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CURSO DE NUTRIÇÃO

PROJETO - CICLO 1- NÚCLEO 5


AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

Alunos: Cristiane
Rosineide

Introdução
1-Anamnese Nutricional

A anamnese nutricional é o primeiro passo para a estruturação de um plano alimentar adequado


às necessidades do paciente. O questionário aplicado pelo nutricionista, portanto, deve fornecer o
maior número de informações possível. Não raro, alterações ligadas a ambos os temas
apresentam correlação com carências ou excessos de ordem alimentar. O ideal é que o
nutricionista realize uma análise global da saúde do paciente, por meio de avaliação clínica,
antropométrica e de consumo energético. Daí a importância de um questionário rico e
diversificado.

A anamnese deve prosseguir com a avaliação de sinais e sintomas clínicos de carências e de


excessos nutricionais. Para tanto, os dados referentes à avaliação de consumo alimentar realizada
pelo nutricionista (ex.: recordatório de 24 horas, diário alimentar de 3 dias) devem ser inseridos
em softwares apropriados para o cálculo dos nutrientes ingeridos. Esta avaliação revelará a
situação atual do paciente com relação à adequação de micro e macro nutrientes, direcionando o
planejamento dietético.

Além da avaliação do consumo alimentar, é de fundamental importância realizar um


rastreamento metabólico detalhado, considerando os diferentes órgãos e sistemas.
Deve-se perguntar ao indivíduo com que frequência ele sente sintomas como:

• Dores de cabeça, vertigem, tontura, insônia;


• Tosse crônica, dores de garganta, aftas, línguas, gengivas ou lábios inchados/descoloridos;
• Perda de cabelo, feridas que coçam, erupções, pele seca
• Corrimento nasal, espirros, lacrimejamento e coceira nos olhos
• Dores no peito, palpitações;
• Asma, bronquite, dificuldade para respirar;
• Náuseas, vômitos, diarreia, prisão de ventre, azia, flatulência dor abdominal;
• Dores articulares, artrose, fraqueza, cansaço;
• Fadiga, letargia, apatia, hiperatividade, dificuldade para relaxar;
• Memória ruim, confusão mental, concentração ruim, problemas de aprendizagem;
• Mudanças de humor, ansiedade, medo, nervosismo, raiva, irritabilidade, agressividade,
depressão;
• Doenças frequentes, edema, problemas geniturinários, etc.(SILVIA,1999)

2- Recordatório 24 hs

O R24h consiste na obtenção de informações verbais sobre a ingestão alimentar das últimas 24 horas anteriores às
consultas, com dados sobre os alimentos e bebidas atualmente consumidos, inclusive o preparo, e informações sobre peso
e tamanho das porções, em gramas, mililitros ou medidas caseiras.

A utilização do R24h em estudos apresenta muitas vantagens, principalmente porque é um instrumento rápido,
relativamente barato e de fácil aplicação. Permite que a população estudada não seja alfabetizada e pouco altera o
comportamento alimentar. Esse método avalia a dieta atual e estima valores absolutos ou relativos da ingestão de energia e
nutrientes amplamente distribuídos no total de alimentos oferecidos ao indivíduo.

3- Antropometria
A antropometria é definida como o estudo das medidas de tamanho e proporções
do corpo humano. As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de
cintura e circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado
nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para
algumas doenças (diabetes mellitus,cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica) em
crianças, adultos, gestantes e idosos. A antropometria não deve ser entendida como uma
simples ação de pesar e medir, mas, sobretudo, como uma atitude de vigilância. Isso
significa ter um olhar atento para o estado nutricional, permitindo uma ação
precoce, quando constatada alguma alteração. Não se pode esquecer de que essas
medidas irão subsidiar ações voltadas para a promoção e assistência à saúde tanto
individual quanto coletivamente

4- Caso clínico
Abaixo o caso clínico do nosso projeto:

Paciente, PMA , sexo feminino,28 anos, branca,vegetariana estrita, não suplementa vitamínicos e
minerais regularmente. No entanto, quando encontra- se em situação de fadiga , ela toma
vitaminas e minerais, por conta própria. Não fuma, pratica atividade física moderada, não
consome álcool ou farinhas refinadas,come uma variedade de frutas e legumes, come grãos em
todas as refeições e legumes. Ela tem sentido fadiga, dificuldade de concentração,confusão
mental, formigamento que começa nas mãos e nos pés, tontura ao se levantar e fazer esforço,
perda de apetite e de peso desde o ano passado, aparência pálida, relata queda constante de
cabelo e unhas fracas e quebradiças. Relata que seu peso usual é 55 kg, acerca de dois meses
,apresentou perda de 10 kg devido a baixa ingestão habitual. A avaliação antropomêtrica revela
uma altura de 1, 57 cm . Durante a entrevista informou que visitou o médico ,clínico geral e
realizou exames bioquimicos como dosagem de cobalamina sérica , entre outros.
4.1- Recordatórios 24 hs
Refeições Alimentos Quantidade Medida caseira
Desjejum 1 unidade
8 h da manhã Banana prata 70 g 2 col. de sopa
Na academia Pasta de 30 g 1 xícara de café
amendoim 50 ml 1 col. de café
Café adoçado 5g 1 colher de chá
com açúcar
mascavo
Colação Maça Fugi 115 g 1 unidade
11 h da manhã
No trabalho
Almoço Arroz integral 117 g 1 concha média
13 hs da tarde Feijão carioca 65 g cheia
No trabalho Tofu grelhado 100 g 1 concha média
Batata doce 100 g rasa
cozida 80 g 1 fatia
Salada de 18 g 1 fatia grande
agrião Salada 200 ml 1 prato raso
de pepino cheio
Água de coco 1 col. sopa
cheia
1 copo
americano cheio

Lanche Não tem o


hábito
Jantar Arroz integral 117 g 1 concha média
20 hs da noite Feijão carioca 65 g cheia
Na residência Cogumelo 40 g 1 concha média
shitake salteado rasa
Grão de bico 120 g 1 col. de servir
cozido 62 g cheia
Inhame cozido 200 ml
Suco de laranja 1 concha média
lima cheia
1 col. de servir
cheia
1 copo
americano cheio
Ceia Não tem o
hábito

4.2 -Dados antropométricos


A- Circunferência
C.Braço 24 cm
C.Antebraço 22 cm
C.Punho 15 cm
C.Tórax 62 cm
C.Cintura 55 cm
C.Abdominal 64 cm
C.Quadril 80 cm
C.Coxa 32 cm
C.Panturrilha 23 cm
C.Pescoço 30 cm
B- Dobras cutâneas
Dobra cutânea triciptal – DCT 16 mm
Dobra cutânea biciptal – DCB 10 mm
Dobra cutânea subescapular –DCSE; 16 mm
Dobra cutânea suprailíaca – DCSI 15 mm
Dobra cutânea peitoral ou do tórax – DCP 15mm
Dobra cutânea abdominal – DCA 15 mm
Dobra cutânea da coxa – DCC 14 mm
Dobra cutânea da panturrilha – DC Pant. 10 mm
4.3 Dados Clínicos
Sim Não Obs:
Vômito X
Insônia X
Náusea X
Estresse X
Mastigação X
Cansaço X
Deglutição X
Ansiedade X
Digestão X
Pirose X
Refluxo X
Diarréia X
Obstipação X

Possui lesões ou problemas na pele, cabelo e unha?Sem lesões.Cabelo e unhas quebradiços


Já passou por algum tipo de cirurgia? Qual? Quando? Não
Hábito intestinal: ( x) Diário ( ) Até 3 dias ( ) Mais 3 dias ( ) Outro ___________________
Consistência das fezes: ( x) Normal ( ) Amolecidas ( ) Duras
Diurese (Quantidade/Coloração): Normal/Amarela
Possui alguma patologia? Qual? Desde quando? Sim. Anemia megaloblástica. +- 2 meses.
Antecedentes familiares/Quem: Sim./Mãe ( ) DM ( X) HA ( ) CA ( ) Dislipidemia ( )
Obesidade ( ) Magreza ( ) Outros:

4.4- Atividade Física


Tipo de atividade física: Musculação e treinamento
funcional____________________________________________________
Freqüência: 4 vezes ________________________
Duração: 2 horas ( ) alimentado (x ) jejum
Tipo de alimento___________________________________
Horário preferido: diurno

