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CURSO NOVA REFORMA TRALHISTA - Novo PDF
CURSO NOVA REFORMA TRALHISTA - Novo PDF
Mestrando em Direito pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FDRP-USP)
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HENTSCHKE, Marcelo Bergmann. In: SOUZA, Rodrigo Trindade (org.). CLT comentada pelos juízes do
trabalho da 4ª região. 2. ed. São Paulo: LTr, 2017. p. 379.
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O art. 630, § 4º, da CLT previa que os documentos sujeitos à inspeção deveriam
permanecer nos locais de trabalho. Com a alteração promovida pela MP nº 905/2019, o dispositivo
deixa de exigir que os documentos permaneçam na própria empresa, podendo, por exemplo,
permanecer no escritório de contabilidade.
No entanto, o dispositivo não afastar o dever de apresentar a documentação ao Auditor
Fiscal do Trabalho no próprio local de trabalho.
É que o novel dispositivo cria a alternatividade de que os documentos sejam apresentados
no local de trabalho ou em meio eletrônico ou ainda em meio físico, em dia e hora previamente
estabelecidos pelo Auditor. Quem definirá, porém, se os documentos serão apresentados no local
do trabalho ou em dia e hora previamente agendada é o Auditor Fiscal, vez que a alternatividade
foi concedida ao agente de fiscal e não ao empregador.
A MP nº 905/2019 acrescentou o § 4º-A ao art. 630, prevendo que, nos casos em que a
comprovação do cumprimento de obrigações trabalhistas exigir atestados, certidões ou outros
documentos que constem em base de dados oficial da administração pública federal, os auditores
deverão obtê-los diretamente nas bases geridas pela entidade responsável e não poderão exigi-los
dos empregadores ou empregados. Nesses casos, portanto, a não apresentação, caso solicitado pelo
Auditor, não será considerada resistência ou embaraço à fiscalização.
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2
CORREIA, Henrique. Direito do trabalho. Coleção Concursos Públicos. 5. ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p.
1594.
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O art. 629 da CLT elenca os requisitos do auto de infração lavrado a partir da fiscalização
realizada por auditores-fiscais do trabalho. Nele deve constar o número do auto de infração, os
dados do autuado, a ementa (texto da norma violada), o histórico da infração encontrada, a
indicação dos dispositivos legais violados, os elementos de convicção do auditor, a data da
lavratura e a assinatura do auditor fiscal do trabalho. De qualquer maneira, o art. 15 da Portaria nº
854/2015 prevê a aplicação do princípio da instrumentalidade das formas3, de modo que “a
omissão ou incorreção no auto de infração não acarretará sua nulidade, quando do processo
constarem elementos suficientes para a caracterização da falta”.
3
MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 8. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 784.
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Como o auditor fiscal do trabalho possui fé pública, os autos de infração têm presunção de
veracidade, razão pela qual não há necessidade de assinatura do infrator ou de testemunhas (CLT,
art. 629, § 1º).
O prazo de apresentação de defesa foi ampliado para 30 dias, inclusive para a União, os
Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito
público, contados do recebimento do auto.
O art. 632 da CLT tem como finalidade assegurar o contraditório e a ampla defesa (CF/88, art.
5º, LV) nos processos administrativos decorrentes da fiscalização das normas trabalhistas,
permitindo que o autuado possa apresentar documentos e requerer a produção das provas
necessárias à elucidação do processo.
A contar do recebimento do auto, abre-se o prazo para a apresentação de defesa, que, a partir
da MP nº 905/2019, foi ampliado de 10 para 30 dias, inclusive para a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (CLT, art. 629,
§ 1º).
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4
Portaria do MTE nº 854/2015.
Art. 19. O julgamento do processo compete: I - em primeira instância, aos Superintendentes Regionais do Trabalho
e Emprego; (...).
