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Ministério da Educação

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UNIVERS IDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÃ
GERÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA
Departamento Acadêmico de Mecânica

“Curso Técnico Integrado em Mecânica”

REFRIGERAÇÃO
INDUSTRIAL

NA - 7

Dispositivos de expansão
UTFPR DAMEC

Sumário

REFRIGERAÇÃO
INDUSTRIAL ................................................................................................................................................................................ 1
5. 0 – DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO ....................................................................................................................................... 3
5.1 – Função ............................................................................................................................................................................... 3
5.2 - Característica principal ....................................................................................................................................................... 3
5.3 - Local de instalação ............................................................................................................................................................. 3
5.4 - Dados de fabricante: ........................................................................................................................................................... 3
5.5 - Tipos: .................................................................................................................................................................................. 3
5.5.1 - Válvula de expansão manual ....................................................................................................................................... 3
5.5.2 - Válvula de expansão pressostática............................................................................................................................... 4
5.5.3 - Válvula de expansão termostática ............................................................................................................................... 4

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UTFPR DAMEC

5. 0 – DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO

5.1 – Função
Provocar a expansão do fluído frigorígeno, reduzindo a pressão de condensação, alimentando o
evaporador a uma pressão de ebulição, criando uma perda de carga, dividindo, juntamente com o
compressor, o sistema em duas zonas: uma de alta e outra de baixa pressão.

5.2 - Característica principal


Quantidade de fluído refrigerante que tem a capacidade de fazer fluir na unidade de tempo, a
qual depende essencialmente do diâmetro do orifício de passagem, da diferença de pressão e do fluído
adotado.
Regula a vazão de fluído;
Reduz a pressão do refrigerante líquido;

5.3 - Local de instalação


O mais próximo possível do evaporador, evitando excessivas perdas de carga (pressão), o que
acarretaria a formação de bolsas de vapor, levando a uma diminuição de capacidade da válvula. Deve
ser colocada em local de fácil acesso, pois é um dos órgãos que é manuseado com mais frequência.

5.4 - Dados de fabricante:

- Capacidade;
- ∆p;
- fluído refrigerante.

5.5 - Tipos:

- manuais
- automáticas
- termostáticas;
- pressostáticas.

5.5.1 - Válvula de expansão manual

É uma válvula globo de agulha, de regulagem manual. É mais usada quando a carga térmica é
constante, não sendo usada para carga variável por ser manual.

Figura 15 – Válvula de expansão manual

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5.5.2 - Válvula de expansão pressostática

Mantém constante a pressão de sucção, evitando que durante a parada da instalação o


evaporador seja inundado.
Uma agulha obturadora é acionada por meio de uma mola fixa, uma outra mola cuja tensão é
ajustável, e um diafragma, sujeito à pressão atmosférica de um lado, e à pressão de sucção de outro.
Reduzindo-se a pressão de sucção, o diafragma força o obturador a abrir e vice-versa.
Se a carga térmica cresce, Pe sobe, a válvula fecha. Se Q diminui, Pe cai, a válvula abre. Assim,
consegue-se manter a pressão Pe num valor constante.

Figura 16 – Válvula de expansão pressostática

Aplicação:
- Em instalações pequenas, com um único ponto de refrigeração, onde a carga térmica Q é
constante.

5.5.3 - Válvula de expansão termostática

É o tipo de válvula de expansão mais utilizado. A quantidade de líquido a ser evaporado na


serpentina é regulada automaticamente, de acordo com a carga térmica. Permite que qualquer número
de evaporadores trabalhe com um só compressor, sendo que cada evaporador deverá possuir sua
própria válvula de expansão termostática.

Figura 17 – Válvula de expansão termostática

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É composta de uma válvula globo ou agulha, cuja haste está ligada a um diafragma. O
diafragma, por sua vez, está ligado a um bulbo que é fixado na saída do evaporador por um tubo capilar.
O tubo capilar está parcialmente cheio do mesmo fluído frigorígeno (ou seja, vapor saturado) com que
deve trabalhar a válvula. Nas condições normais e usuais, a pressão dentro do diafragma e bulbo é
função da temperatura do bulbo.
A parte inferior do diafragma está sob a ação da pressão no evaporador, enquanto a parte
superior está sujeita à pressão exercida pelo vapor contido no bulbo.