4.5 -Histórico Alimentar Nutricional


Intolerância Alimentar: Nenhuma
Preferência Alimentar: Frutas, hortaliças , legumes, massas e oleaginosas
Alterações do Apetite: ( x) Sim ( ) Não Desde quando: +- 2 meses
Fase que iniciou obesidade /perda peso: 2 meses
Segue alguma dieta especial :2 vezes na semana faz jejum intermitente. Janela de 18 horas
Quantas refeições faz por dia: 4
Consumo de água: mais de 2 litros por dia
Consumo de sal / mês: Moderado
Consumo de óleo / mês: Moderado
Faz uso de medicamentos? Não
Faz uso de suplementos? Qual? : Esporadicamente .Vitamínicos e mineirais
Quem indicou? :Por conta própria

4.6-Exames bioquímicos

Hemoglobina.: 10g/dl Valor de Referência : Mulheres: 12 a 16 g/dL


Hematócrito.: 30%
Hemoglobina glicada: 5,1 %
Glicemia: 80 mg/dL
Ferro sérico: 106 u/dL
Hormonio Tireoestimulante : 2,57 uUI/mL
VCM: 72 fl
Uréia : 20 mg/dL
Creatinina: 0.3 mg/dl
Cálcio: 8.8 mg/dl 3.1 g/dl.
LDL: 100 mg/dL
HDL: 60 mg/dL
TGL: 52 mg/dL
Ácido fólico 14,96 ng /ml
Vit. B12 : 70,00 pg/mL Valor de Referência: 210 a 980 pg/mL

4.7-Medidas antropométricas
A-Peso ideal
Peso atual: 44, 54 kg
IMC: 44.54/ 2.46 = 18.10,,0
(abaixo do peso).
PI=1,57 X1,57X21=51,76kg

B- Estimativa de peso pela compleção corporal


R=157/15=10,4
Que conduz a uma compleção média

C-Fórmula de Lorentz:
PI=(157-100) - (157-150)/4 = 57 – 1,75= 55,25 kg
Peso ideal = 55.25 kg.
Mín: - 10 % = 49,72 kg
Máx : + 10 % = 60,77 kg

D- Peso Ajustado
PA=1805+44,54=46,3 KG
F- Classificação do Estado Nutricional de acordo com a adequação do peso:
Adeq.Peso =44,54x100/51,76= 86% desnutrição leve

G-Significado da Perda de Peso em relação ao tempo


Perda de peso%= 10,46x 100/55 =19,01 % perda grave de peso
H-Circunferência do braço
Adequação do cb %=24x 100/27,6= 86% desnutrição leve

I-Circunferência muscular do braço(CMB)


CMB=24-(3,14X16)/10=18,9 cm
Ad.CMB=18,9 X 100/23,2=89 % desnutrição leve

J- Aréa muscular de braço corrigida


AMBc(cm)2=449/12,56=25,78 cm2
Área de gordura no braço
AB= 576/12,56= 45,85cm2 percentil 25-50

L- Relação cintura quadril (RCQ)


RCQ= 55/80=0,68 baixo risco

M- Cálculo dobra cutânea Tríceps


Adequação = 16x 100/21= 76%

N- Cálculo Dobra cutânea Subescapular


Adequação = 16x 100/16= 100%

O- Cálculo avaliação do estado nutricional


54+16+10+16+15=57
Percentual de gordura acima da média

P-Í ndice de adiposidade corporal


IAC = 80/157X 1,25- 18=40,8-18 =
Adiposidade normal

Q-Fórmula Falkner (percentual de gordura diretamente)


G%=[ 0,153 x trícipes+ subescapular+supra-íliaca+abdominal + 5,783]=
[0,153 x 13 + 12 +12+15 +5,783] = 13,73 %

R-Fórmula YUHANZ 6 DOBRAS


Dobras: Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal + Peito + Coxa
13 + 12 +12+15 +15+14 = 81
Fórmula Feminina: (4,56 + Dobras) x 0,143 = 4,56 + 81 x 0,143 = 12,23 %

4.8- Taxa metabólica nasal


A taxa metabólica basal A taxa metabólica basal (TMB) representa as necessidades de energia
dos vários processos realizados pelas células e dos tecidos necessários à continuidade das
atividades fisiológicas em estado de repouso e de pós-absorção durante a maior parte do dia.

