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CÓDIGO DE URBANISMO E

EDIFICAÇÕES

ESTACIONAMENTOS
MACEIÓ, 2007

LEI MUNICIPAL N. 5.593, DE 08 DE FEVEREIRO DE 2007.


CAPÍTULO III
DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO E DE ESTACIONAMENTO

Art. 113. O sistema de circulação e de estacionamento nas áreas urbanas e de expansão urbana deste Município
terá seu funcionamento regulado de acordo com a hierarquia do sistema viário naquelas áreas, os dispositivos da
presente lei, normas constantes do Código de Trânsito Brasileiro e do seu regulamento.

§ 1º. Para efeito de funcionamento adequado do sistema viário serão levados em conta os seguintes elementos:

I – a sinalização e o sentido de trânsito;


II – o sistema de circulação de veículos em pista de mão única, não importando a capacidade do veículo nem a
sua utilização;
III – fixação dos itinerários dos transportes coletivos municipais e intermunicipais de passageiros, incluindo os de
turismo, de forma a diminuir, tanto quanto possível, a sua interferência no tráfego urbano;
IV – determinação adequada de itinerários, pontos de paradas e horários dos transportes coletivos urbanos,
incluindo os de turismo, bem como de locais destinados ao estacionamento dos referidos veículos e ao embarque
de passageiros;
V – disciplinamento dos itinerários e horários especiais para o tráfego de veículos de carga e para as operações
de carga e descarga;
VI – restrição ou proibição de circulação de veículos ou da passagem de animais em determinadas vias públicas;
VII – determinação de velocidade máxima permitida para veículos automotores em cada via urbana, tendo em
vista
as limitações de trânsito;
VIII – fixação de tonelagem máxima permitida a veículos de transporte de carga cuja movimentação se efetue nas
vias públicas urbanas;
IX – definição de pontos e áreas de estacionamento em vias e logradouros públicos;
X – identificação de locais não edificados suscetíveis de utilização para o estacionamento e guarda de veículos;
XI – fixação de zonas de silêncio e sinalização indicativa dos seus limites.
Art. 115. Nos logradouros públicos reservados com exclusividade aos pedestres poder-se-á admitir a presença de
veículos em horários previamente determinados, mediante determinação do órgão de transporte e trânsito municipal. em horários
previamente determinados, mediante determinação do órgão de transporte e trânsito municipal.

Art. 116. O funcionamento das feiras livres ocorrerá exclusivamente nas vias locais, com autorização dos órgãos
municipais competentes.

Art. 117. O fechamento temporário ao tráfego de veículos em vias urbanas, para a realização de eventos, somente
poderá ocorrer com expressa e prévia autorização dos órgãos de controle urbano e transporte e trânsito do Município.

Art. 118. Os projetos de edificações preverão, obrigatoriamente, a existência de áreas destinadas a estacionamento e/ou guarda
de veículos, nos termos da presente Lei e de outras normas que regulem a matéria, cujas exceções estão estabelecidas no
Quadro 1 do ANEXO III desta Lei.

Parágrafo único. Os projetos conterão indicações obrigatórias de natureza gráfica, pertinentes a localização das vagas
destinadas aos veículos e o esquema de circulação para a entrada e saída das vagas.
Art. 119. Em edificações não residenciais, quando a área de estacionamento ou de guarda de veículos não puder
se localizar dentro do lote de terreno onde se situa a edificação, admitir-se-á sua existência em parqueamento privativo ou
edifício-garagem existente, numa distância máxima de 200,00 m (duzentos metros) do lote mencionado neste artigo.

§ 1º. A concessão do habite-se do edifício-garagem deverá anteceder a de edificação a que servirá de


complemento.
§ 2º. A vinculação entre o edifício-garagem e qualquer área complementar que servir a estacionamento, devera ser
objeto de comprovação mediante escritura pública.
§ 3º. Em qualquer dos casos, a área complementar de estacionamento não poderá ter desviada a sua finalidade.

Art. 120. O espaço destinado a cada veículo, na área de estacionamento, não poderá ser considerado de área
inferior a 20,00 m² (vinte metros quadrados), para o fim de calcular-se a área total de estacionamento.

Art. 121. Com vistas ao seu dimensionamento, as vagas de estacionamento serão consideradas com as
dimensões mínimas de 5,10 m (cinco metros e dez centímetros) por 2,30 m (dois metros e trinta centímetros).

Art. 122. O numero de vagas para estacionamento ou guarda de veículos, será fixado conforme Quadro 1 do
ANEXO III desta Lei.

