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A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMO

SEGUNDO O BUREAU MUNDIAL

No respeitante a cores, a insígnia do Bureau Mundial tem duas cores:

Branco: representa pureza

Roxo: representa liderança e serviço

Nota: a organização de que faz parte o Bureau Mundial, é a OMME (Organização Mundial do
Movimento Escutista), que em inglês é WOSM (World Organization of the Scout Movement)
A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMO
UMA PLANTA CHAMADA FLOR-DE-LIS

A Flor-de-Lis existe realmente.

É uma planta bonita e muito sensível, que se reproduz


por bolbos.

Esta flor na imagem foi fotografada nas comemorações


dos 75 anos do CNE, em Barcelos, em 1998. Foi trazida
pelo Chefe Henrique Barroqueiro desde o Centro de
Formação Ambiental de S. Jacinto, e esteve exposta no
stand da Região de Aveiro.

Para a maior parte dos presentes e visitantes, foi


certamente a primeira vez que viram esta bonita planta e
a sua flor que a nós, escuteiros, tanto nos diz.

A FLOR-DE-LIS NO ESCUTISMO
SEGUNDO UM POSTAL ANTIGO

Neste postal antigo Inglês podemos ver uma


descrição simples da Flor-de-Lis.

As 3 pétalas correspondem a:

• Good Turns - Boas Acções


• Duty to God - Dever para com Deus
• Scout Law - Lei do Escuteiro

As 2 estrelas de 5 pontas correspondem aos 10


artigos da Lei do Escuteiro.

Os 10 artigos da Lei do Escuteiro nas 2 estrelas, de acordo com o postal:


1. Honourable - honrado
2. Loyal - leal
3. Helpful - útil
4. Friendly - amigo
5. Courteous - cortês

6. Kind - amável
7. Obedient - obediente
8. Cheerful - alegre
9. Thrifty - económico
10. Clean - puro
O CHIFRE DE KUDU

O kudu (Tregelaphus strepsiceros) é uma espécie de antílope cujo habitat vai


desde a África do Sul á Etiópia. Um touro Kudu pode chegar a uma altura de
1,5 metros e tem uma coloração que vai de um cinzento avermelhado até
quase azul. As suas características de visão aguçada, bom sentido de audição,
olfacto apurado e grande velocidade fazem dele um animal difícil de capturar.

Seguindo uma tradição que remonta há 90 anos, as patrulhas são chamadas a reunir com o
toque tradicional do chifre de kudu, durante os cursos da Insígnia de Madeira.

Pode parecer estranho que o chifre de um antílope africano, do tipo usado pelos Matabeles
como clarim de guerra no século XIX, seja usado para chamar Escuteiros e Chefes por esse
mundo fora. Mas foi precisamente com um toque deste chifre que os primeiros Escuteiros
foram acordados.

Quando reuniu os primeiros escuteiros em Brownsea, Baden-Powell


lembrou-se do chifre de kudu que tinha trazido das guerras contra os
Matabeles, e usou-o para dar um toque de aventura e divertimento ao
acampamento.

De facto, foi durante o acampamento experimental de Brownsea, em Poole


Harbour, no verão de 1907, que Baden-Powell colocou ao serviço do
Escutismo, e pela primeira vez, o chifre de kudu.

William Hillcourt, um dos grandes pioneiros do Escutismo, o mesmo


que escreveu o resumo da história de BP no final do «Escutismo
para Rapazes», descreve assim a primeira alvorada em Brownsea:
"O dia começou ás 6h da manhã, quando BP acordou o
acampamento com o som esquisito do longo chifre de kudu em
espiral - o clarim de guerra que tinha trazido da sua expedição à
floresta de Somabula durante a Campanha Matabele de 1896"

John Thurman, grande nome do Escutismo britânico, conta como BP conheceu o chifre de
kudu:
"Como coronel em África, em 1896, Baden-Powell comandou uma coluna militar na Campanha
Matabele. Foi num raid pelo rio Shangani abaixo que ele primeiro ouviu o som do chifre de
kudu. Ele andava confundido pela rapidez com que os alarmes eram espalhados entre os
Matabeles, até que um dia se apercebeu que eles usavam o chifre de kudu, o qual tinha uma
grande potência sonora. Era usado um código. Assim que o inimigo era avistado, o alarme era
tocado no kudu, para todos os lados, e assim transmitido por muitas milhas em pouco tempo."

Depois da ilha de Brownsea, o chifre de kudu voltou para a casa de BP onde permaneceu
silenciosamente durante 12 anos, enquanto o movimento que ele anunciara se tornava moda e
se espalhava pelo mundo fora.
Então, em 1919, Baden-Powell entregou o chifre ao Parque de Gilwell para
ser usado nos primeiros cursos para treino de Chefes.

