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ANEMIA FERROPRIVA

Prof.(a) Ms.(a). Jaqueline Nascimento Moreira


E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br

ARARAS/SP
MARÇO/2020
Anemia Ferropriva

INTRODUÇÃO
❑A anemia por deficiência de ferro é a mais comum das carências nutricionais,
com maior prevalência em mulheres e crianças, principalmente nos países em
desenvolvimento.

❑ Considerada um sério problema de saúde pública, a anemia pode prejudicar o


desenvolvimento mental e psicomotor, causar aumento da morbimortalidade
materna e infantil, além da queda no desempenho do indivíduo no trabalho e
redução da resistência às infecções.
Anemia Ferropriva

DEFINIÇÃO
❑ Anemia é um estado no qual a concentração de hemoglobina está abaixo do
valor considerado normal para idade e gênero. Ela é considerada a carência
nutricional mais prevalente em todo mundo e está relacionada com a deficiência
de ferro em 95% dos casos.
Anemia Ferropriva

DEFINIÇÃO
❑ A chamada anemia ferropriva representa o estágio mais avançado dessa
deficiência mineral e caracteriza-se não apenas pela concentração escassa de
hemoglobina e redução do hematócrito, como também pela diminuição ou
ausência das reservas de ferro, pela baixa concentração férrica no soro e pela
menor saturação de transferrina.
Anemia Ferropriva

PREVALÊNCIA NO BRASIL E NO MUNDO

• A anemia ferropriva é considerada um dos maiores problemas de saúde pública


do mundo, afetando cerca de 2 bilhões de habitantes em quase todos os países,
inclusive os desenvolvidos
• Atualmente, no Brasil, a prevalência de anemia em crianças menores de cinco
anos situa-se entre 25 e 77%
• A maior prevalência de anemia foi descrita no Sudeste (70,4%) e a menor,
prevalência no Sul (59,7%), considerando assim que a região Sudeste é de maior
risco para a anemia e a região Sul de menor risco. A prevalência de anemia em
Pernambuco chega a 40%
Anemia Ferropriva

PREVALÊNCIA NO BRASIL E NO MUNDO

PAÍSES
PAÍSES EM Com base na proposta
DESENVOLVIDOS
DESENVOLVIMENTO da OMS, taxas de anemia
de 40% ou mais
Considerável
50% da população evidenciam grave
diminuição das
infantil, abaixo de 4 anos, situação de saúde
prevalências de
sofre de anemia. pública na população
anemia em crianças
estudada.
abaixo de 5 anos.
Anemia Ferropriva

PREVALÊNCIA NO BRASIL E NO MUNDO

Crianças de 6 -59 meses


20 - 39% ANÊMICAS

Mulheres de 15-49 anos


<20% ANÊMICAS

Mulheres grávidas
20 - 39% ANÊMICAS
WHO, 2015.
Anemia Ferropriva

PREVALÊNCIA NO BRASIL
Casos de anemia diagnosticados

4.779 (29,2%)

Casos de anemia diagnosticados e com prescrição de medicamentos

4.383 (26,6%)

20,9% CRIANÇAS 29,9% MULHERES

A região Nordeste foi a que apresentou maiores prevalências de anemia entre


crianças (25,5%) e mulheres (39,1%)
PNDS, 2009.
Anemia Ferropriva

FATORES DE RISCO
▪Em bebês e crianças pequenas (0-15 anos), o crescimento rápido consome as
reservas de ferro que se acumulam durante a gestação, o que pode, por sua vez,
levar a uma deficiência absoluta.

▪Após a infância, as adolescentes estão particularmente em risco de anemia por


deficiência de ferro, devido às perdas menstruais de ferro.

▪Durante a gravidez, a suplementação diária de ferro está significativamente


associada à redução do risco de anemia a termo.
Anemia Ferropriva

FATORES DE RISCO
▪ Fitatos (cereais e vegetais), polifenóis (vegetais, frutas, alguns cereais e
leguminosas, chá, café e vinho), cálcio e proteínas inibem a absorção de ferro.