Art. 123. A administração pública municipal providenciará a colocação nos logradouros públicos urbanos, de
acordo com as indicações do Conselho Nacional de Trânsito.
I – das placas indicativas do sentido de trânsito, dos pontos de parada dos veículos de transportes coletivos e de
táxis.
II – das faixas de orientação aos pedestres e motoristas
CAPÍTULO IV
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

Art. 125. Os espaços para acesso, circulação e estacionamento de veículos serão projetados, dimensionados e
executados livres de qualquer interferência estrutural ou física que possa reduzi-los, e serão destinados às seguintes
utilizações:

I – particular, de uso exclusivo e reservado, integrante de edificação residencial unifamiliar;


II – privativo, de utilização exclusiva dos moradores ou usuários da edificação;
III – coletivo, aberto à utilização pública.

Art. 126. As vagas de estacionamento serão dimensionadas em função do tipo de veículo, e os espaços de
manobra e acesso em função do ângulo formado pelo conjunto da vaga e a faixa de acesso, respeitadas as
dimensões
mínimas estabelecidas no Quadro 3 do ANEXO III desta Lei.
Art. 127. As larguras das vias de acesso e manobras deverão respeitar as dimensões mínimas
estabelecidas no Quadro 4 do ANEXO III desta Lei.

§ 1º. Para os estacionamentos com sentido duplo de circulação de veículos, deverão ser previstos espaços de manobra e
estacionamento de forma que estas operações não sejam executadas nos espaços dos logradouros públicos.

§ 2º. Os estacionamentos térreos, implantados sem cobertas para veículos, deverão ser providos com vegetação
de porte arbóreo, na proporção de uma árvore para cada 40,00 m2 (quarenta metros quadrados) de área.

Art. 128. Os estacionamentos coletivos terão área de acumulação, acomodação e manobra de veículos
dimensionadas de forma a comportar, no mínimo, 3% (três por cento) de sua capacidade.

§ 1º. No cálculo da área de acumulação, acomodação e manobra de veículos poderão ser consideradas as rampas
e faixas de acesso às vagas de estacionamento, desde que possuam largura mínima de 5,50 m (cinco metros e cinqüenta
centímetros).

§ 2º. Para os estacionamentos com um único sentido de circulação, será admitida somente a manobra de um
veículo para liberar a movimentação de outro (enclausuramento).

§ 3º. Qualquer edificação destinada a estacionamento com mais de 6 (seis) andares conterá obrigatoriamente
elevador de veículos no pavimento de ingresso.
Art. 129. Os estacionamentos coletivos terão área de acumulação, acomodação e manobra de veículos, dimensionada de forma a
comportar, no mínimo, 3% (três por cento) de sua capacidade.

§ 1º. No cálculo da área de acumulação, acomodação e manobra de veículos, poderão ser consideradas as rampas
e faixas de acesso às vagas de estacionamento, desde que possuam largura mínima de 5,00 m (cinco metros ).

§ 2º. Quando se tratar de estacionamento com acesso controlado, o espaço de acumulação de veículos deverá
estar situado entre o alinhamento do logradouro e o local do controle.

§ 3º. Nos estacionamentos com capacidade superior a 30 (trinta) veículos é obrigatória a reserva de um percentual
mínimo de vagas, em relação ao número total daquelas existentes, de:

I – 50% (cinquenta por cento) destinadas a veículos de pequeno porte, com dimensões mínimas de 2,30 m (dois
metros e trinta centímetros) por 4,50 m (quatro metros e cinquenta centímetros);

II – 40% (quarenta por cento) para veículos de médio porte, com dimensões mínimas de 2,30 m (dois metros e
trinta centímetros) por 5,10 m (cinco metros e dez centímetros);

III – 5% (cinco por cento) para veículo de grande porte, com dimensões mínimas de 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros) por 5,50 m (cinco metros e cinquenta centímetros);

IV – 5% (cinco por cento) para veículos de pessoas portadoras de necessidades especiais ou com mobilidade
reduzida, com dimensões mínimas de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) por 5,50 m (cinco metros e cinquenta
centímetros), sem prejuízo das exigências estabelecidas nas normas técnicas específicas;

§ 4º. Sem prejuízo do disposto no inciso IV deste artigo, todo estacionamento conterá obrigatoriamente uma vaga,
pelo menos, de estacionamento destinado aos veículos de pessoas portadoras de necessidades especiais ou com
mobilidade reduzida.
5,50
§ 5º. Nos casos em que a aplicação do percentual do item IV deste artigo implicar um
número fracionado de vagas, arredondar-se-á para a unidade subseqüente.

§ 6º. Os estacionamentos, ressalvados os de utilização exclusivamente dos moradores de edificações residenciais, reservarão área num percentual de 4%
(quatro por cento) do total de vagas reservadas para os veículos para motocicletas, com dimensões mínimas de 0,8 m (oitenta centímetros) por 2,5 m (dois
metros e cinquenta centímetros), e mais, 4% (quatro por cento) do total de vagas reservadas para os veículos para as bicicletas, com dimensões mínimas de
0,5 m (cinquenta centímetros) por 2,0 m (dois metros).