William Hillcourt comenta assim o início do uso do chifre de kudu no Parque


de Gilwell, na floresta de Epping, Inglaterra, a 8 de Setembro de 1919:

"O primeiro acampamento para treino de chefes feito em Gilwell começou a 8 de Setembro.
Seguiu o padrão que BP tinha usado com os rapazes em Brownsea, 12 anos atrás. O sistema
de patrulhas foi novamente posto á prova com 19 participantes divididos em patrulhas e
vivendo uma vida em patrulha. A instrução tomou a mesma forma que em Brownsea. Cada dia
um assunto novo era introduzido e aplicado em demonstrações, prática e jogos. O chifre de
kudu dos Matabeles que tinha sido usado para chamar os rapazes em Brownsea foi usado
para todos os sinais."

Dez anos mais tarde, aos 72 anos de idade, Baden-Powell levou consigo o
chifre de kudu para a abertura do 3º Jamboree Mundial, em Arrowe Park,
Birkenhead, Inglaterra, a 28 de Julho de 1929. Foi constatado, pela
experiência de Arrowe Park, que fazer soar o chifre de kudu é um desafio.
Os resultados, no entanto, foram tão impressionantes quanto se poderia
desejar, segundo as palavras de William Hillcourt:

"O dia da abertura do 3º Jamboree Mundial começou com uma forte chuvada que aumentou
com o passar do dia; mas, à hora prevista... o tempo tornou-se «ameno». BP tinha trazido
consigo para Arrowe Park o velho chifre de kudu dos dias da guerra com os Matabeles que
tinha sido usado para acordar o acampados em Brownsea no primeiro acampamento de
escuteiros do mundo e para abrir o primeiro curso para chefes no Parque de Gilwell. Levou-o
aos lábios para dar um toque que haveria de ecoar pela extensa parada em frente dele, mas,
com o excitamento, os lábios recusaram-se a fazer o que deviam. O som do chifre não passou
de um fraco «pff». No entanto, como que chamados para a accão pelo chifre, a marcha
começou, com os contingentes a desfilarem atrás de contingentes em frente da plateia, com as
bandeiras de quase todos as nações civilizadas desfraldadas ao vento, com milhares de
pessoas a aplaudirem cada nação entusiasticamente."

Ainda hoje o chifre é usado para reunir chefes em cursos de formação em todo o mundo. Para
todos os que seguem as pegadas do fundador, é um viver do Escutismo no seu melhor.
ESCUTISMO - A INSÍGNIA DE MADEIRA

HISTÓRIA

A Insígnia de Madeira surge no Movimento Escutista pelas mãos do


próprio Baden-Powell, associada ao primeiro curso de formação de
Dirigentes, realizado em Gilwell Park em 1919.
Originalmente, era constituída por um atilho de
couro (amuleto de felicidade) e por algumas
contas de madeira passadas pelo fogo,
retiradas do colar de Dinizulu, oferecido pelo
próprio a B.-P., símbolo de realeza e do fogo
original dos antepassados da tribo, passado de geração em geração
como emblema do seu domínio e do conhecimento partilhado entre
gerações.

Posteriormente, passou a associar-se a esta "insígnia de


madeira" um lenço escutista, de cor rosa-acinzentado e com um
pequeno rectângulo de pano com o padrão do tartan dos
Maclaren aposto no vértice. Este lenço era, originalmente, um
"lenço de Grupo", o do Grupo n.º 1 – Gilwell Park mas a partir de
1924 o seu uso foi restrito aos portadores da Insígnia de
Madeira. A anilha, em couro e com o nó "cabeça de turco" ou "de
turbante", foi criada em 1920, como complemento óbvio do
Lenço de Gilwell. No entanto, desde o início (e de forma oficial
de 1943 a 1989) foi dada como símbolo a quem completasse a Formação Básica em
Gilwell (equivalente ao nosso CIP) e ainda hoje pode ser usada com o lenço de
Dirigente.

SIMBOLISMO

Actualmente, as duas peças da Insígnia – colar e lenço de Gilwell – mantêm um


simbolismo rico e muito próximo do original.

O colar simboliza a partilha do dever e de conhecimentos entre as sucessivas


gerações de Dirigentes, a transmissão do "fogo original" herdado de Baden-Powell.
Na sua singeleza, é símbolo do desprezo pelas riquezas materiais e exemplo da
forma como em pequenos nadas podemos encerrar as verdadeiras riquezas da
humanidade. É ainda símbolo da nossa casa, a Natureza. O nosso orgulho não são
medalhas nem diplomas, mas sim um bocado de madeira.

O lenço simboliza a nossa pertença simbólica a Gilwell, lembra-nos o nosso


compromisso de fraternidade mundial e torna-nos a todos igualmente dirigentes de
um mesmo ideal. Somos todos do mesmo Grupo.

