasnoconj
unt
o.Ser
iaper
igosoper
mit
ira
r
econst
it
uiçãodasuav
ont
adeporquai
squerout
rosmei
os.Pori
ssoasua
v
ont
adedev
eest
arexpr
essanot
est
ament
o,ai
ndaquei
mper
fei
tament
e.I
sto
cor
respondei
psi
sver
bisàf
órmul
aconst
ant
enoar
t.9º
,nº2.Osent
idodev
e
sai
rdot
ext
oqueset
em.

Em suma,

Nai
nter
pret
açãodot
est
ament
odev
e-set
ent
arapur
arav
ont
adedot
est
ador
.
Umav
ont
ader
eal
.Sóest
avont
adeéquer
evel
asef
ormani
fest
adadef
orma
l
egal
ment
eest
abel
eci
dapar
aonegóci
ojur
ídi
cot
est
ament
ári
o.

Tem quehav
erum mí
nimodecor
respondênci
aver
bal
:cadadi
sposi
çãohá-
de
deserv
ist
anasuar
elaçãocom t
odasasout
raset
odasem conj
unt
o.

Noent
ant
o,osar
ti
gos2225º
,2226º
,2228,2262ºe2263ºcont
em nor
mas
i
nter
pret
ati
vas,f
ixandoosent
idodasdi
sposi
çõest
est
ament
ári
asnaf
alt
ade
cl
arezaoupr
eci
sãodot
est
ador
,um poucodi
fer
ent
edoar
t.2187º
.

I
NTEGRAÇÃODELACUNASNOTESTAMENTO

Épossí
vel
recor
reràv
ont
adehi
pot
éti
cadot
est
adorcomoem qual
quernegóci
o,
ar
t.239º
.Masnãosepodedespr
ezaraspar
ti
cul
ari
dadesdot
est
ament
o;é
pr
eci
socompat
ibi
l
izaresseex
ercí
ciocom opr
incí
piodeapr
ovei
tament
odos
act
os j
urí
dicos.Na f
alt
a de nor
ma l
egalespecí
fi
ca,não é admi
ssí
vela
i
ntegr
açãoquant
oaosaspect
osessenci
aisdasucessãot
est
ament
ári
a.

Ol
i
vei
raAscensãosei
sol
anasuaposi
çãodi
fer
ent
emassem demonst
raruma
nor
ma que est
abel
eça i
sso.Segundo el
e,se poral
gum modo se puder
det
ermi
nar
,porf
orçadoar
t.2185ºent
ãoest
arái
ntegr
adaal
acuna.

Nãopodemos,enquant
oint
erpr
etesadul
ter
araúl
ti
mav adedodecuj
ont us,só
ot
est
adorpoder
egul
ament
arosaspect
osessênci
as,ar
t.2182º
.Mas,pode-
se
cont
udoi
ntegr
arot
est
ament
odehar
moni
acom av
ont
adequeot
est
adort
eri
a

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

t
idosehouv
essepr
evi
stoopont
oomi
sso,desdequeset
rat
edeum pont
o
secundár
io,i
nst
rument
al,não essenci
al.Ex:o car
go do t
est
ament
eir

r
emuner
ado,maso t
est
adornão f
ixou o v
alordar
etr
ibui
ção.Nest
ecaso
f
aci
l
ment
esepodeconcl
uirpel
adet
ermi
naçãosegundor
egr
asar
emuner
ação
dot
est
ament
eir
o.Out
roexempl
o:um av
ôdi
spõepr
eli
minar
ment
edei
xandoas
suassei
scasasaossei
snet
osquepossui
.Naespeci
fi
caçãodacasaquecada
um l
evar
ia,
especi
fi
caapenas5er
elat
ivament
eaosci
nconet
os,
esquecendoo
sext
o.Aquit
ambém nãosai
remosf
oradav
ont
adedot
est
adori
ntegr
andocom
aconcl
usãodequeacasaquer
est
aéadest
inadaaosext
onet
o.

Por
tant
o,af
alt
adeel
ement
osessenci
aist
ornai
nvál
i
daadi
sposi
ção.Masa
exi
stênci
adeal
gunspr
ecei
tosdemonst
ram,cont
udo,serpossí
velsupr
irest
a
f
alt
a.Porexempl
o:ar
t.2203º (
err
o sobr
e pessoa ou bens)ar
t.2185º
(
disposi
çõesaf
avordepessoasi
ncer
tas)com asuar
espect
ivar
essal
va.

Cont
eúdodot
est
ament
o

Cont
eúdopessoal
econt
eúdopat
ri
moni
al

Ot
est
ament
opodet
ercont
eúdopessoal
:per
fi
lhação,
art
.1850º
;decl
araçãode
mat
erni
dadeoudesi
gnaçãodet
utor
,ar
t.1928º
,nº
3.

Cont
eúdoPat
ri
moni
alenv
olv
easdei
xasat
ít
ulodaher
ançaoudel
egado.

Seoaut
ordasucessãof
izerumadei
xaem queat
ri
buipur
aesi
mpl
esment
e
umaquot
adaher
ança,
essaquot
aser
áquant
if
icadat
endoporbaseRdeduzi
do
dopassi
vo.Ex:odecuj
ust
em doi
sfi
l
hos,dei
xou¼ dasuaher
ançaaoseu
ami
goT.

R=110;
D=20;
P=10

VTHnost
ermosdoar
t.2162ºser
iaR+D-
P

110+20-
10=120

QI
=90;
QD=30Masaquot
adeTnãoéde¼doVTH,
nem de¼dov
alordaQD.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

VTHpar
aef
eit
osdecál
cul
odaquot
atest
ament
ári
a=R-
P→110-
10=100.Ov
alor
daquot
adeT=100*
1/4=25.

Tudo por
que a sucessão compr
eende as si
tuações j
urí
dicas pat
ri
moni
ais
(
act
ivoepassi
vo)dequeer
ati
t arodecuj
ul usnomoment
odaaber
tur
ade
sucessoequenãoseext
inguem com asuamor
te.

A her
ança é act
ivo que r
esponde pel
o passi
vo,i
ncl
uindo nest
e,t
odosos
encar
gosdaher
ança.

LEGADOSTÍ
PICOS

 Legadodecoi
saal
hei
aoui
nexi
stent
enoseupat
ri
móni
o-ar
ts.2254º
,
2256º
,2251,2252.Regi
me,nul
i
dade.Excepção:ar
ts.2251º
,nº1,2ª
par
te,
2256º
,nº2,
2257º
.
 Legadodecoi
sagenér
ica–ar
ts.2253º
,2266ºe2268º
.
 Legadoal
ter
nat
ivo–ar
ts.2267ºe2268º
.
 Legadodecr
édi
to–ar
ts.2261º
,2262quet
rásumanor
mai
nter
pret
ati
va.
 Deal
i
ment
os,
pensãov
ital
í
ciaoudeout
rapr
est
açãoper
iódi
ca,
art
.2273º
.
 Legadodef
act
o–ex:
par
aar
ranj
aromur
rodeumaqui
nta.
 Legadospi
os–ar
t.2280ºdest
inadasnor
mal
ment
eaf
insr
eli
giososouà
cr
iação,manut
enção ou desenv
olv
iment
o de obr
as de assi
stênci
a,
pr
evi
dênci
a,educaçãoouaf
insanál
ogos.
 Legadoder
echei
odecasa–ar
t.2263º
.
 Pr
é-l
egado–ar
t.2264º
.Sãooscasosem quesei
nst
it
uiporexempl
o
t
rêsher
dei
rosem par
tesi
guai
s,masum del
est
eráai
ndaumaout
ra
coi
sa.AoAv
ai1/
5,aoB1/
5eaoC1/
5.MasBt
eráai
nda900mi
leaoC
mai
sor
echei
odecasa.

Di
sposi
çõescondi
cionai
s,modai
souat
ermo,
art
.2229ºss

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

O negóci
otest
ament
ári
opodesert
ambém suj
eit
oacl
áusul
asacessór
ias.É
admi
ssí
vel
suj
eit
arai
nst
it
uiçãodeher
dei
roouanomeaçãodel
egat
ári
o.

Nest
asecçãoent
raaf
igur
adepr
efer
ênci
acomosedeumacondi
çãose
t
rat
asse.Rev
est
ir
áaf
isi
onomi
adacondi
çãonaj
ust
amedi
daem queot
est
ador
oqui
ser
.Masnav
erdadet
rat
assedeumacl
áusul
aacessór
ia.

Gr
andepar
tedest
ascondi
çõesédedi
cadaaor
egi
medeadmi
nist
raçãodobem,
apósaaber
tur
adasucessão.

Al
eipr
ocur
adet
ermi
naro quenão podeserobj
ect
o dacondi
ção.Assi
m
di
sti
ngue:condi
çãof
ísi
caoul
egal
ment
eimpossí
velquesãot
idascomonão
escr
it
as;cont
ari
asàl
ei,àor
dem públ
i
caouof
ensi
vosdosbonscost
umes,
t
ambém sãot
idascomonãoescr
it
as,ar
t.2230º
.Acondi
çãoconsi
der
ar-
se-
á
comonãoescr
it
amasadi
sposi
çãopr
inci
palsubsi
ste.Est
asi
tuaçãoédev
idoà
suai
rr
epet
ibi
l
idade,
art
.2230º
.

Exempl
osdecondi
ções:

Capt
atór
ias,
art
.2231º
,cont
rár
iasàl
ei,
art
.2232º
,2233ºdecasarounãocasar
,
2234ºnãodarounãof
azer
,ar
t.2235º
,2236,
etc.

Di
sposi
çãoat
ermo–ar
t.2243º

Ter
moésuspensi
vooui
nici
alquandoosef
eit
ossócomeçam apr
oduzi
ra
par
ti
rdecer
tomoment
o.Ér
esol
uti
voouf
inalquandocomeçam desdel
ogo
mascessam apar
ti
rdedadomoment
o.

Háquedi
sti
ngui
rconsoant
eset
rat
adeher
dei
rooul
egat
ári
o.

Ai
nst
it
uiçãodeher
dei
ronãopodesersuj
eit
aat
ermo,
art
.2243º
,nº2.

Quant
oaol
egat
ári
o,háquedi
sti
ngui
rai
ndaconsoant
eot
ermoéi
nici
alouf
inal
.
Sef
ori
nici
al,oar
t.2243º
,nº1di
zqueapenassuspendeaexecuçãoda
di
sposi
ção,nãoi
mpedi
ndoqueonomeadoadqui
raodi
rei
toaol
egado.Quer
di
zeraquit
ambém al
einãoadmi
teumav
ocaçãodi
fer
ida.Sef
orf
inal
,em
pr
incí
pioéi
nvál
i
do,
sem pr
ejuí
zodadi
sposi
ção–di
rei
tot
empor
ári
o,ar
t.2243º
,

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

nº2.