▪ Por outro lado, o ácido ascórbico e o tecido muscular aumentam a absorção.

▪ Várias drogas e anormalidades podem levar à anemia por deficiência de ferro,


incluindo perda de sangue, má absorção, doença crônica e alterações genéticas.
Anemia Ferropriva

Diagnóstico da
Anemia Ferropriva
Anemia Ferropriva

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

❑ Palidez cutânea, conjuntiva, lábios, da língua e da palma das mãos.

❑ Respiração ofegante.

❑ Disfagia (dificuldade de deglutição).

❑ Astenia (fraqueza).

❑ Perda de apetite.
Anemia Ferropriva

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

▪Mais complexo, mais preciso.

▪Diagnóstico feito com base na concentração de hemoglobina no


sangue.

▪Resultado comparado com valores de referência.


Anemia Ferropriva

- Educação nutricional.
TRATAMENTO
- Tratamento por via oral.

- Transfusão de hemácias.
Anemia Ferropriva

Educação Nutricional
▪Orientar acerca dos riscos da deficiência de ferro para a saúde.

▪Ensinar as melhores fontes do mineral e fontes alternativas.

▪A educação nutricional é altamente eficaz nos casos onde a deficiência

não se mostra tão grave.


Anemia Ferropriva
Tratamento por Via Oral
▪Dose terapêutica de ferro elementar recomendada: 3 mg a 5 mg/kg/dia.

▪Período para normalizar os valores da hemoglobina (Hb) – de 1 a 2 meses.

▪Período para restaurar os estoques normais de ferro do organismo – de 2 a


6 meses, ou até obter-se valor de ferritina sérica de, pelo menos, 15 ng/mL
para crianças e 30 ng/mL para adultos.
Anemia Ferropriva

PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
Alimentos fonte Biodisponibilidade Exemplos de alimentos
de Ferro
Carnes Alta Boi, peixes, aves e fígado
Grãos Baixa Feijão, lentilha, soja
Vegetais verde Baixa Acelga, couve, brócolis,
escuro mostarda

Facilitadores da absorção do ferro Onde se encontram

Ácido ascórbico Frutas cítricas


Ácidos orgânicos Suco de limão, maçã e pêra
Vitamina A Carne e leite
Betacaroteno Cenoura e vegetais
Anemia Ferropriva

PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
▪Fortificação;

▪Programa de Nacional de Suplementação de Ferro;

▪Programa de Fortificação da Alimentação Infantil - NutriSUS;

▪Aleitamento Materno;
Anemia Ferropriva

Fortificação dos Alimentos

- 4,2mg de ferro (30% das IDR).


- Em 2002, foi aprovada pela ANVISA a
fortificação das farinhas de trigo e milho
com ferro e ácido fólico pela RDC nº
344, de 13/12/2002 da Anvisa. - 150μg de ácido fólico (70% da IDR).
- Prazo de 18 meses para adequação
das empresas.
- Características organolépticas, tempo de
validade e custo final do alimento.
Anemia Ferropriva

Programa Nacional de Suplementação de


Ferro

▪Visa a administração profilática (Portaria nº 730 de 13 de maio de 2005)

através de suplementação às crianças de 6 a 24 meses, gestantes


(incluindo também o ácido fólico) e mulheres até 3º mês pós parto e/ou
pós aborto. Esses são os segmentos populacionais que representam os
grupos de risco.
Fortificação da Alimentação Infantil
❖ Programa Saúde na Escola (PSE).
▪ Objetiva a prevenção e controle da anemia
pela estratégia de fortificação da
alimentação infantil com micronutrientes.

▪ A ação consiste na adição de um sachê


contendo uma mistura de vitaminas e
minerais em pó em uma das refeições
oferecidas diariamente às crianças nas
creches.

▪ É um dos micronutrientes que dificilmente


são adquiridos pela alimentação
complementar.
Anemia Ferropriva

Aleitamento Materno
▪A medida de maior efetividade para combater a deficiência de ferro nos primeiros
meses de vida.

