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EDUCAÇÃO FÍSICA

Apostila 5

Anatomia:
Sistemas Ósseo e Muscular

A importância de entendermos o nosso próprio corpo


Todo ser humano possui a necessidade de conhecer seu próprio corpo, visto que o
mesmo está envolvido em todas as atividades que realizamos ao longo do dia.
Desde o simples fato de se espreguiçar ao acordar, as atividades esportivas
realizadas, os movimentos necessários para realizarmos nossas atividades no trabalho, os
acidentes que podem acontecer em nosso cotidiano, enfim, sempre estaremos fazendo com
que nossos músculos e esqueletos trabalhem em prol do nosso bem-estar e necessidades
diárias.
Partindo desse pressuposto, o objetivo, ao final do estudo desta unidade, será:
 A compreensão da perfeição do Corpo Humano, enquanto máquina natural de
realização de movimentos através do seu sistema de alavancas;
 Conhecimento básico para compreendermos as explicações médicas, os acidentes
diários, características e necessidades de atendimento, os movimentos praticados nos
esportes realizados, etc;
 A interação entre os sistemas ósseo, muscular e nervoso;
 As funções do esqueleto;
 Os músculos: estriados, lisos e cardíaco;
 A importância do alongamento e aquecimento nas atividades físicas;
I. INTRODUÇÃO: OSSOS E MÚSCULOS TRABALHAM JUNTOS

O esqueleto e os músculos são inúteis um sem o outro. Eles


precisam trabalhar juntos para sermos capazes de nos mover
segundo nossos desejos, e, para fazer isso, são necessárias
explicações muito complicadas e específicas vindas do cérebro. O
cérebro, por sua vez, precisa de informações dos órgãos do sentido
para dizer-lhe que os movimentos estão sendo levados a cabo
apropriadamente. Feche seus olhos e tente tocar a ponta do seu
nariz com o dedo indicador. Você achará difícil fazer isso sem usar
seus olhos, que informam ao cérebro qual o exato movimento do seu
dedo.
O sistema esqueleto e músculos é capaz de executar uma
grande variedade de tarefas. Ele pode trabalhar sem que
percebamos, como quando automaticamente nós nos inclinamos
para manter o equilíbrio ao virarmos uma esquina em uma bicicleta. Isso envolve o movimento
de dúzias de músculos, os ossos da espinha, quadril e ombros e, naturalmente, o controle do
cérebro - tudo sem ter que pensar.
Outras ações físicas precisam de bastante raciocínio e necessitam de uma concentração
enorme, habilidade e prática. Um atleta ou um nadador pode fazer atuar o esqueleto inteiro e
centenas de músculos com uma força tremenda. Um concertista pode usar apenas os ossos e
músculos das mãos e braços, mas os movimentos são pequenos e delicados e muitíssimo
precisos.

II. SISTEMA ÓSSEO

Por que Precisamos de um esqueleto?

Você alguma vez já pensou por que precisamos


de um esqueleto? Então pense na carne que você vê no
açougue. Ela é macia, como os nossos próprios músculos.
Os outros órgãos do nosso corpo também são assim macios.
Sem um esqueleto nós cairíamos como um saco vazio.
Nossos músculos são fortes, mas sem um esqueleto eles
não teriam nada para mantê-los no lugar, ficar de pé ou nos
mover.
Alguns órgãos precisam de mais proteção do
que outros. Por exemplo, o cérebro e a medula espinhal são
protegidos pelo crânio e pela espinha. O coração, pulmões,
fígado e intestinos, todos facilmente avariados, são
protegidos pelas costelas, ossos do quadril e espinha.
O sistema formado pelo esqueleto e músculos
é forte, porém flexível. Ele protege os órgãos mais
importantes e permite movermo-nos livremente.
Nosso esqueleto tem 206 ossos. Num recém-nascido, são 300 ossos. Mas será que
perdemos ossos com o tempo? Não. Com o tempo, alguns ossos se fundem e formam um só.
Nós temos muito mais músculos do que ossos - cerca de 656 músculos, constituindo
1/3 do total do peso de uma mulher e quase a metade do peso de um homem.
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Cóccix 4v

A coluna vertebral serve


de apoio para as outras partes do
esqueleto. Além disso, as
vértebras têm um canal por onde
passa a medula nervosa ou
medula espinhal, que fica, assim,
muito bem protegida.

Como a coluna é feita de


vértebras que se articulam, nós
podemos realizar movimentos
para a frente, para trás, para os
lados e até de rotação.

