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FONTESDODI

REI
TO

Noçãodaf
ont
edoDi
rei
to

Em senti
dotécnico-j
urí
dicofont
esdoDi
rei
tosãomodosdefor
maçãoerevel
açãodas
normasjurí
dicas.Font
esépoi sumamani
fest
açãoouf
act
osoci
alquet
em osenti
dode
conterumanor majurí
dica.

No ordenament
ojurí
dicomoçambi
canosãof
ont
esdedi
rei
to aLei
,o Cost
ume,a
Doutr
inaeaJuri
spr
udência.

Dout
ri
nacomof
ont
edoDi
rei
to

Tradici
onal mente,aoenunciarasfontesdodireit
o,i
nclui
-seadoutrina.Adoutri
nasão
as opiniões ou par ecer
es dos j
uri
sconsul
tos (especi
alist
as em Di rei
to)sobrea
i
nterpretação ou i ntegr
ação do di r
eit
o. Encontram-
se em t ratados, manuai
s,
monogr afias,anotaçõeseoutrosescr
itos.Aopini
ãodoutrinár
iar
espeitasempreauma
questãodeDi r
eit
oouàr el
açãoentr
eel aeumaquest ãodef acto,enuncaàmer a
questãodef act
o.

Asuarel
evânci
atem v
ari
adoaolongodostempos.Hojenãoér
econheci
dapel
aLei
comoumaformadecri
açãodi
rect
aeimedi
atadodi
rei
to.

Éumaf ont
emedi at
adeDi r
eito,nãovi
nculaostr
ibunai
s,t
odavia,
nãodev emosignorara
sua infl
uencia,a que se liga auct
ori
tas (
o sabersocialmenter econheci
do)dos
j
uri
sconsultos.Não se pode esquecero not ávelcontri
buto dos mesmos par aa
moder ni
zaçãododi rei
toatravésdesugestõesouat rav
ésdapar t
ici
paçãodirect
ana
fei
tur
adasl eisecódigos.

Aj
uri
spr
udênci
a

Asdeci sõesdost r
ibunaisesgot
am- senoscasossubi udi
ce.Nãov i
ncul
am osout ros
tri
bunaisem futur
osjulgadosdecasosdemesmot i
po;porisso,ajur
ispr
udêncianãoé
fontedo di r
eit
o,como o énospaí sesda CommonLaw,ondev i
gor
aar egr
ado
precedente.Nãoignoramosoest atuídonaConsti
tuiçãodaRepubl i
cadeMoçambi que
(CRM)et ambém nãoi gnoramosadi mensãocri
ador adai nter
vençãodost ri
bunais
específ
icoscomooTr i
bunalSupremoeoConsel hoConstit
ucional.

Ali
ás,nost ermosdodi spostonoar .2CC,“
t noscasosdeclaradosnal ei,podem os
tr
ibunaisf ixar,pormei o de assento,doutri
na com for
ça obr i
gatór
ia ger al
”.Na
i
nterpretaçãodev e-
seent enderqueol egi
sladorquandoser efer
eaot ribunal,nest
e
caso,est áaser ef
eri
rem excl usi
vooTr i
bunalSupremoquet em compet ênciapar
a
produzirassento.
Noentanto,nãosãoactosl
egi
slat
ivos,
poi sest
etri
bunal(i
ncl
ui-
set
ambém oConsel
ho
Consti
tuci
onal)nãogozadamesmal i
berdadedei ni
ciat
ivaedamesmaliber
dadede
acçãoqueosór gãosdot
adosdecompet ênci
alegi
slat
iva.

OCost
ume

Ocost
umepodeserdef ini
docomoumapr át
icasoci
alr
eit
eradaecom umaconv
icção
deobr
igat
ori
edade.Daquir
eti
ramosdoi
sel
ementos:

 Cor
pus(
Uso)
:condut
asoci
algener
ali
zadaeuni
for
mecom cer
tadur
ação;
 Animus:convicçãodequeseest
áaobedecerumanor
maj
urí
di opi
ca( nioi
uri
s
velnecessi
tat
is)

Issosignifi
caqueomer ouso,sóporsi
,nãoésufici
ent
eparadef
inirocostume.Pode
exist
irusosem queesseusosejur
idi
fi
queecriedi
rei
to.
Tendoem cont aaimport
ânciadal
einahier
arqui
adasfont
esdedireit
o,ur
geaanali
sar
asuar elaçãocom ocost
ume:

 SECUNDUM LEGEM –ocost


umecoi
nci
decom al
ei.Asduasf
ont
esi
nter
pret
am-
seumapelaout ra,demodoapoder
-seaf
ir
marqueháumasór egracom
pl
ural
i
dadedetít
ulos.
 PRAETERLEGEM –oCostumenãocont
rar
iaal
ei,masv
aial
ém del
a.Tem por
obj
ect
omatéri
aqueal
einãoregul
a.
 CONTRALEGEM –ocost
umeel
eiest
ãoem cont
radi
ção.