Di
sposi
çõesmodai
souencar
gosar
t-2244º
-2248º

Épossí
velt
ant
onai
nst
it
uiçãodoher
dei
rocomonanomeaçãodol
egat
ári
o.O
modoouencar
goéporv
ezesconf
undi
docom acondi
ção,mas,di
sti
ngue-
se-
l
heda:

Condi
ção suspensi
va,por
que el
e não i
mpede a pr
odução de ef
eit
os de
di
sposi
ção t
est
ament
ári
a,apenas v
incul
a o benef
ici
ári
o a adopt
ar um
det
ermi
nadocompor
tament
o;

Condi
çãor
esol
uti
va,nocasodacondi
çãoal
i
ber
ali
dadeéconf
igur
adapel
o
aut
orcomoum mer
oinst
rument
opar
aobt
erumaf
inal
i
dade.Noencar
goou
modo,oaut
orquerbenef
ici
aral
guém com umaat
ri
bui
çãopat
ri
moni
al,mas
apr
ovei
ta par
a al
cançarum obj
ect
ivo.Daio r
egi
me do i
ncumpr
iment
o do
encar
go,
art
.2247º
.

I
nef
i al
cáci at
usensudot
est
ament
o

Assi
tuaçõesdei
nexi
stênci
a do t
est
ament
o cor
respondem àsdo negóci
o
j
urí
dicoem ger
al:
fal
tadeconsci
ênci
anadecl
aração,
coacçãof
ísi
ca.

I
nval
i
dade:t
emosqueobedeceror
egi
meespeci
aldadi
sposi
çãot
est
ament
ári
a,
er
ecor
rert
ambém àsr
egr
asger
aisdosar
ts.2308º-2310º
.

Anul
i
dadeeaanul
abi
l
idadesósedi
fer
em pel
opr
azo,
art
.2308º
,nº1e2.Est
a
nul
i
dadeaquiédeconheci
ment
oof
ici
oso.Dev
eseri
nvocadadent
rodopr
azoe
porum i
nter
essado.

Queranul
i
dadecomoaanul
abi
l
idadet
est
ament
ári
assãopassí
vei
sdesanação
medi
ant
econf
ir
mação,anãoserqueof
undament
odai
nval
i
dadei
mpeçaa
sanação.Porex:um f
im cont
rár
ioàor
dem públ
i
ca.Masquem conf
ir
maro

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

t
est
ament
onãopodev
alermai
sdasacçõesdenul
i
dadeouanul
abi
l
idade,ar
t.
2309º
.

Rev
ogaçãodot
est
ament
o–ar
t.2311ºss

Ar
evogaçãodonegóci
otest
ament
ári
ocor
respondeaum act
ojur
ídi
codoaut
or,
at
rav
ésdoqualmani
fest
aav
ont
adedeext
ingui
ronegóci
oquer
eal
i
zou.A
r
evogação é t
ambém,a parda caduci
dade,um modo de ext
inção do
t
est
ament
o,masdemar
ca-
sedest
aporserum act
ojur
ídi
coenãoum f
act
o
j
urí
dicocomoacaduci
dade.

For
masdeext
inçãodot
est
ament
o:r
evogaçãoecaduci
dade.

MODALI
DADESDEREVOGAÇÃO

Quant
oaoâmbi
to:
podesert
otal
oupar
cial
.

Quant
oaomodo,
podeser
:expr
essaar
t.2312º
,táci
ta,
art
.2313ºer
ealquenão
sedi
stanci
amui
to,
nãoseaut
onomi
zat
ant
odat
áci
ta.

Hár
evogaçãoexpr
essaquandoot
est
adordecl
aranum t
est
ament
opost
eri
or
ou em escr
it
urapúbl
i
casubsequent
e,quer
evogano t
odo ou em par
teo
t
est
ament
oquehav
iaf
eit
o.Aescr
it
urader
evogaçãot
em deserl
avr
adapel
o
not
ári
o no l
i
vro de not
aspar
atest
ament
ospúbl
i
cose par
a escr
it
urasde
r
evogaçãodet
est
ament
os.

Hár
evogaçãot
áci
ta,quandosef
izerum nov
otest
ament
oincompat
ívelcom o
ant
eri
or,ar
t.2313º
.Onº2dest
epr
ecei
tot
rásasol
uçãopar
aumacont
radi
ção
det
est
ament
odamesmai
dadeoudat
a.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ef
eit
osdar
evogação–ar
t.2314º

Regr
ager
al:
nãohav
erár
obor
ação,
repr
ist
inaçãoour
ecuper
açãodot
est
ament
o
ant
eri
or.

Excepção:
podei
ssoacont
ecersef
orexpr
essament
edecl
arado.

Ar
evogaçãor
eal
:obser
va-
sequandosedest
ruif
isi
cament
eot
est
ament
oou
poral
i
enaçãoout
ransf
ormaçãodacoi
sal
egada,
art
.2315º
,2316º
.

A r
evogação r
ealpor i
nut
il
ização do t
est
ament
o apl
i
ca-
se apenas ao
t
est
ament
o cer
rado. Mas,a si
mpl
es obl
i
ter
ação ou cancel
ament
o do
t
est
ament
onot
odoouem par
te,ai
ndaquecom r
essal
vaeassi
nat
ura,nãoé
hav
idacomor
evogação,desdequesepossal
erapr
imi
ti
vadi
sposi
ção.Seo
t
est
ament
oti
versi
dodest
ruí
doenãof
orpossí
vell
erapr
imi
ti
vadi
sposi
ção,
nãohav
erár
evogaçãomascaduci
dadeseoact
oforpr
ati
cadoporpessoa
di
ver
sadot
est
adorouporel
epr
ópr
iomasof
ezquandoseencont
rav
apr
ivado
dar
azão.

Seot
est
ament
onãoseencont
rav
anoespól
i
odot
est
adoràdat
adasuamor
te,
pr
esume-
sequeoact
ofoi
prat
icadoporpessoadi
fer
ent
edot
est
ador
.

Jáar
evogaçãor
ealporal
i
enaçãoout
ransf
ormação(
em out
racoi
sadi
fer
ent
e,
denomi
naçãodi
fer
ent
eounat
urezadi
fer
ent
e),podeserem qual
querf
ormade
t
est
ament
oev
eri
fi
ca-
senascondi
çõesest
abel
eci
dasnoar
t.2316º
.

Sedaal
i
enaçãov
ieraserpr
ovadaquenãoquer
iacom aquel
eact
oal
i
enar
,
t
ransf
ormarour
evogarol
egado,
ent
ãoar
evogaçãonãosur
ti
ráqual
queref
eit
o.

Caduci
dadedot
est
ament
o–ar
t.2317ºe2318º

As di
sposi
ções t
est
ament
ári
as caducam nos t
ermos dest
es ar
ti
gos.A
enumer
ação aquié mer
ament
e exempl
i
ficat
iva.É de r
eal
çarque se o
casament
oforanul
adocom umasent
ençat
ransi
tadaem j
ulgado,
adi
sposi
ção
caduca.

Oar
t.2222ºt
ambém t
rásumar
egr
adecaduci
dade(
test
ament
osespeci
ais)
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Há out
ras causas que não v
êm nest
es ar
ti
gos como a caduci
dade das
di
sposi
çõest
est
ament
ári
ascor
respect
ivasi
nser
tasem conv
ençãoant
enupci
al,
ar
t.1706º
,nº1.

Seot
est
ament
ofordest
ruí
doenãof
orpossí
vell
erapr
imi
ti
vadi
sposi
ção,
não
hav
erár
evogaçãomassi
m caduci
dadesef
orf
eit
aporout
rapessoaouel
e
pr
ópr
iosem consci
ênci
a.

At
utel
adossucessí
vei
stest
ament
ári
osem v
idadodecui
us

Ossucessí
vei
stest
ament
ári
osnãobenef
ici
am dequal
querdi
rei
todesuceder
nem deumaexpect
ati
vaj
urí
dica.El
essãot
idoscomocur
ador
esdef
ini
ti
vos.A
suaqual
i
dadedesucessí
veléext
ernament
epr
ecár
iaant
esdamor
tedode
cui
us.Em vi
dadodecui
uscabe-
lhesumapr
otecçãoi
ndi
rect
aour
efl
exa.Um
i
nter
esser
efl
exament
epr
otegi
do.

SUCESSÃOLEGI
TIMA

A sucessãol
egí
ti
maéumamodal
i
dadel
egal
,supl
eti
va,abr
i seseo de
ndo-
cuj
usnãot
iverdi
spost
oval
i
daeef
icazment
e,not
odoouem par
tedosbensde
quepodi
adi
sporpar
adepoi
sdamor
te,ar
t.2131º
.Seof
aleci
dot
iverdi
spost
o
v
ali
daeef
icazment
edepar
tedosseusbens,or
emanescent
e,quenãoé
especi
fi
cado,
ser
ádef
eri
doporv
iadasucessãol
egí
ti
ma.

Sef
oraber
taasucessãol
egi
ti
már
ia:

VTH=v
alorQD-v
alordasLi
ber
ali
dades

VTH=QD-
L

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

VTHl
egí
ti
ma=VQD(
val
ordaquot
adi
sponí
vel
)–v
alordasl
i
ber
ali
dadesf
eit
as
nest
aquot
a.Sehouv
erl
ugaràsucessãol
egi
ti
már
ia.

Mas,
senãohouv
erasucessãol
egi
ti
mar
ia,
afór
mul
aéasegui
nte:

R-
P-L(
Rel
ict
um-
Passi
vo-
Liber
ali
dades(
li
ber
ali
dadesmor
tscausa)
i .

Exempl
i
fiquemos:

Com sucessãol
egi
ti
már
ia

-Doouaopr
imoHél
i
onov
alorde10;

-Fezt
est
ament
oaf
avordoami
goTi
no,
1/10daher
ança,

-Sobr
evi
ver
am-
lheamãe,
opai
eocônj
uge,

-ORel
i
ctum éde100,

-OPassi
voéde20.

Par
aocál
cul
odal
egí
ti
ma:

VTH=R+D-P(
art
.2162º
)

VTH=100+10-
20=90

QI
=45;
QD=45(
art
.2160ºl
egí
ti
madospai
s)

Par
aocál
cul
odaquot
atest
ament
ári
aaf
avordoT.

