Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARTES E FORMAÇÃO
DOCENTE
EDUCAÇÃO DO CAMPO,
ARTES E FORMAÇÃO
DOCENTE
Palmas – TO
2016
E24 Educação do campo, artes e formação docente / Cícero da Silva, Cássia Ferreira
Miranda, Helena Quirino Porto Aires, Ubiratan Francisco de Oliveira (orgs). –
Palmas/TO: EDUFT, 2016.
244 p.:il.
ISBN: 978-85-60487-12-7
Prefácio ...................................................................................................09
Introdução ..............................................................................................15
1
Em sua dissertação: CARVALHO, C. A. S. Práticas artísticas dos estudantes
do curso de licenciatura em educação do campo: um estudo na perspectiva das
representações sociais. Mestrado em Educação. Universidade Federal de Minas
Gerais. Belo Horizonte, 2015.
10
11
12
13
15
16
17
18
19
20
21
22
1 Introdução
25
26
27
28
3 As dimensões da práxis
29
mento que torna possível a atividade humana, uma vez que o homem é,
essencialmente, um ser prático, produtor material. Nesse sentido, Váz-
quez (2007, p. 407) afirma que
30
31
32
33
34
do seu contexto.
E, enquanto análise, a educação do campo é compreensão
da realidade que ainda está por vir, mesmo que não tenha ocorrido
historicamente, porém indicada pelos seus sujeitos ou mesmo pelas
possibilidades de transformação em processo, constituída de práticas
educativas concretas e políticas públicas de educação (CALDART,
2012). Por isso, “[...] sempre é dificil datar uma experiência datando
um conceito, porém, quando aparece uma palavra – seja uma nova ou
um novo sentido de uma palavra já existente –, alcança-se uma etapa
específica, a mais próxima possível de uma consciência de mudança”
(CALDART, 2012, p. 257).
Assim sendo, os movimentos sociais camponeses são os pro-
tagonistas da educação do campo e das experiências que ocorrem
no percurso de sua trajetória. A educação do campo é resultado do
movimento social “Por uma Educação do Campo”, que faz crítica à
realidade educacional brasileira, em especial à dos povos que vivem
do/no campo.
O surgimento da expressão educação do campo nasce no con-
texto preparatório da I Conferência Nacional por uma Educação do
Campo, realizada em Luziânia, em julho de 1998, que passa a ser
chamada assim a partir do Seminário Nacional, realizado em Bra-
sília, em 2002. Depois, confirmada no I Encontro Nacional Edu-
cadores da Reforma Agrária (Enera) realizado pelo MST, em 1997,
e na II Conferência Nacional, em 2004. Outro desafio surgiu com
o Programa de Educação na Reforma Agrária (Pronera), instituído
pelo governo federal em 1998, que também recebe a denominação de
educação do campo nos documentos produzidos, mesmo com ten-
sões e contradições.
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
8 Considerações finais
48
49
REFERÊNCIAS
50
51
52
1 Introdução
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
sor APP, quando considera que não existe uma proposta melhor de
ensino que esta. Isso porque ela
64
É nessa ótica que Gimonet (1983, p. 52) ressalta que essa alter-
nância real permite “uma formação teórica e prática global, possibili-
tando ao aluno construir seu próprio projeto pedagógico, desenvolvê-lo
e realizar um distanciamento reflexivo sobre a atividade desenvolvida”.
Essa tipologia é definida por Bourgeon (1979) como alternância co-
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
4 Considerações finais
81
REFERÊNCIAS
82
83
84
85
1 Introdução
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
7 Considerações finais
100
101
REFERÊNCIAS
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
REFERÊNCIAS
120
121
122
1 Introdução
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
5 Considerações finais
140
REFERÊNCIAS
141
142
143
144
1 Introdução
147
148
que leva a entender que a educação por meio da arte não é apenas
conhecer a vida, obra e procedimentos técnicos utilizados pelo artis-
ta, mas também compreender e construir conhecimento através da
contextualização, da leitura e do fazer artístico. Ana Mae Barbosa,
referência na arte/educacional nacional e internacional, ressalta que
a própria arte/educação é epistemologia, pois trata a produção de
conhecimento a partir de qualquer linguagem artística.
