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Unidade 2 85
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
2.1.1. Definição de Vasos se Pressão
2.2. Equipamentos Pneumáticos
2.3. Fornos
2.4. Sistema de Proteção Coletiva
2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual
2.6. Cor, Sinalização E Rotulagem
2.7. Manutenção Preventiva
2.8. Engenharia de Segurança do Trabalho
Questões
Unidade 3 103
Características do Ambiente De Máquinas
3.1. Localização Industrial
3.2. Riscos em Eletricidade
3.3. Sistema Externo de Proteção Contra Descargas Atmos-
féricas
3.4. NR-10 X NR-12
3.5. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada
3.6. Sistemas de Segurança em Máquinas e Equipamentos
3.7. Proteções Fixas
3.8. Proteções Móveis
Questões
Unidade 4 115
Avaliação de Riscos em Máquinas e Equipamentos
4.1. Laudo de Máquina
4.1.1. Categorias de Risco
4.1.2. Capa de Apresentação
4.1.3. Identificação da Empresa
4.1.4. Fotos de Apresentação da Máquina
4.1.5. Especificações Técnicas
4.1.6. Referências Normativas para Execução do Laudo
4.1.7. Definições Técnicas
4.7. Análise De Riscos
4.8. Avaliação das Proteções Existentes
4.9. Verificação do Monitoramento de Segurança da Máquina
4.10. Vevificação do Sistema de Parada de Emergência
4.11. Programa de Capacitação Profissional
4.12. Avaliação/Indicação dos Procedimentos de Segurança
4.13. Complementos/Relatório do Auditor
4.14. Laudos/Análises Adicionais
4.15. Anotações Gerais
4.16. Conclusão
4.17. Laudo Técnico de Vistoria e Responsabilidade
Questões
Bibliografia Básica
Unidade 1
Evolução das Máquinas
49
A máquina por ele desenvolvida tinha potência
tão extraordinária que passou a movimentar navios,
fábricas de teares, máquinas de usinagem. A ideia
básica era colocar o carvão em brasa para aquecer a
água até que ela produzisse muito vapor. A máquina,
então, girava por causa da expansão e da contração
do vapor dentro de um cilindro de metal onde havia
um pistão. As máquinas a vapor passaram a ter mui-
tas utilidades. Tanto retiravam a água que inundava
minas subterrâneas de ferro e carvão, como movi-
mentavam os teares mecânicos na produção de teci-
dos. Era o início da Revolução Industrial, um tempo
de glória para os ingleses e de grande desenvolvi-
mento para toda a humanidade.
www.abimaq.org.br/.../Livro-A-historia-das-maquinas-70-anos-Abimaq....
FIGURA 1
50
A Revolução Industrial aconteceu na década de
40, pós-guerra. O Brasil começou a se transformar
de um país de essencialmente agrícola, para um país
que entrava na era dos maquinários.
As primeiras empresas a adotarem as máquinas
foram os Cotonifícios, com suas máquinas de tear.
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&tbm=isch&sa=1&q=pri
meiras+maquinas+de+tear&oq=primeiras+maquinas+de+tear
FIGURA 2
51
condições de segurança de máquinas e equipa-
mentos, e estas pagariam um custo muito caro,
por esta displicência.
A legislação atual, através da NR-12, é muito
contestada pelas empresas. Algumas chegam a alegar
que a aplicação desta, engessa toda a cadeia produ-
tiva, porém devemos ressaltar que as empresas fica-
ram por muitos anos deitadas em “berço esplêndi-
do”, sem quase nenhum investimento nas melhorias
de suas máquinas. Fica bem claro, que a Legislação
tem um intuito único de fazer com que as empresas
entendam que não basta produzir a qualquer custo, e
sim estarem atentas, pois os acidentes geram um alto
preço a toda sociedade.
Os profissionais de segurança, que estão há
um bom tempo na ativa, perceberam a evolução das
normas e suas aplicações no contexto atual no país.