R-
P

100-
20=80

80*
1/10=8

Par
aocál
cul
odaher
ançal
egí
ti
ma:

VTH=QD-Li
ber
ali
dades,
imput
adasnaquot
adi
sponí
vel

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

VTH=QD-L

45-
18(
10dadoaçãoe8dot
est
ament
o)=27

O quer
est
anaher
ançal
egí
ti
masãoos27.Mas,comoospai
spr
efer
em a
esposa(
art
.2133º
),v
ãoospai
srepar
ti
r.

Sem sucessãol
egi
ti
már
ia:

-Fezt
est
ament
oaf
avordoami
goTi
no,
1/4daher
ança;

-Sobr
evi
veu-
lhe2i
rmãos;

-ORel
i
ctum éde100

-ODonat
um éde30

-OPassi
voéde40.

Qual
éaquot
adecadaum dosi
rmãosnasucessãol
egí
ti
ma?(
2145º
)

Pr
imei
roháquecal
cul
arasucessãot
est
ament
ári
a:

R-
P

100-
40=60

¼de60=15ousej
a,60*
1/4=15paroami
goT

Segundocal
cul
arasucessãol
egí
ti
ma:

VTH=R–P–Li
ber
ali mor
dades( ti
scausa)

VTH=100-
40-
15

VTH=45queser
ádi
vi
didopel
osi
rmãosnost
ermosl
egai
s.

CATEGORI
ASECLASSESDESUCESSÍ
VEI
SLEGÍ
TIMOS

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Daconj
ugaçãodoar
t.2132ºe2133ºr
esul
taquesucessí
vei
sdesi
gnadoscomo
her
dei
rossão:ospar
ent
esnal
i
nhar
ect
a(descendent
eseascendent
es)
;os
i
rmãos e seus descendent
es (
não i
mpor
ta que gr
au)
;o cônj
uge;out
ros
col
ater
aisat
éaosext
ogr
aueporf
im oest
ado.

Conv
ém l
embr
aroquej
áseapr
endeucom aadopçãopl
enaar
t.1984ºe
r
est
ri
taar
t.1994º
.Oadopt
ador
est
ri
tament
eacabaporsof
rerai
ndapor
quesó
ser
áchamadonaf
alt
adedescendent
esouascendent
esdoadopt
ant
e.Já
adopt
ant
eser
áchamadonasucessãodoadopt
adonaf
alt
adedescendent
es,
ascendent
esi
rmãoseseusdescendent
esoucônj
ugesobr
evi
vo.

O adopt
ado r
est
ri
tament
e não f
ica pr
ejudi
cado na sucessão l
egí
ti
ma dos
membr
osdaf
amí
l
iabi
ológi
ca,poi
s,como di
zal
eino seuar
t.1990ºel
e
conser
vat
odososdi
rei
tosedev
eresem r
elaçãoàf
amí
l
ianat
ural
.

Em suma,
sef
ormosconsi
der
arasr
efer
ênci
asàadopção,
vemosqueoel
enco
desucessí
vei
slegí
ti
mospassaaser
:

 Descendent
es;
 Acedent
es;
 Adopt
adoeseusdescendent
es(
art
.1994º
,nº1)
,
 I
rmãoseseusdescendent
es;
 Cônj
uge;
 Adopt
ant
e(naadopçãor
est
ri
ta,
art
.1994º
,nº2)
,
 Out
roscol
ater
aisat
éaosext
ogr
au
 Eoest
ado.

REGRASGERAI
SDASUCESSÃOLEGÍ
TIMA

Apr
imei
ra,
del
aséapr
efer
ênci
adecl
assesconsagr
adanoar
t.2134º
.

Segundo el
a,ossucessí
vei
sdeumacl
assepr
efer
em aossucessí
vei
sdas
cl
assessubsequent
es.Ex:ent
reascendent
esedescendent
es,est
esser
ão
chamados pr
efer
enci
alment
e.I
sto por
que nem t
odos os sucessí
vei
s são
chamadossi
mul
taneament
e.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Asegunda,
pref
erênci
adegr
audepar
ent
esco

Dent
rodecadacl
asseospar
ent
esdegr
aumai
spr
óxi
mopr
efer
em aosdegr
au
mai
saf
ast
ado,
art
.2135º
.

Porex
:sobr
evi
v am aodecuj
er us3f
il
hose2net
os.Osf
il
hossãosucessí
vei
s
l
egí
ti
mospr
ior
it
ári
os.Por
tant
oser
ãoospr
imei
rosaser
em chamados.Osde
gr
aumai
sremot
ofi
cam pr
eter
idos.

Cont
udoest
aregr
apodeseraf
ast
adacom oi
nst
it
utoder
epr
esent
açãonos
casosem quet
em l
ugar
,ar
t.2138º
.Noexempl
odado,
seum dosf
il
host
ivesse
mor
ri
doant
esedei
xarum oumai
sfi
l
hos,est
esv
iri
am em r
epr
esent
açãodo
seupr
ogeni
torconcor
rerj
unt
ament
ecomoosout
rosf
il
hos.

At
ercei
ra,
Div
isãoporcabeça

Nost
ermosdoar
t.2136º
,osquesãochamadoscom pr
efer
ênci
a/pr
ior
idade
sucedem porcabeçaousej
a,em par
tesi
guai
scom excepçãodocônj
ugeou
est
ado.Osdoi
súl
ti
mosset
iver
em quesucederl
evam t
udo.Osout
rost
êm que
di
vi
direm par
tei
guai
sdent
rodamesmacl
asse.

Oar
t.2136ºr
essal
vaal
gumasexcepçõescomoocasodoar
t.2139º
,nº2eo
ar
t.2140º
,nº2,
rev
ogados.

Nocasodei
rmãosuni
l
ater
aisi
ssoacont
ece.Ousej
a,osi
rmãosbi
l
ater
ais
r
eceber
ãoodobr
odosi
rmãosuni
l
ater
ais.

A BeCr
ecebem 1/
3daher
ançaexi
stent
e.

ComoDest
áaserr
epr
esent
adoporseus

B C Dmor
reant
esdeA f
il
hos,osdoi
svãodi
vi
diraomei
oat
erça
par
te

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Quer
eceber
iaDsef
ossev
ivo.

EF

Regi
medasucessãol
egí
ti
maporcl
assesdesucessí
vei
s

Regr
aspr
ópr
iasdecadacl
asse

1.Descendent
es-ar
t.2139ºe2140º
Aber
ta a sucessão t
odos os descendent
es são chamados sem qual
quer
di
scr
imi
nação(
nasci
doounãonaconst
ânci
adomat
ri
móni
o).

Seum dosf
il
hosnãopuderounãoqui
seracei
tar
,osseusf
il
hossãochamados
em suar
epr
esent
ação,
art
.2140º
.

2.Sucessãodeascendent
esar
t.2141ºear
t.2142º

3.Nãohav
endoest
evem oadopt
adoeseusdescendent
es,
nost
ermosao
ar
t.1994º
,nº1ar
t.2133º
,1ºpar
ágr
afo.

4.I
rmãosesobr
inhos,
art
.2143º

Ossobr
inhospoder
ãoem r
epr
esent
açãodosseuspai
ssucederodecuj
usnos
t
ermosai
per
mit
idos.Seodecuj
ust
iverapenasum i
rmãoest
eser
áchamadoà
t
otal
i
dadedaher
ança.Sef
orem v
ári
os,adi
vi
são f
ar-
se-
áporcabeçanos
t
ermosdoar
t.2136º
,anãoserqueum oual
gum del
essej
am consanguí
neos
ouut
eri
nos,
por
tant
ouni
l
ater
ais.Poi
s,nest
ecasoi
mper
aoar
t.2145º
.

I nemosqueaodecuj
magi ussobr
evi
ver
am apenas4i
rmãosA,B,C,eD.CeD
sãoconsanguí
neoseut
eri
nosr
espect
ivament
e.

Osi
rmãosbi
l
ater
aisv
ãor
eceberodobr
oquer
eceber
iaosi
rmãosuni
l
ater
ais.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

5.Naf
alt
adedescendent
es,ascendent
es,adopt
ado,i
rmãos,échamado
ocônj
uge,
art
.2146º
.Masant
esdochamament
o,sef
orem osi
rmãosa
suceder
,al
eil
heconf
ereumapr
otecçãoespeci
aldeusuf
rui
rdef
orma
v
ital
í
ciadaher
ança.Oapanági
odocônj
ugesobr
evi
vo,
art2118º
.
Ent
ret
ant
o,sóser
áchamadonest
elugar(
desucessí
vel
)seàdat
adamor
te
nãoseencont
rav
adi
vor
ciado,
art
.2148º
.

6.Depoi
svem oadopt
ant
e(adopçãor
est
ri
ta)
,ar
t.1994º
,nº2.
7.Naf
alt
adei
rmãossãochamadosout
roscol
ater
aisat
é6ºgr
au,ar
t.
2149º
.Cur
iosament
e,aquiar
egr
adoar
t.2136º(
par
ti
lhaporcabeça)
t
em asuacompl
etaapl
i
cação.Poi
s,mesmoqueal
gum col
ater
alsej
a
par
ent
edupl edodecuj
ament us,r
eceber
áem pr
opor
çãoi
gualcom os
demai
s,ar
t.2151º
.Issonãoacont
ecenasucessãodei
rmãossehouv
er
um uni
l
ater
al.
A Set
omar
mosem cont
aquesobr
evi
ver
am oB,
EeG,

B C FeBsãopar
ent
esno4ºgr
audaLC

DE FeGsãopr
imos,
4ºgr
auLC

F*G FeE,
tioesobr
inho,
3ºgr
auLC

Quem v
aisucederéot
ioEpor
queéogr
aumai
spr
óxi
mo,
ar
t.2135º
.Sucedenat
otal
i
dade.

Mi
a↔ Abel
↔ Ni
có B,
DeE(
ti
os)sobr
evi
ver
am aF.Aqui
opar
ent
edupl
o

DeFéB(
pel
oladodeAedoM)
.Mas,
Bvai
receber

B C D E em pédei
gual
dadecom DeE,
ist
oé,
aher
ançaser
á

Repar
ti
daem t
rêspar
tesi
guai
spar
ael
es,
art
.2151º
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

F*

8. Est
ado
OEst
adoéum her
dei
roespeci
al,const
ant
e.El
eapar
ecequandoaher
ançaf
or
decl
aradav
aga,i
stoé,or
econheci
ment
odai
nexi
stênci
adet
est
ament
oede
qual
querout
ropar
ent
esucessí
vel
,ar
t.2155º
.

OEst
adoadqui
reaut
omat
icament
eaher
ança,sendodi
spensadodoexer
cíci
o
deacei
tarour
epudi
ar,
art
.2154º
.Nãopoder
epudi
ar.

