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LAUDO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

(SPDA) E CONTINUIDADE ELÉTRICA

EDIFÍCIO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL


QUADRA 507 ASA NORTE- BRASILIA-DF

ABRIL 2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 LOCALIZAÇÃO DO CLIENTE

3 EQUIPE TÉCNICA

4 ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)

5 METODOLOGIA DE MEDIÇÃO DE CONTINUIDADE ELÉTRICA DAS ARMADURAS

6 INSTRUMENTO UTILIZADO NAS MEDIÇÕES

6.1 MEDIÇÕES DE CONTINUIDADE REALIZADAS

7 RECOMENDAÇÕES

8. CONCLUSÃO
Laudo de SPDA e Continuidade Elétrica

1. Introdução.
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O sistema de proteção contra descargas atmosféricas SPDA, é uma exigência do Corpo de
Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a Norma NBR 5419/2015, e tem como
objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem
ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e outros, Portanto também tem a função de
desviar para terra as descargas ocasionadas pelas nuvens por meio de captação e subsistemas
de descidas que podem ser de descida natural utilizando a própria estrutura do prédio, ou
também pode ser de descidas aparentes por coordoalhas de cobre nú conforme mencionado
na norma em vigor.
No entanto vale destacar que o SPDA não impede a ocorrência de descargas atmosféricas
por se tratar de um fenômeno da natureza, vale ressaltar que o SPDA não cobre a total
proteção das edificações e pessoas, contudo sua aplicação oferece uma considerável redução
dos riscos.
A continuidade elétrica das demais estruturas metálicas deve estar no mesmo potencial do
sistema de proteção para garantir de forma segura a integridade física das pessoas, portanto
este laudo consta medidas de continuidade elétrica, as descidas são condutores que
interligam o sistema de capitação até a terra, foi constatado que o edifício da caixa utiliza de
descidas não natural, compostos por cordoalhas (cobre nú) externas.

2. Localização do Cliente
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O edifício da caixa fica localizado na avenida W3 norte no lote na asa norte- Brasília –DF
A figura 2.1 ilustra a localização do edifício.
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Figura 2.1- Localização do edifício em estudo

3. Equipe Técnica.
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- Domingos Ronaldo da Costa – Engenheiro Eletricista – CREA 22968/D-DF
- Gilberto Vilar de Medeiros- Engenheiro Eletricista – CREA 25219/D-DF

4. Anotações de Responsabilidade Técnica (ART)


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Este laudo tem como registro a ART de n° 0720180024937

5. Metodologia de medição de continuidade elétrica das armaduras


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Na metodologia sugerida pela NBR 5419/2015, as malhas superiores do tipo gaiola de
Faraday tem que compor uma continuidade encontrada com os subsistemas de descidas e o
BEP, portanto não foi evidenciado o ponto de barramento para efetuarmos a medição.
O edifício não dispôs da medição da malha para o BEP para encontramos a resistência
apontada pela norma, foi utilizado o critério de medição pelo terrômetro digital, o edifício ainda
teve medição realizada da malha superior até ao eletrodo de fixação no solo q não apresentou
condutividade e nem resistência ôhmica.
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Seguindo os critérios da norma o valor máximo de ensaio de medição para este ponto seria de
200mΩ.
Medidas realizadas conforme estabelece o anexo F da NBR-5419/2015

Figura 5.1- Medição final da malha perimetral superior

Na metodologia fazemos da seguinte maneira:

- aplicamos uma ponta de prova na cordoalha do anel perimetral, e a outra ponta de prova fica em
contato com o barramento de equipotencialização quando possível.

O equipamento após selecionarmos a escala, injeta uma corrente de 1A a uma frequência de


60 Hz na cordoalha do anel perimetral e medida a queda de tensão na parte inferior assim teremos
um valor de resistência medida.

Porem também foi medida a resistência de aterramento do sistema utilizando um terrômetro


digital.

A figura 5.2 mostra o instrumento utilizado para fazer a medição.


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Figura 5.2- Medição da resistência de aterramento

As medições foram realizadas utilizando o método de queda de potencial, usamos os dois


pontos acessíveis para medição e obtivemos os seguintes valores de resistências:

Primeira entrada principal – lado direito


Primeira 3,18Ω
medição
Segunda 3,97Ω
medição
Terceira 2,71Ω
medição
Total= 3,97-2,71/3,18= 0,39%
Tabela 1- valores de resistência encontrada
Valor da resistência= 3,18+3,97+2,71/3= 3.28Ω
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Fundos do edifício – lado direito


Primeira 2,44Ω
medição
Segunda 3,24Ω
medição
Terceira 1,99Ω
medição
Total= 3,24-1,99/2,44= 0.51%
Tabela 2- valores de resistência encontrada
Valor da resistência = 2,44+3,24+1,99/3= 2.5Ω

Figura 5.3- Alambrado da divisa da edificação para rua

Medição da estrutura metálica que compõe a edifício


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Figura 5.4- Estrutura metálica interna

Figura 5.5- Gradeado interno


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6. Instrumento utilizado nas medições de continuidade

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Todo instrumento apropriado para medição de continuidade deve injetar uma corrente de 1A
com frequência de 60 hz entre os pontos externos da armadura a ser medido e um ponto do sistema de
SPDA, sendo que quando injetado a corrente, o instrumento mede o valor de resistência encontrado, o
instrumento utilizado é mostrado na figura 6.1.