Art. 20. O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego poderá delegar matéria e poderes referentes a este
normativo aos seguintes agentes administrativos: I - Chefe da Unidade de Multas e Recursos; II - Gerentes
Regionais de Trabalho e Emprego; III - Chefias de Fiscalização ou da Inspeção do Trabalho; IV - demais servidores
das Unidades de Multas e Recursos; V - parte de sua competência a outros titulares, desde que servidores efetivos do
órgão, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial. (...)
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O art. 634 da CLT trata do agente competente para a imposição das multas, cabendo à
autoridade regional em matéria de inspeção do trabalho, a ser estabelecida por ato da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Atualmente, a autoridade
competente é o chefe de fiscalização por delegação do Superintendente Regional do Trabalho e
Emprego5.
O Auditor Fiscal do Trabalho tem atribuição para lavrar o auto de infração. Em seguida,
desencadeia o processo administrativo. Decidido o processo administrativo e mantido o auto de
infração, caberá à autoridade regional em matéria de inspeção impor a multa, podendo o autuado:
a) apresentar recurso, nos termos do art. 635 e 636, da CLT;
b) realizar o pagamento da multa no prazo 30 dias, valendo-se dos benefícios dos §§ 4º e 5º, do art.
636 da CLT;
c) manter-se inerte, provocando a cobrança judicial, conforme disposto nos arts. 641 e 642 da CLT.
Instaurado o processo administrativo e apresentada a defesa, cumpre definir qual o agente
ou órgão competente para sua análise.
Nesse contexto, a MP nº 905/2019 acrescentou o § 1º ao art. 634 da CLT, determinando
que, na definição do órgão competente deverá ser observado o “requisito” da desterritorialização,
sempre que os meios técnicos permitirem.
Desterritorializar significa que a análise da defesa deverá ser feita por agente vinculado a
unidade federativa diversa da que lavrou o auto de infração. Busca-se, portanto, evitar que a
mesma unidade federativa que tiver lavrado o auto de infração analise a defesa, dando maior
imparcialidade na verificação do auto.
5
Portaria do MTE nº 854/2015.
Art. 19. O julgamento do processo compete: I - em primeira instância, aos Superintendentes Regionais do Trabalho
e Emprego; (...).
Art. 20. O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego poderá delegar matéria e poderes referentes a este
normativo aos seguintes agentes administrativos: I - Chefe da Unidade de Multas e Recursos; II - Gerentes
Regionais de Trabalho e Emprego; III - Chefias de Fiscalização ou da Inspeção do Trabalho; IV - demais servidores
das Unidades de Multas e Recursos; V - parte de sua competência a outros titulares, desde que servidores efetivos do
órgão, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial. (...)
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Analisado os autos, o setor de análise expede um parecer opinando pela procedência total
ou parcial do auto de infração ou ainda por sua improcedência. Em seguida é encaminhado à
autoridade regional competente para decidir. Após, e se mantido o auto, será imposta a multa.
O § 2º do art. 634 da CLT, acrescentado pela MP nº 905/2019, determina que haverá
distribuição aleatória dos processos para análise, decisão e imposição de multas. Essa distribuição
depende de regulamentação a ser instituída por ato da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia.
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O art. 635 da CLT versa sobre o recurso das decisões administrativas que imponham
multas por infração das leis trabalhistas.
Nesse aspecto, é importante destacar o procedimento da fiscalização.
Realizada a inspeção e verificado desrespeito às normas trabalhistas, o auditor-fiscal do
trabalho procederá à lavratura do auto de infração, dando origem a um processo administrativo.
Recebido o auto, o art. 629, § 3º, da CLT faculta ao infrator apresentar defesa no prazo máximo de
30 dias. Apresentada ou não a defesa, o auto de infração será analisado, propondo-se a
procedência (total ou parcial) ou improcedência do auto. Em seguida, a autoridade regional em
matéria de inspeção do trabalho poderá acolher ou não a proposição. Sendo improcedente o auto
de infração, haverá recurso de ofício, nos termos do art. 637 da CLT. Por outro lado, sendo
mantido o auto de infração, caberá à autoridade regional impor a multa.