§ 7º. Para os estacionamentos com capacidade igual ou inferior a 30 (trinta) veículos:

I – as vagas terão dimensões mínimas de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) por 5,10 m (cinco metros e dez
centímetros);

II – será admitido 50% (cinqüenta por cento) das vagas com dimensões mínimas de 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) por 4,50 m (quatro metros e
cinqüenta centímetros), desde que não se limitem com o passeio público.

§ 8º. Existindo vagas paralelas às faixas de circulação de veículos, suas dimensões deverão ser acrescidas:

I – em 1,00 m (um metro) no comprimento e 0,25 m (vinte e cinco centímetros) na largura, para automóveis e
utilitários;
II – em 2,00 m (dois metros) no comprimento e 1,00 m (um metro) na largura, para caminhões e ônibus.

§ 9º. Os edifícios-garagem atenderão também às normas do art. 463 e seguintes desta Lei.

§ 10. Sem prejuízo das exigências quanto à taxa de permeabilidade do imóvel, é obrigatória a instalação, em estacionamentos descobertos, de pisos
permeáveis e/ou trincheiras de infiltração.
NBR 9050 | ESTACIONAMENTO
ABNT, 2015
6.12 Circulação externa

- Calçadas e vias exclusivas de pedestres devem ter piso (regular, firme, estável, não trepidante para
dispositivos com rodas e antiderrapante) e garantir uma faixa livre (passeio) para a circulação de pedestres
sem degraus.

A inclinação transversal da faixa livre (passeio) das calçadas ou das vias exclusivas de pedestres não
pode ser superior a 3 %. Eventuais ajustes de soleira devem ser executados sempre dentro dos lotes
ou, em calçadas existentes com mais de 2,00 m de largura, podem ser executados nas faixas de
acesso
A largura da calçada pode ser dividida em três faixas de uso, conforme definido a seguir e demons-
trado pela Figura:

a) faixa de serviço: serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os postes de


iluminação ou sinalização. Nas calçadas a serem construídas, recomenda-se reservar uma faixa
de serviço com largura mínima de 0,70 m;

b) faixa livre ou passeio: destina-se exclusivamente à circulação de pedestres, deve ser livre de
qualquer obstáculo, ter inclinação transversal até 3 %, ser contínua entre lotes e ter no mínimo
1,20 m de largura e 2,10 m de altura livre;

c) faixa de acesso: consiste no espaço de passagem da área pública para o lote. Esta faixa é
possível apenas em calçadas com largura superior a 2,00 m. Serve para acomodar a rampa de
acesso aos lotes lindeiros sob autorização do município para edificações já construídas
Acesso do veículo ao lote

O acesso de veículos aos lotes e seus espaços de circulação e estacionamento deve ser feito de forma a
não interferir na faixa livre de circulação de pedestres, sem criar degraus ou desníveis, conforme exemplo da
Figura. Nas faixas de serviço e de acesso é permitida a existência de rampas
Vagas reservadas para veículos:

Há dois tipos de vagas reservadas:

a) para os veículos que conduzam ou sejam conduzidos por idosos; e

b) para os veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência.

Condições das vagas

A sinalização vertical das vagas reservadas deve estar posicionada de maneira a não interferir com as
áreas de acesso ao veículo, e na circulação dos pedestres.

As vagas para estacionamento para idosos devem ser posicionadas próximas das entradas,
garantindo o menor percurso de deslocamento.
As vagas para estacionamento de veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência
devem:

a) ter sinalização vertical

b) contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, quando afastadas da
faixa de travessia de pedestres. Esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas, no caso de
estacionamento paralelo, perpendicular ou oblíquo ao meio fio;

c) estar vinculadas à rota acessível que as interligue aos polos de atração;

d) estar localizada de forma a evitar a circulação entre veículos;

e) ter piso regular e estável;

f) o percurso máximo entre a vaga e o acesso à edificação ou elevadores deve ser de no máximo 50 m
Todo estacionamento deve garantir uma faixa de
circulação de pedestre que garanta um trajeto
seguro e com largura mínima de 1,20 m até o
local de interesse. Este trajeto vai compor a rota
acessível.
REFERÊNCIAS
Pórtico do Complexo da Villa Ryhan – Mazandaran, Irã – WALTRITSCH a+u e RNDR STUDIO
A entrada receberá
calorosamente as
pessoas de volta para
casa, e abençoá-las
antes de sair para suas
atividades diárias no
mundo do lado de fora
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PROCESSO CRIATIVO
EXEMPLOS DE ESTUDOS VOLUMÉTRICOS

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