COLARES DE GILWELL

Em todo o mundo, salvo raras excepções, só existem colares de duas, três ou


quatro contas. Em todo o mundo simbolizam que o seu portador fez formação
específica como dirigente escutista. No entanto, o tipo de formação a que cada um
corresponde e as condições para o seu uso são diferentes de país para país, em
casos extremos divergem mesmo de associação para associação dentro do mesmo
país.

No CNE, o significado dos colares será o seguinte:

Colar de duas contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em


formação específica dirigida àqueles que têm por missão a chefia das unidades em
que se integram os jovens ou dirigida àqueles que têm por missão a dinamização e
a coordenação dos Dirigentes e a animação local de um Agrupamento escutista.

Colar de três contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em


formação específica que os habilitem como Formadores de adultos.

Colar de quatro contas – a ser usado por todos os Dirigentes qualificados em


formação específica para o planeamento, construção, gestão e avaliação da
Formação.

2 contas 3 contas 4 contas

ATRIBUIÇÃO DO COLAR

A atribuição de um Colar de Gilwell e do direito a usar o Lenço de Gilwell deve


sempre ser feita em ocasião solene, testemunhada pelos demais Dirigentes da área
onde exercerá as suas funções. Aconselha-se a sua entrega em Conselho de
Núcleo, Regional ou Nacional.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de duas contas os


Dirigentes que sejam qualificados com o C.A.P. ou o C.A.L. e exerçam,
respectivamente, funções na Equipa de Animação da Unidade para a qual fez
formação ou na Direcção do Agrupamento.
Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de três contas os Dirigentes
que sejam qualificados com o C.A.F. ou obtenham a equivalência ao mesmo e
exerçam a função de Formador integrados numa equipa ou Departamento de
Formação.

Têm o direito a usar a Insígnia de Madeira com o Colar de quatro contas os


Dirigentes que sejam qualificados com o C.D.F. e exerçam a função de Formador
integrados numa equipa ou Departamento de Formação ou num órgão executivo.

A propriedade da Insígnia de Madeira é da pessoa a quem é concedida. Todavia, o


direito ao seu uso cessa quando cessam as condições que determinaram a sua
atribuição.

Quem tiver o direito a usar mais de um Colar usará apenas o de mais contas.

USO DA INSÍGNIA DE MADEIRA

O uso do Colar e da anilha são apropriados em todas as circunstâncias em que o


seu portador se apresente em uniforme regulamentar.

O Lenço de Gilwell deve ser usado exclusivamente:

a) em acções de Formação de Dirigentes, sejam cursos, encontros, jornadas,


reuniões ou outros;

b) em actividades da Formação ou ligadas à Formação em sentido amplo:


encontros informais de Formadores, Feiras de Formação, acções de representação
ou divulgação da Formação, encontros de formandos, etc.

Em caso algum se deve usar qualquer peça da Insígnia de Madeira com o uniforme
protocolar previsto no Art.º 7º do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e
Bandeiras.

AQUISIÇÃO DA INSÍGNIA DE MADEIRA

As peças constituintes da Insígnia de Madeira são conforme o previsto no Art.º 13º


e no Anexo 2 do Regulamento dos Uniformes, Distintivos e Bandeiras.

A sua produção será garantida pelo D.M.F., que as cederá apenas mediante
apresentação de autorização escrita emitida pelo Departamento Nacional de
Formação.

Junto com cada Colar será entregue uma pequena brochura com a história da
Insígnia de Madeira, seu simbolismo, seu uso correcto, este Código e outras
informações que se julguem de interesse para o seu portador.
Fotografia do 1º Curso de Insígnia de Madeira, em Gilwell Park, 8-19 Setembro 1919

ESCUTISMO - O CHAPÉU SCOUT

Dito “Chapéu Scout” – Aliás "Chapéu de Baden-Powell" – ou ainda em linguagem


mais corrente "Chapéu de Quatro Saliências" ou ainda... "quatro dobras". Tem
como origem e confecção bem conhecida dos ex-Cow-boys, hoje os “cattlemen”
(homens do gado), sobre o nome de “Moutain Peak” pela sua semelhança com as
montanhas daquele estado americano...

Foi escolhido pelo General R. S. S. Baden Powell para cobrir as cabeças dos garotos
reunidos no “Mafeking Cadete Corps” e depois atribuídos aos “South African
Constabulary”, ciado igualmente por Baden-Powell e escolhidos por “Southern
District Scouts” em 1907.

Contra a vontade das declarações do General Baden-Powell tornado “Chefe Scout”,


a forma deste chapéu assemelha-se ao do contigente da New Zelândia, os futuros
kiwis da Grande Guerra e do contigente canadiano de muito célebre “North-West
Mounted Police” (Policia Montada do Canadá) futura R.C.M:P ou Polícia Montada
Real do Canadá.
Estas três sábias considerações não impedirão ninguém a reconhecer este elegante
CHAPÉU como: O Chapéu Scout.