Função básica
Garantir que o vapor que sai do evaporador e vai até o compressor esteja ligeiramente
superaquecido. Para isso, a válvula deverá estar completamente fechada quando o vapor que sai é
saturado (Te’’ = Te) e aberta completamente quando o vapor está superaquecido (Te’’ – Te = 7°C)

Se a carga térmica diminui, Te’’ e a temperatura do bulbo termostático (T’) tendem a diminuir,
pois há menos evaporação. Isto faz com que a válvula se feche, pela ação da mola, diminuindo a
alimentação de líquido, fazendo novamente com que Te” volte ao valor inicial.
Se por outro lado, a carga térmica aumenta, Te” e T” tendem a crescer, isto é, o vapor estará
fortemente superaquecido na saída do evaporador. Desta maneira, abrindo a válvula contra a ação da
mola, admite-se mais líquido na serpentina, fazendo novamente com que Te” diminua e retome o valor
inicial.
Quando o compressor é desligado, ocorre um aumento da pressão no evaporador, fazendo
com que o diafragma seja empurrado para cima, fechando a passagem de fluído pela válvula.
A quantidade de superaquecimento necessária para estabelecer o equilíbrio da válvula,
depende do ajusta da pressão da mola, através do parafuso de regulagem.
São ajustadas na fábrica para um superaquecimento de aproximadamente 7°C.

Equalizador de pressão

Externa

É indispensável, em evaporadores com injeção múltipla ou evaporadores de injeção simples,


onde a perda de carga for superior a 0,2 kgf/cm2, instalar válvulas com equalizador externo de pressão,
visto que estes dispositivos tendem a igualar as pressões entre a entrada e saída do evaporador,
evitando um aumento excessivo do grau de superaquecimento e, por consequência, a capacidade do
sistema.

Figura 1 - Válvula de expansão com equalizador externo de pressão.

Instalação:

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- O bulbo sensor da válvula de expansão termostática deve ser instalado antes da tomada de
equalização de pressão (10 a 20 cm), em trechos horizontais, evitando-se curvas
- Fixação do bulbo: através de braçadeiras, isolando-se o tubo, quando exposto à corrente de.
ar, ou imerso em líquidos.
- O bulbo deve estar fora das correntes de ar e totalmente isolado.
-Se uma válvula de expansão estiver alimentando mais de um evaporador, instalar o bulbo.
termostático e o equalizador externo na saída do coletor que contém a tubulação de sucção.

Equalização interna

Figura 2 - Válvula de expansão com equalização interna.

Seleção:
- Capacidade da instalação;
- Temperatura de evaporação;
- Temperatura de condensação;

- Tipo de refrigerante;
- Perda de carga no evaporador.

Ajuste

Para se ajustar do grau de superaquecimento do vapor na saída do evaporador, proceda da


seguinte forma:

1 – Prepare a superfície da tubulação onde será conectado o sensor de temperatura, lixando-se


a superfície e a área de fixação;
2 – Prenda à linha de sucção o sensor de um termômetro eletrônico preciso, perto do bulbo
remoto da válvula de expansão;
3 – Instale um manômetro de baixa pressão no lado de sucção do equipamento;
4 – Acione o sistema;
5 – Converta a indicação da pressão do manômetro para C usando a tabela de saturação para o
refrigerante usado. A diferença em graus entre a marcação do termômetro e a conversão da
pressão para temperatura da pressão de sucção é o valor do superaquecimento. Se o
superaquecimento estiver acima de 11 C ou abaixo de 6 C, prossiga com 6;

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6 – Remova a porca de ajuste do superaquecimento na carcaça da válvula de expansão, e faça o
ajuste necessário. Se o superaquecimento for mais que 11°C, abra a válvula de expansão ou
coloque o refrigerante. Se for menor que 6 C, fecha-se a válvula de expansão ou retire o
refrigerante;
7 – Após o ajuste, retire o sensor do termômetro eletrônico e volte a isolar a linha de sucção.

Figura 3 - Esquema para medição de graul de superaquecimento na saída do evaporador.

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