ALei

ALei ocupaopr i
mei r
olugarem todoenunciadomodernodeFontedoDi r
eit
o.Ono1do
art.1 do CC di spõe que “são fontes i
mediat
as do di
rei
to as l
eis e as nor
mas
corporat
ivas”
O CC av ança uma def i
nição:“Consider
am-seleistodasasdi sposi
çõesgenéricas
provi
ndasdosór gãoscompet ent
e”(no2doar t
.1CC).
Pressupostosdal ei

1.Umaautori
dadecompetent
epar
aest
abel
ecercr
it
éri
osnor
mat
ivosdesol
ução
par
acasosconcr
etos;

2.Aobser
vânci
adasf
ormasev
ent
ual
ment
eest
abel
eci
daspar
aessaact
ivi
dade;

3.O sent
ido dealt
erara or
dem j
urí
dica da comuni
dadepel
aint
rodução dum
pr
eceit
ogenéri
co.

Concei
todaLei
Segundoopr of
essorOli
vei
radeAscensão,Leiéum t
extoouformulassigni
fi
cati
vosde
umaoumai snormasemanado,com obser vânci
adasf or
masestabeleci
das,deuma
autor
idade competent
e para paut
arcr i
tér
ios j
urí
dicos de sol
ução de sit
uações
concret
as.

Hojeem di
a,aforacasosdemát écnicalegisl
ati
va,
cadadipl
omal egaléunit
ári
oquanto
aoseuconteúdo:tratadeumamat ér
iasó, mesmoquemui tovast
a.
Aslei
sdivi
dem- senormalment
eem ar t
igos.Masosar ti
gossãoindependentesent
resi
,
podendoperdervigênci
aunsepermanecer em osoutr
os.

Lei
smat
eri
aisef
ormai
s

Em senti
domat eri
aléaquecor respondeànoçãoquedemosant eri
ormente.
Leiem sent
idof ormal éaquelaqueser evest
edasformasdestinadasporexcel
ênciaao
exercí
ciodaf unçãol egi
slat
ivadoEst ado.Assim,ter
iam essaformaant esdemai sas
l
eisconstit
uci onais,eent r
easl ei
s( em sent
ido mater
ial
)or di
nári
os,as“ l
eis”das
camaraslegislati
vaseosdecr etos-l
eis.Também sefalaem lei
sformaisousolenes.

A Leiem sent ido f


ormalassent a numa for
na especialpredeter
minada par
ao
estabel
eci
mentodasr egras.Sendoassim,ésempr epossív
elqueessaf or
maseja
uti
li
zadamesmoquandonãohácr iaçãodumaregrajur
ídi
ca:sóaleiem sent
idofor
mal.
Inv
ersamente,háapossibil
i
dadedehav erl
eisem senti
domat er
ialquenãosejam l
eis
em senti
doformal.

Em sínt
ese:hál
eisem senti
domater
ialquenãosãol
eisem senti
dof
ormal.Hálei
sem
sent
idof or
malquenãosãol ei
sem sent i
domater
ial
;hál ei
ssimult
aneamenteem
sent
idoformaleem sent
idomater
ial
.

Hi
erar
qui
adasLei
s

Em t
odososEstados,aslei
sapresent
am umahier
arqui
a(umaordem dei
mport
ânci
a),
naqualasdemenorgr audevem obedeceràsdemaiorgr
au.Ei
sahierar
qui
adaslei
s
em Moçambi
que:

a)LeiConsti
tuci
onal –Leifundament
al doEst adoquef i
xaosgr andespri
ncípi
osda
organi
zação pol i
ti
ca e da ordem j urí
dica ger al
,e os di r
eit
os e dev er
es
fundamentais dos ci
dadãos,incl
uindo os r espeit
antes a revi
são da própri
a
consti
tui
çãoeael aboraçãodasLeisOr di
nár i
asdení veli
nfr
aconstit
uci
onal.