Seaher
ançaf
ordecl
aradav
agapar
aoEst
adopr
ocede-
seàsual
i
qui
dação,
cobr
ando-
seasdí
vi
das,v
endendo-
sej
udi
cial
ment
eosbens,sat
isf
azendo-
seo
passi
voeadj
udi
cando-
seaoEst
adoor
emanescent
e,sehouv
er.

A SI
TUAÇÃO JURÍ
DICA DOS SUCESSÍ
VEI
S LEGÍ
TI DA DO DE
MOS,EM VI
CUJUS

À semel
hançado quedi
ssemosdo sucessí
velt
est
ament
ári
o,o sucessí
vel
l
egí
ti
mot
ambém nãopassadet
it
ulardeum i
nter
esser
efl
exament
epr
otegi
do.
Cont
udo,
podem l
egi
ti
mament
eint
ent
araacçãodenul
i
dadeeanul
abi
l
idadedo
t
est
ament
o,ar
t.2203º–podem serosi
nter
essados.

Têm l
egi
ti
midadepar
aint
ent
aracçãodei
nter
dição,poi
s,comodi
zoar
t.141º
,
qual
querpar
ent
esucessí
vel
,ondeent
raosucessí
vel
legí
ti
mo.

ADI
NÁMI
CASUCESSÓRI
A

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Of
enómenosucessór
io

Est
udarof
enómenosucessór
ioéf
alardot
raj
ect
odassi
tuaçõesj
urí
dicas
t
ransmi
ssí
vei
spormor
te,
desdequedei
xar
am deserdet
i odecuj
daspel us,at
é
aomoment
oem ent
ram nopat
ri
móni
odosucessor
.

Est
efenómenov
ist
oem sent
idoampl
oabr
angeopr
ópr
iof
enómenosucessór
io
em sent
idor
est
ri
to,i
stoé,oper
íodoquedecor
reent
reaal
tur
aem queas
si
tuações j
urí
dicas t
ransmi
ssí
vei
s pormor
te dei
xar
am de t
ert
it
ulare o
moment
oem queasmesmasv
olt
am at
erum nov
oti
tul
ar.

Vamosest
udarpori
sso,af
asedaaber
tur
adasucessão,dav
ocação,da
pendênci
a,daaqui
siçãosucessór
ia,eor
egi
medaher
ançaadqui
ri
da.Est
e
úl
ti
mot
em av
erj
ácom oconj
unt
odeaspect
osqueseobser
vam noper
íodo
quedecor
redaaqui
siçãoài
ntegr
açãodassi
tuaçõesj
urí
dicasnopat
ri
móni
odo
sucessor
.

ABERTURADASUCESSÃO

MOMENTOELUGAR–ar
t.2031º

A aber
tur
a da sucessão cor
responde,em t
ermos t
écni
co-
jur
ídi
cos,a uma
si
tuação de r
upt
ura, de ci
são, de per
da r
elat
iva que a mor
te v
ai
necessar
iament
eger
arquant
o àssi
tuaçõesj
urí
dico-
pat
ri
moni
aldequeer
a
t
it
ular
.Pori
ssoasucessãoabr
e-senomoment
odamor
tedoseut
it
ulareno
l
ugardoúl
ti
modomi
ci
li
o,ar
t.2031º
.

É no moment
o da aber
tur
a da sucessão que as si
tuações j
urí
dicas
t
ransmi
ssí
vei
spormor
tedei
xam det
ert
it
ularequesef
ixao mapados
sucessí
v sdodecuj
ei us.Énest
emoment
oqueseconcr
eti
zaav
ocaçãodos
sucessí
vei
s,ar
t.2032º
,nº1.

Dadoqueaausênci
ajust
if
icada(
art
.101º
)edecl
araçãodamor
tepr
esumi
da
(
art
.115º
),conduzem à si
tuação semel
hant
e,ent
ão,é a par
ti
rdest
as

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

decl
araçõesqueseabr
easucessão.

Amor
teenquant
opr
essupost
odasucessão

Éamor
tequedesencadei
aaaber
tur
adasucessão.Amor
tedeumapessoa
f
ísi
ca,nat
ural
ment
e.Nest
esent
idoamor
tepr
esumi
daeaausênci
ajust
if
icada
t
ambém ent
ranoconcei
topr
essupost
o.

VOCAÇAOSUCESSÓRI
A

Noçãoepr
essupost
os

Vocaçãoouchamament
oéaat
ri
bui
çãoaosucessí
veldodi
rei
todesucederou
oj
usoui
usdel
ati
oni
s.Por
tant
oéum di
rei
tosubj
ect
ivo,
pot
est
ati
vo,
ori
ginár
ioe
i
nst
rument
aldeacei
tarour
epudi
ar.Éor
igi
nár
iopor
quenãoexi
sti
anaesf
era
j
urí
dicadodecuj
us.Éi
nst
rument
alpor
quesedest
inaaper
mit
iraaqui
sição
dosbensdei
xadospel
ofal
eci
do.Est
edi
rei
toesgot
a-seaut
omat
icament
ecom
oseuexer
cíci
oenãoésuscept
íveldesert
ransmi
ti
do.Éal
iquedeci
dese
acei
taseronov
oti
tul
ardaher
ançaqueest
áàesper
adeum nov
odono.

Porv
ezesf
ala-
senaDEVOLUÇÃO,
quesedi
fer
enci
aum poucodav
ocação,
poi
s
adev
oluçãot
raduzai
dei
adepossi
bil
i
dadedeaqui
siçãodesi
tuaçõesj
urí
dicas.

Vocaçãoéaat
ri
bui
çãododi
rei
todesuceder
.Enquant
oqueadev
oluçãoéa
at
ri
bui
çãodebens,desi
gnaoaspect
oobj
ect
ivo.Cont
udo,est
adi
sti
nçãonãoé
pací
fi
ca.

PRESSUPOSTOSGERAI
SDAVOCAÇÃO

Oar
t.2032º
,nº
1di
z…

Dest
e pr
ecei
to pode i
nfer
ir
-se que são pr
essupost
os do chamament
o ou
v
ocaçãosucessór
ia:

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

1. A pr
ior
idade na hi
erar
qui
a dos sucessí
vei
s,ou,como di
z Duar
te
Pi
nhei
ro,
“at
it
ular
idadedadesi
gnaçãopr
eval
ent
e”.
2.Aexi
stênci
adochamado
3.Acapaci
dadedochamado.

Ti
tul
ari
dadedadesi
gnaçãopr
eval
ent
e

Tem deest
arnahi
erar
qui
apr
ior
izada.Seest
esucessí
velpr
ior
it
ári
onãoqui
ser
ounãopuderacei
tarasucessão,
échamadoosucessí
velsegui
nte,
ret
roagi
ndo
asuav
ocaçãoaomoment
odaaber
tur
adasucessão,
art
.2932º
,nº2.

Av
ocaçãoseconcr
eti
zanomoment
oem queosucessí
veléchamado.Não
dev
emosdi
zerqueseconcr
eti
zanomoment
odaaber
tur
adasucessãopar
a
t
odos os sucessí
vei
s,i
ncl
usi
ve os não pr
ior
it
ári
os.Só em r
elação aos
pr
ior
it
ári
oséqueseconcr
eti
zacom aaber
tur
adasucessão.

Ol
iv
eir
a Ascensão:a v
ocação se concr
eti
za no moment
o da aber
tur
a da
sucessãoe,em r
elaçãoaossucessí
vei
snãopr
ior
it
ári
osessav
ocaçãoest
ari
a
suj
eit
a na sua ef
icáci
a a um f
act
o suspensi
vo,qualsej
a,a r
esol
ução da
v
ocaçãopr
ior
it
ári
a.Poi
spor
quesóser
ãochamadosseosout
rosnãopuder
em
ounãoqui
ser
em acei
tar
.

Exi
stênci
adochamado

Osucessí
velt
em desobr
evi
veraodecuj
usepossui
rper
sonal
i
dadej
urí
dicano
moment
odaaber
tur
adasucessão.Si
gni
fi
caque,par
aest
erequi
sit
oháque
consi
der
ardoi
sel
ement
os:

-Sobr
evi
vênci
a,t
em desobr
evi
veraodecuj
us

-Possui
rper
sonal
i
dadej
urí
dicanomoment
odaaber
tur
adasucessão

Quant
oasobr
evi
vênci
a,av
ocaçãosóseconcr
eti
zaem f
avordesucessí
velse
sobr
evi
ver
.Aquiasr
egr
asdacomor
ienci
a(pr
esunçãodamor
tesi
mui
l
tanea)
t
erãol
ugar
.Seopaieof
il
homor
rer
em j
unt
osnum aci
dent
eof
il
honãoo

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

her
dar
á.Av
ocaçãonãoconcr
eti
zar
ásobr
eel
e.Omesmoacont
ecer
áàquem
f
ordecl
aradamor
tepr
esumi
da(
art
s.114º
,115º
)oucur
ador
iadef
ini
ti
va(
art
.
121º
),por
queest
assi
tuaçõest
êm osmesmosef
eit
osqueamor
te.

Quant
oaper
sonal
i
dadej
urí
dica,nãoobst
ant
eoar
t ,i
.2032º nf
ine,r
efer
irà
capaci
dadej
urí
dica,t
rat
a-seant
esdemai
sdeum pr
obl
emadeper
sonal
i
dade
j
urí
dica.Sóquem t
em per
sonal
i
dade,
pordef
ini
ção,
ésuscept
ível
dat
it
ular
idade
desi
tuaçõesj
urí
dicas.

Rel
ati
vament
eaosser
eshumanos,oar
t.2033ºdi
zquepodem serchamadas
at
éosqueai
ndanãot
enham nasci
doaot
empodaaber
tur
adasucessão,
nasci
tur
os;eai
ndaaquel
asquenem sequert
enham si
doconcebi
dosnest
e
t
emposet
iver
em si
dodesi
gnadoscomosucessí
vei
svol
unt
ári
os,enquant
o
f
il
hosdepessoadet
ermi
nadav
ivaaot
empodaaber
tur
a.Tr
ata-
senof
undode
umasi
tuaçãoexcepci
onal
.

Nest
equadr
ooPr
ofessorOl
iv
eir
aAscensãoent
endequenest
ecasooar
t.
2033ºnãout
il
izaot
ermocapaci
dadeem sent
idot
écni
co,por
tant
ocomouma
qual
i
dade j
urí
dica de um suj
eit
o. E que essas pessoas podem ser
cont
empl
adas;pode f
azer
-se-
lhes uma r
eser
va de l
ugarmas não uma
v
erdadei
raat
ri
bui
çãodedi
rei
tos.

A excepção à essa r
egr
a const
a quant
o às f
undações,ar
t.158º
,nº2 e
soci
edades,
art
.2033º
,nº2b)
.

