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ETEC PARQUE DA JUVENTUDE

BIBLIOTECA ESCOLAR PÚBLICA: E O DESAFIO DA COMPETÊNCIA


INFORMACIONAL PARA OS JOVENS.

MARTINS, Verônica Toledo Bernardes.

RESUMO:

O referido trabalho apresenta um olhar construtivo sobre a biblioteca


escolar pública na qual foram abordadas questões como a sua
necessidade no meio educacional e social, também busco enfatizar o
estudo comparando duas bibliotecas escolares da zona norte de São
Paulo. A pesquisa abordou o olhar do estudante sobre as bibliotecas,
e procurou mostrar para a comunidade escolar que a competência
informacional é algo a ser pensado e analisado, para que no futuro
venha a ser estimulada e aprimorada mesmo que no meio público e
burocrático, para assim alcançar uma sociedade mais justa.

PALAVRAS-CHAVES: Biblioteca Escolar, Acesso à educação


Escolar, Competência Informacional.

JUSTIFICATIVA

A Biblioteca Escolar Pública é um lugar amplo, que tem a função


de trazer não só a informação mas o conhecimento. E isso traz a luz
diversos temas, pois é um local onde a informação transita livremente,
o tempo todo, estando disponível dentro dos livros os mais variados
tipos de pensamentos e ideologias, também temos os computadores e
a internet, onde milhões de conteúdos são expostos todos os dias.

Mas infelizmente a biblioteca também pode ser um local onde as


informações ficam guardadas, como, por exemplo, bibliotecas onde
nunca tem funcionários para auxiliar e atender os usuários, ou quando
o acervo não atende as necessidades daquela comunidade de
professores, alunos e funcionários ou simplesmente quando a
biblioteca fica fechada e acaba por virar um “deposito”. O que é culpa
de quem gere este espaço ou é responsável por ele.

A biblioteca escolar também é repleta de historias, pois diversos


membros da comunidade escolar por ali perpassam e deixam suas
marcas intelectuais e memorias afetivas, mas estas “lembranças”
variam podem ser boas ou ruins, dependendo de como foi o primeiro
contato do individuo com a biblioteca e de como esse ambiente foi
apresentado.

Em plena era da informação o mundo sofre constantes


mudanças, ele é alterado pela abundância e rápido acesso à
informação em uma diversa variedade de formatos, o que faz com que
o conhecimento da manipulação da informação seja algo valioso. A
biblioteca estimula esse conhecimento. Segundo Raganathan 1 , os
livros são para serem usados e qualquer pessoa tem direito de usar a
biblioteca, o que a transforma em um espaço de embate social e
político e o mesmo se caracteriza como um lugar de choque de
ideologias e de classes sociais e suas realidades.

A biblioteca escolar pública quando bem utilizada e


fundamentada ensina seus usuários a manipular a informação, a
encontra – lá, e usa – lá tudo de forma “gratuita”.

Com base nas reviravoltas politicas que o Brasil vem vivendo


essa ligação da sociedade, com a correta manipulação da informação,
pode ser a chave para as pessoas entenderem melhor este momento,
o que ele representa na vida de todos os cidadãos, e como construir
um futuro próximo onde as escolas não sofram mais com a escassez
de investimentos e a comunidade escolar se aproprie do que por direito
é seu, pois a educação e o acesso transformam vidas.

1. 1Bibliotecário e introdutor da biblioteconomia na Índia Ranganathan. As leis são aplicadas


hoje em dia em bibliotecas e centros documentais do mundo todo. Os estudos do indiano
podem ser conferidos em sua obra "The Five Laws of Library Science" (1931).
INTRODUÇÃO

A biblioteca escolar pública é um lugar de extremos, ela marca


os indivíduos que por ela perpassam e tem como função trazer a tona o
conhecimento, ou pelo menos as fontes até ele, ela é o primeiro
contato de crianças e jovens com o mundo magico dos livros, e com o
mundo real da informação, ela é o lugar que a principio ajuda na
formação intelectual e sociológica dos mesmos.

A biblioteca escolar também é repleta de historias, pois diversos


membros da comunidade escolar que interagem com este ambiente
deixam suas marcas intelectuais e memorias afetivas, mas estas
“lembranças” variam, podem ser boas ou ruins, dependendo de como
foi o primeiro contato daquela pessoa com a biblioteca, e de como esse
ambiente foi apresentado para ela. Sabemos que cada biblioteca é
diferente, seja fisicamente ou estruturalmente, e a biblioteca escolar
pública demanda de verba, por parte da instituição pública, e de força
de vontade do corpo docente escolar, nem sempre a situação é a
desejável.