No transcorrer do nosso estudo, iremos notar
como este cenário afetou o desenvolvimento da área
de segurança no Brasil, e quais ações foram tomadas
pelos governantes para amenizar os seus impactos.
Para que possamos dar andamento aos estudos
são necessárias as definições técnicas e suas caracte-
rísticas, conforme, a seguir, detalhamos.
Definição de mecânica: parte da física que tem
por objetivo o estudo dos movimentos dos corpos,
das forças que produzem esses movimentos e do
equilíbrio das forças sobre o corpo em repouso.
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Máquinas e equipamentos: esta Norma Re-
gulamentadora e seus anexos definem referências
técnicas, princípios fundamentais e medidas de pro-
teção para garantirem a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelecem requisitos mínimos
para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho,
nas fases de projeto e de utilização de máquinas e
equipamentos de todos os tipos, e, ainda, à sua fa-
bricação, importação, comercialização, exposição e
cessão a qualquer título, em todas as atividades eco-
nômicas, sem prejuízo da observância do disposto
nas demais Normas Regulamentadoras - NR apro-
vadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978,
nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omis-
são destas, nas normas internacionais aplicáveis.
Entende-se como fase de utilização a constru-
ção, transporte, montagem, instalação, ajuste, ope-
ração, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
desmonte da máquina ou equipamento.
ttps://www.google.com.br/search?newwindow=1&tbm=isch&sa=
FIGURA 3
53
MÁQUINA - aparelho ou instrumento próprio
para comunicar movimento ou para aproveitar e pôr
em ação um agente natural, qualquer utensílio ou
instrumento formado de peças móveis locomotivas.
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1.2.1. Bombas
PRINCIPAIS TIPOS:
• Rotativos
• Alternativos e
• Centrífugos
As bombas são equipamentos com a função de
deslocar fluídos líquidos para elevadas alturas ma-
nométricas com eficiência e desempenho, desde que
sejam devidamente projetadas, mantendo constante
pressão e vazão, levando em conta detalhes técnicos
que devem ser observados, tais como: profundida-
de máxima do reservatório, projeto hidráulico, vis-
cosidade do fluído bombeado e presença de sólidos
em suspensão. Existem vários tipos e modelos de
bombas, para variadas aplicações definidas pelas ca-
racterísticas do processo. Bombas centrífugas, bom-
bas peristálticas, dosadoras de pistão/diafragma,
bombas de engrenagens, bombas de rotor helicoi-
dal, bombas submersas e submersíveis, representam,
apenas, alguns exemplos.
55
FIGURA 4
Riscos diretos
- O eixo é a união da bomba com o motor elé-
trico, e a união da bomba com a turbina constitui de
uma forma geral, o único ponto mecânico agressivo
de uma bomba em funcionamento. Por estar situ-
ado geralmente, internamente, entre a bomba e seu
sistema de acionamento, e em nível baixo, diminui a
potencialidade do risco. Torna-se muito importante
a manutenção, pois rebarbas ou parafusos de maior
comprimento deixados durante quaisquer serviços,
não são visíveis, quando o eixo estiver em movimento.
Os riscos de contato elétrico acidental são
acentuados geralmente, pois na maioria dos casos, as
bombas são instaladas em locais úmidos ou frequen-
temente molhados.
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- Ruídos.
Riscos indiretos
• Bombas com motores elétricos.
Riscos elétricos e aterramento devem ser cui-
dadosamente instalados e,revisados periodicamente.
São derivados no local da instalação, ou pela
função da bomba.
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táteis, considerar os riscos com os equipamentos
auxiliares. Geralmente, as tubulações são flexíveis e
os riscos mais prováveis são ocasionados pela dispo-
sição destes tubos, que podem provocar quedas ou
tropeções. Os cuidados mais indicados são a prote-
ção dos mesmos, com o isolamento da área.
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manuseio, à emanação e concentração de gases de
densidades maiores que a do ar.
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1.2.4. Normas De Segurança
• Gerais
Pessoal qualificado para operação e manutenção.
Usar sempre as instruções do equipamento.