Fórmula de FAO/TMB:
14,7 X P +496 = 14,7X 44,54 + 496= 1.150,7 kcal
Pratica exercícios moderados
T- MET X PESO X TEMPO
4 X 44,54 kg x 120 min (2 hs de academia) /60 min= 356,32 kcal na atividade
VET= TMB X FA
VET= 1.150 kcal x 1,64 (atividade moderada)= 1886 kcal/dia

Desjejum 25% x 1886 = 471,5 kcal


Colação 5%x 1886 = 94,3 kcal
Almoço 35% x 1886 =660,1 kcal
Lanche 5% x 1886 = 94 ,3 kcal
Jantar 25 % x 1886 = 471,5 kcal
Ceia 5 % x 1886= 94 ,3 kcal
=========================
Total = 1886 kcal
Plano alimentar
Refeições Alimentos Quantidade Medida caseira
Desjejum Leite de coco 100 ml 1 /2 copo americano cheio 1
6 hs Farinha de 80 g xícara de chá
aveia.
Melado de cana 10 ml 1 colher de sopa cheia

Colação Maça fuji 120 g 1 unidade


11hs ½ Mamão 50 g ½ xícara chá

Almoço Arroz integral 117 g 1 concha média cheia


13 hs Feijão vermelho 100 g 1 col. de servir cheia
Palmito picado 100 g
com algas nori 50 g ½ xícara chá
Batata doce 100 g 1 porção
cozida 1 col. servir
Grão de bico 100g 1 copo americano cheio
salteado
Suco de abacaxi 200 ml
com couve

Lanche ½ abacate 50g ½ xícara chá


16 hs
Jantar Arroz branco 117 g 1 concha média cheia
20 hs Salada de 50g ½ xícara chá
tomate com 50 g ½ xícara chá
lentilha. 1 porção
Batata baroa 100 g
cozida 1 fatia
Tofu 100 g
Água de coco 200ml 1 copo americano cheio

Ceia Sopa de inhame 50 g 1 prato raso


22 hs com abóbora 50 g
Total kcal

Tabela De Distribuição De Refeições


Refeição Proteinas Carboidratos Lipídeos Calorias Quantidade

Desjejum 11,20 g 63 g 25,10 g 510 kcal 99,30 g

Colação 0,5 g 23,4 g - 88 kcal 23, 90g


Almoço 42,90 g 139,20 g 7,2 g 778,80 kcal 189,30 g

Lanche 0,6 g 3,0 g 4,2 g 50 kcal 7,8 g


Jantar 13,9 g 74,90 g 4,6 g 393 kcal 93,4 g
Ceia 1,8 g 15 ,8 g 0,3 g 67 kcal 17,9 g
Total 74,26 g 314,6 g 42,37 g 1886,8 kcal 431,60 g

Cálculos NPU e NPcal%


Leguminosas = 29,60 x 0,6 = 17,76 g
Cereais e outros =44,66 x 0,5 = 22,33 g
NPU = 17,76 + 22,33 =40,09
NPCAL= 40,09 x4 =160,36
NPcal%=1886-100%
160,36–x
=========
X= 16.036/1886 = 8,5 % de alto teor de proteína vegetal

Tabela de macronutrientes e micronutrientes

PROTEÍNAS 74,20 g 46 g*
CARBOIDRATOS 314,60 g 130 g*
LIPÍDIO 42,37 g ND (20 - 35%)*
FERRO 20,16 mg 8,1 mg*
CALCIO 501 mg 800 mg*

FIBRA ALIMENTAR 53,20 g 25 g*

VITAMINA A (RETINOL) 16 mcg 800 mcg*


VITAMINA B12 ND 2,0 mcg*
(COBALAMINA)
106,6 mg 60 mg*
VITAMINA C (ÁCIDO
ASCÓRBICO)

VITAMINA D ND 15 mcg*
(CALCIFEROL)
* baseado na tabela DRI (INGESTÃO DIÁRIA RECOMENDADA) de mulheres de 19 -30 anos
Parecer nutricional
CID: D50 – Anemia por Deficiência de Vitamina B12 • D51.0 Anemia por deficiência de vitamina B12
devido à deficiência de fator intrínsico
Diagnóstico Nutricional: Anemia megaloblástica.
Tratamento nutricional: dieta hipercalórica e hiperproteica. As fontes de proteínas serão obtidas de fontes
vegetais, como leguminosas, grãos, cereais ,sementes,levedura nutricional e suplementos de B12 oral.