Para todo o sempre ligado a um MOVIMENTO DE JUVENTUDE MUNDIAL nascido da


imaginação de um general um pouco que seja observador e malicioso.

O Chapéu Scout cai em desuso em 1940 com a regulamentação do Escutismo


Francês e que neste momento, predomina a boina. Tinha por assim dizer,
desaparecido nos anos de 1970. os raros grupos que o usam ainda, como o de
Riamont, deviam adquiri-los na Bélgica. Os Scout’s d’Europe não o tinham nunca
usado, era pelo desenvolvimento dos Scouts Unitários de França (e a vontade dos
rapazes...) que ele ressurge nos nossos dias. As Guias de França usam um chapéu
sem dobras, azul marinho.

Chapéu chamado de "Lemonsqueezer" (espremedor de limões), adoptado


em 1911 pelo Batalhão de Infantaria de Wellington. Em 1916 foi adoptado
pela Força Expedicionária da Nova Zelândia (com uma espécie de turbante
em redor da base da copa.

Chapéu característico dos voluntários da Polícia Montada do Canadá

Chapéu usado pelas unidades britânicas durante a Guerra dos Boeres, na


África do Sul

(Nota : Este artigo foi redigido em parte por Claude Morin, especialista em uniformes e equipamentos militares,
membro da “Sabretache” e antigo Scout.)

TRADUÇÃO de Sousa Costa (Março 2002) – Instrutor-Chefe Grupo 93- S. Jorge Agrupamento 902 – Moreira da
Maia. Livro LA MÊMOIRE DU SCOUTISME, dictionnaire des hommes et des idées du Louis V. M. Fontaine –
Publications L.F. – June 1995.
A História do Kim
Extracto do livro "Escutismo para Rapazes", de Lord Baden-Powell
Palestra de Bivaque Nº1 - "As aventuras de Kim"

"Um bom exemplo daquilo que um Escuteiro pode fazer


encontra-se na história do Kim, da autoria de Rudyard
Kipling.

Kim, ou, para lhe darmos o nome completo, Kimball


O’Hara, era filho de um sargento de um regimento irlandês
da Índia. O pai e a mãe morreram-lhe quando era criança
e ele ficou entregue aos cuidados de uma tia.

Por companheiros tinha só rapazes indígenas e pôde,


assim, aprender a falar a língua deles e a conhecer todos
os seus costumes. Ele e um velho sacerdote ambulante
tornaram-se grandes amigos e juntos percorreram todo o
norte da Índia. Um dia, Kim encontrou por acaso o antigo regimento do pai, em
marcha, e quando fazia uma visita ao acampamento foi preso por suspeita de furto.
Encontraram-lhe a certidão de nascimento e outros documentos e o pessoal do
regimento, vendo que ele lhe pertencia, tomou conta dele e mandou-o educar. Mas,
todas as vezes que conseguia ir passar férias fora, Kim vestia-se à moda indiana e
andava entre os indígenas como se fosse um deles.

Passado tempo conheceu um certo Lurgan, negociante de jóias


antigas e de curiosidades, o qual, devido ao conhecimento que
tinha dos indígenas, pertencia aos serviços de informação
governamentais.

Este homem, descobrindo que Kim conhecia tão bem os hábitos


e costumes indígenas, viu que ele poderia vir a ser um elemento
valioso dos serviços de informação. Deu-lhe por isso lições sobre
a maneira de observar e fixar pequenos pormenores, coisa
muito importante na preparação de um explorador.

Preparação de Kim

Lurgan começa por mostrar a Kim uma salva cheia de pedras preciosas de
variedades diferentes. Deixou-lhas ver durante um minuto, depois cobriu-as com
um pano e perguntou-lhe quantas e que qualidade
de pedras vira. A princípio Kim não conseguia
lembrar-se senão de algumas, e não sabia
descrevê-las com exactidão, mas com alguns
ensaios não tardou a fixar tudo muito bem. E o
mesmo se fez com muitas espécies de objectos.

Por fim, depois de ter aprendido muitas outras


coisas, Kim foi nomeado agente do serviço secreto,
e recebeu uma senha secreta – a saber, um
medalhão ou distintivo para trazer ao pescoço e
uma curta frase que, dita de certo modo, indicava
que ele pertencia ao serviço.

Kim nos Serviços Secretos

Uma vez que Kim viajava de comboio encontrou um indígena que estava muito
ferido na cabeça e nos braços. Explicou ele aos outros passageiros que tinha caído
de uma carroça quando se dirigia para a estação. Mas Kim, como bom escuta,
notou que os ferimentos eram fundos e não apenas esfoladelas, como seriam se
tivesse caído do carro, e não o acreditou.

