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Unidade 2

Máquinas e Equipamentos – Características

2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão

CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO: são


equipamentos, os quais demandam cuidados ex-
tremos, principalmente no que diz respeito às ins-
peções periódicas e treinamento das pessoas que
operam. Geralmente, acidentes ocorridos com estes
equipamentos demandam grande perda material e,
em alguns casos, pessoal.

https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 15

2.1.1. Definição de Vasos se Pressão

Reservatórios que contenham fluídos e sejam


projetados para resistir, com segurança, às pressões

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internas, diferentes da pressão atmosférica, ou sub-
metidos à pressão externa, cumprindo, assim, a fun-
ção básica de armazenamento.

Constitui risco grave e iminente a falta de qual-


quer um dos seguintes itens:
• Válvula de segurança com pressão de abertura
ajustada em valor igual ou inferior à PMTA- PRES-
SÃO MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL.
• Instrumento que indique a pressão do vapor
acumulado.
• Injetor ou outro meio de alimentação de água,
independentemente do sistema principal, em caldei-
ras com combustível sólido.
• Sistema de drenagem rápida de água, em cal-
deiras de recuperação de álcalis.
• Sistema de indicação para controle do nível de
água ou outro sistema, que evite o superaquecimen-
to por alimentação deficiente.

Como descrito na própria NR-01 – DISPOSI-


ÇÕES GERAIS: as condições que demande riscos
graves e iminentes aos trabalhos devem ser parali-
sadas de imediato, e feitas as devidas correções, e
somente voltar a executar as atividades, após, estas
situações estarem sob controle, ou perigos e riscos
eliminados.

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2.2. Equipamentos Pneumáticos

Nas atividades de montagem e desmontagem de


pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos
não estacionários, que ofereçam riscos de acidentes,
devem ser observadas as seguintes condições:
• Os pneumáticos devem ser completamente
despressurizados, removendo o núcleo da válvula de
calibragem antes da desmontagem e de qualquer in-
tervenção que possa acarretar acidentes; e
• O enchimento de pneumáticos só poderá ser
executado dentro de dispositivo de cláusula ou gaio-
la, adequadamente, dimensionada, até que seja alcan-
çada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre
o aro e criar uma vedação pneumática.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEh4AF/apostila-pneumatica
FIGURA 16

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Nas mangueiras de alta pressão deve haver um
sistema de trava de segurança que evite que esta chi-
coteie, caso venha se romper e possa atingir pessoas
ou danificar parte do equipamento. Também pode
ser adotado o sistema de fechamento (ou enclausu-
ramento) da mangueira.

2.3. Fornos

As atividades exercidas no trabalho em fornos


são muito hostis, e demandam um estudo bem de-
talhado, quanto às condições daqueles que ali execu-
tam suas tarefas. A hostilidade da caloria, ar rarefei-
to, concentração de monóxido de carbono, riscos de
queimaduras, condições ergonômicas e utilização de
EPIs que, muitas das vezes, inibi a sensibilidade do
trabalhador, apesar de amenizar ou eliminar o con-
tato direto com seus agentes agressivos, são detalhes
suficientes para que o profissional de segurança te-
nha atenção redobrada com este equipamento.

https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 17

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Devido aos locais e formas de instalação destes
fornos, na maioria das vezes, impede a instalação de
EPC`s – Equipamento de Proteção Coletiva - sis-
tema de exaustão adequado. Cabe ao empregador
através do SESMT- Serviço Especializado em Se-
gurança de Medicina do Trabalho (Engenheiros de
Segurança do Trabalho ou Técnicos de Segurança
do Trabalho, desenvolver EPIs – Equipamento de
Proteção Individual dos trabalhadores).
Cabe uma ressalva quando ao desenvolvimento
de EPIs, pois como descrito na NR-06 – Equipa-
mento de Proteção Individual, este deve ser o último
recurso a ser utilizado. A norma quando define esta
condição tem uma lógica, pois prefere as ações de
engenharia que, em muitas vezes, eliminam os agen-
tes agressivos ou, então, venham a controlá-los, do
que fazer o trabalhador ficar enclausurado por uso
de EPIs.

2.4. Sistema de Proteção Coletiva

As normas regulamentadoras chamam cons-


tantemente a atenção para implantação de sistema
de proteção coletiva. Isto ocorre na NR-06 , quan-
do se pede que a prioridade na utilização de ações
de engenharia, volta-se a repetir na NR-10, quando
diz da necessidade em todos os serviços executados
em instalações elétricas, que devem ser previstos e

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adotados, prioritariamente, medidas de proteção
coletivas aplicáveis, mediante procedimentos, às ati-
vidades a serem desenvolvidas, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores. Porém, na
prática, este recurso é muito pouco adotado. Muitas
vezes, por comodidade, outras pelo alto custo, e em
sua maioria pela falta de conhecido dos profissionais
em como aplicar estes sistemas. Seja qual o moti-
vo, no final, todos saem perdendo, pois poderíamos
perpetuar melhores condições de trabalho, com a
adoção do sistema de proteção coletiva, gerando
mais conforto ao trabalhador, culminando com me-
nos reclamações trabalhistas.