III. SISTEMA ESQUELÉTICO E SUAS FUNÇÕES

O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste em um conjunto de ossos,


cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar
várias funções, tais como:
 proteção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso central);
 sustentação e conformação do corpo;
 local de armazenamento de cálcio e fósforo (durante a gravidez a calcificação fetal se faz,
em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno);
 sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do
corpo, no todo ou em parte;
 local de produção de várias células do sangue.
 Cinturas Articulares

 Cintura escapular ou simplesmente Escápula, na


Anatomia, é a porção mais elevada do membro superior,
composta pela Escápula (antes chamada de omoplata),
cabeça do úmero e pela clavícula, conectados entre si
por meio de ligamentos.

 Membros Superiores

Composto por braço, antebraço, pulso e mão.


O braço só tem um osso: o úmero, que é um
osso do membro superior.
O antebraço é composto por dois ossos: o
rádio que é um osso longo e que forma com o cúbito
(ulna) o esqueleto do antebraço. A ulna também é um
osso longo que se localiza na parte interna do
antebraço.
A mão é composta pelos seguintes ossos: ossos
do carpo, ossos do metacarpo e os ossos do dedo
(falanges). Os ossos do carpo (constituída por oito
ossos dispostos em duas fileiras), são uma porção do
esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O
metacarpo é a porção de ossos que se localiza entre o
carpo e as falanges.

 Cintura pélvica ou pelve (pélvis) ou


bacia conecta os membros inferiores ao
tronco. Podem distinguir o homem da mulher.
Nas mulheres é mais larga, o que representa
adaptação ao parto. É composta por uma série
de ossos, quase sempre apresentando os
seguintes componentes: sacro, ílio, ísquio e
púbis. É nesta estrutura que inserem-se os
membros inferiores e apóiam-se uma série de
músculos ligados ao seu movimento.
 Membros Inferiores

São maiores e mais compactos, adaptados para


sustentar o peso do corpo e para caminhar e correr. Composto
por coxa, perna, tornozelo e pé.
A coxa só tem um osso – o fêmur – que se articula
com a bacia pela cavidade catilóide. O fêmur é o maior de todos
os ossos do esqueleto.
A perna e composta por dois ossos: a tíbia e a
fíbula (perônio). A tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso
situado ao lado da tíbia.
Os dedos são prolongamentos articulados que
terminam nos pés. O pé é composto pelos ossos tarso,
metatarso e os ossos dos dedos (falanges). O metatarso é a
parte do pé situada entre o tarso e os dedos. O tarso é a porção
de ossos posterior do esqueleto do pé.

IV. O SISTEMA MUSCULAR (Estudar os músculos que estão em destaque)

Todo o movimento do corpo e órgãos internos é executado pelos músculos,


formados de milhares de fibras que se contraem para produzí-lo. Os músculos têm duas
propriedades: elasticidade e excitabilidade. A primeira refere-se à capacidade de aumentar em
comprimento e logo voltar ao seu0020tamanho normal. Essa capacidade só se perde quando a
pessoa morre. A excitabilidade está relacionada com a sensibilidade dos músculos aos impulsos
nervosos ou a estímulos mecânicos externos como picadas, mudanças de temperatura, passagem
de corrente elétrica, etc.

 O Sistema Muscular Esquelético

O sistema muscular dos animais é o conjunto de órgãos (muscular) que lhes permite
moverem-se, tanto externa, como internamente.
O sistema muscular dos vertebrados é formado por três tipos de músculo: cardíaco,
estriado e liso.
Os músculos esqueléticos ou estriados, já que apresentam estriações em suas fibras, são
os responsáveis pelos movimentos voluntários; estes músculos se inserem nos ossos e nas
cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo. Os
músculos constituem aquilo que
vulgarmente se chama a "carne".
Os músculos esqueléticos são
considerados músculos voluntários, pois
se movem quando você quer,
diferentemente do músculo cardíaco, que
forma as paredes do coração, e os
músculos lisos, que controlam a
respiração, disgestão e outras que
realizamos sem pensar. Nestes dois casos,
eles são considerados músculos
involuntários.
O movimento dos músculos é
controlado pelo sistema nervoso.

Quadríceps

 Músculos Antagônicos

Os músculos estão ligados direta ou indiretamente (via tendões) aos ossos, e trabalham em
pares antagônicos (enquanto um músculo do par se contrai, o outro, que causa o deslocamento
oposto da articulação, relaxa), de forma a produzir os mais diversos movimentos, como as
diferentes expressões faciais, o andar, costurar, etc. Esse parceiro trabalha no sentido contrário
ao seu. Isso acontece porque se depender do músculo, ele não volta à sua posição inicial. Por isso,
cabe ao outro músculo se contrair e fazer o primeiro voltar à sua posição de relaxamento. Esses
pares de músculos são chamados de músculos antagônicos, e sempre trabalham em sentido
oposto. Ex.: Bíceps e tríceps.

