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AULA DE REDAÇÃO –

MODELO ENEM
Profª Letícia Pilger

(leticiaspilger@gmail.com)
AVISOS
• Slides e proposta no drive: bit.ly/LeticiaDynamico

• E-mail para envio das redações:


redacao@dynamico.com.br
Prazos continuam os mesmos!
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Live no Instagram – sábado: 10h às 12 (dependendo da demanda).
@leticiapilger
ESTRUTURA
• INTRODUÇÃO:
• Contextualização: (1) alusão histórica; (2) metáfora/livro/filme; (3) citação;
(4) adiantamento dos argumentos; (3) adiantamento da conclusão.
• Tema/tese
• Adiantamento dos argumentos

• 1º argumento: (1) TÓPICO FRASAL


• 2º argumento: (2) EXPLICAÇÃO
(3) EXEMPLO/RETOMADA
• Conclusão:
• Amarração
• Proposta de intervenção
PRINCIPAIS PROBLEMAS DAS REDAÇÕES:
• Problema x problemática
• Acesso x acessibilidade
• Uso da palavra “coisa” e da palavra “algo”
• “Você” dentro do texto
• “Texto muito “rebuscado” e sem sentido
• “Desta forma”
• Verbo possuir
• Ao invés de “espectro” muitos escreveram “aspectro” (ortografia!!)
• Generalizações que prejudicam a clareza do texto, como “as pessoas
acreditam que[...]”.
• “Pesquisas afirmam que” – QUAL A FONTE????
• “os livros nós ajudam à aprender”
• “É necessário investimentos do governo para a construção de
bibliotecas escolares”
• “A saúde bucal é importante para a manutenção dos dentes. A
mesma também é importante para a saúde holística”.
• “Para inclusão é recomendado que tenham um tratamento
contínuo para terem seus potenciais desenvolvidos.”
• “As instituições do nosso sistema de educação pública, como
também privada, deveriam contar com uma boa acessibilidade as
bibliotecas escolares, induzindo na formação de leitores e
pessoas cultas”.
• “Juntamente com” ou “junto com” ao invés de “a”
• “Uma vez que, não tem livros, não tem direcionamentos.”
REPENSANDO A INTRODUÇÃO:

“Relativo à dificuldade da inclusão de autistas na


sociedade brasileira, considera-se que a maioria dos
institutos educacionais e empresariais não têm
organização e preparação para acomodar um autista em
seu meio. Há também a questão do preconceito e de
tratá-lo de forma injúria, como se não tivesse a
capacidade de aprendizagem por causa do transtorno.”
Análise:
Existe, no Brasil, uma lei referente à obrigatoriedade de cada instituição de ensino, sendo pública
ou particular, contar com a infraestrutura de uma biblioteca, garantindo aos alunos o acesso e o
convívio com obras literárias, mapas, atlas, dicionários e, em alguns casos, até computadores com
acesso à internet à disposição para pesquisas.
Porém, mesmo a lei oficializando este direito aos alunos, algumas escolas não conseguem
manter esse acervo, considerando que há um custo para que se possa dar continuidade a esse projeto,
como a renovação de materiais e um profissional responsável pela manutenção e organização do
espaço.
É preciso também levar em consideração que não há um grande estímulo que desperte nos
alunos a atração pelos livros, em um cenário onde se pode ter “o mundo” nas mãos com apenas alguns
cliques através dos smartphones, ir até uma biblioteca pode soar até “antiquado” entre alguns jovens.
Esse desinteresse é perceptível em pesquisas que revelam situações em que mesmo havendo a
disponibilidade de bibliotecas os alunos não vão à procura.
Portanto, considerando que há algumas realidades onde não é possível o acesso às salas de leitura
e outras em que esse recurso não é bem utilizado, deve-se procurar um meio termo. Cabe, logo, ao
governo mapear estas situações e tentar resolve-las da melhor forma possível, com a criação de mais
bibliotecas públicas ou comunitárias, a fim de serem utilizadas por mais de uma instituição. Além disso,
é importante o estímulo dos professores e educadores, desenvolvendo projetos de leituras e pesquisas
que envolvam os alunos, mostrando-lhes os benefícios de se ter acesso as bibliotecas.
Análise:
Existe, no Brasil, uma lei referente à obrigatoriedade de cada instituição de ensino, sendo pública
ou particular, contar com a infraestrutura de uma biblioteca, garantindo aos alunos o acesso e o
convívio com obras literárias, mapas, atlas, dicionários e, em alguns casos, até computadores com
acesso à internet à disposição para pesquisas.
Porém, mesmo a lei oficializando este direito aos alunos, algumas escolas não conseguem
manter esse acervo, considerando que há um custo para que se possa dar continuidade a esse projeto,
como a renovação de materiais e um profissional responsável pela manutenção e organização do
espaço.
É preciso também levar em consideração que não há um grande estímulo que desperte nos
alunos a atração pelos livros, em um cenário onde se pode ter “o mundo” nas mãos com apenas alguns
cliques através dos smartphones, ir até uma biblioteca pode soar até “antiquado” entre alguns jovens.
Esse desinteresse é perceptível em pesquisas que revelam situações em que mesmo havendo a
disponibilidade de bibliotecas os alunos não vão à procura.
Portanto, considerando que há algumas realidades onde não é possível o acesso às salas de leitura
e outras em que esse recurso não é bem utilizado, deve-se procurar um meio termo. Cabe, assim, ao
governo mapear estas situações e tentar resolve-las da melhor forma possível, com a criação de mais
bibliotecas públicas ou comunitárias, a fim de serem utilizadas por mais de uma instituição. Além disso,
é importante o estímulo dos professores e educadores, desenvolvendo projetos de leituras e pesquisas
que envolvam os alunos, mostrando-lhes os benefícios de se ter acesso as bibliotecas.
Proposta da semana
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Produção energética brasileira:
conciliar expansão, desenvolvimento social e
sustentabilidade”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Texto I
Brasil, atualmente, tem 83% de sua matriz elétrica originada de fontes
renováveis, de acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do Ministério de Minas e Energia, Reive Barros. A participação é
liderada pela hidrelétrica (63,8%), seguida de eólica (9,3%), biomassa e
biogás (8,9%) e solar centralizada (1,4%). Barros ressaltou que é fundamental
utilizar todo o potencial de fontes renováveis disponíveis, não só pelo
aspecto tecnológico e ambientalmente sustentável, mas principalmente
pelas questões socioeconômicas, com a geração de emprego e renda para a
nossa população. “O Brasil se destaca no mundo pela utilização cada vez
maior de fontes renováveis, contribuindo, dessa forma, para uma redução
maior da emissão de gases de efeito estufa, com valores compatíveis com os
compromissos assumidos no Acordo de Paris”, afirmou.
Fonte: Governo do Brasil. (21/01/2020). Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-
minerais-e-combustiveis/2020/01/fontesde-energia-renovaveis-representam-83-da-matriz-eletrica-