Barbosa (1998) esclarece que educar por meio da arte não é
ensinar apenas teorias sobre a beleza na arte, mas, principalmente,
formar o apreciador de arte por meio da experiência estética18. Se-
gundo a arte/educadora, a educação estética aliada à leitura da obra
de arte pode auxiliar a clarificar problemas, tomar decisões, emitir
juízos de valor e a compreender nossa experiência com o universo
da arte. Conclui o raciocínio ao dizer que a experiência estética do
professor pode definir a experiência estética do aluno, pois o discente
pode achar interessante ou não, significativa ou não a escolha feita
pelo professor ao trabalhar com objetos artísticos. Por isso o profes-
sor deve conhecer e saber escolher o material pedagógico que será
utilizado em suas aulas.
No final dos anos 1980, o ensino da arte no Brasil não era dos
melhores. Com a reforma curricular nas escolas de primeiro e segun-
149
19 Assim denominada de acordo com a Lei n. 5.692/71. Arte, que nessa época
era designada como “Educação Artística”, era considerada como atividade e não
disciplina.
150
151
sil dos últimos trinta anos, observou-se que a área vem passando por
transformações em suas metodologias e teorias trabalhadas em sala
de aula, que implicam em diferentes práticas docentes desenvolvidas
na disciplina de arte na educação básica. No entanto, é importante
esclarecer que tais práticas devem evitar conceitos da época da educa-
ção artística, quando arte era considerada atividade e não disciplina;
com efeito, não era tida como objeto de conhecimento nas escolas.
O professor de artes deve ser o mediador no processo de cons-
trução de conhecimento do aluno ao abordar conteúdos que real-
mente contribuam para o processo de ensino e aprendizagem. Além
das teorias, o professor deve aproveitar práticas artísticas e leituras
de diferentes obras de artes, aliando a teoria ao fazer artístico de di-
ferentes linguagens. Contextualizar teorias e práticas, por exemplo,
promover visitas a museus, possibilitar ao aluno um conhecimento
mais amplo, elevado e significativo da arte a partir do contato direto
com ela.
A seguir, proponho uma discussão sobre a arte e a sociedade
relacionadas à educação do campo. As reflexões aqui produzidas
não são definitivas, ao contrário, são pontos iniciais para se ampliar
o debate em torno da arte/educação no campo como área recente
de pesquisa na educação brasileira.
152
153
É nesse sentido que a autora vai dizer que, para romper com
esse distanciamento, o artista criará outras formas de se comunicar
com o público, como é o caso do artista contemporâneo Hélio Oiti-
154
155
156
157
158
159
160
161
162
163
164
4 Considerações finais
REFERÊNCIAS
165
166
167
1 Introdução
169
170
171
172
4 Procedimentos metodológicos
173
Imagem
(visual/sonora/
textual)
Texto
Som
(escrito / visual / audio (fala / música/
sonoro) visual efeito sonoro /
silêncio)
174
175
176
177
178
179
180
181
entre as duas turmas foram diferentes, devido, em boa parte, aos con-
textos peculiares em que cada grupo esteve submetido durante o pro-
cesso de produção, assim como à possibilidade do uso de uma turma
como referência para outra.
De todo modo, esse exercício foi importante para entendermos
os parâmetros sonoros e simbólicos desses estudantes, assim como de-
cifrar alguns aspectos da relação deles com a música. Para isso, optamos
por eleger algumas categorias de análise que julgamos importantes no
processo de aprendizagem, ao considerar que se trata de um curso com
habilitação em artes e música. São elas:
1) Composição autoral específica para o vídeo. Nessa categoria
procuramos avaliar quais e quantos trabalhos tiveram como áudio
músicas compostas especialmente para o audiovisual, seja essa com-
posição uma paródia, um improviso instrumental ou uma canção.
2) Obra interpretada. Nessa categoria identificamos obras
compostas por diferentes autores e interpretadas pelos discentes do
referido trabalho ou do curso.
3) Artista da comunidade. Nessa categoria enquadramos obras
compostas e/ou realizadas por membro da comunidade à qual os dis-
centes pertencem.