Contudo o livre acesso a biblioteca no ambiente escolar, deve


ser mais do que garantido, visto que a educação pode diminuir as
barreiras sociais dando possibilidades de mudança para as pessoas
transformando vidas, e assim modificando a sociedade. Paulo Freire
nos da uma ótima ideia disso quando diz: “Ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção
ou a sua construção.” (FREIRE, 1996, p.47), do livro Pedagogia da
Autonomia; ou seja cada pessoa faz a diferença e cada movimento em
prol da autonomia informacional educativa significa muito para um país
subdesenvolvido.

Nós vivemos em uma era onde muita informação esta disponível


o tempo todo, e o contato virtual permanece constante e com isso as
bibliotecas ganharam o papel de ser o espaço que deve fornecer desde
a mais antiga tecnologia (que seria o livro de papel) até a mais atual
(sendo a internet), e com isso incentivar o conhecimento seja em qual
plataforma for.
Ao ser privado deste local, é o mesmo do que ser tratado como
um escravo da ignorância, e segundo a Declaração dos Direitos
Humanos “Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a
escravatura e o trato dos escravos sob todas as formas são proibidos.”
(Art. 4, 10 de Dezembro 1948).

Em outro extremo, temos a competência informacional², um


termo muito debatido no meio biblioteconômico, mas que neste artigo
ira ser abordado apenas em alguns aspectos, mostrando alguns pontos
de sua teoria, por exemplo, como os membros da comunidade escolar
podem trabalhar juntos, se utilizando desses ideais não só para criar a
disseminação da informação, como também a lutar pelos seus direitos,
assim como os bibliotecários dos EUA lutaram quando o termo surgiu
na década de 60, e acima de tudo para os jovens terem essa
autonomia, além disso para criar um espaço que seja democrático
socialmente, e que seja mais um lugar onde o conhecimento tome
conta e ajude alunos e professores a desenvolver suas ideias,
mudando assim sus próprias realidades e da instituição escolar que
frequentam.

A biblioteca é um espaço de embate social e político, onde o


conhecimento se torna um poder, e com ele, a partir dele, é possível
criar uma nova sociedade, menos desigual e mais criativa e integrada,
por tanto nada mais justo que refletir sobre isso, começando a olhar
para as possibilidades da biblioteca e da escola pública.

A principio foi realizada uma pesquisa qualitativa com alguns


alunos do 1°, 2° e 3° ano do ensino médio, para saber como eles
enxergam este espaço e como usam, e como se da este acesso a suas
respectivas bibliotecas, usei duas escolas públicas estaduais da Zona
Norte de São Paulo para obter estes dados.

A Leitura, A Escrita e a Biblioteca Escolar.


No Brasil, o ensino é um direito de todas as crianças e
adolescentes, sendo garantido por lei (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO
DE 1990.). 2Quando os alunos são alfabetizados eles iniciam a prática
da leitura, por isso devem ser grandes os esforços de todo corpo
docente das escolas, para despertar nos estudantes a busca pelo
conhecimento, e mostrar para eles que na vida isto é um assunto
sempre de extrema importância, pois o leitor conhece a si mesmo
através daquilo que ele lê.

A leitura é um processo dinâmico pois á medida que se


desenvolve nossa capacidade cognitiva ela proporciona uma interação
entre o leitor e o que esta sendo lido, no caso das crianças e
adolescentes o acesso a informação e a leitura tornam – se essenciais
para sua formação pessoal visto que especialmente nesta idade o
mundo é algo tecnológico, novo e curioso, estas descobertas ajudam a
determinar, pelo menos em parte, algumas decisões que virão a ser
tomadas na vida adulta como desejos, profissão, etc.

Um dos mais ilustres educadores brasileiros, Paulo Freire muito


fala sobre leitura, escrita e acima de tudo educação, sempre nos
mostra que mudar é difícil, mas é possível e necessário, ele deixa clara
estas necessidades quando diz que “Reinventar, recriar, reescrever é
tarefa do sujeito e não do objeto.”(FREIRE, 1968, p.11).

O processo da escrita está intrinsecamente ligado com o da leitura.