brasileira
Texto II
Alguém já mensurou o significado, do ponto de vista da dignidade humana, do programa ‘Luz para Todos’, ao
tirar milhões de compatriotas de uma verdadeira Idade Média para as ofertas do século XX?
Sugiro um exercício: calcular quantas florestas são poupadas no Brasil e no mundo quando as locomotivas a
vapor são substituídas pelas elétricas ou pelos carros dos metrôs e a geração de energia elétrica a partir de
fontes fósseis ou lenha é substituída pela energia derivada de hidroelétricas ou usinas termonucleares. [...]
Que tal dizermos agora aos milhões de brasileiros retirados da pobreza e que recém ingressaram nas
primeiras faixas do consumo, que eles podem tudo, menos… consumir energia? Tudo menos comprar seu
fogão, sua tevê, seu liquidificador?[...]
Mas, saberão os inocentes do Leblon o que faz o governo quando a geração de energia elétrica, no Brasil
derivada principalmente das hidroelétricas, não atende à demanda? Aciona as termelétricas movidas a diesel
ou carvão mineral, os campeões em emissão de C02, aumentando o aquecimento global. Em resumo: lutar
contra hidrelétricas e usinas nucleares é defender a fonte fóssil. Não tem saída. [...] Falar nas alternativas
eólica ou solar, em termos de alternativas para o país (produção em grande escala) é ignorar que essas fontes,
pois, embora não descartáveis, são, ainda, fontes caras, tecnologias em desenvolvimento, mesmo pouco
eficientes (e, diga-se de passagem, dependem de complementação térmica para sua regulação). Servem para
garantir calor às residências de praia das classes abastadas ou para suprir as necessidades de condomínios
ricos e pequenas vilas e povoações isoladas, compensando, com a geração local, o alto custo das redes de
transmissão.
Fonte: Roberto Amaral. Carta Capital. (13/12/2012). Disponível em: http://ramaral.org/2011/12/20/de-volta-
ao-candeeiro-e-aocarro-de-boi/
Texto III
Embora a energia eólica – aquela gerada pela força dos ventos – seja reconhecidamente
uma fonte limpa e renovável de eletricidade, ela tem um lado negativo, que causa
impactos ambientais não desprezíveis, como morte de animais e destruição de vegetação
nativa. É o que constataram pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), que há oito anos vêm estudando os efeitos maléficos na Caatinga dos parques (ou
fazendas) de geração de eletricidade, os quais podem ter centenas de "cataventos"
gigantes, que atingem, em alguns casos, 80 metros de altura, e pás giratórias, de até 30
metros.
Segundo o pesquisador Felipe Melo, do Departamento de Botânica da UFPE, a região
Nordeste é responsável por 86% da produção de energia eólica do Brasil, com destaque
para a Caatinga, que abriga 78% de todas as turbinas instaladas no país. "É uma situação
preocupante, porque esse é o bioma nacional mais vulnerável", alerta. "Ele totaliza menos
de 10% das áreas legalmente protegidas, das quais apenas 2% estão na categoria de
estritamente protegidas." [...] "Gerar energia renovável mediante a força dos ventos é uma
importante estratégia para que o Brasil cumpra com suas metas de desenvolvimento
sustentável e precisa ser estimulada", reconhece. "Mas, apesar de renovável, ela não é
inofensiva à natureza. Há impactos sobre a fauna, principalmente morcegos e aves, que
controlam pragas. Eles se chocam contra as pás das hélices e morrem."
Fonte: Evanildo da Silveira. BBC News Brasil (6/10/2019) https://www.bbc.com/portuguese/geral-49858734
Texto IV
Segundo um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), a
energia solar se destacou perante as demais fontes de energia elétrica no
mundo. Os dados apresentados em seu relatório, mostram que essa fonte
atraiu mais investimentos, alcançando um total de 168,8 bilhões de dólares
em 2017. Isso corresponde a 18% a mais do que no ano anterior. É por isso
que a energia solar é considerada a principal responsável pelo
desenvolvimento sustentável. Foram instalados em todo o mundo mais de
98 gigawatts para captar energia solar.
[...] A energia solar é uma fonte inesgotável e limpa, ou seja, o processo de
captação não gera poluição, impactos ambientais e sociais. O governo
brasileiro permite que as pessoas gerem a energia elétrica para consumo e
depois exportem o excedente para as empresas concessionárias do serviço,
responsáveis pela distribuição. O crédito fica disponível durante 60 meses e
pode ser utilizado para abater as faturas dos meses subsequentes. Essa é
uma maneira de reduzir o valor mensal gasto com energia em mais de 90%.
Fonte: ECOA (21/05/2019). https://www.ecoaenergias.com.br/2019/05/21/desenvolvimento-sustentavel-qual-
e-o-papel-daenergia-solar-nesse-processo/
• https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-para-o-enem-e-
vestibular/analise-da-redacao-do-vestibular-2013-da-ufsc-fontes-de-
energia-no-brasil/

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