Enquanto o homem apertava a cabeça com uma faixa, Kim


reparou em que ele trazia um medalhão como o seu, que por
isso lhe mostrou. O homem introduziu logo na conversa
algumas palavras secretas e Kim respondeu com os devidos
termos. O desconhecido retirou-se depois com Kim para um
canto e explicou-lhe que estava a desempenhar uma missão
secreta, e fora descoberto e perseguido por inimigos que quase
o mataram. Provavelmente sabiam que ele ia no comboio e,
portanto, haviam de telegrafar aos amigos ao longo da via
férrea a preveni-los da sua ida. Precisava de comunicar certa
informação a um oficial da polícia e evitar que os inimigos o
apanhassem, mas não sabia como havia de consegui-lo, se
estes estivessem já prevenidos da sua vinda. Kim resolveu-lhe o
problema.

Há na Índia muitos mendigos sagrados que vagueiam pelo país. São tidos por
muito santos e toda a gente os ajuda e lhes dá esmolas e de comer.

Andam quase nus, cobrem-se de cinza e pintam na cara certos


sinais. Kim lembrou-se, por isso, de disfarçar o homem de
mendigo. Para isso, misturou farinha e cinza que tirou de um
cachimbo, despiu o amigo e esfregou-o todo com a mistura.
Também lha aplicou nas feridas, de modo que estas não se
notavam. Finalmente, com o auxílio de uma pequena caixa de
tintas que trazia consigo, traçou-lhe na testa os sinais
apropriados, e puxou-lhe o cabelo para baixo, para lhe dar o
aspecto desgrenhado e hirsuto do de um mendigo e cobriu-lho
de pó, de modo a que a própria mãe não seria capaz de
reconhecer o disfarçado.

Daí a pouco chegaram a uma grande estação. No cais


descobriram o oficial da polícia a quem se devia fazer a comunicação. O mendigo
disfarçado foi de encontro ao oficial, que o descompôs em inglês. O mendigo
respondeu-lhe com um rosário de insultos na língua indígena, no
meio dos quais introduziu as palavras secretas. O oficial logo
percebeu por elas que o mendigo era um agente. Fingiu que o
prendia e levou-o para a esquadra policial, onde lhe pôde falar à
vontade e ouvir o que ele tinha a dizer-lhe.

Mais tarde Kim conheceu outro agente dos serviços – indígena


educado – e pôde prestar-lhe valioso auxílio na captura de dois
oficiais que faziam espionagem.

Estas e outras aventuras de Kim merecem bem ser lidas, porque


mostram quais os valiosos serviços que um jovem explorador
pode prestar ao seu país em ocasiões de emergência, se estiver devidamente
preparado e for suficientemente inteligente."

O Jogo do Kim
Extracto do livro "Escutismo para Rapazes", de Lord Baden-Powell
Palestra de Bivaque Nº11

Colocam-se vinte ou trinta objectos pequenos numa salva, mesa ou até no chão,
tais como dois ou três tipos de botões diferentes, lápis, rolhas, farrapos, nozes,
pedras, facas, cordel, fotografias – o que se puder encontrar – e cobrem-se com
um pano ou casaco. Faça-se um lista destas coisas e uma coluna em frente desta
lista para as respostas de cada rapaz.

Depois descobrem-se os objectos durante um minuto marcado pelo relógio, ou


enquanto se conta lentamente até sessenta. A seguir cobrem-se outra vez.

O árbitro retira-se depois com um rapaz de cada vez, que lhe enumera em voz
baixa os objectos de que se lembra – ou manda-o escrever os nomes – que se
apontam na folha do registo.

O rapaz que se lembrar de mais sai vencedor.

Nota: no livro "Jogos para Exploradores", à venda no teu DMF, no capítulo XI –


Desenvolvimento dos Sentidos, podes encontrar uma série de jogos variantes do
original jogo do Kim, como por exemplo, "Kim artista", "Kim mímico", "Kim em
voo", etc. Existem dezenas destas variantes, e até tu próprio podes inventar uma.
São todos jogos de memória e observação.
A Canhota

Durante o Verão de 1946, um jovem da África Ocidental (actual Namíbia) chamado


Djabonar veio a Gilwell-Park, ao Campo Escola Internacional.

Esperava ele vir a ser, mais tarde, Comissário Adjunto da Costa do Ouro.

Quando o Chefe do Campo falava acerca da maneira de se cumprimentar com a


mão esquerda, Djabonar contou-lhe como, aquando da queda de Kumassi, capital
de Prempeh, rei do povo Ashanti e seu avô, um dos chefes veio ao encontro de
Baden-Powell e estendeu-lhe a mão esquerda. B.P. apresentou-lhe a mão direita,
mas o chefe disse:

-"Não! No meu país, ao mais bravo entre os bravos, cumprimenta-se com a mão
esquerda".

Entre as numerosas explicações do aperto da mão esquerda dos Escuteiros, não há


dúvida de que esta narração seja a da sua origem.

