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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROCESSO DE CONHECIMENTO
7. Fase Probatória / Instrutória
7.3. Meios Típicos/Espécies de Prova
PROCESSO DE CONHECIMENTO
II- Depoimento Pessoal (Arts. 385 a 388, do CPC): As partes podem ser ouvidas em juízo através de dois mecanismos:
A) Interrogatório Judicial/Livre (arts. 139, VIII e 385, parte final, do CPC): é aquele que o juiz pode determinar de
ofício, a qualquer tempo, para esclarecimento dos fatos; nele, não há pena de confissão;
B) Depoimento Pessoal Propriamente Dito: é o meio de prova pelo qual uma das partes requer o depoimento em
audiência de instrução da outra, com a finalidade de obter a sua confissão.
I – A parte será intimada pessoalmente (pode ser por carta com AR, mas deve ser pessoal), com advertência de que
o não comparecimento ou a recusa injustificada em responder implicam na pena de confissão. – Não esquecer que
a parte tem o dever de colaboração e que o silêncio pode ser considerado confissão ficta;
II – Direito ao Silêncio/Regras de Privilégio: A parte não é obrigada a depor sobre os seguintes fatos:
a) Fatos torpes ou criminosos que lhe são imputados. – Aqui, há semelhança com o Direito Penal –> ninguém é
obrigado a se incriminar;
b) Fato que se deva guardar sigilo por conta da profissão;
c) Fatos que possam acarretar desonra à parte ou algum familiar;
d) Fato que coloque o depoente ou seus familiares em perigo de vida.
Nesses casos é possível haver recusa em depor. Pelo CPC, as escusas não são aplicáveis nas ações de Estado e de
família (exceto a letra a, sobre fato criminoso).
EXTENSIVO REGULAR
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
B) Minoritária: Admite-se, desde que o Procurador tenha poderes para confessar e conhecimento sobre os fatos.
III- Confissão
(Arts. 389 a 395, CPC)
Conceito: Confissão é o meio de prova que consiste na admissão pela parte da veracidade de fatos contrários
aos seus interesses e favoráveis ao adversário (ela não se confunde com o reconhecimento do pedido).
Classificação:
A) Confissão Judicial: que tem várias subclassificações de acordo com o critério, vejamos:
- Quanto à Iniciativa:
- Quanto ao Conteúdo:
a) Confissão Judicial Simples: quando o confitente não faz qualquer ressalva ao fato confessado;
As duas próximas são tratadas por alguns doutrinadores como a mesma espécie, mas outros as distinguem e essa
distinção já caiu em prova, então vamos ver a distinção:
b) Confissão Judicial Qualificada: quando o confitente admite o fato, mas nega os efeitos jurídicos que o adversário
atribuiu a ele.
Ex. do professor que ingressou com ação contra o aluno que criticou suas aulas. O aluno admitiu o fato, mas
impugnou as consequências jurídicas apontadas pelo professor;
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c) Confissão Judicial Complexa: quando o confitente alega fato novo capaz de neutralizar os efeitos do fato
confessado. É a defesa de mérito indireta (admite fato e efeito, mas traz fato novo impeditivo, modificativo ou
extintivo – traz fato novo).
Não esquecer: para alguns processualistas, confissão que vem com defesa é meramente Qualificada/Complexa, ou
seja, não fazem distinção entre elas.
Obs. do Art. 395, do CPP – Princípio da Indivisibilidade da Confissão: A parte que pretende utilizar a confissão como
prova não pode aceitá-la no tópico favorável e recusá-la no desfavorável, EXCETO na confissão complexa (caso em
que se pode cindir a confissão, que pode recusar só o fato novo).
B) Confissão Extrajudicial
É a prestada fora do processo. – Aqui só há um critério de classificação, qual seja, quanto à forma:
Obs.: A verbal não será admitida quando a lei exigir prova literal do fato confessado (prova escrita). Ex.: fiança, que
exige a forma escrita.
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