Usar as instruções de segurança da empresa.
As operações de lubrificação e manutenção se-
rão efetuadas com as bombas desligadas.
Bloqueio das chaves elétricas. Pode ser utilizado
o sistema Lock-Out/Tag-Out.
Uso de ferramentas apropriadas.
Uso dos EPIs próprios, roupas justas e cômodas.
Manutenção preventiva.
60
ções em serviços de eletricidade, NR-12 – Segurança
em Máquinas e Equipamentos, NR-15 - Atividades
e operações insalubres, NR-20 - Líquidos combustí-
veis e inflamáveis.
FIGURA 5
FIGURA 6
61
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
62
generalizando todos os engenhos regenerativos de
circuito e com aquecimento externo.
Além das vantagens, acima, citadas que a inven-
ção proporcionou, é também importante salientar
que este motor contém um regenerador ou econo-
mizador, que permite obter uma eficiência superior
ao dos motores de gasolina, diesel e máquinas a va-
por e, também, economizar energia.
A partir da invenção do motor que daria movi-
mentos a várias máquinas e equipamentos, começa-
mos a notar que os acidentes foram se multiplicando
com a mesma velocidade, que eram construídos.
As empresas conseguiam ao longo do tempo
intensificar sua produção, dando cada vez mais ve-
locidade as suas linhas, através de motores potentes
No ano de 1854, o primeiro projeto de um mo-
tor de combustão interna foi patenteado na Itália pe-
los engenheiros Eugênio Barsanti e Felice Matteucci.
O projeto consistia na utilização da energia de ex-
pansão de gases liberados pela combustão de uma
mistura explosiva de ar e hidrogênio, para movimen-
tar um pistão e transformar este movimento linear
em um movimento rotativo, com o uso de uma ár-
vore de manivela. Este motor nunca foi produzido
em quantidade.
63
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2013/03/motores-combustao-
interna-uma-breve.html
FIGURA 7
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f2/PSM_V18_D500_
An_american_internal_combustion_otto_engine.jpg
FIGURA 8
64
Em 1863, Lenoir criou uma carruagem motori-
zada de três rodas chamada Hippomobile.
www.abimaq.org.br/.../Livro-A-historia-das-maquinas-70-anos-Abimaq....
FIGURA 9
65
de transporte. Os veículos industriais são de grande
importância e fazem diminuir o tempo no processo
de locomoção de cargas, agilizando a produtividade
e, consequentemente, dando um dinamismo maior e
lucratividade para as empresas.
Também é possível notar que com o decorrer
do tempo estes equipamentos apresentaram desgas-
tes maiores, devido à condição exigida na força para
transporte. É de extrema importância o controle e
vistoria das condições de segurança destes equipa-
mentos, visando à troca preventiva de peças desgas-
tadas e fadigas de suas estruturas. O equipamento
mais conhecido e, talvez, o mais utilizado de todos,
sejam as empilhadeiras.
https://www.google.com.br/search seguran%C3%A7a+em+veiculos+indu
striais
FIGURA 10
66
trema importância. Muitas dessas ações de gerencia-
mento se devem ao fato de envolver muitas pessoas
nos processos de interação com o maquinário, tais
como: operador de empilhadeira, mecânico de ma-
nutenção, lubrificador, sem contar as condições as
quais são colocados estes equipamentos, na má utili-
zação e por pessoas não autorizadas.
A prevenção de acidentes com este tipo de equi-
pamentos devem ser as preocupações básicas de qual-
quer programa de segurança do trabalho. Tal cuidado
deve ser planejado e mantido de forma integrada, ob-
servando não apenas cuidados com os equipamentos,
mas também com o operador, os meios a serem mo-
vimentados e as vias a serem utilizadas.