b)LeiOrdi
nár
ia-Al
eior
dinári
aéum act
onormat
ivopri
már i
oecont ém,em r
egra,
normasgerai
seabst
ratas.Embor
aaslei
ssej
am defi
nidas,nor
malmente,pel
a
general
idadeeabst r
acção("leimat
eri
al"
),est
ascontêm,nãoraramente,normas
si
ngulares("l
eifor
mal "ou"actonormati
vodeef ei
tosconcr
etos")
.Estasitua-
se
hi
erarquicament
eabai xodosact osconstit
uint
eser ev
isãoconsti
tuci
onal,não
podendo cont r
ariar as l eis const
it
ucionai
s, de contrár
io, sofrem de
i
nconstituci
onal
i
dade.( cf
.ar
t.181CRM)

c)Decr
eto-l
ei-éum decr etocom forçadel ei,queprovém doPoderExecut ivo,
pr
evi
stonossistemaslegisl
ati
vo(art.
210ºCRM) .Osdecretos-
leipodem apl
icar-
seàordem económica,fi
scal
,soci
al,ter
ri
tor
ialedesegurança,com legi
ti
midade
ef
ecti
vadeumanor maadmi ni
str
ativaepoderdeleidesdeasuaedi ção,sanção
epubl
icaçãonoBoleti
m daRepública.

d)Decret
o-éumadascat egori
asdel eiordinári
adaOr dem Jur
ídicapr
evi
stano
or
denamentoj
urí
dicomoçambicano.Est epoder esul
tardosactosjur
ídi
cosdo
Presi
dent
edaRepúbli
ca(decr
etopresidencial
,noster
mosdoar t
.158CRM)ou
mesmodecret
odoConselhodeMinistros(art.
210CRM) .

e)Resoluções-sãoact osadmi ni
str
ativ
oscom nor masquepar tem deaut oridade
super i
ores,mas não do chefe do executi
v o,atrav
és das quai
s discipli
nam
mat éri
adesuacompet ênci
aespecífi
ca.Asr esol
uçõesnãopodem cont rari
aros
regulament oseosr egi
mentos,masexpl icá-l
os.Resolução do Conselho de
Ministros-Resoluçãoéumanor maj urí
dicadestinadaadisci
pli
narassunt osdo
i
nteressei nter
nodoConselhodeMi ni
str
os.

f
) Despacho-Nosi st
emajur
ídi
comoçambicano,sãodi
plomasquetêm apenas
comodestinat
ári
oossubordi
nadosdeum Mi ni
str
oouMi ni
str
ossi
gnat
ári
ose
val
em uni
camentedent
rodoMini
stér
ior
espect
ivo.

g)Post
ura-Nosi stemajur
ídicomoçambicano,asposturasocupam ol
ugarmais
bai
xodahi erar
quiadasleisesãor egulamentoslocais,pr
ovi
ndosdecorpos
admini
str
ati
voscompetentes,comoascâmar asmunici
pais.

Pr
ocessodef
eit
uradasl
eis
Opr
ocessodef
ormaçãodasLei
snaAssembl
eiadaRepúbl
i
ca

1ªFase:
apr
esent
açãodapr
opost
aoudopr
oject
oLei

Quandoéfei
topelosdeputados(
ouBancadaparlament
ar)oupel
ogrupodecidadãos
denomi
na-
se Proj
ecto de Lei
;quando pr
ovem do Consel
ho de Mi
nist
ro(
Gov er
no)
chama-
sePropost
adeLei.

2ªFase:
discussãoeapr
ovação

Nestafasepodeserapr esent
adapr
opostadealter
ação bem ai
ndaav
otação na
gener
ali
dade,
especi
ali
dadeeporfi
m,v
otaçãof
inal
global
.

3ªFase–pr
omulgação
ÉoactodoPresi
dent
edaRepúbl
i
caem quesedecl
araquedet
ermi
nadodi
plomapassa
aval
ercomoLei.

 OPRexer
ceocont
rol
ojur
ídi
cof
ormal
dosact
osl
egi
slat
ivos;

 OPRt
em opoderdev
eto;

 Af
alt
adepr
omul
gaçãoi
mpl
i
cai
nexi
stênci
ajur
ídi
ca

4ªFase–Publ
i
cação

 ALei
épubl
i
cadanoj
ornal
ofi
cial
,oBol
eti
m daRepúbl
i
ca;

 Sóapar
ti
rdapubl
i
caçãoaLei
tem exi
stênci
ajur
ídi
ca;

