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Prof.(a) Ms.(a).

Jaqueline Nascimento Moreira


E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br

ARARAS/SP
MARÇO/2020
HISTÓRIA
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA

▪ A obesidade é considerada um
grande problema de saúde pública,
trazendo consigo uma gama de
comorbidades e morte, e ainda
causando enorme impacto na
economia mundial.
EPIDEMIOLOGIA

▪ Em 2000, estimava-se que, 300


milhões de adultos eram obesos.

▪ Em 2025, estima-se que cerca de


2,3 bilhões de adultos estejam com
sobrepeso; e mais de 700 milhões,
obesos. O número de crianças com
sobrepeso e obesidade no mundo
poderia chegar a 75 milhões.
EPIDEMIOLOGIA

❑ No Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem


excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado
com percentual de 42,6% no ano de 2006.

❑ Em treze anos houve aumento de 67,8% na prevalência


da obesidade no Brasil, saindo de 11,8% em 2006 para
19,8% em 2018.
EPIDEMIOLOGIA
❑ Os dados também apontaram que o crescimento da
obesidade foi maior entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a
44 anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente.

❑Apesar de o excesso de peso ser mais comum entre os


homens, em 2018, as mulheres apresentaram obesidade
ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos
homens,18,7%.
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
❑ Ranking dos 10 países mais “obesos” do mundo.
EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA

❑ O ganho progressivo de peso é verificado em ambos os


sexos, nas diversas faixas etárias e, mesmo em populações
economicamente desfavorecidas, a obesidade coexiste com a
desnutrição.
EPIDEMIOLOGIA

❑Estudos mostram também, várias morbidades e


outras condições debilitantes associadas à obesidade,
reduzem a qualidade de vida, representam custos na
área da saúde e diminuição na produtividade, gerando
desta forma, grande impacto na economia do país e do
mundo.
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA

❑A etiologia da obesidade é muito complexa, multifatorial,


resultando da interação de genes, ambiente, estilos de
vida e fatores emocionais.
ETIOLOGIA
 Houve um aumento da ingestão de alimentos muito calóricos
como pizzas, lanches, refrigerantes e doces durante as
refeições da maioria das pessoas bem como a omissão de
algumas refeições e também um consumo reduzido de frutas,
hortaliças e leite.

 Além disso, houve uma queda significativa na atividade física


e um aumento no sedentarismo e no tempo de exposição a
telas.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
❑ Teoria da multiplicação dos adipócitos

• Conforme aumenta a ingestão calórica e diminui a


compensação em gasto de energia, acumula gordura nas
células em tecido subcutâneo.

•Ocorrendo assim a hipertrofia (aumento do tamanho) e


hiperplasia (aumento do número) dessas células.
Favorecendo a obesidade.
FISIOPATOLOGIA
❑ Há uma variabilidade fenotípica entre os indivíduos
obesos. Com base nessa observação, foram descritos
quatro tipos de obesidade:

➢ Obesidade homogênea;
➢ Obesidade tronco-abdominal ou androide;
➢ Obesidade Visceral;
➢ Gordura gluteofemoral ou ginóide.
DETERMINIÇÃO DOS GRUAS DE
OBESIDADE
IMC (Kg/m²) Risco de
morbimortalidade
Eutrófico: 18,5 a 24,9 Normal
Sobrepeso: 25 a 29,9 Moderado
Obesidade grau I : 30 a Aumentado
34,9
Obesidade grau II : 35 a Grave
39,9
Obesidade grau III : > Muito grave
ou = 40
MORTALIDADE

❑ Inúmeros estudos tem demonstrado que os valores do


IMC associam-se a uma taxa elevada de mortes por todas
as causas e é maior quando se referem à doença
cardiovascular. Quando se analisa a expectativa de vida
em adultos, encontra-se uma correlação negativa e
significativa com a obesidade.
MORBIDADE

❖ Além da mortalidade, a obesidade está associada a


elevado grau de morbidade. Como por exemplo:

➢ Diabetes Mellitus
➢ Hipertensão
➢ Dislipidemia
➢ Doenças cardíacas
➢ Osteoartrite
➢ Prejuízo respiratório
DIABETES MELITTUS TIPO 2

❑ Está associado à obesidade em todos os tipos étnicos.