Na verdade por detrás do uso dos veículos indus-
triais, ocultam-se uma série de riscos que, muitas vezes,
passam sem ser notados nas atividades cotidianas. Em
muitos casos, providências só vão ser tomadas após a
ocorrência de um acidente – quase sempre muito gra-
ve. Um exemplo claro de situações deste tipo ocorre
com o número cada vez maior de estabelecimentos
atacadistas, que realizam também vendas no varejo (hi-
permercados), onde é comum observarmos a operação
de veículos industriais por pessoas que nitidamente não
têm preparo para este tipo de operação. Tais locais, pela
presença de pessoas (clientes) sem qualquer informa-
ção para o risco de acidentes, tornam-se cenários mais
do que propícios à ocorrência de acidentes.
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Ao dirigir transportando cargas, já se torna uma
atividade por si merecedora de atenção. A variedade
de cargas e tipos de embalagens – mesmo que sobre
estrados – exige bastante treinamento e habilidade.
A isso, somamos a questão de problemas de lay out
– seja pela falta de espaço compatível com a necessi-
dade de manobras ou que possibilite a realização das
mesmas com certa margem de segurança, ou, ainda,
pela falta de organização, que acaba implicando ain-
da em maior redução do espaço, criando uma situa-
ção evidente de risco de acidente. Portanto, logo de
início, devemos ter em mente que prevenir acidentes
nas operações com veículos industriais é assunto que
para ser bem cuidado deve envolver muito mais do
que apenas preocupações com o veículo em si.
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mente, isso irá variar conforme o tamanho da em-
presa, sua atividade e, especialmente, quantidade e
variedade de veículos em uso.
Interessante, aqui, lembrar que parte do assun-
to também deve ter como referência a Norma Re-
gulamentadora 26 – Sinalização de Segurança, na
qual fica claro que os equipamentos de transporte
e manipulação de material, tais como empilhadei-
ras, tratores industriais, pontes-rolantes, reboques
etc., devem, para a prevenção de acidentes, estarem
pintados na cor amarela (NR- 26). Embora isso seja
legislação e no item 1.1., da mesma norma, fica claro
que esta “fixa as cores a serem usadas”. Muitos equi-
pamentos disponíveis para venda e locação no mer-
cado estão pintados de outras cores. Cumpre, aqui,
lembrar que a inobservância deste item, implica em
multa por parte do Órgão Fiscalizador – MTE.
Outra parte bastante interessante da NR-11
diz respeito ao item 1.3., onde fica definido que os
equipamentos utilizados na movimentação de ma-
teriais serão calculados e construídos de maneira
que ofereçam as necessárias garantias de resistência,
segurança e conservados em perfeitas condições de
trabalho. No que diz respeito a cálculos (dimensio-
namento) e construção é importante que o SESMT
busque conhecer, e se possível ter cópia dos memo-
riais ou processos de cálculo e aquisição. Uma úni-
ca talha mal instalada pode causar danos imensos e
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acidentes fatais. O mesmo podendo ocorrer devido
a improvisações – estas tão comuns nas empresas
brasileiras. Vale lembrar, aqui, que a responsabilida-
de técnica pela orientação quanto ao cumprimento
do disposto nas NR é do SESMT (NR-4 - 12.d).
Ainda, com relação a este item, chamamos a atenção
para a última frase que menciona a conservação e
perfeitas condições para o trabalho. Mesmo que o
assunto esteja restrito a uma linha de palavras, sua
extensão é bastante grande e importante, e só pode
ser obtido e, principalmente, evidenciado pela inser-
ção de todos os veículos industriais em um plano
de manutenção preventiva, que no nosso entendi-
mento deve ser auditado periodicamente pelo SES-
MT e os possíveis desvios evidenciados através de
documentos. Importante, ainda, que este plano de
manutenção esteja baseado em procedimentos (es-
critos) básicos de verificação, garantindo, assim, que
todos os itens de segurança sejam sistematicamente
verificados. Isso em suma, quer dizer que os critérios
não devem ser deixados em aberto, a escolha do exe-
cutor e não podem deixar de conter os itens mencio-
nados em 1.3.1. (cabos de aço, cordas, correntes, rol-
danas, ganchos etc). Atenção especial deve ser dada
ao item 1.8., que define a substituição imediata de
peças defeituosas. Toda manutenção deve ser feita
sempre, apenas, por profissionais capacitados para
esta finalidade e devem gerar evidências documen-
70
tais, nas quais entre outras coisas seja possível, em
caso de necessidade, identificar o responsável pela
verificação e reparos. Por fim, recomenda-se, ainda,
que seja definida uma sistemática de verificação a ser
feita pelo próprio operador – ou seja, algo como um
check list básico a ser observado antes das operações
pelo usuário do veículo.
