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Os agrotóxicos são composições químicas usadas em larga escala em

produções agrícolas com o objetivo de preservar as espécies cultivadas,


eliminando insetos, ervas daninhas, fungos, bactérias ou quaisquer outros tipos
de pragas que prejudiquem as plantações. Mas apesar dos benefícios que
este produto traz, consigo vem também os riscos à saúde, como doenças,
alergias ou intoxicações, tanto quanto riscos à natureza, empobrecendo o solo
e contaminando os alimentos produzidos.
Primordialmente, é importante destacar que os pequenos agricultores
são duramente afetados pela larga utilização dos agrotóxicos em lavouras,
pois, pelo fato de não dependerem desses compostos químicos para a
produção, têm seus produtos menos valorizados por possuírem um valor maior
de mercado. A cada 90 minutos, alguém é envenenado por um agrotóxico no
Brasil.” Este, juntamente com a problemática da agricultura familiar, são dois
assuntos discutidos no documentário de Silvio Tendler, que critica o modelo
agrícola nacional atual e suas consequências tanto para a saúde pública
quanto aos pequenos produtores, propondo-nos também um paralelo entre
uma alimentação saudável fruto de uma agricultura familiar ou um modelo
produtivo agropecuário calcado no uso de agrotóxicos e na baixa
empregabilidade.
Por conseguinte, podemos citar o Projeto de Lei 6299/02, mais
conhecida pela chamada “PL do Veneno”, que visa atualizar a legislação dos
Agrotóxicos, e onde os que vão contra a aprovação desse projeto de lei alegam
que servirá apenas para “afrouxar” as regras sobre o uso destes compostos
químicos e que vai “levar mais veneno à mesa dos brasileiros”. Tendo em vista
a importância econômica que a produção agrícola tem no Brasil, a aprovação
dessa lei garantiria a transparência nos procedimentos de avaliação dos
defensivos agrícolas e preveria uma análise mais completa dos produtos
destinados ao mercado, levando em conta todos os riscos envolvidos a saúde
a ao meio ambiente na aplicação dos produtos.
Portanto, é mister que o Estado tome providências para superar este
impasse, causado pelas divergências sobre o uso de agrotóxicos, e melhorar o
quadro atual. Para que o habitual uso de produtos fitossanitários deixe de ser
um problema recorrente para aqueles que são contra, urge que o Executivo
Federal em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), além de darem suporte ao uso desses produtos, apoiem também
aqueles pequenos produtores de alimentos orgânicos, que, devido a produção
manual e outros fatores, têm seus produtos a preços mais elevados,
supostamente sendo mais desvalorizados no mercado. Com uma verba
destinada a esses agricultores, seus produtos se tornariam mais acessíveis ao
mercado e possibilitaria uma maior variabilidade nos produtos alimentícios e
divergiria toda essa discussão abordada tanto no filme de Silvio Tendler ou na
“PL do veneno”, quanto em diversos outros campos referentes à alimentação
saudável ou à produção agropecuária.

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