Quando da minha estadia em África, em Fevereiro/Março de 1947, encontrei-me


com Prempeh II, que havia sucedido a seu tio na qualidade de rei dos Ashantis. Ele
próprio havia sido Escuteiro e é actualmente Comissário Honorário.

Perguntei-lhe a origem deste cumprimento que os seus compatriotas trocavam com


a mão esquerda e relatei-lhe a história que conhecia.

Ele surpreendeu-se que um Europeu a conhecesse e explicou-me que isso era um


sinal secreto duma Ordem de Nobreza de raça entre os Ashantis, sendo os seus
superiores os mais corajosos e os mais dignos.

Mas este sinal não é limitado aos indígenas Ashantis, porque eu observei este
costume, denominado «Owor Ogum». «Owor Ogun» é o deus dos guerreiros e dos
caçadores, e, não há muito tempo, quando o Sr. Blair, Administrador Territorial em
Ibadam, regressava duma caçada ao leopardo, encontrou um velho caçador que o
saudou dizendo «Owor Ogun» e apresentando-lhe a mão esquerda, querendo

significar, desse modo, que o Sr. Blair era um caçador de valor e digno de tomar
lugar entre os grandes caçadores.

Em Ife, também o cumprimento com a mão esquerda é dado pelo «Oni» - Chefe
Supremo - aos seus sub-Chefes.

Há provavelmente muitos outros exemplos deste costume entre os nativos da


África Ocidental, mas é curioso que, se para os maometanos a mão esquerda é
impura, ela é, em todas as tribos da África Ocidental, um sinal de honra entre os
homens de honra, facto que não foi conhecido senão muitos anos mais tarde e
depois duma guerra em que, por toda a parte, os Escuteiros se revelaram «os mais
bravos entre os bravos» e dignos de figurar entre os homens de honra de todos os
países.

in Flor de Lis, Nov. 1992


A história da canção "Ging Gang Goolie"

Ging Gang Goolie é uma canção conhecida e cantada em todo o mundo, que foi
inventada por B.P. por ocasião do primeiro Jamboree Mundial. Esta, foi inventada
para que todos pudessem cantá-la, daí não ser escrita em nenhuma língua, o que a
torna bastante divertida.

A história por trás desta canção foi criada mais tarde...

Numa escura e longínqua selva Africana existe uma lenda que conta a história do
"Fantasma do Grande Elefante Cinzento". Todos os anos após a época das grandes
chuvas, o fantasma do elefante surgia da bruma pela madrugada e vagueava pela
selva. Quando chegava a uma aldeia parava, levantava a tromba e cheirava...
"func"! Depois decidia se atravessava a aldeia ou se a contornava. E, se ele
atravessasse a aldeia, significava que o ano ia ser mau, haveria fome, doenças e as
colheitas seriam péssimas devido à seca, pestes ou quaisquer outras desgraças;
mas se pelo contrário ele contorna-se a aldeia, significava que o ano seria
próspero.

A aldeia de Wat-Cha tinha sido atravessada pelo fantasma durante três anos
consecutivos e as coisas começavam a ficar realmente más para os habitantes. O
chefe da aldeia, Ging-Gang, e o feiticeiro, Sheyla, estavam bastante preocupados,
uma vez que o dia do elefante estava de novo a aproximar-se. Juntos decidiram
que era preciso fazer alguma coisa para que o fantasma não voltasse a atravessar a
aldeia.

Os guerreiros da aldeia, que eram homens grandes como hipopótamos


rechonchudos, usavam um escudo e uma lança e decidiram que se iriam colocar no
caminho do elefante para o assustarem, fazendo barulho com as suas lanças e
escudos. Por sua vez, os discípulos de Sheyla iriam fazer magia para afastar o
elefante agitando os seus bastões mágicos. Estes bastões tinham pendurados
diversos enfeites e ao abaná-los faziam barulho... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli!

Finalmente o dia da visita do elefante cinzento chegou! Muito cedo, os habitantes


levantaram-se e reuniram-se à porta da aldeia. De um lado estava Ging-Gang e os
seus guerreiros, do outro estava Sheyla e os seus discípulos. Enquanto esperavam
a chegada do fantasma, os guerreiros começaram a cantar baixinho os feitos
heróicos do seu chefe... Ging gang goolie, goolie, goolie, goolie, watcha, Ging gang,
goo, Ging Gang goo... Os discípulos de Sheyla não quiseram ficar para trás e
começaram também a cantar... Heyla, Heyla Sheyla, Heyla sheyla Heyla ho, Heyla,
Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla ho... e ao mesmo tempo abanavam os seus
bastões... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli.
De repente surgiu da névoa o fantasma do grande elefante cinzento que ouvindo os
cantos levantou a tromba e respondeu oompa, oompa, oompa... À medida que o
elefante se aproximava, os guerreiros começaram a cantar mais alto e a fazer
barulho com as suas lanças a bater nos escudos... Ging gang goolie, goolie, goolie,
goolie, watcha, Ging gang, goo, Ging Gang goo... Os discípulos de Sheyla
levantaram-se e começaram a sua magia... Heyla, Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla
ho, Heyla, Heyla sheyla, Heyla sheyla Heyla ho... e ao mesmo tempo abanavam os
seus bastões... shalliwalli, shalliwalli, shalliwalli.