Uma dúvida muito comum com relação ao
assunto tratado no parágrafo acima, diz respeito à
frequência ou periodicidade das manutenções. A
decisão quanto à frequência terá como base o rigor
do uso e a atividade executada. Veículos industriais
utilizados em áreas com ambiente agressivo serão
submetidos à prevenção com maior frequência. O
mesmo devendo ocorrer com veículos, cuja possível
falha durante utilização implique em possibilidade
de danos maiores (locais mais populosos, locais com
equipamentos suscetíveis a danos e/ou que compro-
metam a continuidade das operações etc).
Outra exigência da NR-11 – está no item 1.3.2.
– diz respeito à obrigatoriedade de indicar em local
visível em todos os equipamentos deste tipo, a car-
ga máxima de trabalho permitida. Para muitos, tal
exigência trata-se apenas de uma mera burocracia e
estes, certamente, desconhecem a quantidade de aci-
dentes, que ocorrem devido ao uso de equipamentos
deste tipo, em condições acima de sua capacidade
de carga. Desconhecem, também, as consequências
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advindas da inobservância de algo tão simples, que
vão desde a morte de pessoas, passando pelo esma-
gamento de membros e, invariavelmente, por perdas
do patrimônio e danos à produção. Todos os equi-
pamentos devem ser sinalizados, quanto à sua capa-
cidade, tal sinalização deve ser como diz o próprio
texto na NR – VISÍVEL. Infelizmente, ainda, en-
contramos em muitos locais de trabalho falhas, sem
identificação de carga, ou quando não é tão peque-
na, que quando perguntamos aos usuários, o quanto
aquele equipamento pode levantar, ouvimos diver-
sos números, totalmente, diversos, e na sequência,
diversas histórias que nos deixam assustados. Como
complemento deste assunto, devemos também estar
atentos para possíveis reduções de capacidade – que
ocorrem em alguns equipamentos depois de possí-
veis alterações, ou anos de uso. No caso específico
das empilhadeiras, existem testes padronizados pe-
los fabricantes para verificação da capacidade, e es-
tes são recomendados para um bom programa de se-
gurança relativo ao assunto. Detectadas as reduções
de capacidade estas devem ser alteradas e os usuá-
rios amplamente informados, visto que é comum, os
operadores identificarem as máquinas por seu tama-
nho. Importante também lembrar e orientar a todos
os usuários de equipamentos deste tipo, quanto às
alterações devido ao uso de extensores (capas de pa-
leta), correntes etc.
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Atenção especial da NR-11 para os carros
manuais de transporte – que para muitos parecem
inofensivos – mas que são grandes causadores de
pequenos acidentes. Há alguns anos, acompanhei
o caso de um grande hospital, no interior de São
Paulo, onde o número de acidentes era muito alto,
tendo como partes atingidas, as mãos. Feita uma
análise mais detalhada, acabamos descobrindo que
era comum a prensagem por carrinhos manuais, e
macas de transportar pacientes, contra paredes e la-
terais de elevadores. Dentro das indústrias, acidentes
deste tipo, também, são muito comuns e podem ser
evitados com soluções simples e caseiras, que nada
mais são do que a instalação de protetores para as
mãos, nas alças de manipulação.
Com detalhes, a NR-11 descreve as condições
relativas ao Operador, iniciando no item 1.5., quan-
do menciona que o Operador deverá receber um
treinamento específico, que o habilitará nesta função.