Com tudo ambos necessitam de um espaço de tempo e de um lugar
que incentive essa prática, que no caso deveria ser a biblioteca mas
nem toda escola de ensino público garante este acesso. A educação
pública brasileira necessita de avanços neste quesito de infraestrutura
de bibliotecas, para garantir a melhor qualidade de ensino, e neste
artigo é apresentada uma importante aliada que por muitas vezes é
esquecida ou não valorizada: A Biblioteca Escolar Pública. Para
compreendermos o mínimo sobre alguns pontos que definem a

2 Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA


biblioteca escolar, existe uma declaração da American Association of
School Libraries3, que as pontua como:

a. Proporcionar materiais que enriquecem e apoiem o programa de


estudos e levem em conta os diversos interesses, aptidões e níveis de
maturidade dos alunos;

b. Oferecer elementos que estimulem o desenvolvimento do


conhecimento dos fatos, o gesto literário e a avaliação estética e ética;

c. Fornecer uma base suficiente de informação que permita aos alunos


formularem juízos inteligentes em sua vida cotidiana.

d. Proporcionar materiais representativos dos vários grupos religiosos,


étnicos e culturais bem como suas contribuições para o patrimônio
nacional.

e. Fornecer materiais que focalizem questões controvertidas, sob pontos


de vista opostos de tal forma que os jovens cidadãos possam exercitar
– se sob a orientação de professores na prática da leitura e
pensamento crítico.

f. Colocar os princípios acima da opinião pessoal e a razão acima do


preconceito na seleção dos melhores materiais com o objetivo de reunir
uma grande coleção realmente adequada as necessidades de seus
usuários.”

Sendo assim é preciso dar mais atenção e incentivo as bibliotecas


nas escolas públicas principalmente nos momentos posteriores a
infância quando projetos ligados a leitura diminuem ou perdem sua
constância.

É dever dos professores ouvir a voz dos alunos e descobrir


equívocos nas práticas de atividades de leitura, contudo dentro do
ensino público na grande parte das escolas não há bibliotecários ou
técnicos nem mesmo auxiliares formadas na área para cuidar destas

3Associação de bibliotecários dos EUA que criou o termo Competência Informacional. Mais informações
em O movimento da competência Informacional: uma perspectiva para o letramento informacional,
Bernadete Campello, op.cit.
Biblioteca escolar: Presente!, p. 20 -21. Porto Alegre: Editora Evanagraf/CRB-10,2011.
bibliotecas, consequentemente é corriqueiro que o profissional ativo na
verdade seja um professor remanejado.

Entretanto apesar de ser inadequado quando há interesse desse


profissional muitas vezes ele consegue bons resultados há uma citação
4
de Marx Fisher(informação verbal) que diz “Nos queríamos
trabalhadores, mas chegaram pessoas.” Quando mesmo que com
dificuldades há força de vontade e um bom atendimento que é
conhecido também como serviço de referência a biblioteca funciona e
algumas barreiras começam a ser quebradas dentro da educação
pública.

O QUESTIONÁRIO, SEUS RESULTADOS E ALGUMAS


OBSERVAÇÕES.

Nas duas escolas públicas onde se realizou o questionário com os


alunos do 1° ao 3° ano de ensino médio havia um pergunta que era:

 Dê uma nota de 1 à 10 para a biblioteca da sua escola. Sendo 1 ruim,


e 10 ótimo.

Escola Estadual Professor João Baptista Alves da Silva obteve os


seguintes resultados:

9
8
R
7
e
s 6
p 5
o
4
s
t 3
a 2
s
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Notas 0 a 10

4 Citação do autor Marx Frisch feita por Ana Teresa Vianna de Figueiredo Sannozzaro no curso de imersão
a biblioteca como o território cultural: interculturalidade e multilinguismo do 10° Seminário de Biblioteca
Viva em outubro de 2017.
O intuito da pergunta era enxergar além das opiniões de
professores e bibliotecários, indo diretamente ao público alvo, os
estudantes pois apenas eles podem dizer claramente se o ambiente
que foi “pensado e planejado” como biblioteca para eles, funciona ou
não, por tanto nada mais justo do que dar voz a eles, já que muitos
estudiosos dissertam sobre a questão da educação pública, mas
apenas os alunos a vivenciam diariamente. A escola João Baptista
Alves da Silva obteve altos índices de aprovação para a biblioteca
mesmo a escola se situando em uma zona periférica e a biblioteca ser
cuidada por um professor e não por um bibliotecário.
10
9
8
7
Notas 1 a 10

6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Respostas

Já na escola Pedro Alexandrino o índice é mediano,


confrontando a razão deste resultado, obtive a resposta do conselho de
professores da escola que declarou que a professora responsável por
cuidar da biblioteca tem uma carga horaria de (hora/aula) menor por
tanto a biblioteca fica livre para os alunos apenas em alguns dias da
semana e em apenas um único período sendo pela manhã ou pela
tarde.
A partir deste ponto outras perguntas surgiram, então também
foram introduzidas no questionário onde os alunos teriam a opção de
responder sim, não ou não sei.
 Você e sua sala usam a biblioteca para realizar atividades com os
professores?
 Caso a resposta seja sim você gostaria de ter mais aulas neste
ambiente?
 Você usa a biblioteca para pesquisas escolares?
 Você tem acesso livre á computadores e internet na biblioteca da sua
escola?
 A biblioteca faz diferença no seu dia a dia de estudos ou de lazer?