Impressionado com tanto barulho o elefante começou a dar a volta a aldeia


continuando a berrar... oompa, oompa, oompa...

Houve grande alegria entre os habitantes e todos juntos começaram a cantar...


Ging gang, goolie...

Autoria do texto: Dorothy Untershutz, dirigente na cidade de Edmonton, Alberta, no Canadá. Publicado na
revista "Leader" com o título "The Great Grey Ghost Elephant", edição de Junho/Julho 1991, página 7.
Ilustrações retiradas da edição de Janeiro 2000 da revista inglesa "Scouting Magazine", num artigo sobre esta
mesma histór

Para cantares esta música no teu grupo, secção, agrupamento basta que o
dividasem dois grupos: um deles corresponde aos guerreiros de Ging Gang e o
outro aos discípulos de Sheyla. Estes devem cantar a sua parte, respectivamente,
de forma alternada quando surgir o elefante; o qual é interpretado pelos chefes,
que cantam continuamente oompa, oompa, oompa... enquanto se dirigem aos
guerreiros e aos discípulos. Posteriormente, o elefante deve desafiar os grupos
cantando mais alto, os quais não se devem deixar vencer, começando, também, a
cantar cada vez mais alto!
Vera Barclay: a primeira Akelá

Na edição original do livro "Escutismo para Rapazes", Baden Powell não fixou um
limite de idade mínima, nem máxima para o ingresso dos jovens no Movimento
Escutista. Como consequência disso os Agrupamentos tinham crianças e jovens
cujas idades variavam entre 9 a 18 anos.

As coisas, no entanto, não eram tão simples assim! Imediatamente levantaram-se


algumas vozes das crianças onde reclamavam o direito a serem, também eles,
escuteiros, consideravam os mais velhos, irmãos menores, que não estavam na
faixa etária da "diversão" organizada no princípio do século, queriam entrar na
brincadeira e não podiam esperar mais.

Os "pequenos" foram tão persistentes, intrometendo-se nas reuniões dos


Agrupamentos e iniciaram-se alguns ensaios por volta de 1909.

Os primeiros esforços de trabalhar com crianças não obtiveram sucesso. Alguns


escuteiros receberam estas crianças como "Júnior Scouts", mas os resultados foram
desastrosos. Os Agrupamento desestruturaram-se, os mais velhos não desejavam
misturar-se com os pequenos e estes não conseguiram acompanhar as vigorosas
actividades feitas pelos escuteiros.

Tomar providências para que o que mais tarde foi chamado "Júnior Scouts"
(Escuteiros Júnior), foi uma tarefa muito árdua para Baden Powell, pois embora ele
estivessem receptivo à ideia, teve que tomar precauções para evitar a impressão
que seu Movimento Escutista estava criando um jardim de infância para escuteiros.

Baden Powell não teve tempo suficiente para escrever o Manual do Lobito durante a
Primeira Guerra Mundial, porém, anunciou que o faria pouco tempo depois.

Com a erupção da guerra, as mulheres tomaram os lugares antes ocupados pelos


jovens, respondendo aos apelos do exército. Assim, foi permitido o ingresso de
senhoras e raparigas no Movimento e estas estavam encantadas com a ideia de
poderem instruir os pequenos. As suas ideias foram de grande valia na elucidação
de problemas especiais que surgiam na instrução dos pequenos.

É nesta leva feminina que surge o braço direito do Fundador, nos Lobitos: Vera
Barclay.

O seu encontro com o Fundador deu-se no dia 16 de Junho de 1916, numa


conferência em Londres, onde Chefes de lobitos se reuniram para reivindicar o
esperado Manual do Lobito, que contivesse um esquema específico para as
crianças.

Vera Barclay não compareceu à conferência movida pelos seus objectivos uma vez
que os lobitos não lhe interessavam, tinha a fixação pelos escuteiros. Porém, havia
recebido um convite especial de B.P. que queria conversar com ela.

O objectivo de B.P. era convencê-la a juntar-se à equipa do Quartel General e


trabalhar no projecto dos lobitos. A ideia não a entusiasmou muito uma vez que
lobitos não eram o seu trabalho, e fechar-se num escritório em Londres não estava
em seus planos.
Na sua actuação com escuteiros nas áreas carentes de Londres recebeu de
companheiros mais próximos a crítica de que os rapazes não entendiam
perfeitamente todos os aspectos da Lei do Escuta. Foi então que deu uma resposta
que se tornou famosa:

"O que interessa é, que pelo escutismo, os rapazes se tornem melhores!".

