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"Aquilo que permeia tudo, que nada o transcende, e o qual, como o espaço universal
à nossa volta, preenche completamente tudo, por dentro e por fora, esse Brahman
Supremo não-dual – isso és Tu."
Shankara
O que é Yoga
Yama
Não roubar significa não apropriar-se de algo que não lhe é devido. O
roubo, nesse caso, não é apenas tomar algo de outra pessoa. Nós roubamos muito
de nós mesmos; roubamos o tempo, a energia, os sonhos, a atenção, o poder, os
talentos, a autoconfiança.
V. Brahmacharya
“Char” significa mover-se e “Brahma” é o nome dado à energia ativa de
criação do universo. Brahmacharya significa literalmente, “andar com Brahma”, ou
seja, condução apropriada da energia criativa.
Mover-se em direção a Brahma é utilizar sua energia criativa de forma
sábia e prudente. Muitos autores traduzem este Yama como “castidade”, pois uma
das maiores formas de desperdício da energia criativa se dá através do uso da
sexualidade de forma banal e despropositada. Muitas vezes, a sexualidade é
utilizada inclusive de forma abusiva e violenta. Isto é mover-se na direção oposta de
Brahma.
A prática de Brahmacharya se dá quando transformamos o impulso
inconsciente de fazer uso da energia criativa com egoísmo, e passamos a utilizá-la
segundo propósitos mais elevados, como a harmonia, a beleza, a verdade e o amor.
Para tornar a nossa vida - e a de todos os seres que compartilham dessa existência
conosco - mais bela, harmoniosa, amorosa e verdadeira, servimos como uma ponte
para concretizar aquilo que o mundo precisa, a partir da inspiração dos planos mais
sutis da existência. Se nossa energia criativa estiver sendo desperdiçada através de
excessos, unicamente para o nosso próprio prazer pessoal, não teremos o suficiente
para construir essa ponte.
A esposa de Brahma, na mitologia hindu, é Saraswati, deusa da
sabedoria, das artes e da música. Isto nos dá uma ideia de como utilizar nossa
energia criativa com propósitos elevados.
Isto não significa que o sexo ou outras formas de prazer devem ser
deixadas de lado. Pelo contrário. A sexualidade é uma forma insubstituível de se
alcançar níveis mais profundos de consciência. A condição para isto é o desejo
sincero dos praticantes para realizar de forma sublime, bela, harmônica, amorosa e
verdadeira, até mesmo aquilo que há de mais básico, animal e instintivo em nossa
natureza. Se fizermos da sexualidade uma obra de arte, haveremos colocado toda
nossa estrutura física a serviço de nossa estrutura espiritual. É assim que podemos
caminhar na direção de Brahma.
2. Niyama
Os Niyamas são observâncias que nos auxiliam no nosso dia-a-dia.
Desprezá-los torna-nos displicentes e inaptos à prática da unificação. Praticá-los
constantemente é uma condição para que o yogi e a yogini sejam banhados nas
águas da sabedoria interior.
Algumas escolas não-dualistas afirmam que nenhuma observância é
necessária, pois já estamos desde sempre unificados à Consciência Universal,
restando apenas a pura contemplação da realidade como ela é. O Yoga, no entanto,
é um caminho constante de autopurificação e aperfeiçoamento. Um yogi e uma
yogini sabem que sua consciência individual é apenas um instrumento de
manifestação da Centelha Divina. Para que o brilho desta Centelha não seja
ofuscado pelo véu do egoísmo, o yogi e a yogini se mantém eternamente atentos ao
equilíbrio de seus corpos físico, energético, emocional e mental, a fim de colocá-los
sempre a serviço do Amor, da Compaixão e da Fraternidade.
I. Saucha (pureza);
3. Asana:
4. Pranayama:
Prana pode ser descrito por palavras como vitalidade, energia, força,
alento. Ayama quer dizer algo como extensão, expansão, alongamento, retenção,
controle. Assim, Pranayama é a extensão e o controle da energia vital através da
respiração.
Citta - a mente - é como um veículo movido por duas poderosas forças:
prana e vasana.
Vasana pode ser descrito como uma impressão passada que gera
tendências de comportamento no presente.
Citta move-se na direção da força que for mais poderosa num dado
momento.
Se prevalece vasana, a respiração torna-se irregular, a mente fica
agitada, os sentidos dominam a consciência e as impressões passadas determinam
a direção da ação. Assim a pessoa se torna escrava dos velhos hábitos de
comportamento.
Se prevalece o fluxo de prana, as impressões passadas não geram um
impulso irrefreável de realização, a respiração torna-se calma e profunda, a mente e
os sentidos ficam sob controle.Assim o yogi e a yogini se libertam dos velhos hábitos
de comportamento, e geram novos hábitos, nascidos com a discriminação e o
autoconhecimento.
A respiração disciplinada ajuda a mente a se concentrar e habilita o
praticante a alcançar saúde robusta e longevidade. Mudanças químicas sutis
acontecem no corpo pela entrada abundante de oxigênio. Os pensamentos
tornam-se claros e límpidos, e a força de vontade predomina sobre a displicência.
6. Dharana: Concentração.
7. Dhyana: Meditação.
Dhyana significa literalmente meditação, a absorção do sujeito no objeto
de contemplação. Ao contrário de Dharana, em que há muitas distrações e o
reconhecimento de separação entre o sujeito e o objeto, em Dhyana a atenção é
mantida unifocalizada por um longo período de tempo e temporariamente cessa a
divisão entre o contemplador e a contemplação.
8. Samadhi