https://www.google.com.br/search?newwindo
FIGURA 18

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2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual

Apesar das empresas que fabricam EPI´s, terem


se aprimorado e buscado novos conceitos de EPI´s,
com materiais mais leves, confortáveis, adaptados as
condições do corpo humano, ainda nos dias de hoje,
muitas empresas empregam o recurso de utilização
de materiais de má qualidade, comprometendo ainda
mais o trabalhador.
Como citado, no item anterior, o EPI - Equipa-
mento de Proteção Individual, somente deve ser uti-
lizado como último recurso e nada mais. E mesmo
com último recurso, a norma também cita a necessi-
dade da busca de novas tecnologias.

http://www.portaleletricista.com.br/wp-content/uploads/2013/12/epi.jpg
FIGURA 19

A NR-12 veio com o novo critério de mudar a fi-


losofia de atuação das empresas e trabalhadores, e com
este conceito faz-se necessário os envolvimentos de

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todos, no que diz respeito à redução dos números de
acidentes, tanto os mais simples, como arranhões, até
aqueles que culminam na fatalidade. E o EPI é um ins-
trumento importante, neste contexto, pois é impossível
imaginar linhas de produções pesadas sem o uso dele.
Por outro lado, hoje, o empregado, já vem entendo mais
seu papel neste contexto, e utilizar EPI´s somente para
agradar o patrão ou, então, para não ser advertido, já são
coisas do passado. É muito comum, hoje, nas empre-
sas, os empregados não só exigirem o fornecimento de
EPI´s, mas também cobrar que estes sejam de qualida-
de, que tenham conforto, durabilidade e até tecnologia
avançada. Vemos na prática, o uso de máscara de solda
com sistema eletrônico para escurecimento de lente.
Tudo leva a crer que empregado e empregador, estão se
ajustando, aos poucos, às novas exigências das normas e
ao papel de cada um para o cumprimento destas.

2.6. Cor, Sinalização E Rotulagem

Conforme a NR-26 – SINALIZAÇÃO DE


SEGURANÇA, em sua nova redação de 2011, a
qual nos remete a cumprir as normas técnicas ofi-
ciais, passamos a adotar os critérios da NBR-7195
de 31.07.1995 – Cores para Segurança, com o ob-
jetivo de fixar as cores que devem ser usadas para
prevenção de acidentes, empregadas para identificar
e advertir contra riscos.

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http://www.abntcatalogo.com.br/
FIGURA 20

A NBR-6493 de 30.11.1994 – que trata do em-


prego de Cores para Identificações para Tubulações,
com o objetivo de fixar as condições exigíveis para
o emprego de cores na identificação de tubulações,
para a canalização de fluídos e material fragmenta-

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do, ou condutores elétricos, com a finalidade de faci-
litar a identificação e evitar acidentes.

http://www.abntcatalogo.com.br/.
FIGURA 21

Devemos lembrar que além das aplicações das


NBRs citadas acima, os empregados devem ser trei-
nados, a fim de evitar acidentes, no momento de fa-
zer alguma manutenção, manuseio e deslocamento
dentro da empresa.

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Na NR-26 há algo novo, que informa sobre
a Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com
Dados de Segurança de Produto Químico. Essas in-
formações podem ser encontradas na GHS – Sis-
tema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização
das Nações Unidas.
É uma norma para unificar as informações
globalmente, fazendo com que todas as empresas
(globalmente) trabalhem com o mesmo sistema
de classificação.
Em relação à classificação de perigo, a norma
nos diz que: “Na ausência de lista nacional de classi-
ficação harmonizada de substâncias perigosas pode
ser utilizada lista internacional”.
Hoje, nós temos uma norma que trata de clas-
sificação de perigo, que é a NBR-14725 – parte 2
– CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO – que tem por
objetivo estabelecer critérios para o sistema de clas-
sificação de perigos de produtos químicos, sejam
eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao
usuário informações relativas à segurança, à saúde
humana e ao meio ambiente.
Devemos lembrar que além das aplicações das
NBRs citadas acima, os empregados devem ser trei-
nados, a fim de evitar acidentes, no momento de fa-
zer alguma manutenção, manuseio e deslocamento
dentro da empresa.

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Na NR-26 há algo novo, que informa sobre
a Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com
Dados de Segurança de Produto Químico. Essas in-
formações podem ser encontradas na GHS – Sis-
tema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização
das Nações Unidas.
É uma norma para unificar as informações global-
mente, fazendo com que todas as empresas (globalmen-
te) trabalhem com o mesmo sistema de classificação.
Em relação à classificação de perigo, a norma
nos diz que: “Na ausência de lista nacional de classi-
ficação harmonizada de substâncias perigosas pode
ser utilizada lista internacional”.
Hoje, nós temos uma norma que trata de clas-
sificação de perigo, que é a NBR-14725 – parte 2
– CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO – que tem por
objetivo estabelecer critérios para o sistema de clas-
sificação de perigos de produtos químicos, sejam
eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao
usuário informações relativas à segurança, à saúde
humana e ao meio ambiente.
No que se refere à rotulagem preventiva,
deve conter elementos importantes para a identi-
ficação do produto. Novamente, a NR-26 nos diz
que: “Os aspectos relativos à rotulagem preventi-
va devem atender ao disposto em norma técnica
oficial vigente”.

