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25/04/2013 03h00
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Mais Mônica Bergamo: Justiça
opções 1 suspende reforma da
Previdência de Doria em SP
Não sei exatamente de onde vem a tal brincadeira que se faz com o grande
Elvis Presley. Refiro-me à famosa frase "Elvis não morreu", que, imagino, Reinaldo Azevedo: Mataram
decorra de alguma visão de fãs que, por não se conformarem com a morte do 2 o sono de Bolsonaro
Macbeth
ídolo ou por entenderem que a morte física não o tira do mundo, dizem (ou
diziam, disseram) que "Elvis não morreu". Mônica Bergamo: Deputado
3 do PT vai à Justiça para
suspender Previdência
Pois bem. Garrincha é outro grande ídolo que também "não morreu". Não estadual de SP
acredita? Pois leia este fragmento, publicado há algumas semanas por um site Tati Bernardi: O chato
de notícias: "Bicampeão do mundo pela seleção brasileira em 1958 e 1962, 4 apaixonado
Garrincha está proibido pela Fifa de ter seu nome associado ao estádio de
Brasília durante a Copa das Confederações e a Copa de 2014". Hélio Schwartsman:
5 Revolução judicial
Pobre Garrincha! Ressuscita, volta ao mundo do futebol e (de novo) enfrenta
percalços, humilhações etc. O fato é que a Fifa não quer que o nome do
estádio de Brasília seja "Garrincha" (ou "Mané Garrincha"), o que pode ser
dito com algo mais ou menos semelhante a isto: "A Fifa não quer que, durante
a Copa das Confederações e a Copa de 2014, o estádio de Brasília tenha o
nome de Garrincha, bicampeão do mundo pela seleção brasileira em 1958 e
1962" (ou "A Fifa não quer que, durante a Copa das Confederações e a Copa
de 2014, o nome do estádio de Brasília seja "Garrincha", bicampeão do
mundo pela seleção brasileira em 1958 e 1962").
Posso estar enganado, mas parece-me que a febre pelo verbo "ter" torna quase
impossível a percepção de que há outras formas de redação de textos e títulos
noticiosos. Bem, no caso em questão, o grande Garrincha definitivamente não
pode ser proibido de coisa alguma.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2013/04/1268235-garrincha-tambem-nao-morreu.shtml 1/3
06/12/2019 Garrincha (também) não morreu - 25/04/2013 - Pasquale - Ex-Colunistas - Folha de S.Paulo
O pessoal que redige o que se lê nas telas da TV também gosta de caprichar.
Dia desses, zapeando aqui e ali, dei com este título, supercriativo: "Amiga
mata a melhor amiga". Incrédulo, tive a paciência de ficar alguns minutos
diante da tela, esperando que alguém se desse conta do disparate. Depois de
mais de cinco minutos, desisti. Chega-se à conclusão de que ou esse pessoal é
desatento, ou é preguiçoso, ou se acha acima do bem e do mal. Se fiz, está
feito; não há nada a corrigir.
Será que era tão difícil trocar o primeiro "amiga" por "mulher", "menina",
"moça", "mocinha", "moçoila", "mocetona" etc., etc., etc.?
Termino citando outra vítima dos títulos jornalísticos, o possessivo "seu", que
ora cria ambiguidade ora é empregado como simples tapa-buraco, ou seja,
para preencher o espaço. Veja este título, publicado há algum tempo: "Hillary
Clinton tem um coágulo entre seu cérebro e o crânio". Genial! Alguém pode
explicar-me o que faz aí o pronome possessivo "seu"? Vejamos como ficaria o
título sem o enxerido "seu": "Hillary Clinton tem um coágulo entre o cérebro e
o crânio". Que tal? Simples, não?
Sei que a luta pode ser vã, inglória etc., mas não desisto, não desistirei. Vai
aqui (mais uma vez) uma dica simples, bem simples: reler é fundamental. E
vai outra dica (esta para o leitor): não limite sua leitura aos títulos. Aliás,
deixe-os para lá, a menos que você goste de sofrer (e/ou de divertir-se). É
isso.
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06/12/2019 Garrincha (também) não morreu - 25/04/2013 - Pasquale - Ex-Colunistas - Folha de S.Paulo
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