Após a aplicação da multa, o infrator poderá ingressar com recurso administrativo no prazo
máximo de 30 dias, contados do recebimento da notificação, inclusive para a União, os Estados, o
Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (CLT,
art. 636).
De acordo com o art. 635 da CLT, a análise do recurso caberá à unidade competente para o
julgamento de recursos da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, em Brasília. Atualmente é a Coordenadoria Geral de Recursos.
O art. 636 da CLT prevê o procedimento para o recurso administrativo tratado no
dispositivo anterior, qual seja, o recurso que busca impugnar a decisão de imposição de multa.
A redação atual do dispositivo ampliou o prazo de interposição de 10 dias para 30 dias,
contados do recebimento da notificação, inclusive para a União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público. Não haverá, portanto, a
aplicação de prazos diferenciados para os entes da Administração Pública.
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Por ora, conta-se em dias corridos o prazo de 30 dias, por força do art. 66, § 2º, da Lei
9.784/99. Na contagem exclui-se o dia do começo, incluindo-se o do vencimento, sendo certo que
será prorrogado até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver
expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
Cabe consignar que a MP nº 905/2019 caminhou no mesmo sentido da jurisprudência e
retirou a previsão de depósito da multa para a interposição de recurso administrativo, tendo em
vista que a exigência de depósito prévio a um só tempo violava os princípios democrático, da
isonomia, do contraditório, além do próprio direito de petição. Portanto, atualmente, não há
necessidade de depósito prévio para a interposição do recurso administrativo.6-7
Pagando-se a multa no prazo de 30 dias, o infrator renuncia ao direito de recorrer, de modo
que será beneficiado com a redução de 30% do valor da multa (CLT, art. 636, § 4º).
Em se tratando de microempresa, empresa de pequeno porte e estabelecimentos com até 20
trabalhadores, se houver renúncia do recurso e recolhimento da multa no prazo de 30 dias,
contados do recebimento da notificação, haverá redução de 50% do valor da multa (CLT, art. 636,
§ 5º).
A guia para recolhimento da multa será expedida e conferida eletronicamente para fins de
concessão do desconto, verificação do valor pago e arquivamento do processo (CLT, art. 636, §
6º).
6
O objeto da Súmula nº 424 do TST integra o da Súmula vinculante nº 21 do STF. Com efeito, sendo exigido do
administrado (empregador) o depósito prévio da multa anteriormente prevista no art. 636, § 1º, da CLT, para
interposição de recurso administrativo, ele poderá se utilizar da reclamação perante o STF (art. 103-A, § 3º, da
CF/88), caso queira se valer da súmula vinculante, que se estende inclusive para a Administração Pública ou
simplesmente usar a súmula do TST, dentro da Justiça do Trabalho, utilizando-se, em regra, do mandado de
segurança.
7
MIESSA, Élisson. In: MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e OJs do TST comentadas e organizadas
por assunto. 8. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 1272.
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A redação dada pela MP nº 905/2019 ao art. 638 da CLT exclui a possibilidade de avocação
das questões relacionadas à fiscalização das normas de proteção ao trabalho pelo Ministro da
Economia.
Passa a prever que as decisões são definitivas, em primeira instância, após esgotado o prazo
para recurso voluntário sem que ele tenha sido interposto.
Em segunda instância são definitivas as decisões, com exceção das que forem decididas pelo
conselho recursal paritário e houver o pedido de uniformização de jurisprudência (CLT, art. 635,
§§ 2º e 4º).
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Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
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§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados
pela lei de diretrizes orçamentárias
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento
das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
§ 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em
reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos
objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas
operações e os resultados demonstrados nos balanços.
9
MPT. Nota Técnica nº 01 sobre a Medida Provisória nº 905/2019. Brasília: 12 nov. 2019. p. 03.