Capaci
dadesucessór
ia

Est
aimpl
i
caai
donei
dadepar
aserchamadoasucedercomoher
dei
roou
l
egat
ári
odequal
querpessoaoudecer
tapessoa.Est
aéacapaci
dadeem
sent
idor
est
ri
to.

Em sent
idot
écni
co,di
zoar
t.2033º
,nº1,queal
em doest
ado,t
odasas
pessoasnasci
dasouconcebi
dasnot
empodaaber
tur
adasucessão.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ai
donei
dadepar
aserchamadoasucedercomoher
dei
rooul
egat
ári
odeuma
cer
tapessoacor
respondej
áaumasi
tuaçãodel
egi
ti
midade.Est
alegi
ti
midade
oucapaci
dadenãoéi
gual
aincapaci
dadenat
ural
queseest
udaem r
elaçãoaos
menor
es,i
nter
dit
os,et
c.Tr
ata-
seant
esdeumai
ncapaci
dadedegozo,da
i
ncapaci
dadedesucederaumacer
tapessoaenãoaout
ra.

Por
tant
o,nãobenef
ici
am dai
donei
dade,decapaci
dade,del
egi
ti
midade,par
a
serchamadocomoher
dei
rooul
egat
ári
odecer
tapessoa,osquet
enham si
do
decl
aradosi
ndi
gnosoudeser
dados.

Ai
ndi
gni
dadeeadeser
daçãoapr
esent
am car
áct
err
elat
ivo.Sãoi
l
egi
ti
midades
sucessór
iaspassi
vas,
respei
tam apenasem r
elaçãoaumacer
tapessoa.

I
NDI
GNI
DADE–ar
t.2033º

Const
adoar
t.2034º
,ascausasdai
ndi
gni
dade.

O Pr
ofessorDuar
tePi
nhei
roent
endequeascausasconst
ant
esnest
ear
ti
go
sãoasúni
caspassí
vei
sdeconduzi
rài
ndi
gni
dade,por
tant
o,umaenumer
ação
t
axat
iva.Mas,o Pr
ofessorOl
i
vei
ra Ascensão ent
ende que consagr
a uma
t
ipi
cidadesi
m,maséumat
ipi
cidadedel
i
mit
ati
va.O ar
t.2209ºacabapor
conceder
-l
hear
azão.

Ai
ndi
gni
dadenãooper
aaut
omat
icament
e.Épr
eci
soquehaj
aum pr
ocesso
j
udi
cialespeci
alpar
aoef
eit
o.Adout
ri
nadi
vi
dequant
oàsi
tuaçãodei
ntent
ara
acção:

Par
auns,sót
em deseri
ntent
adaquandooi
ndi
gnoseencont
rarnaposseda
her
ança(
Oli
vei
raAscensão,
Capel
odeSousa,
Car
val
hoFer
nandes)
.

Out
rosdef
endem queoar
t.2036ºnãodi
sti
ngueessasi
tuação,pel
oquedev
e
sempr
eseri
ntent
adaporumaquest
ãodesegur
ançaecer
tezaj
urí
dicaque
j
ust
if
icam anecessi
dadedesesocor
rersempr
eàacção(
Pampl
onaCôr
te-
Real
).

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

EFEI
TOSDAI
NDI
GNI
DADE–ar
t.2037º

-Adecl
araçãodai
ndi
gni
dadedál
ugaraoaf
ast
ament
odosucessí
vel
desi
gnado
dasucessãor
elat
ivament
eàqual
foi
decl
aradoi
ndi
gno.

-Éexcl
uídodasucessãol
egí
ti
ma.

Par
tedadout
ri
na(
minor
it
ári
a)ent
endequeest
aexcl
usãonãodev
e,enão
at
ingeosher
dei
rosl
egi
ti
már
ios.

Amai
ori
aent
endequesi
m.Ai
ndi
gni
dadeosat
inge,at
épor
queseosact
ores
f
orem pessoasquet
êm umal
i
gaçãof
ami
l
iarmui
toest
ri
tacomodecuj
us,al

quef
azmai
ssent
idoser
em puni
dos,
cast
igadospel
osact
ospr
ati
cadoscont
ra
odecuj
usouseupar
ent
e.Seassi
m nãof
osse,
est
ar-
se-
áal
egi
ti
mar
,af
aci
l
itar
queaquel ouodecuj
equemat usvenhaaher
darbensdest
es,
e,umav
ezmor
to
oaut
ordasucessãonãoopoder
ádeser
dar
.

REABI
LITAÇAODOI
NDI
GNO,
art
.2038º

Sehouv
erumar
eabi
l
itaçãoexpr
essa,
cessaai
ndi
gni
dade,
mas,
épr
eci
soqueo
aut
ordasucessão,
úni
capessoaquepoder
eabi
l
itarosseusher
dei
ros,
conheça
acausadai
ndi
gni
dade.A r
eabi
l
itaçãoexpr
essaat
inget
odasassucessões,
i
ncl
usi
vel
egai
s.

Sef
ort
áci
ta,ar
t.
º2038º
,nº2,conf
ereaoi
ndi
gnoumasuscept
ibi
l
idadede
v
ocaçãoconf
inadaapenasàsucessãot
est
ament
ári
a.

DESERDAÇÃO,
art
s.2166ºe2167º

Éum i
nst
it
utoespecí
fi
codasucessãol
egi
ti
már
ia.Sósepodedeser
darum
sucessí
vel
legi
ti
már
io.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Ascausasv
êm expr
essasnoar
t.2166º
,nº1.

Comooper
a?

Tem queserf
eit
oem t
est
ament
o,est
andoadeser
daçãosuj
eit
aàsr
egr
as
pr
ópr
iasdonegóci
otest
ament
ári
o(f
orma,
rev
ogação,
sobr
etudo)
.

O deser
dadof
icai
mpedi
dodeacederaqui
l
oqueéi
ntangí
vel
,aqui
l
oquel
he
dav
apr
ior
idadeem r
elaçãoaqual
querout
roher
dei
ro:
alegí
ti
ma.

A deser
dação abr
angea t
otal
i
dadeda l
egí
ti
ma enão só uma par
cel
a.O
pr
incí
piodai
ndi
vi
si
bil
i
dadedav
ocaçãoi
mpedequeassi
m sej
a,ar
ts.2055º
,
2250º
.Nãosepodedeser
darpar
cial
ment
eoher
dei
ro.

Opr
incí
piodai
ntangi
bil
i
dadedal
egí
ti
ma,ar
t.2163º
,cor
robor
anest
esent
ido.
Umacl
áusul
atest
ament
ári
adedeser
daçãopar
cial
énul
a.

REABI
LITAÇÃODODESERDADO

Porf
orçadoar
t.2166º
,nº2,
étambém possí
velr
eabi
l
itarodeser
dadocom as
necessár
iasadapt
ações.

Comoadeser
daçãof
az-
seport
est
ament
o,bast
arev
ogarot
est
ament
ode
deser
dação de f
orma expr
essa par
a que o deser
dado f
ique r
eabi
l
itado,
r
ecuper
ao seul
ugarnasucessão.É pr
eci
so serexpr
essapar
aat
ingi
ras
demai
ssi
tuações.

Sear
evogaçãof
ort
áci
ta,odeser
dadocont
inuaanãobenef
ici
ardesucessão
l
egi
ti
már
iamasapenasdasucessãot
est
ament
ári
a.Cf
r.
,ar
t.2038º
,nº2.

I
MPUGNAÇÃO

Épossí
veli
mpugnaradeser
daçãoassi
m quehouv
erf
undament
ospar
adei
tar
port
err
aosar
gument
osdequeser
viupar
adeser
dar
.Podeserqueoaut
orda

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

sucessãot
enhai
nvocadoal
gumadassi
tuaçõespr
evi
stasnoar
t.2166º
,mas,
queaf
inal
nãochegoudeobser
var
-se,
nãoexi
ste.

Mas,par
aimpugnart
ambém a deser
dação é pr
eci
so r
espei
taro pr
azo
const
ant
enoar
t.2167º
,doi
sanos.Éum pr
azo,apar
ent
ement
e,cur
to.Mas,
aber
toot
est
ament
o,t
odosf
icam aconheceroseut
eor
,incl
usi
veodeser
dado,
pel
oquepodedent
rodet
empoacci
onarosmecani
smosl
egai
s.Nãof
alt
am
v
ozes (
Oli
vei
ra Ascensão e Pampl
ona Côr
te-
Real
)que ent
endem que a
cont
agem dopr
azodev
eseri
gual
aodoi
ndi
gno.

Seodecuj
usdeser
daroher
dei
rosem i
ndi
caçãoexpr
essadacausa(
umadas
exi
stent
esnoar
t.2166º
),pode-
sear
gui
ranul
i
dadedacl
áusul
atest
ament
ári
a
nost
ermosdoar
t.2308º
.Pampl
onaCôr
te-
Realent
endequeset
rat
adeuma
i
nexi
stênci
ajur
ídi
ca(
enãoal
goquesepossadecl
ararnul
o).

MODALI
DADESDEVOCAÇÃO

Fal
a-seaessepr
opósi
toem v
ocaçõessegundoacl
assi
fi
caçãodadesi
gnação
sucessór
ia,pel
o que se usar
mos os mesmos cr
it
éri
os de cl
assi
fi
cação,
t
eremos:

 Em f
unçãodaf
ont
e:v
ocaçãol
egi
ti
már
ia,cont
rat
ual
,test
ament
ári
ae
l
egí
ti
ma.
 Em f
unçãodoobj
ect
ooudaespéci
edesucessor
:vocaçãodoher
dei
roe
v
ocaçãodol
egat
ári
o.
Mas,háumacl
assi
fi
caçãoaut
ónomadev
ocaçãoquev
amossegui
dament
e
t
rat
ar.Sãoel
as,
vocaçãoor
igi
nár
iaesubsequent
e;pur
acondi
cional
,at
ermoou
modal
;úni
caemúl
ti
pla;di
rect
aei
ndi
rect
a;i
medi
ataeder
ivada;comum e
anómal
a.

1.VOCAÇÃOORI
GINÁRI
A(i
medi
ata)ESUBSEQUENTE
A di
sti
nção é que a pr
imei
ra concr
eti
za-
se no moment
o da aber
tur
a da

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

sucessãoeoout
roem moment
opost
eri
or.

Av
ocaçãoor
igi
nár
iaoui
medi
ataéaquesev
eri
fi
canadat
adamor
tedode
cuj
us,ar
t.2032º
,nº1.Por
tant
o,porf
orçaconj
ugadadaact
uaçãodeum f
act
o
desi
gnat
ivoedamor
tecomocausapr
inci
pal
.