Vitamina B 12
A vitamina B12 está ausente no reino vegetal. Sua suplementação pode ser importante na dieta
vegetariana estrita, e é importante saber que cerca de 50% da população brasileira que come carne tem
níveis corporais insuficientes dessa vitamina, o que torna os cuidado com os onívoros, também muito
importante.
Comer carne e laticínios não garante bons níveis de B12 e nem mais elevados do que os presentes em
veganos, pois a manutenção dos bons níveis sanguíneos dependem mais do metabolismo do que da
ingestão diária.( FRANCO, 2008)

Anemia megaloblástica.
A anemia megaloblástica é caracterizada por uma síntese alterada de DNA, que
leva a alterações morfológicas e funcionais nos glóbulos vermelhos, leucócitos,
plaquetas e seus precursores no sangue e medula óssea. Esse tipo de
a anemia é geralmente causada por uma deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico,
ambos essenciais para a síntese de nucleoproteínas. As mudanças
hematológicos são iguais em ambos os casos, porém a deficiência de ácido
folic aparece primeiro. As reservas corporais de folato se esgotam
aproximadamente aos 4 ou 6 meses em pessoas que consomem alimentos
deficiência de folato; por outro lado, as reservas de vitamina B12 estão esgotadas
depois de vários anos em uma dieta deficiente em vitaminas. Nas pessoas
com deficiências de vitamina B12, um suplemento de ácido fólico pode
aparentemente melhorando o déficit no tratamento da anemia; mas isso
É perigoso, uma vez que o déficit de vitamina B12 continua, o que levará
Tenho o risco de danos neuropsiquiátricos irreversíveis que só são evitados
com o suplemento de vitamina B12.(VILLELA, 2008)
Conclusão

O nosso organismo pode estocar a B12 por muitos anos. Uma pessoa com bom estoque de B12 precisa

absorver, diariamente, 1 mcg de vitamina B12 proveniente da dieta para manter os bons níveis. Por meio

da secreção biliar, 1 a 10 mcg de vitamina B12 são lançados diariamente no intestino e ela pode retornar

para o sangue após ser absorvida.

Assim, conseguimos “reciclá-la” evitando sua perda intestinal nesse ciclo que chamamos êntero-hepático

(do intestino para o fígado). No entanto, mesmo com esse ciclo preservado, ocorrem pequenas perdas de

B12 para as fezes, e os seus níveis sanguíneos são reduzidos. Assim, quem não ingere B12, vai perdendo

gradativamente a que tem no organismo.

Existe a possibilidade de o indivíduo excretar muito pouca B12 pelas vias biliares ao intestino e

reabsorvê-la com muita eficiência, fazendo com que mantenha a B12 no organismo facilmente. São

poucos os indivíduos com essa habilidade.


Pessoas que são vegetarianas há muito tempo podem não ter sintomas de deficiência, mas costumam

apresentar níveis baixos de B12. Com isso, compostos que dependem da B12 para serem metabolizados

ficam alterados e isso é nocivo para a saúde.

Referências Bibliográficas
BRASIL. Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas para adultos, Ministério da Saúde, 2012
CALIXTO-LIMA, L.; REIS, N.T. Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição
Clínica. Rio de Janeiro: Rubio, 1ª Ed. 2012.
COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. (Orgs.). Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição.
Barueri: Manole, 2013. SILVIA, M. M. V.(org.). Manual de Nutrição e Dietética. 2ª Ed.
Goiana:UFG, 1999.
DUARTE, CLAUDIO GOULART: Avaliação Nutricional. Aspectos Clínicos e Laboratoriais.
2007. Atheneu.
FRANCO, Guilherme – Tabela de Composição Química dos Alimentos. Atheneu, 9 ª Ed. São
Paulo, 2008.
PHILIPI, Sonia Tucunduva. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para Decisão
Nutricional. Metha: São Paulo, 2007. 3.
MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
MEZOMO, I. F. B. Os serviços de alimentação: planejamento e administração. 6. ed. Barueri:
Manole, 2015.
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISA EM ALIMENTAÇÃO - NEPA. Tabela brasileira de
composição dos alimentos - TACO. 4ed. Campinas: NEPA/UNICAMP, 2011. Disponível
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2020.
SILVIA, M. M. V.(org.). Manual de Nutrição e Dietética. 2ª Ed. Goiana:UFG, 1999.
SLYWITCH, E. Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos. São Paulo: Sociedade
Brasileira Vegetariana (SVB), 2012.
VILLELA, NB., and ROCHA, R. Manual básico para atendimento ambulatorial em nutrição
[online]. 2nd. ed. rev. and enl. Salvador: EDUFBA, 2008. 120 p. ISBN 978-85-232-0497-6.
Available from SciELO Books .

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