 Tendões e Ligamentos

Tendões: são cordões resistentes não contráteis de


tecido conjuntivo (colágeno) que inserem cada
extremidade de um músculo ao osso e transmitem a força
da contração muscular para o osso, gerando assim o movimento (ligam os músculos aos
ossos).
Ligamentos: são tecidos semelhantes aos tendões que circundam as articulações e conectam
um osso a outro.

V. AQUECIMENTO E ALONGAMENTO

O aquecimento é tão essencial e benéfico para quem


faz exercícios, que é indispensável incorporá-lo em nossas
atividades físicas. Ele evita e previne lesões graves, atuando
também contra as dores no corpo.
O principal objetivo do aquecimento é preparar o
organismo para o esporte, seja em treinamento, na
competição ou no lazer. Ele visa obter o estado ideal
psíquico e físico, a preparação para os movimentos e
principalmente prevenir as lesões.
Existem dois tipos de aquecimento: o geral e o específico.
O aquecimento geral deve possibilitar um funcionamento ativo do organismo como um
todo. Para isso devemos fazer exercícios que utilizam de grandes grupos musculares. Correr é
um bom exemplo.
Já o aquecimento específico utiliza exercícios específicos para uma determinada
modalidade. Aqui, os exercícios devem utilizar a musculatura exigida no esporte que será feito
em seguida.
Nota-se que o aquecimento específico deve ser feito após o aquecimento geral.

Aquecimento Geral

Os principais objetivos fisiológicos do


aquecimento geral são: obter um aumento da
temperatura corporal, da temperatura da
musculatura e preparação do sistema cardiovascular
e pulmonar para a atividade e o desempenho.
Devemos elevar a temperatura corporal, pois
ao atingir a temperatura ideal, as reações fisiológicas
importantes para o desempenho motor ocorrem nas
proporções adequadas para aquela determinada
atividade.
A velocidade do metabolismo aumenta em
função da temperatura, aumentando 13% para cada
grau de temperatura. O aumento da irrigação dos
tecidos garante um melhor suprimento de oxigênio e substratos ao tecido. Quando o
metabolismo está alto, torna as reações químicas mais rápidas e mais eficientes.
No lado preventivo, o aumento da temperatura resulta em uma redução da resistência
elástica e da resistência do atrito. A musculatura, os ligamentos e os tendões tornam-se mais
elásticos tornando-se menos suscetíveis a lesões ou rupturas.
Há também modificações importantes nas articulações, devido a uma série de mecanismos.
As articulações aumentam a produção de líquido sinovial - o líquido que fica dentro das
articulações -, tornando-se mais resistentes à pressão e a força.

Aquecimento Específico
O aquecimento específico deve ser realizado após o aquecimento geral. Este tipo de
aquecimento é fundamental nas modalidades esportivas coordenativas. Consiste em exercícios
que se assemelham tecnicamente aos que serão executados na atividade posterior.
Deve conter exercícios de alongamento e relaxamento que funcionam como profilaxia de
lesões, além de garantir um bom alongamento da musculatura que será trabalhada.
Com exercícios direcionados aos principais grupos musculares da atividade, há um
redirecionamento sanguíneo para estas regiões, tornando-as mais irrigadas e supridas de
oxigênio. Isto porque o aumento da temperatura corporal não é proporcional ao aumento da
temperatura muscular. Existe uma diferença na velocidade de aumento destas temperaturas.

Fatores que Influenciam no Aquecimento

· Idade: Variação do tempo e da intensidade de acordo com a idade. Quanto


mais velha é a pessoa, mais cuidadoso e gradual o aquecimento deve ser, ou
seja, mais longo.
· Estado de treinamento: Quanto mais treinada é a pessoa, mais intenso
deve ser seu aquecimento. Deve ser ajustado para cada pessoa e para cada
modalidade. É indicado nunca fazer atividades ou exercícios os quais não se
está acostumado.
· Disposição Psíquica: A falta de motivação reduz os efeitos do aquecimento.
· Período do dia: Pela manhã o aquecimento deve ser mais gradual e mais
longo e durante à tarde o aquecimento pode ser mais curto. Já a noite deve ter
características similares ao da manhã.

· Modalidade esportiva: Deve ser


realizado de acordo com a
modalidade praticada. Neste ponto
ainda devemos prestar atenção nas
características individuais do
esporte.
· Temperatura ambiente: Em
tempos quentes o aquecimento
deve ser reduzido, em dias frios ou
chuvosos o tempo do aquecimento
deve ser alongado.
· Momento do Aquecimento: O
intervalo ideal entre o final do
aquecimento e o inicio da atividade
é de 5 a 10 minutos. O efeito do aquecimento perdura de 20 a 30 minutos. Após 45 minutos a
temperatura corporal já retomou sua temperatura de repouso.

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