Asubsequent
e,éaqueseconcr
eti
zanomoment
opost
eri
or.

Exempl
os:

-Vocaçãodoher
dei
rooul
egat
ári
oinst
it
uídosobcondi
çãosuspensi
va,ar
t.
2229º
,2237ºa2239º
.Aquiav
ocaçãosedá,nat
ural
ment
e,nomoment
oda
v
eri
fi
caçãodacondi
çãosuspensi
va,
art
.2035º
,nº2,
2059º
,nº2.

-Éocasodosnasci
tur
osconcebi
dosounão.Mas,
Eduar
dodosSant
oseLei
te
deCamposdi
scor
dam ent
endendoqueset
rat
adeumav
ocaçãoor
igi
nár
ia
edacondi
dependent ti
oiur
isdoseunasci
ment
o.

Éocasot
ambém det
odosossucessí
vei
snãopr
ior
it
ári
os,
poi
squant
oael
esa
v
ocaçãosóseconcr
eti
zaquandoospr
ior
it
ári
osnãoexi
sti
rem ouporqual
quer
out
rar
azãonãopossam suceder
.

-Av
ocaçãodof
idei
comi
ssár
ioquesóéchamadoapósamor
tedof
iduci
ári
o,
ar
t.2293º
,nº1.

Nest
amodal
i
dadenem t
odosbenef
ici
am domecani
smoder
etr
oacçãodas
v
ocações.Osucessí
velsubsequent
ebenef
ici
anost
ermosdoar
t.2032º
,nº2,
2ªpar
te;
assi
m comoosucessí
velsobcondi
çãosuspensi
vanost
ermosdoar
t.
2242º
.

Osnasci
tur
osconcebi
dosou não e o f
idei
comi
ssár
io,não benef
ici
am do
mecani
smoder
etr
oacçãodasv
ocações.

2.VOCAÇÃOPURA,
CONDI
CIONAL,
ATERMOOUMODAL
Cr
it
éri
o:suj
eiçãoounãodav
ocaçãoaumacl
áusul
aacessór
ia.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Av
ocaçãopur
aconst
it
uiar
egr
a.Av
ocaçãol
egalénecessar
iament
epur
a.A
v
olunt
ári
aéquepodeest
arsuj
eit
aacondi
ção,
ter
mooumodo(
encar
go)
.

Exempl
os:

Test
ament
o,ar
t.2229ºesegui
ntes;t
est
ament
osuj
eit
oàcondi
ção,ar
t.2229º
;
condi
çãonul
a,ar
t.2230º
,2233º
,nº1.Masal
gumascondi
çõessãov
áli
dasnos
t
ermosdosar
t.2233º
,nº2e3,
2234º
,2235ºquer
efer
eacondi
çãoi
mpost
aao
l
egat
ári
odedarpr
efer
ênci
a.

Pr
est
açãodacaução,
art
.2236º
;

Regi
medaadmi
nist
raçãodaher
ançaoul
egadonapendênci
adacondi
ção,ar
t.
2237º
,2239º
.

Quant
oav
ocaçãot
est
ament
ári
aat
ermo:

I
rr
elev
ânci
a,except
oset
rat
ardeum di
rei
tot
empor
ári
o,ar
t.2243º
,nº2.O
pr
ópr
ionº2dopr
ecei
toci
tadot
rásexcepçãodev
ali
dade.Assi
mtambém oar
t.
2243,
nº1,
mesmohav
endot
ermoi
nici
alapost
oànomeação,
nãoobst
aquese
adqui
raodi
rei
todesucedernol
egado.

Vi
det
ambém oar
t.2236º
,nº2–i
mposi
çãodecaução.

Sucessãocont
rat
ual
art
.270º
,279º
,963º
,967º
.

Vocaçãot
est
ament
ári
amodal

Ar
t.2244º-aponi
bil
i
dadedoencar
go.Épossí
vel
apor
,suj
eit
arum encar
go.

Encar
gosnul
os,
art
.2245º
;caução,
art
.2246º
,cumpr
iment
oounãodoencar
go,
ar
t.2247ºe2248º
.

3.VOCAÇÃOÚNI
CA(
UNA)EMÚLTI
PLA
Av
ocaçãoéúni
caouunaquandoosucessoréchamadoasucedernum úni
co

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

t
ít
ulodev
ocaçãoenumaúni
caqual
i
dadesucessór
ia.Ex.um úni
cosobr
inho
quer
est
apar
asuceder
.

Múl
ti
plasef
orchamadoasucederem mai
sdoqueum t
ít
ulodev
ocaçãoouna
dupl
aqual
i
dadedeher
dei
roel
egat
ári
o.

O Pr
ofessorPampl
onaCôr
te-
Realdesi
gnat
ambém dev
ocação múl
ti
pla,a
v
ocaçãoquechamarv
ári
ossucessí
vei
s,oqueoPr
ofessorDuar
tePi
nhei
ro
pr
efer
echamardev
ocaçãoconj
unt
aouconcor
rent
e.

A v
ocação úni
ca é absol
utament
eindi
vi
sív
ele a v
ocação múl
ti
pla só
excepci
onal
ment
eédi
vi
sív
el.

Ex:
múl
ti
pla–Aéf
il
hoúni
coeúni
copar
ent
esobr
evi
vo.Vai
apr
esent
ar-
secomo
her
dei
rol
egi
ti
már
ioel
egí
ti
mo.

Pr
incí
piodai
ndi
vi
si
bil
i
dadedav
ocação

Est
epr
incí
pioét
radi
ci
onal
ment
erel
aci
onadocom amat
éri
adaacei
taçãoou
r
epudi
o,nosent
idodequeum sucessí
velnãopodeacei
tarnem r
epudi
arem
par
teaher
ançaouol
egadoaquef
oichamado,
art
s.2054º
,2060º
,nº2,
2250º
,
2264º
,2055º
.

Por
tant
oaquel
equeéchamadoasucederporum sót
ít
ulodev
ocaçãoenuma
úni
caqual
i
dadesucessór
ia,ouacei
taour
epudi
atot
alment
easucessão–
i
ndi
vi
sibi
l
idadedav
ocaçãouna.Um her
dei
rol
egi
ti
már
ionãoacei
tarmet
adeda
l
egí
ti
masubj
ect
ivaer
epudi
aror
est
o.Quem échamadoasucederem ¼ da
her
ançanãopoder
epudi
armet
adeeacei
taraout
ramet
ade.Ouseacei
tat
udo,
ouser
epudi
atudo.

Mas,
seav
ocaçãof
ormúl
ti
pla,
poder
epudi
arumaeacei
tarout
ra,
dependendo,
cl
aro,
dasv
ocações.

Assi
m,sef
orchamadocomoher
dei
rol
egi
ti
már
ioecomoher
dei
rol
egí
ti
mo,
não
podeacei
tarporum t
ít
uloer
epudi
arpel
oout
ro.

Sef
orchamadocomoher
dei
rol
egalecomoher
dei
rot
est
ament
ári
o,t
ambém

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

nãopodeacei
tarporum t
ít
uloer
epudi
arpel
oout
ro.

Quant
oasucessãocont
rat
ualal
einadadi
zpor
quet
ambém aacei
taçãodo
pact
oacont
eceant
esdamor
te.

Excepções:Ar
ts.2055º
,nº1e2segundapar
te;2250º
,nº1;2306º(
aqui
si
ção
dapar
teacr
esci
da)
.

4.VOCAÇÃODI
RECTAEI
NDI
RECTA
Aquiéocr
it
éri
odapessoaqueser
vecomopont
oder
efer
ênci
a.Est
avocação
dá-
sequandoal
guém échamadoàsucessãouni
cament
eem at
ençãoar
elação
queexi
steent
r eodecuj
esi us.

Ser
áindi
rect
aquandoochamament
otem em consi
der
açãoal
i
gaçãoexi
stent
e
ent
reo sucessí
veleo decuj
us edaposi
ção queseest
abel
eceent
reo
sucessí
velchamadoeum t
ercei
roquenãoent
ranasucessãomasser
vecomo
pont
oder
efer
ênci
adav
ocação.

Ar
egr
aéav
ocaçãodi
rect
a.

Nai
ndi
rect
a,osucessí
veléchamadoaocuparaposi
çãodeout
rosucessí
vel
quenãoqui
sounãopôdeacei
tarasucessão.Oúl
ti
moéchamadopor
quet
em
l
i
gaçãocom oquenãoqui
sounãopodeacei
tar
.

Par
aterl
ugarénecessár
io:

 Queum sucessí
vel
nãoquei
raounãopossaacei
tar
;
 Uma l
i
gação ent
re el
e e o sucessí
vel(
pri
ori
tár
io)
.Por
tant
o,aquio
sucessí
velchamadoi
ndi
rect
ament
eéat
ri
buí
doodi
rei
todesucederque
cabi
aaosucessí
vel
pri
ori
tár
ioquenãoqui
soupôdeacei
tar
.
Av
ocaçãoi
ndi
rect
atem semel
hançacom v
ocaçãosubsequent
e,namedi
daem
queambossucedem quandohouv
erquem nãoquei
raounãopossaacei
tar
.

Ent
ret
ant
o,di
fer
em de al
gum modo por
que na subsequent
e,o chamado
benef
ici
adest
echamament
ouni
cament
eporcausadar
el gaaode
açãoqueol
i
cuj
usenem sempr
eocupaumaposi
çãosucessór
iai
dênt
icaàquecabi
aao

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

out
rosucessí
vel
.

Ex.Amor
reesobr
evi
vem-
lheof
il
hoeopai
.Of
il
hor
epudi
a.Ser
áopai
chamado
l
ogo como sucessí
vell
egalsubsequent
e excl
usi
vament
e pel
a sua l
i
gação
f
ami
l
iarao aut
orda sucessão.É um l
egi
ti
már
io que segui
rá segundo a
pr
ior
idadeconst
ant
enoar
t.2133º
.Seossobr
evi
vent
esf
orem um f
il
hoeum
av
ô,com or
epúdi
odaquel
eest
eser
áchamado,pel
osmesmosf
undament
os
do1ºexempl
o.

Out
roexempl
o:

Sobr
evi
v am aodecui
er usum i
rmão,queéuni
l
ater
al,ut
eri
noeot
io,i
rmãodo
paidodecui
us.Oi
rmãoser
áchamadopr
imei
roeser
epudi
arv
iráot
iocomo
um sucessí
vell
egal
.Masoi
rmãosobr
evi
vonem épar
ent
edot
iot
ambém
sobr
evi
vo.

