Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I – PREABULARMENTE.
Requer o Autor lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, com fulcro
no disposto ao inciso LXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal e na Lei
nº 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem
condições de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu
próprio sustento e de sua família, conforme declaração em anexo.
II - DOS FATOS
Mesmo diante de tal situação a Autora procurou por diversas vezes resolver
essa lide ainda na esfera administrativa, a qual foi por vários dias à sede da Ré
nesta cidade, mas não logrou êxito, sempre tentando resolver de forma mansa e
pacífica o problema, sentindo-se impotente e humilhada, diante da situação
descrita, pois além do mais foi tratada com desídia pelos funcionários da Ré.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
IV – JURISPRUDÊNCIA
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO INDENIZATÓRIA-CONCESSIONÁRIA
PRESTADORA DE SERVIÇO DE PÚBLICO - DESCARGA DE ENERGIA ELÉTRICA
- OSCILAÇÃO DA REDE - QUEIMA DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA –
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA INEXISTENTE - EVENTO INSERIDO NO RISCO
DA ATIVIDADE DESEMPENHADA PELA CELESC - APLICABILIDADE DO
ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - RESPONSABILIDADE
OBJETIVA – VERBA DEVIDA. Constitui obrigação da concessionária
desempenhar o seu mister com esmero Gabinete Des. Wilson Augusto do
Nascimento e, dada a natureza remunerada do serviço prestado, suportar
os riscos dessa atividade, não podendo deles se desvencilhar pela simples
circunstância de que o autor se omitiu de utilizar equipamentos opcionais
de segurança. Desse modo, forte na premissa de que toca à CELESC a
tarefa de modernizar a rede, com o escopo de evitar ou minimizar
sinistros oriundos da oscilação, é patente o dever de indenizar, pois, à luz
do que alude o art. 37, § 6º, da Carta Magna, configurados estão os
requisitos da responsabilidade objetiva (ACV n. 2006.046616-5, da
Capital, Rel. Des. Volnei Carlin, rj. Em 10.9.07).
APELAÇÃO CÍVEL - INTEMPESTIVIDADE - RECURSO PROTOCOLADO
POR MEIO DO SERVIÇO DE PROTOCOLO UNIFICADO - PRELIMINAR
REJEITADA - RESPONSABILIDADE CIVIL - CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO
PÚBLICO - FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA - APLICABILIDADE DOS
ARTS. 37, § 6º, DA CF/88, E 14 DO CDC - RESPONSABILIDADE OBJETIVA -
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL DECORRENTE DE QUEDA DE TENSÃO
DA ENERGIA - QUEIMA DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA - DANO
COMPROVADO - DEVER DE INDENIZAR - RECURSO DESPROVIDO. Sendo a
Centrais Elétricas de Santa Catarina S. A. - CELESC concessionária de
serviço público, responde objetivamente, a teor dos arts. 37, § 6º,
da Constituição Federal, e 14 do Código de Defesa do Consumidor, pelos
prejuízos a que houver dado causa, bastando ao consumidor lesado a
comprovação do evento e do dano, bem como do nexo entre este e a
conduta da concessionária, competindo a esta a prova da culpa do
consumidor, ou a ocorrência de caso fortuito ou força maior para se eximir
da obrigação. Constitui obrigação da concessionária desempenhar o seu
mister com esmero e, dada a natureza remunerada do serviço prestado,
suportar os riscos dessa atividade, não podendo deles se desvencilhar
pela simples circunstância de que o autor se omitiu de utilizar
equipamentos opcionais de segurança. Desse modo, forte na premissa de
que toca à CELESC a tarefa de modernizar a rede, com o escopo de evitar
ou minimizar sinistros oriundos da oscilação, é patente o dever de
indenizar, pois, à luz do que alude o art. 37, § 6º, da Carta Magna,
configurados estão os requisitos da responsabilidade objetiva (ACV n.
2006.000345-1, Rel. Des. Rui Fortes, j. Em 27.5.09).
Claros são os entendimentos e as decisões reiteradas dos tribunais nesse
sentido, em repreender esse tipo de comportamento asqueroso por parte de
empresas que monopolizam um determinado segmento do mercado; pois algumas
empresas de direito privado que prestam serviços públicos a população na maioria
das vezes age com excesso de confiança, tratando assim o povo como submisso as
suas vontades.
Nestes termos,
Local, data.
Nome do advogado.
OAB nºxxxxx