4) Obra pesquisada. Nessa categoria se enquadram as músicas
de diferentes artistas pesquisadas e selecionadas pelos discentes, seja
de suas coleções pessoais, de artistas conhecidos ou disponíveis na
internet.
5) Sem música. Essa categoria refere-se aos audiovisuais que
optaram pelo uso de outros tipos de sonoridades que não as entendi-
das por eles como música.
Alguns trabalhos foram classificados em mais de uma catego-
ria, como no caso de músicas compostas especialmente para o tra-
balho que também entraram na categoria “artista da comunidade”,
quando o caso, ou em “interpretada pelos próprios alunos”.
Dessa forma, chegou-se ao Gráfico 1 com a primeira turma.
182
10%
15%
5%
10% Composição
Interpletação
Artista comunidade
Obras pesquisadas
Sem música
60%
183
184
0%
25%
Composição
Interpletação
50% 0%
Artista comunidade
Obras pesquisadas
Sem música
25%
185
186
8%
16%
8% Composição
Interpletação
Artista comunidade
Obras pesquisadas
16%
52% Sem música
187
188
189
190
191
192
REFERÊNCIAS
193
194
1 Introdução
195
196
2 Os cursos
197
198
199
200
201
Disciplinas
de formação - 180 horas
complementar
Atividades
210 horas 210 horas
complementares:
Estágios curriculares
405 horas 405 horas
supervisionados
Fonte: PPC, 2014, p.17; PPC, 2013, p.15-16.
202
203
204
205
206
207
208
209
este curso.
Entre os nomes citados nos PPC’s, quando da elaboração de
suas respectivas matrizes curriculares, Arraias não contava com um
professor de formação específica na área de música em seu quadro.
Tocantinópolis contava apenas com um professor com formação em
música.
No que se refere à carga horária total dos cursos, observa-se
que Tocantinópolis e Arraias se igualam. Além das disciplinas do
ciclo básico e profissional, o curso de Arraias apresenta um quadro
de disciplinas de formação complementar com carga horária total de
180 horas. As atividades complementares e estágios curriculares em
ambos os cursos com carga horária contabilizam, respectivamente,
210 e 405 horas.
Em Tocantinópolis é proposta a disciplina Fundamentos da
Educação Musical quando o aluno está cursando o estágio supervi-
sionado. Em Estágio Supervisionado II, compete ao discente-estagi-
ário ministrar quatro aulas para uma turma de ensino fundamental.
Entretanto, a disciplina Fundamentos da Educação Musical é ofere-
cida apenas quando o discente está cursando Estágio Supervisionado
III, cuja regência destina-se ao ensino médio. Por outro lado, no cur-
rículo de Arraias, não consta essa disciplina.
Entre as matrizes curriculares podemos encontrar disciplinas
de caráter teórico que apresentam similaridades de conteúdo, mes-
mo com nomenclatura distinta. Tocantinópolis dispõe das seguintes
disciplinas para iniciação dos conceitos musicais: Fundamentos da
Notação Musical, Teoria e Percepção Musical I e II. Já Arraias ofere-
ce as disciplinas Introdução à Teoria Musical e Percepção e Notação
Musical I e II. Isso se deve, em parte, à existência de um professor
com formação específica durante a construção do PPC.
Em Arraias, por sua vez, é oferecida a disciplina de História da
Música Brasileira, enquanto Tocantinópolis oferece duas disciplinas
de viés musicológico, a saber, História da Música Ocidental e Histó-
ria da Música Popular Brasileira. De acordo com a matriz curricular,
210
211
212
213
6 Considerações finais
214
REFERÊNCIAS
215
216
217
1 Introdução
219
220
um marco filosófico concebido não só como “palavra”, mas como razão, remete
nesse prisma outras dimensões como princípio de ordem e beleza.
221
222
223
Legislação Educação
Educação
Especial
EDUCAÇÃO
Ensino de Sociologia MUSICAL
instrumento
Psicólogia Assentamentos,
Quilombos e
Conservatórios e História Aldeias Indígenas
escolas
especializadas
Terceira Idade
Filosofia
Terreiros de Candomblé,
Templos cristãos, Classes hospitalares Formação de
Mesquitas professores
ONGS e
Ensino de Adultos Projetos Ensino superior
Sociais
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
REFERÊNCIAS
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244