Pr
essupost
osdasv
ocaçõesi
ndi
rect
as

1ºPr
essupõeum sucessí
velquenãopossaounãoquei
raacei
taraher
ançaou
ol
egado;

2ºQueseencont
renumai
mpossi
bil
i
dadej
urí
dicadeacei
tar
,quecor
respondeo

não poderacei
tar
”,i
sto é,não sobr
evi
veu ao de cuj
us,é i
ncapaz por
i
ndi
gni
dade,
div
órci
ooudeser
dação.

3ºTenhahav
idor
epúdi
o,quecor
respondeo“
nãoquer
eracei
tar
”.

Nav
ocaçãocont
rat
ualéi
mpossí
velj
árepudi
ar,pel
oqueav
ocaçãoi
ndi
rect
a
nãot
em apl
i
cação.

5.VOCAÇÃO I
MEDI
ATA (
adqui
ri
da or
igi
nar
iament
e) E DERI
VADA
(
adqui
ri
daport
ransmi
ssão)
Ai
medi
ataéaquel
aquef
oiadqui
ri
daor
igi
nar
iament
epel
osucessí
vel
.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

A der
ivada é aquel
a que f
oiadqui
ri
da pel
o sucessí
velna sequênci
a do
chamament
oàsucessãodeout
rodecuj
us.Di
fer
edav
ocaçãoi
ndi
rect
apor
que
el
aéadqui
ri
daport
ransl
açãoeai
ndi
rect
aadqui
re-
seor
igi
nar
iament
e.

Av
ocaçãoi
medi
ataéqueénor
mal
.Jáasegunda(
der
ivada)
,decor
reda
t
ransmi
ssãododi
rei
todesuceder
.

Av
ocaçãoder
ivadai
mpl
i
capori
sso:

 Aaber
tur
asucessi
vadeduassucessões;
odosegundodecuj
 Chamament usàpr
imei
rasucessão;
 Mor
tedosegundodecuj
ussem quet
enhaexer
cidoodi
rei
todesuceder
quel
hef
oiat
ri
buí
doquant
oaopr
imei
ro;
 Chamament
o de um t
ercei
ro à segunda sucessão na qual
i
dade de
her
dei
roe,
 Acei
taçãodasegundasucessãopel
oter
cei
roqueomesmof
oichamado
comoher
dei
ro.
Seosegundochamadoacei
t ançado2ºdecuj
araher os,adqui
ret
ambém
t
odasassi
tuaçõesj
urí
dicasdodest
e,i
ncl
usi
ve,oj
usdel
ati
oni
squeo2ºde
cuj
ust
inhanaher
ançado1ºdecuj
us.

Ex: Amorreem 1/05

Cmorreem 02/05

BC/CD CC/CF

Bmorreem 01/04

E G H

Aber
taasucessãodeAhav
erádi
rei
toder
epr
esent
açãodaest
ir
pedeB.Nest
e
casooEser
áchamadopordi
rei
toder
epr
esent
açãodoseuascendent
eBque
nãosobr
evi
veuaodecuj
usA.

Mas,dol
adodaest
ir
peC,que,nãoobst
ant
etersobr
evi
vi
do,mor
reusem t
er

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

exer
cidooseudi
rei
toder
epudi
arouacei
taraher
ança.Nest
ecasoosseus
descendent
es(
G,H)ser
ãochamadosàsucessãodeCeaomesmot
empov
ão
adqui
ri
rodi
rei
todesucederqueper
tenci
aaoC em r
elaçãoaA.Maspar
a
adqui
rem est
edi
rei
toépr
eci
sopr
eencher
em osr
equi
sit
osexi
gidospar
ao
ef
eit
o.

6.VOCAÇÃOCOMUM EANÓMALA
Av
ocaçãocomum éav
ocaçãonor
mal
.Éav
ocaçãoor
igi
nár
ia,pur
a,di
rect
ae
i
medi
ata.Por
tant
oadqui
ri
dademodonãot
ransl
ati
vo.

Av
ocaçãoanómal
aéaquel
aquedesv
iador
efer
idopadr
ãodenor
mal
i
dade.

A pr
opósi
todev
ocaçõesanómal
as,éusualeopor
tunof
azerum per
cur
so
sobr
eoscasosmai
sexempl
i
ficat
ivosdav
ocaçãoanómal
a:

 Tr
ansmi
ssãododi
rei
todesuceder
 Vocaçõesi
ndi
rect
as
 Subst
it
uiçãof
idei
comi
ssár
ia

ATr
ansmi
ssãododi
rei
todesuceder

Noção,
art
º2058ºC.
C……….
.

Chamament
odeumat
ercei
rapessoaàsegundasucessãonaqual
i
dadede
her
dei
ro(
podeserum her
dei
rol
egal
,cont
rat
ualou t
est
ament
ári
o).O que
si
gni
fi
canãocomol
egat
ári
o.

5-
Acei
taçaoda2ªsucessãopel
oter
cei
roqueàmesmaf
oichamadocomo
her
dei
ro.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Capaci
dadedoTr
ansmi
ssár
io

Ot
ransmi
ssár
ioadqui
reodi
rei
todesucederr
elat
ivoàsucessãodo1ºdecui
usi
,
at
rav
ésdaher
ançadot
ransmi
tent
e.Si
gni
fi
caent
ãoquet
em det
ercapaci
dade
sucessór
iar
elat
ivament
eaest
e.Sef
ori
ndi
gnooudeser
dadoj
ánãopoder
á
ecebernadado2ºdecuj
r usmui
tomenosher
darodi
rei
todesucederqueest
a
t
inhaadqui
ri
doem r
elaçãoao1ºdecui
us.

Mast
ambém énecessár
ioquesej
acapazem r
elaçãoao1ºdecui
ussenão,
est
ar-
se-
áaper
mit
irum i
ndi
gnor
eceber
/her
darpori
nter
médi
odeout
rapessoa.
Est
aét
ambém aposi
çãodadout
ri
namai
ori
tár
ia.

Énest
acapaci
dadequesev
êadi
fer
ençacom odi
rei
toder
epr
esent
ação,poi
s
nest
eosdescendent
espodem r
epr
esent
arosseusascendent
esmesmoque
sej
am i
ncapazesem r
elaçãoael
esout
enhar
epudi
adoasucessãodest
es.

EFEI
TOSDETRANSMI
SSÃODEDI
REI
TODESUCEDER

 Ot
ransmi
ssár
ioadqui
reodi
rei
todesucederquecabi
aaot
ransmi
tent
e
nasucessãodo1ºdecui
us;
 El
epodeacei
tarour
epudi
araher
ançado1º
cui
usnosmenosmodos
queot
ransmi
tent
e;
 Passaabenef
ici
ardosmesmosdi
rei
t am ao2ºdecui
osquecabi usou
t
ransmi
tent
e.Ex:
odi
rei
todeacr
escer
.
 Fi
cat
ambém v
incul
adoàsmesmasobr
igaçõesquer
ecai
am sobr
eo2º
decui
us.Ex:obr
igaçãodecol
ação.
 Ot
ransmi
ssár
iobenef
ici
adeumadupl
avocação:
Ori
ginár
iaeder
ivada.
-
Ori
ginár
ia,
queadqui
rudo2ºdecui
i us.

-
Der
ivada,
queadqui
rudo1ºdecui
i us.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Pode:

arasucessãodo1ºdecui
Repudi useacei
tarodo2º(
art
.2058º
/2)
.OEst
adoj
á
nãopoder
áfazeri
sso,
art
.2154º
.

Háquem ent
enda(
Pampl
onaCôr
te-
Real
)quei
ssoéumaexcepçãoaopr
incí
pio
dai
ndi
vi
sibi
l
idadedav
ocação.Masnãopar
eceser
,por
queot
ransmi
ssár
io
acei
t ançado2ºdecuj
ouaher us;apenasr
epudi
ouado1º
.Est
áapenasa
exer
cerum di
rei
toquej
áadqui
ri
u.Funci
onandocomoexcepçãopodeadmi
ti
r-
se.Mas,em obedi
ênci
aaopr
incí
piodai
ndi
vi
sibi
l
idadedav
ocação,nãol
he
dev
eri
aserl
í
cit
oacei
t ançado2ºdecuj
araher usquei uioj
ncl usdel
ati
oni
se
poderr aràdo1ºdecuj
epudi us.

ASVOCAÇÕESI
NDI
RECTAS

Asv
ocaçõesi
ndi
rect
assão:

 ASubst
it
uiçãoDi
rect
a
 ODi
rei
toder
epr
esent
ação
 ODi
rei
todeacr
escer

SUBSTI
TUI
ÇÃODI
RECTA

(
vul
garoucomum)

Noção:
art
º2281º
.

Anoçãodoar
t.
º2281ºéi
ncompl
etanamedi
daem quenãoabr
angeopact
o
sucessór
ioondet
ambém épossí
vel
afi
gur
a.

Assi
m,oPr
ofessorDuar
tePi
nhei
ropr
opõeanoçãocomo:i
ndi
caçãof
eit
apel
o
decui
us,port
est
ament
ooupact
osucessór
io,deal
guém (
osubst
it
uto)quese
subst
it
uaaum sucessí
velpr
ior
it
ári
odesi
gnado(
osubst
it
uído)par
aocasode

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

est
enãopoderounãoquer
eracei
taraher
ançaoul
egado.

Épr
eci
soqueoaut
ordasucessãot
enhadi
toi
stocl
arament
eequeosubst
it
uto
t
enhasobr
evi
vi
doaosubst
it
uído.

Épr
eci
soqueadesi
gnaçãodosubst
it
uídosej
avál
i
da.Poi
s,casocont
rár
io,a
suai
nval
i
dadeaf
ect
aráasubst
it
uiçãodi
rect
a.

MODALI
DADES

Asubst
it
uiçãodi
rect
apodeser
:

 Si
ngul
aroupl
ural
,ar
t.2282º
.Ési
ngul
arquandoháapenasum subst
it
uto
eum subst
it
uído;
 Recí
procaounão,ar
t.2283º
,228º
,nº2.É pr
eci
so queo aut
orda
sucessãoest
ipul
eest
asi
tuação.
 Subst
it
uiçãoem um gr
auousucessi
va(
em mai
sdeum gr
au)
.Ex:A
mor
reedei
xaaB½ daher
ança.Nomesmot
est
ament
odet
ermi
naque
seBf
alecerant
esdaaber
tur
adasucessão,aquel
e½ caber
áaCese
est
eját
ivermor
ri
doquepassepar
aoD.B eD,sãosubst
it
uídoe
subst
it
uto,
respect
ivament
e.Assi
m comoDeC.

Ef
eit
os:

Ossubst
it
utossucedem nosdi
rei
toseobr
igaçõesem quesuceder
iam os
subst
it
uídos,
sal
voseodecuj
ust
iverdi
spost
oacont
rár
io,
art
.2248º
.