Neste ponto, é importante estarmos atentos para al-
guns detalhes que podem fazer muita diferença, seja
na prevenção de acidentes, seja diante de possíveis
problemas causados por um acidente. O primeiro
diz respeito à pré-seleção do operador, o que pas-
sa obrigatoriamente por conhecimentos e requisitos
próprios da NR- 7. Portanto, antes de tudo, o Ope-
rador de Veículo Industrial deve ser uma pessoa apta
do ponto de vista médico para exercer e realizar este
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tipo de trabalho. Isso pode dizer muita coisa, por
exemplo, necessidade de acuidade visual. Logo em
seguida, deparamo-nos com a citação: “treinamento
dado pela empresa”. É importante saber se há na
empresa profissional capaz de desenvolver este tipo
de treinamento e, ainda, se diante de um acidente, te-
remos como evidenciar tal capacidade. Deve-se en-
tender que a coisa não é tão simples como parece e,
tal entendimento pode ser obtido analisando o que
ocorreria no caso de um acidente com a morte de
alguém. Recomenda-se que tais treinamentos fiquem
a cargo de escolas especializadas e que estas emitam
certificados, e que sejam mantidos junto ao prontu-
ário do empregado. Mais do que isso, recomenda-se
que, periodicamente, seja feita uma reciclagem pelo
menos quanto aos princípios básicos da operação, e
sempre quanto às normas de segurança.
Com relação, ainda, ao treinamento chama-se
a atenção, neste ponto, para a variedade de veícu-
los industriais, hoje, em uso. O que, antigamente, era
restrito a uma ou duas variedades passou a ser, na
atualidade, muito diferente. Há por todas as partes,
paleteiras, rebocadores, guindastes, pontes rolantes
com operação no próprio equipamento ou a distân-
cia etc. Obviamente, cada um destes equipamentos
tem características diversas, embora muitos sejam si-
milares em suas bases. Portanto, há necessidade de
treinamentos específicos. Fica claro que entre uma
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empilhadeira e uma paleteira, há grandes diferenças
no modo de operação e riscos de acidentes.
Uma dúvida, ainda, paira quanto à obrigato-
riedade da Carteira Nacional de Habilitação para
os operadores de veículos, como: empilhadeiras,
rebocadores e paleteiras. O Código Nacional de
Trânsito, em momento algum, é claro quanto à
obrigatoriedade da CNH para estes veículos. E,
realmente, seria muito estranho se o fosse, visto
que proveito teria para a prevenção e operação,
habilitarmos operadores treinados e aprovados,
em exames com veículos de passeio, ônibus ou
caminhões. São veículos de características e ope-
ração totalmente distintas dos veículos industriais
citados. Acreditamos que no caso dos veículos
que, por algum motivo, façam uso de vias públicas
– e, portanto, sejam emplacados – o assunto deva
ser analisado com detalhes, junto ao orgão regu-
lamentador de trânsito. No mais, para operações
dentro das empresas – conforme a própria NR -
cita o curso de habilitação e penso que seja a esta
habilitação, a que se refere o item 1.6.. Em termos
de cuidados preventivos, parece desejável que o
candidato tenha CNH (independente da catego-
ria) e, assim, ser conhecedor das regras básicas de
trânsito e sinalização.
Abaixo, figura com exemplo de carteirinha de
autorização para operador de empilhadeira.
75
Elaborado Pelo Autor.
FIGURA 11
76
Propositalmente, deixamos para tratar, qua-
se no final deste texto, a questão citada no item
1.7., onde fica definido que os equipamentos de
transporte motorizados devem possuir sinal de
advertência sonora (buzina). Obviamente como
em todo meio que se locomove, tal equipamen-
to é de importância. No entanto, preocupa-nos a
crescente tendência de veículos industriais – em
especial empilhadeiras, paleteiras e rebocadores -
que vêm equipados com tipos de sinais sonoras,
que permanecem acionados por todo tempo do
deslocamento ou, ainda, aqueles equipados com
“sirenes” ou equivalentes. Sem dúvida alguma
em prol da prevenção de acidentes os dispositi-
vos que sinalizam a marcha à ré são muito úteis.