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A norma oficial vigente é a NBR-14725 – parte
3 – ROTULAGEM PREVENTIVA – que estabele-
ce as informações de segurança relacionadas ao pro-
duto químico perigoso, a serem incluídas na rotula-
gem. Na Rotulagem Preventiva, deve conter alguns
os seguintes elementos:
• Identificação e composição do produto químico;
• Pictograma de Perigo – Sabem o que é pic-
tograma?
• Palavra de advertência – Perigo / Cuidado;
• Frase de perigo – Gás Inflamável;
• Frases de Precaução – Mantenha afastado do
fogo (não fume);
• Informações suplementares – Informações so-
bre proteção do Meio Ambiente, Proteção Individual.
Referente à questão da ficha com dados de se-
gurança, na qual, novamente, a NR-26 informa que:
“Os aspectos relativos à ficha com dados de segu-
rança devem atender ao disposto em norma técnica
oficial vigente”.
• Devemos aplicar a NBR-14725 – parte 4 –
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA,
que fornece informações sobre vários aspectos de
produtos químicos (substâncias ou misturas), quanto
à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
• Na NR-26 não fala, mas se trata da Ficha de
Informação de Segurança de Produtos Químicos
(FISPQ), já conhecida por muitos.

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2.7. Manutenção Preventiva

A NR-12 tem uma especial atenção quanto


aos trabalhos de manutenção, pois foi constatado
ao longo do tempo pelas estatísticas oficiais do Mi-
nistério do Trabalho, que a grande parte dos aci-
dentes graves ou fatais, ocorrem no momento da
preparação, ou na execução de manutenção de má-
quinas e equipamentos. E é por este motivo, que ela
descreve a necessidade dos bloqueios das fontes de
energia, através do sistema Lock-out/Tag-out. Os
profissionais de segurança que estão há muitos anos
na área, acreditam que este sistema e a introdução
de plataformas elavatorias, foram os equipamentos
que contribuiram sensivelmente para a diminuição
de acidentes graves nas indústrias. Não podemos
negar que não basta estes dois equipamentos, mas
sim um plano de gestão para manutenção das má-
quinas e equipamentos.
Voltado a este contexto, o Ministério do Tra-
balho em sua NR-12, solicita que as empresas te-
nham um livro próprio de registro por máquina,
para descrever todo o processo de manutenção
realizado, o que foi trocado, o que foi revisado, o
que removido e outros detalhes. Este registro tem
como função descrever a vida da máquina, fazendo
um paralelo ao ser humano. É como se fosse um
prontuário médico. Como podemos notar a NR-

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12, nao veio só para enclausurar, e colocar disposi-
tivos de segurança, mas modificar a postura do em-
pregado em relação à máquina. Fazer com que este
compreenda e respeite o maquinário, e ter por ele,
cuidado. O Lay out, também, não foi esquecido, e
deve ser demandado um sistema de organização de
estocagem de materiais para facilitar tanto a movi-
mentação de quem opera a máquina, como aqueles
que executam trabalhos de manunteção e limpeza.
Os critérios que passamos adotar.

2.8. Engenharia de Segurança do Trabalho

A Engenharia de Segurança, ao longo dos anos,


vem ganhando destaque hierárquico nas empresas.
Após a decada de 80, e início de 90, com a chegada
da ISO-9000. As empresas exigiam de seus empre-
gados a manutenção da qualidade dos produtos fa-
bricados, porém fica, totalmente, incoerente a falta
de condições de trabalho, para que se pudesse reali-
zar um produto de qualidade.
Com o transcorrer do tempo, as empresas per-
ceberam que iriam ganhar mercado com qualidade,
se oferecessem aos seus empregados maquinários de
qualidade, os quais não os colocassem em perigo e
riscos de acidentes.
A área de segurança foi ganhando espaço e em
empresas, de médio e grande porte, virou item li-

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gado à política da empresa, na qual é primordial a
existência de condições seguras de trabalho.
Com a chegada do novo texto da NR-12, foi
escrito um novo capítulo da relação da área de segu-
rança com as outras áreas da empresa.

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Questões

1. Defina o que são vasos sob pressão?

2. Qual NBR dispõe sobre as aplicações das co-


res em um estabelecimento?

3. O que significa a sigla FISPQ, e para que ser-


ve este documento?

4. Explique o que fez com que a área de Seguran-


ça ganhasse mais espaço para aplicação das normas?

5. O que significa a sigla EPI e quando deve ser


aplicado?

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