A subst
it
uição di
rect
a pr
oduzef
eit
os na sucessão v
olunt
ari
a(t
est
ament
o,
cont
rat
o,ar
t.1703º
,nº2)
,pr
eval
ecendosobr
eoacr
escer
,ar
t.2304º
,eodi
rei
to
der
epr
esent
ação,
art
.2041º
.

Odecuj
usnãopodef
azersubst
it
uiçãodi
rect
anaher
ançal
egi
ti
már
ia.Háquem
ent
endaquepode,nocasodesobr
evi
verum úni
coher
dei
rol
egi
ti
már
ioque
r
epudi
a.Temospar
anósqueaquij
ánãoest
aremosper
ant
eumaher
ança

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

l
egi
ti
már
iamassi
m dedi
sponi
bil
i
dadet
otal
det
odaaher
ança.

Noent
ant
o,podenaher
ançal
egí
ti
madi
sporem t
est
ament
oque,casoum
det
ermi
nadosucessí
vel(
subst
it
uído)nãoqui
serounãopoderr
eceberquea
her
ançasej
aent
reaum ami
go (
subst
it
uto)
.Ist
o épossí
velpor
quedest
a
por
çãodeher
ançapodedi
spor
.

No f
undo,o quef
azéumai
nst
it
uição do “
subst
it
uto”como seuher
dei
ro
t
est
ament
ári
osobumacondi
çãosuspensi
va:ar
esol
uçãoounãodav
ocação
dosubst
it
uído.Asubst
it
uiçãodi
rect
aépori
ssoumav
ocaçãoi
ndi
rect
a.Poi
s,o
subst
it
utoéchamadoem consi
der gaçãoqueodecuj
açãodal
i usest
abel
ece
negoci
alment
eent
reosubst
it
utoeosubst
it
uídoquenãochegaaent
rarna
sucessão.

ODI
REI
TODEREPRESENTAÇÃO–ar
t.2039º

Noção–ar
t.2039º

O di
rei
to der
epr
esent
ação const
it
uisem dúv
idaumav
ocação i
ndi
rect
a:o
sucessí
velque v
em r
epr aré chamado à sucessão do de cuj
esent us em
consi
der
açãodasual
i
gaçãof
ami
l
iarnal
i
nhar
ect
acom aquel
equenãoqui
sou
nãopôder
eceberaher
ança.Pori
ssov
em ocuparexact
ament
eol
ugaroua
posi
ção sucessór
ia do r
epr
esent
ado. Os benef
ici
ári
os de di
rei
to de
r
epr
esent
açãosãoexcl
usi
vament
eosdescendest
esdaquel
equenãoqui
sou
pôder
eceberaher
ança,
par
ent
esconal
i
nhar
ect
a.

O di
rei
to de r
epr
esent
ação t
em l
ugarem t
odas as sucessões (
legai
se
cont
rat
uai
s):

Na sucessão l
egal
: obser
va- es do de cuj
se com os descendent us,
descendent
esdoi
rmãoedescendent
esdoadopt
ador
est
ri
to.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Nasucessãot
est
ament
ári
a,sódei
xadef
unci
onarseoaut
ordot
est
ament
oo
af
ast
arcom oaf
igur
adesubst
it
uiçãodi
rect
a,i
stoét
aci
tament
e,oudef
orma
expr
essademonst
raressai
ntenção.

Mas,par
aseobser
varnasucessãocont
rat
ual
,osr
equi
sit
ossãoespecí
fi
cos,
nost
ermosdoar
t.1703º
,nº2:

 Tem deserum pact


osucessór
iof
eit
oporum t
ercei
roaf
avordeum dos
esponsai
s(naconv
ençãoant
enupci
al)
;
 Odonat
ári
onãot
eráquesobr
evi
veraodoador(
aut
ordopact
o);
 Osbenef
ici
ári
ossãouni
cament
eosdescendent
esdocasament
oaque
r
espei
ta(
descendent
escomuns)
.Enãodeout
roscasos.Mai
sumav
ez
A posi
ção j
ust
if
ica-
se pel
o pr
incí
pio do f
avor mat
ri
moni
i que l
evaa
admi
ssi
bil
i
dadeexcepci
onal
dest
espact
os.

ODi
rei
todeAcr
escer–ar
t.2301º

Noçao,
art
.2301º

Ét
ambém umav
ocaçãoi
ndi
rect
a.

Ver
if
ica-
se na sucessão l
egal
,ar
t.2137º
,nº 2,2157º e na sucessão
t
est
ament
ári
a,ar
t.2301º
.

Pr
essupost
os

Ver
if
ica-
senassegui
ntessi
tuações:

 Desi
gnaçãodev
ári
ossucessí
vei
spar
asuceder
em em par
tesi
guai
sou
não.Oacr
escerr
espei
tar
áaquot
adecada;
 I
mpossi
bil
i
dadej
urí
dicadeacei
taçãoour
epúdi
oporsucessí
vel
.Aqui
nãosepodeengl
obaranãosobr
evi
vênci
a,por
quenest
ecaso,nem se
querhav
eráacr
escer
.A her
ançaser
árepar
ti
daem par
tessegundoo

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

númer
odossobr
evi
vent
es;
 Mesmohav
endocasosdei
ndi
gni
dadeoudeser
dação;
 Naf
alt
adedi
rei
toder
epr
esent
ação;
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nst
it
uiçãodev
ári
osher
dei
rosnumaquot
aoul
egat
ári
os
numacoi
sacer
ta;
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alt
adeumav
ont
adecont
rár
iadot
est
ador(
ex.subst
it
uiçãodi
rect
a);
 Quesev
eri
fi
quenomesmot
ít
ulo.Hav
endov
ári
ost
ít
ulos,
funci
onar
áem
cadat
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ulo.Nãohav
eráacr
escerdet
est
ament
ári
oaf
avordeher
dei
ro
l
egí
ti
mo;
 Exi
stênci
adel
egadosquenãot
enham “
nat
urezapur
ament
epessoal
”.

O di
rei
todeacr
escert
ambém nost
rásum si
tuaçãoquet
em quev
ercom a
acei
taçãoounãodoacr
escerdapar
teoner
adocom um encar
go.Di
zoar
t.
2306ºqueaaqui
siçãodapar
teacr
esci
daéaut
omát
ica,nãonecessi
tandoo
benef
ici
ári
odaacr
escerdepr
onunci
ar.Mas,
omesmor
essal
vaocasodapar
te
aacr
escerest
iveroner
adodeum encar
go.Nest
ecaso,
obenef
ici
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ododi
rei
to
deacr
escert
eráopr
ivi
l
égi
odepr
onunci
arseacei
taquel
heacr
esçaapar
teque
possui
oencar
goounão.

Ex:Af
azt
est
ament
oaf
avordeBeCem par
tesi
guai
s.MasaoBoner
acom o
encar
godepagaral
i
ment
osour
endav
ital
í
ciaaoY.Aber
taasucessão,
Cacei
ta
aher
ança,mas,Bquef
icaasaberquepossui
roencar
godepagarumar
enda
v
ital
í
ciaoual
i
ment
osaY,
repudi
aasuapar
te.

Senãohouv
esseoencar
gooacr
escerser
iadi
rect
o,aut
omát
ico.Mascomo
possuiencar
go,C ser
áchamadopar
apr
onunci
arseacei
taoacr
escer
.Se
acei
tar
,acei
tat
ambém oencar
go.

Ser
epudi
arapar
tequepossuioencar
go,oY,benef
ici
ári
odoencar
go,ser
á
chamadopar
apr
onunci
arseacei
taounãoapar
tequecabi
aaB.Seacei
tar
,
t
omaaqual
i
dadedeher
dei
rot
est
ament
ári
o.Tomaaposi
çãodeB.masse
r
epudi
ar,
otest
ament
ocaducaar
rast
andoor
espect
ivoencar
go.

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

Hi
erar
qui
adasv
ocaçõesi
ndi
rect
as:

Tr
atando-
sedequot
aindi
sponí
vel
,odi
rei
toder
epr
esent
açãopr
eval
ecesobr
eo
acr
escer
,ar
ts.2137º
,2138º
,2157º
.

Em sededaquot
adi
sponí
vel
ahi
erar
qui
aéasegui
nte:

1ºSubst
it
uiçãodi
rect
a,ar
ts.2041,
nº2al
a),
2304º
.

2ºDi
rei
toder
epr
esent
ação,
art
.2304º
.

3ºDi
rei
todeacr
escer
,ar
t.2304º
.

Asubst
it
uiçãof
idei
comi
ssár
ia,
art
.2286º

Noção,
art
.2286º…….

Não obst
ant
e a noção se r
efer
ir apenas ao her
dei
ro,a subst
it
uição
f
idei
comi
ssár
iat
ambém podesev
eri
fi
carnosl
egadosepact
ossucessór
ios,
ar
ts.2296ºe1700º
,nº2,
respect
ivament
e.

Modal
idade,
art
s2287º
,2289º

Asubst
it
uiçãof
idei
comi
ssár
iapodeser
:

 Si
ngul
ar
 Par
cial
 Deum gr
au
 Sucessi
va(
vár
iosgr
aus)

Of
iduci
ári
o

46
Li
çõesdoDi
rei
todaFamí
li
aedasSucessões Manuel
aM

 Av
ocaçãodof
iduci
ári
oconcr
eti
za-
senomoment
odamor
tedoaut
orda
subst
it
uiçãof
idei
comi
ssár
ia.Umav
ocaçãoat
ermoi
ncer
to;
 Asuav
ocaçãoéoner
ada(
conser
varosbensquei
rãor
everpar
aout
ra
pessoacom asuamor
te)
;ar
ts2286º
,2290º
;
 Éum pr
opr
iet
ári
otempor
ári
o,ar
t.2293,
nº2;

Of
idei
comi
ssár
io

 Av
ocaçãodof
idei
comi
ssár
ioconcr
eti
za-
secom amor
tedof
iduci
ári
o,
ar
t.2293º
;
 Éumav
ocaçãosobcondi
çãosuspensi
va(
amor
tedof
iduci
ári
oem v
ida
dof
idei
comi
ssár
io)
;enquant
onãosev
eri
fi
caracondi
çãonãodi
spordo
bem em causa,
art
.2294º
.Excepção,
art
s.2291º
,2295º
,nº3;
 Éumav
ocaçãosubsequent
eàdof
iduci
ári
oquenãor
etr
oageàdat
ada
mor
tedoaut
ordasubst
it
uiçãof
idei
comi
ssár
ia;
 Éum pr
opr
iet
ári
odef
ini
ti
vo.Di
fer
ent
ement
edof
iduci
ári
o.

46

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