No entanto, quando a sinalização tanto visual
como sonora vai, além disso, há necessidade de
analisarmos o quanto isso pode contribuir para a
dispersão da atenção das pessoas envolvidas nas
operações, e mesmo para o estresse dos empre-
gados. Se de fato, devido aos riscos de acidentes
(bem avaliados) há necessidade de definirmos al-
gum tipo de sinalização para os movimentos em
veículos que seja, preferencialmente, o uso de
pisca alerta em lanternas fixas, e sem parte sono-
ra. De forma alguma, algum meio definido para
a prevenção de acidentes deve colateralmente ser
a causa de incômodos ou danos aos empregados.
77
Encerrando a parte desta NR, que diz respeito
aos veículos industriais, fala-se da questão da con-
centração de poluentes no ambiente do trabalho.
Dentro desta preocupação devemos dar atenção es-
pecial à questão do ruído, o que faz parte de um
estudo mais amplo de engenharia, já na fase de ante-
cipação, quando possível.
78
do veículo, quando não estiver em uso. Este local deve
ser fechado e estar sob o controle de um responsável.
Enfim, há muito mais a ser dito sobre o assun-
to. Tenho certeza de que despertado o interesse pela
elaboração de um programa de segurança para veí-
culos industriais, através da pesquisa e estudo, cada
profissional irá aperfeiçoar e moldar as ações, con-
forme sua realidade e necessidades.
79
http://www.metalica.com.br/images/stories/Id4315/seguranca-da-grua-
Fig01.jpg
FIGURA 12
Em São Paulo, outro acidente com a grua divulgado no jornal Folha de São Paulo
de 29 de março de 2008, apresenta como causa o excesso de carda no transporte.
A notícia mostra que um carrinho com aproximadamente 40Kg despencou de uma
altura de 92 metros do prédio em obras na Avenida Paulista em 1999, atingindo uma
estudante que passava pela calçada fora da obra. O objeto era transportado irregular-
mente, desobedecendo às normas de segurança, pois o caminho havia sido colocado
sobre outros objetos, para economizar uma nova viagem de uma caçamba erguida
pela grua. O Marido da estudante será indenizado pela construtora e pela locadora
da grua. A intenção da notícia apresentada pela Folha de S. Paulo é mostrar que, só
depois de três anos, o marido receberá uma indenização pela morte da esposa, o
qual avalia que os 150 mil é uma quantia imisória em relação ao poder aquisitivo da
empresa. Apesar do foco da reportagem não ser a falta de segurança na utilização da
grua, a imprudência na utilização e operação deste equipamento fica evidenciada.
80
Também existem guindastes para içamento de
cargas instáveis, de tal forma que demanda um es-
tudo prévio para elevação, raio de alcance, áreas de
risco, isolamento de áreas, e profissionais habilitados
para operar este tipo de equipamento.
http://www.rigger.com.br/wp-content/uploads/2010/08/Plano-de-rigging.jpg
FIGURA 13
81
Já, nos equipamentos de elevação de pessoas,
demanda maiorias cuidados, pois estaremos expon-
do a pessoa em locais desconfortáveis, com pouco
recurso de ações rápidas, o que acaba levando o pro-
fissional a fazer uma análise de riscos bem aprofun-
dada. Com a chegada das plataformas elevatórias, o
número de acidentes por quedas diminuiu, sensivel-
mente, já que a montagem dos antigos andaimes ou
mesmo escadas precárias, nem sempre era feito de
forma correta e por pessoal que adotava critérios
de uso destes equipamentos. No entanto, com es-
tas plataformas elevatórias articuladas os acidentes
acontecem, muitas vezes, por imprudência ao exigir
esforços excessivos ou, então, posicionar as mesmas,
em locais instáveis ou com inclinação inadequada,
ocasionando a queda deste equipamento.
82
http://www.rollinmaq.com.br/plataforma-elevatoria/plataforma-elevatoria.
php
FIGURA 14
83
Questões
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