Figura 6.1- Instrumento utilizado para medição

O certificado de calibração consta em uma etiqueta estampada no mesmo, as medições


foram realizadas a partir da estrutura de cima para a cordoalha de baixo por não existir um BEP no
local, a medição de continuidade nos permite verificar se todas as partes do sistema de aterramento
estão interligadas com todos os pontos metálicos que compõe a edificação, conforme especifica a
NBR 5419/2015.

6.1 Medições de continuidade realizadas

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A metodologia utilizada foi embasada conforme aponta o item 5 estabelecido no anexo da NBR-
5419/2015,
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Figura 6.2- Medição no eletrodo de aterramento

Figura 6.3 – Medição na cordoalha superior


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Figura 6.4 – Medição no gradeado externo

Figura 6.5 – Medição nas bases metálicas externas


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7. Recomendações

Durante as inspeções realizadas encontramos alguns itens que compõem o sistema sendo que o
mesmo necessita de correção, serão mostrados alguns pontos críticos nas figuras a seguir:

Figura 7.1- Alambrado externo

 O alambrado deve está aterrado junto ao sistema de SPDA de modo que fique no mesmo
potencial para proteger contra as descargas atmosféricas.

Figura 7.2- Isolador


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 Os isoladores devem ser fixos de maneira que não deixe o anel perimetral desorganizado e
mal posicionado no sistema.

Figura 7.3- Caixa de inspeção


 As caixas de inspeções devem estar desobstruídas para acesso em caso de verificações
temporárias do sistema de SPDA.

Figura 7.4 – Reservatório de óleo


 Todos os reservatórios de metais devem estar aterrados junto ao sistema, pois os mesmos
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devem desviar para terra cargas acumuladas ou dissipadas sobre eles.

Figura 7.5 – Cordoalhas do sistema


 Grande parte das cordoalhas do sistema encontra-se oxidada apresentando uma resistência
elétrica alta, dificultando assim a condução de correntes para os eletrodos de aterramento.

Figura 7.6 – Refletor da cobertura


 Os refletores metálicos também deveram está aterrados para proteção por contato direto das
pessoas.
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Figura 7.7 – Caixa de resfriamento d´agua


 As caixas d´agua encontram-se todas fora do sistema de aterramento, portanto as mesmas
devem estar todas interligadas com o sistema de aterramento.

Figura 7.8 – Base metálica das caixas d´agua


 As bases metálicas devem estar todas interligadas no sistema de aterramento.
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Figura 7.9 – Luz piloto


 A luz piloto deve está em conformidade, portanto necessita de substituição.

Figura 7.10 – Cordoalha de descida


 As cordoalhas de descidas devem ser isoladas utilizando isoladores de 20 kv para estrutura de
alvenaria para proteger sua integridade em caso de descargas atmosféricas, para este sistema
não foi evidenciada a presença do mesmo nas descidas.
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Figura 7.11 – Cordoalha de descida até ao eletrodo


 A cordoalha encontra-se em contato com a alvenaria possibilitando em um possível
rompimento se a caso houver uma descarga.

Figura 7.11 – Cordoalha da malha superior


 Foi evidenciado que as malhas superiores são insuficientes para o sistema conforme
determina a alínea b do item 7.2 da NBR-5419/2015 (primeiro módulo).
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Figura 7.12 – BAG 1 e BAG 2


 Foi constatado que as bombas de agua gelada 1 e 2, encontram-se fora do sistema de
aterramento, portanto será necessário a interligação das mesmas no sistema de aterramento
para oferecerem uma melhor proteção para o usuário.

Figura 7.13 – Transformadores TR1 e TR2


 Foi evidenciado que os transformadores TR1 e TR2 não estão interligados ao sistema de
aterramento, portanto será necessária a aplicação dos mesmos ao sistema.
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Figura 7.14 – Porta da casa de máquinas


 A porta deverá ser interligada ao sistema de aterramento.

Figura 7.15 – Luminária externa


 Será necessário interligar todas as luminárias metálicas ao sistema de aterramento.
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Figura 7.16 – Sistema de captação.


 Foi evidenciada a falta de terminais aéreos que tem a finalidade de minimizar as descargas
laterais, os mesmos são instalados ao longo de todo o percurso do anel perimetral superior, de
modo que sejam espaçados de 5 mts de perímetro de um para o outro conectados na malha.

Figura 7.17 – Terminal aéreo


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Figura 7.18 – Quadro de distribuição interno


 O quadro de distribuição tem que ter sua base metálica aterrada junta ao sistema de
aterramento.
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8. Conclusão
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As medições de continuidade realizadas do sistema de SPDA nos comprovou que não existe
nenhuma ligação do sistema de aterramento com os demais pontos aferidos internamente apontados
no item 7 deste laudo descaracterizando as exigências da NBR 5419/2015, portanto com base nas
medições realizadas e imagens fotográficas mostradas neste laudo, conclui-se que para esta
edificação deverá ser levantado um novo projeto de SPDA contemplando todos os itens que
compõem um sistema para atender os critérios de proteção, e também ao Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal (CBMDF).

RC ENGENHARIA CNPJ: 29.033.934/0001-01


Eng. Eletricista- Domingos Ronaldo da Costa
CREA-DF 22968/D
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