Devido a alguns problemas de saúde, concretamente com um joelho, viu-se


afastada de suas funções de enfermeira no "Netley Red Cross Hospital".

Não demorou muito, os lobitos conquistaram completamente a sua simpatia,


instalando-se definitivamente dentro de seu coração, de forma que a fizesse fazer
de tudo para que eles fossem aceites na fraternidade escutista.

Ela dedicou-se com entusiasmo na organização do Manual do Lobito, juntando ao


famoso manuscrito de B.P. recortes, desenhos seus feitos a pena e bilhetes que
encontrava lançados sobre sua mesa, contendo novas ideias de B.P. muitas vezes
anotadas em papéis das suas lâminas de barbear. O Manual ficou também
enriquecido com suas próprias opiniões sobre as insígnias e competências que
viriam a constituir a II parte do Manual.

O Manual do Lobito está cheio das suas influências, feitas com entusiasmo e
imaginação e, principalmente de um grande conhecimento da natureza da criança.
Ela via claramente a necessidade de conservar a essência, tanto quanto o método
da instrução, e fazê-lo tão distinto quanto possível.

Esta posição iria influenciar fortemente para a sua indicação como Comissária do
Quartel General para Lobitos, posto que ela manteve até 1927.

Vera Barclay, mulher de talento e criatividade notável, criou um precedente no


Movimento, numa época em que havia dúvidas a respeito da capacidade das
mulheres desempenharem qualquer papel no mundo masculino do Escutismo.
Durante a I Guerra Mundial, iniciada em 1914, quando muitos escuteiros e
dirigentes eram chamados a combater, as mulheres entraram em força no
Movimento.

Alguns livros de Vera Barclay:

Sabedoria da Selva Potted Stories - To tell Scouts & Cubs, Guides & Stories of the Saints by Candle-light
(CNE) Brownies (1922)
Totens

Açor Águia Alcaravão Andorinhão Antílope

Búfalo Canguru Cão Cão de Fila Carneiro

Cartaxo Castor Cavalo Cegonha Cerceta

Chacal Cisne Coati Cobra Capelo Cobra Cascavel

Corvo Corvo Marinho Cuco Elefante Esmerilhão

Esquilo Estorninho Faisão Falcão Foca

Francelho Gaivota Galeirão Galinhola Galo

Galo Silvestre Garça Gato Gazela Gralha


Guarda Rios Hiena Hipopótamo Jacaré Javali

Leão Lobo Lontra Maçarico Mangusto

Melro Mergulhão Mocho Morcego Morsa

Narceja Noitibó Pantera Pato do Mar Pato Marreco

Pavão Pavoncino Pelicano Petrel Picanço

Pinguim Pita Cega Pombo Bravo Raposa Rinoceronte

Tarâmbola
Rola Squa Sula Tetraz
Dourada

Texugo Tigre Touro Urso Veado


ESCUTEIROS MUNDIALMENTE FAMOSOS

Esta lista é bastante incompleta! Procurámos incluir apenas os mais


conhecidos! Mas podemos aumentá-la com a tua ajuda! Contamos contigo!

NOME PAÍS OBSERVAÇÕES


Sir David
Inglaterra Naturalista; apresentador de TV
Attenborough
John Major Inglaterra Primeiro Ministro
Paul McCartney Inglaterra Cantor e compositor
George Michael Inglaterra Cantor e compositor
Sterling Moss Inglaterra Campeão de automobilismo
Cliff Richard Inglaterra Cantor e compositor
Bobby Robson Inglaterra Treinador de futebol
Neil Armstrong EUA Austronauta (Eagle Scout)
Jacques Chirac França Político
Príncipe Emanuel Lichtenstein
Richard Gere EUA Actor
Valery Giscard
França Político
d'Estang
James Stewart EUA Actor
James Lovell EUA Astronauta (Eagle Scout)
Fez o primeiro transplante de um coração artificial (Eagle
Dr.William C. DeVries EUA
Scout)
Gerald Ford EUA antigo Presidente dos Estados Unidos (Eagle Scout)
Steven Spielberg EUA Realizador de Cinema/TV (Eagle Scout)
John F. Kennedy EUA antigo Presidente dos Estados Unidos
Jim Morrison EUA Cantor e Compositor
Bill Clinton EUA Presidente dos Estados Unidos (apenas Lobito)
Bill Gates EUA Fundador e dono da Microsoft
Harrison Ford EUA Actor
Bilionário e candidato à presidência dos Estados Unidos
H. Ross Perot EUA
(Eagle Scout)
Rei Carlos XVI
Suécia
Gustavo
Rei Constantino Grécia

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