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Tradução: “Aiki não é uma técnica para combater com ou derrotar o inimigo. É o
caminho para reconciliar o Mundo e fazer dos seres humanos uma Família”
Uma história:
A potência do tao*
O príncipe maravilha-se perante tanta habilidade; mas não se apercebe do seu
fundamento, nem do seu alcance.
Ding lembra-lho: a habilidade não é nada; ela pode mesmo provocar uma admiração
indevida, tão superficial como a da destreza, a do golpe de força, a do show.
A verdadeira habilidade exprime a realidade profunda; ela é, assim, uma arte. A beleza
resulta da sua relação com o real.
A arte não é senão unidade e harmonia no Tao. Não se admira a destreza por si mesma,
mas pelo que ela revela.
Inseparável da beleza, o seu valor decorre de nos fazer sentir e pressentir Aquilo que
existe e faz existir. O Tao confere à arte a sua potência, ultrapassando toda e qualquer
arte.
*Tao = Do = Via
1
Fune Kogi Undo ou “Balanço do Remador”
2
“A origem do movimento ântero-posterior encontra-se no nível da
articulação dorso-lombar. A cabeça balança de frente para trás a fim de que o
queixo permaneça no plano horizontal. A duração das duas fases do balanço
deve ser igual, enquanto o ângulo do movimento para frente é duplo ou
triplo do do recuo em relação ao eixo de referência vertical.
Levantar a cabeça moderadamente em relação com o corpo durante o avanço
e vice-versa durante o recuo, provocando uma ondulação da bacia. No
neurológico, é provável que o balanço posterior estimule particularmente as
regiões póstero-inferiores do cérebro por projecção de sangue e líquido
cefalorraquidiano. Essa prática deve ser moderada, sendo considerada um
estimulante da vida vegetativa.”
In: « Le Jeu des Énergies respiratoires, gestuelles et sonores dans la pratique de l’Aikido»,
de J.-D Cauhepe et A. Kuang. Ed:Guy Tredaniel. pág. 156.