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AiKiDo

Tradução: “Aiki não é uma técnica para combater com ou derrotar o inimigo. É o

caminho para reconciliar o Mundo e fazer dos seres humanos uma Família”

Uma história:
A potência do tao*
O príncipe maravilha-se perante tanta habilidade; mas não se apercebe do seu
fundamento, nem do seu alcance.
Ding lembra-lho: a habilidade não é nada; ela pode mesmo provocar uma admiração
indevida, tão superficial como a da destreza, a do golpe de força, a do show.
A verdadeira habilidade exprime a realidade profunda; ela é, assim, uma arte. A beleza
resulta da sua relação com o real.
A arte não é senão unidade e harmonia no Tao. Não se admira a destreza por si mesma,
mas pelo que ela revela.
Inseparável da beleza, o seu valor decorre de nos fazer sentir e pressentir Aquilo que
existe e faz existir. O Tao confere à arte a sua potência, ultrapassando toda e qualquer
arte.
*Tao = Do = Via

In: Aikido a p r o c u r a d a u n i d a d e, Georges Stobbaerts, Ed. Tem Chi International,


pág. 37

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Fune Kogi Undo ou “Balanço do Remador”

Esta prática, muito importante no AiKiDo, também conhecida como “O


Gesto do Remador”, é a mais clássica preparação.
Ela consiste em impulsionar o corpo a partir do Centrum-Hara, num vai-e-
vem da bacia, em três direcções.
Trabalha todas as zonas da coluna vertebral (cv), em alternância lateral e
frontal, do tronco, deixando os braços, livres, irem no movimento.

O Sensei Morihei Ueshiba num momento de Fune Kogi Undo

In: «The Secret of Aikido», de John Stevens, Ed: Shambala. Pág 55

A sua prática permite a tomada de consciência dos momentos «cheios» e


«vazios», especialmente ao nível da bacia, que vão ser transmitidos por todo
o corpo, “obrigando” à centralização no “Meio Justo” (Hara-seika tanden)

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“A origem do movimento ântero-posterior encontra-se no nível da
articulação dorso-lombar. A cabeça balança de frente para trás a fim de que o
queixo permaneça no plano horizontal. A duração das duas fases do balanço
deve ser igual, enquanto o ângulo do movimento para frente é duplo ou
triplo do do recuo em relação ao eixo de referência vertical.
Levantar a cabeça moderadamente em relação com o corpo durante o avanço
e vice-versa durante o recuo, provocando uma ondulação da bacia. No
neurológico, é provável que o balanço posterior estimule particularmente as
regiões póstero-inferiores do cérebro por projecção de sangue e líquido
cefalorraquidiano. Essa prática deve ser moderada, sendo considerada um
estimulante da vida vegetativa.”
In: « Le Jeu des Énergies respiratoires, gestuelles et sonores dans la pratique de l’Aikido»,
de J.-D Cauhepe et A. Kuang. Ed:Guy Tredaniel. pág. 156.

Tama-No-Hireburi ou “A Vibração da Alma”

O Sensei Morihei Ueshiba finalizando furitama.


In: «The Secret of Aikido», de John Stevens, Ed: Shambala. Pág 57

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