Na Escola Estadual Pedro Alexandrino:


35
30
25
20
15
sim
10
não
5
nulo/não sei
0
Você e sua sala Caso a resposta Você usa a A biblioteca faz Você tem acesso
usam a biblioteca seja sim você biblioteca para diferença no seu livre á
para realizar gostaria de ter pesquisas dia a dia de computadores e
atividades com os mais aulas neste escolares? estudos ou de internet na
professores? ambiente? lazer ? biblioteca da sua
escola?

Com base na analise destes dados nota-se que os alunos


utilizam a sala com os professores, mas não são incentivados para
algo além disso, eles utilizam recursos como projetores e o espaço de
estudo em grupo, mas não são orientados a fazer pesquisas neste
ambiente, nem por necessidade e nem por lazer. Muitos relatam não
ter internet nem computadores na biblioteca. O que mostra que a
biblioteca nesta escola é apresentada de uma maneira didática, que
não é a mais recomendada e sendo assim não possui um
planejamento eficiente por parte dos professores e gestores deste
ambiente escolar já que eles utilizam apenas para apresentação de
aulas.
Na escola João Baptista Alves da Silva:
25

20

15

10 sim
não
5 nulo/não sei

0
Você e sua sala Caso a resposta Você usa a A biblioteca faz Você tem acesso
usam a biblioteca seja sim você biblioteca para diferença no seu livre á
para realizar gostaria de ter pesquisas dia a dia de computadores e
atividades com mais aulas neste escolares? estudos ou de internet na
os professores? ambiente? lazer ? biblioteca da sua
escola?

Esta biblioteca é mais voltada para pesquisas, mas de uma


forma mais “lúdica”, já que o professor responsável se preocupa em
mantes o acervo com leituras menos didáticas e que atraia os jovens.
Por conseguinte falta uma prática e uma apresentação mais voltada ao
tradicional (como leituras de referência para os professores),os
professores não utilizam para dar aula neste ambiente, mas em ambas
escolas a maioria dos alunos declaram não haver internet, o que é uma
questão a ser analisada por estas gestões pois ela atrai os estudantes,
estimula o aprendizado no campo das pesquisas e traz mais acesso ao
ambiente.

Escola Estadual Pedro Alexandrino:


9

Q 8
u
7
a
n 6
t
5
i
d 4
a
d 3
e 2

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Notas de 1 a 10

Escola Estadual João Baptista Alves da Silva

20

18

16
R 14
E
S 12
P
10
O
S 8
T
6
A
S 4

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Notas de 1 a 10

A escola é a principal referência na alfabetização tem um papel


importante de gerar as primeiras tomadas de consciência perante o ato
de ler criticamente. Mas há muitos discursos sobre desvencilhar a
aprendizagem de atos políticos já que supostamente o papel da escola
deveria ser somente de mediadora. Todavia isto é uma falácia pois no
âmbito educacional Paulo Freire dizia que “De um ponto de vista
crítico, é tão impossível negar a natureza política do processo
educativo quanto negar o caráter educativo do ato político.” Ou seja
toda ação que o individuo toma é por que ele é influenciado por algo,
inclusive pela política, vivemos hoje em um sociedade que prega a
democracia, por tanto não se pode dizer que existe uma escola sem
partido, ou sem ideologia.
A teoria da competência informacional pregava que uma das funções
dos bibliotecários seria ficar encarregado de ensinar e ajudar no
desenvolvimento de habilidades dos estudantes, como de pensar
criticamente, ler, ouvir e ver, enfim ensinando á aprender a aprender,
outra função era o de consultor didático, onde ajudaria na
implementação de atividades curriculares tornando a aprendizagem
dinâmica e centrada no aluno e não no ensino verbalista apenas do
professor.
Não queremos conectar pessoas apenas com informação
queremos conectar pessoas com pessoas e dar oportunidades a elas.
Por conta disto que é tão importante ter um bibliotecário dentro do
âmbito escolar para trazer essa visão.
Como observado no gráfico acima os alunos deram nota médias
para a professora responsável pela biblioteca da escola Pedro
Alexandrino e segundo eles isso se deu pela falta de contato com ela e
com a biblioteca fora do período de aula.
Já na escola João Baptista as notas foram boas, pois como a
biblioteca se expressa e atrai o público esse ambiente de lazer isso
atrai os estudantes e por consequência criam contato com o professor
da biblioteca. Isso levou a outro questionamento que era com qual
frequência os alunos iam as suas respectivas bibliotecas.