▪A biodisponibilidade elevada do ferro no leite humano - corresponde cerca de


50% do ferro absorvido, compensa a sua baixa concentração (0,5-1mg de
ferro/litro).
Anemia Ferropriva

Aleitamento Materno

▪Essa biodisponibilidade pode diminuir até 80% quando outros alimentos passam
a ser ingeridos pelo lactente.

▪A quantidade de ferro presente no leite de vaca é de 0,6mg/L e a absorção é de


10%.
HIPOVITAMINOSE A
Prof.(a) Ms.(a). Jaqueline Nascimento Moreira
E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br

ARARAS/SP
MARÇO/2020
HIPOVITAMINOSE A

DEFINIÇÃO

▪ É a deficiência de vitamina A, que afeta a estrutura epitelial de vários órgãos,


sendo os olhos os mais atingidos.

▪A Organização Mundial da Saúde (OMS) Situação endêmica em 39 países.

▪ Brasil Problema de saúde pública em alguns estados.


HIPOVITAMINOSE A

PREVALÊNCIA NO BRASIL
HIPOVITAMINOSE A

ETIOLOGIA

▪ Deficiência Primária: ingestão inadequada.

▪Deficiência Secundária: resultado da má absorção , insuficiência biliar ou


pancreática, desnutrição e hepatopatia.
HIPOVITAMINOSE A

SINAIS E SINTOMAS
▪ Menor taxa de crescimento (nas crianças);

▪ Vulnerabilidade a infecções
▪ Falta de apetite;

▪ Pele frágil;

▪ Infertilidade;

▪ Xeroftalmia (olhos secos);

▪ Cegueira noturna.
HIPOVITAMINOSE A

MANIFESTAÇÕES DA XEROFTALMIA
▪ Mancha de Bitot: Normalmente localizada na parte exposta da
conjuntiva.
▪ Xerose: Nos estágios mais avançados a córnea também está afetada
constituindo a xerose córnea, caracterizada pela perda do brilho
assumindo aspecto granular.
▪ Ceratomalácia: Uma cegueira irreversível, causada por uma ulceração

progressiva da córnea levando à necrose e destruição do globo ocular.


HIPOVITAMINOSE A
FATORES DE RISCO
CAUSAS:
•Sinergismo entre episódios infecciosos e a carência de vitamina.
• Desmame precoce.
•Consumo insuficiente de produtos de origem animal e de frutas e hortaliças ricas
em pró-vitamina A.

As principais consequências sofridas


pela deficiência de vitamina A são
o déficit no crescimento, alto risco
de xeroftalmia, cegueira, anemia e
depressão do sistema imunológico
com aumento de mortalidade por
doenças infecciosas
HIPOVITAMINOSE A
DIAGNÓSTICO
▪Avaliação Clínica: Observando os sinais e sintomas, como a cegueira
noturna.

▪Inquérito Dietético: Avaliar a ingestão inadequada de alimentos fontes de


vitamina A.

▪Exames Bioquímicos: Avaliar níveis de vitamina A no sangue. No


entanto, os níveis não diminuem até que a deficiência esteja grave, uma
vez que o organismo armazena grandes quantidades de vitamina A.
HIPOVITAMINOSE A
TRATAMENTO
▪Suplementação: Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A foi
instituto por meio da Portaria nº 729, 13 de maio de 2005.

▪Ingestão Alimentar: Incentivar o consumo de alimentos fontes de Vitamina A.


HIPOVITAMINOSE A
PREVENÇÃO
HIPOVITAMINOSE A
PREVENÇÃO
▪A suplementação periódica da população de risco com doses maciças de
vitamina A, a curto prazo, é uma das estratégias mais utilizadas para prevenir e
controlar a Deficiência de Vitamina A (DVA).

▪A fortificação de alimentos como farinha de trigo.

▪Ações de intervenção educativa e nutricional que visem à diversificação


alimentar e ao maior consumo de fontes de vitamina A.

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