 APubli
cidadepermit
econhecerasl
eis.Efeit
osjur
ídi
cos:ef
icáci
ajur
ídi
cadaLei,
al
eiquedev aserpubl
icadanoBRsóset ornaobri
gat
óri
acom essapubli
cação

5ªFase–ent
radaem v
igor

Vacati
ol egis(ar.
5ºdoCC)éot empoquedecor reent
reapubli
caçãoeavi
gênci
adaLei.
SegundoaLeino6/ 2003,de18deAbr i
l,ot empodeVacat i
oLegiséde15di as.
Todavia,estepr azopode,em det
erminadacircunst
anciasseral
ter
adoat
endendoas
necessidadesi mediat
as.
Podeol egisladorchegarat
éàsupressãototal
daVacatio:

a)Porinadi
ávelurgênci
a.Pensa-
seem pr
ovi
dênci
adeemer
gênci
aem casode
cat
ástrof
epúbli
ca;
b)Par
aev
itaropr
ejuí
zoouf
rust
raçãodosobj
ect
ivosdal
ei.

Víci
osdaLei
Nabasedaf ormaçãodal eiest
áum act
ojur
ídi
co,pori
sso,al
eiest
ásuj
eit
aas
defi
ciênci
asqueoati
njam.

Al ei
podeser:
Inexi
stente–Af altadepr
omul
gaçãooudeassi
nat
urapeloPr
esi
dent
edaRepúbl
i
cade
actosnor mati
vos,oumesmodedecr et
ossem caráct
ernor
mati
vo,det
ermi
naasua
i
nexistênci
ajurí
dica.

Inval
i
dade– A l eiéem pr incípi
oinváli
da,sempr equef ordesr espeitadaumar egr
a
sobreaproduçãojurí
dica.Em geral,
podedi st
ingui
r-
sedent r
odai nv al
i
dadeanul idadee
aanulabi
l
idade.Al eiénulaéporsii napl
icável
;aleianulávelaplicar
-se-á,enquantoo
órgãoouosór gãoscompet entesnãot omarem aini
ciat
ivadasuaanul ação.

Assi
m,ai nconst
ituci
onali
dadedal eipar
ecedeverserconsider
adacausadenuli
dade,
não obstante exist
ir um pr ocesso par
ti
cul
ar para o f i
m de declar
ação da
i
nconst
it
ucionali
dade.Aanul abi
li
dade,emborateori
camenteconcret
izáv
elaquicomo
noquerespeit
aaosact osjur
ídi
cosem geral
,éderaraver
ifi
cação.

I
nefi
cáci
a-vár
iosmoti
v ospodem t
ornarumal
eii
nef
icaz.Omai
simpor
tant
eéaf
alt
ade
publ
i
caçãonoBolet
im daRepúbl
ica.

Modosdecessaçãodav
igênci
adasl
eis

Aciênciajurí
dicaapresent
a-nosasseguint
esmodali
dadesdecessaçãodavigênci
ada
l
ei
a)Caducidade-Ocor r
equandoal eitem vi
gênci
atemporár
iaesev eri
fi
caof act
ode
queelaprópriapr evêdei
xardevigor
ar(decur
sodoprazo)oudesapareceuareali
dade
quevisadisci
plinar.

b)Rev
ogação–aLei
dei
xadev
igor
arporef
eit
odeout
raLei
.Est
apodeser
:

 Rev
ogaçãoexpr
essa–Al
ei(
rev
ogat
óri
a)decl
araqueaout
ral
eidei
xadev
igor
ar;

 Revogaçãot
áci
ta– quandoháincompat
ibi
l
idadeent
reasdi sposi
çõesdal ei
ant
igaenova;ouanov aleir
egul
atodamat ér
iadaant
eri
or.Aespecifi
cação
dumal
eij
ust
if
icaopr
incí
piodequeal
eiger
alnãor
evogaal
eiespeci
al.

 Gl
obal(ab-
rogante)–Al einov
adisci
pli
naum i
nsti
tut
ojur
ídi
coouum r
amode
di
rei
to;
easant i
gasdisposi
çõesdei
xam devi
gor
ar.

 Par
cial
(der
rogação)–al
einov
aapenassubst
it
uipar
cial
ment
eal
eiant
iga.

c)Costume ContraLegem – éaobser vânciageneral


i
zadaeuni f
ormecom cer t
a
dur
ação,dedeterminadopadrãodecondutacom convi
cçãodecontr
ari
arumal ei
.No
ent
anto,onossocódigoci
viladmi
teacaducidadeerev
ogaçãoeafast
aexpressament
e
umeCont
ocost raLegem.

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