Mais de 80% dos casos podem ser atribuídos à obesidade.

❑ O ganho de peso precede o início do DM II, que leva a


alterações no metabolismo da glicose, com diminuição de
sua utilização pelas células, ocasionando resistência à ação
da insulina.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

❑ Existe uma forte correlação entre a obesidade e a elevação


dos valores pressóricos. Alguns estudos têm demonstrado
hipertensão arterial em 50% das pessoas obesas.
DISLIPEDEMIA

❑ A obesidade leva à modificações no metabolismo de


lipídeos e têm como consequências a elevação dos valores
de LDL-colesterol e a redução do HDL-colesterol que estão
relacionadas à distribuição central de gordura.
DOENÇAS CARDÍACAS
❑ A obesidade está relacionada à inúmeras doenças do
coração.
❑A aterosclerose coronariana é uma importante causa de
mortalidade e morbidade.
❑ A Insuficiência Cardíaca Congestiva é decorrente da
obesidade:

❑ Obesidade Trabalho cardíaco = hipertrofia ventricular


+ espessamento do músculo cardíaco + disfunção
ventricular ICC
OSTEOARTRITE
❑ A prevalência de osteoartrite é elevada em pessoas
obesas e comumente se desenvolve nas articulações dos
joelhos e tornozelos, tendo como principal causa traumas
constantes sobre essas articulações em decorrência do
excesso de peso.
PREJUÍZO RESPIRATÓRIO

❑ A apneia do sono é o principal problema observado.


Outras alterações como a diminuição da capacidade
ventilatória e broncoespasmo, também podem ocorrer.
ASPECTOS
PSICOLÓGICOS
 Ambiente Obesogênico;

 Fator oral/boca: É a primeira via de contato do bebê


com mundo e será decisivo na relação do individuo com
a alimentação, no decorrer da vida.

 A importância da aliar a alimentação com uma situação


de afeto;
❑É a inter-relação do individuo com a família, a comunidade
e a sociedade em que vive, numa influência reciprocas.

❑A família desempenha um papel importantíssimo na


manutenção e na correção dos distúrbios alimentares.
TERAPIA COMPORTAMENTAL

❑A obesidade é amplamente influenciada pelo ambiente, que


disponibiliza quantidades excessivas de alimentos calóricos e
redução da atividade física.
TERAPIA COMPORTAMENTAL

❑Nas últimas 3 décadas, tratamento comportamental da


obesidade se desenvolveu muito.

❑ Procura-se entender de que modo, ao longo da história do


indivíduo, organiza-se a forma de lidar com o alimento e que
tipo de alterações nesse processo poderiam levar ao
descontrole do comportamento alimentar.
TERAPIA COMPORTAMENTAL
❑ O objetivo do método comportamental é ajudar os pacientes
a modificar seus hábitos alimentares, aumentar a frequência
de comportamentos saudáveis, como a atividade física, a ter
consciência das atividades, ajudando-os, dessa forma, a
fazerem escolhas mais saudáveis.
TRATAMENTO
TRATAMENTO

❑ Quando o paciente obeso, procura o tratamento, o seu


desejo é de perder peso o mais rapidamente, mas o dever
do nutricionista deve ser melhorar a qualidade e o tempo de
vida.
TRATAMENTO

❑Intervenção na dieta
❑Atividades físicas regulares
❑Mudança de hábitos
❑E em alguns cirurgia bariátrica
CUIDADO NUTRICIONAL
❑ Atualmente, a minoria das pessoas tem alimentação equilibrada, por
causa da industrialização, das transformações econômicas e da
excessiva mecanização nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

❑ Há aumento do consumo de energia pela grande oferta de alimentos


ricos em calorias, e crescente consumo de gorduras, principalmente
saturadas, superando os 30% recomendados.

❑ Essas mudanças no padrão alimentar, uma vida sedentária, podem ser


as principais causas da alta prevalência das doenças crônicas, incluindo a
obesidade.
RECOMENDAÇÕES
❑Educação nutricional;

❑Redução do aporte energético das refeições, com a


mesma quantidade de alimentos ingeridos;

❑Recomenda-se a redução calórica de 500 a 1000 kcal/dia


das necessidades energéticas, devendo contribuir para
perda de peso progressiva de 450 a 900 g/ semana.

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