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O art. 53, § 1º, I, da MP nº 905/2019 estabelece que os arts. 20 e 21, referentes ao Programa
de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de
Trabalho, apenas produzem efeitos quando atestado, por ato do Ministro de Estado da Economia, a
compatibilidade com as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes
Orçamentárias e o atendimento ao disposto na Lei Complementar nº 10/2000 e aos dispositivos da
Lei de Diretrizes Orçamentárias relacionados com a matéria.
Em 31 de dezembro de 2019, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº. 676 do
Ministério da Economia, atestando a compatibilidade do programa com as metas de resultados
fiscais previstas no anexo próprio da Lei nº 13.898/2019 (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e com
os demais dispositivos da lei relacionados com a matéria, bem como com o disposto na LC nº
101/2000.
Dessa forma, os dispositivos referentes ao Programa de Habilitação e Reabilitação Física e
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de trabalho produzem efeito desde 31 de
dezembro de 2019 (31.12.2019).
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O art. 729 da CLT passa a prever que ao empregador que deixar de cumprir decisão transitada
em julgado sobre a readmissão ou a reintegração de empregado, além do pagamento dos salários
devidos ao empregado, será aplicada multa de natureza leve, prevista no inc. II, do art. 634-A da
CLT. A multa será, portanto, no valor de mil a dois mil reais.
A alteração do art. 729 da CLT promovida pela MP nº 905/2019 é marcada pela
inconstitucionalidade, não somente por falta da relevância e da urgência que se impõe às medidas
provisórias, inexistente no caso, mas também porque abordou questão relacionada a direito
processual, contrariando a vedação prevista no art. 62, § 1º, I, “b”, da CF/88.
Na remota hipótese de se considerar constitucional o art. 729 da CLT, ele deve ser
interpretado como multa por ato atentatório à dignidade da justiça.
Nos termos do art. 77, § 2º, do CPC uma das hipóteses de ato atentatório à dignidade de justiça
é quando as partes, seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo “não cumprirem com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final,
ou criarem embaraços à sua efetivação” (inciso IV).
A prática de tais atos provoca a incidência de multa de até 20% do valor da causa, de acordo
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a) de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), para as infrações de natureza leve; (...)
b)
Com efeito, a incidência da sanção disposta no art. 729 da CLT fundamenta-se no fato de que
o descumprimento desses deveres não apenas prejudica a parte contrária, mas também desrespeita
o próprio Estado-juiz10.
A alteração do art. 730 da CLT promovida pela MP nº 905/2019 também é marcada pela
inconstitucionalidade, não somente por falta da relevância e da urgência que se impõe às medidas
provisórias, inexistente no caso, mas também porque abordou questão relacionada a direito
processual, contrariando a vedação prevista no art. 62, § 1º, I, “b”, da CF/88.
O art. 730 da CLT estabelece que será aplicada multa prevista no art. 634-A, II, da CLT
àquele que não comparecer em juízo para depor como testemunha. Cabe salientar que o
dispositivo não afasta a possibilidade de condução coercitiva. Além disso, quando comparecer,
mas alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa, será aplicada a
multa do art. 793-D da CLT.
10. NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil comentado artigo por artigo. Salvador:
Editora JusPodivm, 2016. p. 114.
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A MP nº 905/2019 provocou alterações nos arts. 883 da CLT e 39 da Lei nº 8.177/91. Assim,
prevê que aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou
decorrentes dos acordos celebrados em ação trabalhista não pagos nas condições homologadas ou
constantes do termo de conciliação serão acrescidos de juros de mora equivalentes ao índice
aplicado à caderneta de poupança, a partir da data do ajuizamento da reclamatória.
Quanto ao caput, apenas alterou o índice aplicável para a caderneta de poupança, mas não
corrigiu o equívoco já existente na redação anterior quanto à denominação de atualização
monetária.
O termo inicial dos juros de mora deverá ser a data do ajuizamento da ação, conforme disposto
no art. 883 da CLT e no art. 39, § 1º, da MP nº 905/2019.
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