João Baptista:
1
3 4

Nunca
As vezes
Semanalmente
Diariamente

22

Pedro Alexandrino.

Nunca
As vezes
11
Semanalmente
17
Diariamente

Neste ponto fica claro que a apresentação da biblioteca e o serviço de


referência são de estrema importância dentro do âmbito escolar e
como isso afeta o interesse dos alunos.
Em algum âmbitos a pesquisa teria se desenvolvido mais se o acesso
fosse permitido, entretanto uma das escolas de referência não permitiu
a conversa com os alunos diretamente, nem a aplicação do
questionário pela autora do artigo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os indivíduos tem que abrir os olhos e ampliar seus horizontes


para a questão informacional se apoderando de seus direitos,
principalmente dentro da biblioteca escolar, todas as revoluções são
trazidas pelos jovens, por tanto nada mais justo que dar voz a eles,
embasando uma pesquisa que se deu através de um questionário que
foi respondido pelos mesmos, buscando mostrar a visão deles sobre
suas respectivas bibliotecas, e embasada pelas teorias de grandes
mestres professores e bibliotecários.
A sociedade em geral também precisa aprender a valorizar o ato
da pesquisa, pois apenas estudando e estando informados
conseguimos lidar com as transformações do cotidiano politico e social
do país, por conta disso trouxe o conceito de competência
informacional dentro das bibliotecas exemplificando como é importante
a presença de um bibliotecário, mas sem desvalorizar o trabalho de
professores que foram remanejados pelo estado para cuidar destas
bibliotecas, e que em muitas vezes fazem todo o possível dentro de
seus conhecimentos para ajudar a comunidade escolar, mas também
sabemos que esta longe de ser a situação ideal para as bibliotecas.
É de grande valia também dizer que estudar é um ato político
pois transforma o individuo em todos aspectos, inclusive o social, por
tanto nem sempre será visto com bons olhos, a informação é poder na
sociedade em que vivemos, pois a educação é dependente da vontade
politica.

BIBLIOGRAFIA
CAMPELLO, Bernadete. O movimento da competência informacional: uma
perspectiva para o letramento informacional. Revista Ciência da Informação.
Brasília, v. 32, n. 3, p. 28-37, set\dez, 2003.

CASTRILLÓN, Silvania. O direito de ler e de escrever. São Paulo: Editora Pulo do


Gato, 2011.

DUTRA, Andreza Rimar; FERREIRA, Roselaine Gomes; GUIMARÃES, Ana Ceília


de Brito Valença; LACERDA, Maria de Fátima Gomes. A biblioteca escolar como
agente incentivador da leitura: o caso dos alunos do ensino médio da escola pública
estadual Centro Profissionalizante Deputado Antônio Cabral (CPDAC) e a análise de
seus hábitos de leitura. Biblionline. João Pessoa, v. 12, n.1, p. 38-48, 2016

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1981.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

IFLA. Diretrizes da IFLA/UNESCO para bibliotecas escolares. IFLA, 2006.

MONTEMEZZO, Elaine Luiza Foss. Como o espaço da Biblioteca pode ser


utilizado para contribuir na alfabetização de Jovens e Adultos? . Porto Alegre,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012.

TARGINO, M. G. A. Biblioteconomia informação e cidadania. Revista da escola de


biblioteconomia da UFMG. v. 20, n. 2, p. 149-160, 1991.

Anexo
Questionário

1. Você e sua sala usam a biblioteca para realizar atividades com os professores?

( ) Sim ( ) Não

2. Caso a resposta acima seja sim, você gosta de ter mais aulas neste ambiente?

( ) Sim ( ) Não

3. Dê uma nota de 1 à 10 para a biblioteca da sua escola. Sendo 1 ruim, e 10 ótimo.


: _________________

4. Dê uma nota e 1 à 10 para o professor que cuida da biblioteca da sua escola.

: ___________________

5. Com qual frequência você vai a biblioteca fora do período de aula.

( ) Nunca ( ) As vezes ( ) Semanalmente ( )Diariamente

6. Você usa a biblioteca para pesquisas escolares?

( ) Sim ( ) Não

7. A biblioteca faz diferença no seu dia a dia de estudos ou de lazer?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei

8. Você tem acesso livre à computadores e internet na biblioteca da sua escola?

( ) Sim ( ) Não

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