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Nome: Gabriel Quirino Carneiro Ra:11160462

A América Latina neste início do século conhece uma consolidação dos regimes democráticos
de governo, apesar de, nos últimos 25 anos, pelo menos 14 presidentes da República não terem
concluído seu mandato. Tal quadro reflete uma situação de instabilidade política que é resultado
de diversos fatores. Entre eles podem ser citados a corrupção, a concentração de riquezas nas
mãos de poucas pessoas, os baixos índices de crescimento econômico e as elevadas taxas de
desemprego em muitos países. Aproximadamente 40% da população latino-americana vive na
pobreza, e os índices de crescimento econômico do conjunto dos países desse bloco são bem
inferiores, por exemplo, aos das economias asiáticas e da Europa Oriental.
No contexto econômico mundial, o conjunto dos países latino-americanos vem perdendo
participação no comércio internacional. Na década de 1950, a América Latina detinha uma fatia
de aproximadamente 12% do comércio mundial; na década de 1970, esse percentual caiu para
6% e, neste início de século, está em cerca de 3%.
Isso aconteceu em razão de diversos fatores. Os países mais industrializados da América
Latina - México, Brasil e Argentina, não conheceram a ampliação e a diversificação de sua
capacidade de produção industrial no mesmo ritmo de diversos países do Norte (Espanha,
Alemanha e Japão, por exemplo) e do Sul (Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e China, por
exemplo), que tiveram expressivo crescimento econômico na segunda metade do século XX.
Bens industrializados desses referidos países - os do Norte com maior aporte tecnológico -
passaram a ser exportados em grande quantidade. Todos esses países são, atualmente, grandes
potências do comércio internacional. Entretanto é possível ressaltar que todos eles seguem o
modelo de desenvolvimento fortemente insustentável do ponto de vista ambiental,
particularmente a China.
Além disso, os setores industriais do México, do Brasil e da Argentina não chegaram a dar um
salto em termos de produção de bens de maior nível tecnológico, em razão, principalmente, da
falta de incentivos por parte do Estado. Nesses países, bem como em toda a América Latina, são
baixos os gastos em inovação, pesquisa e desenvolvimento. E são justamente os produtos de
elevado nível tecnológico os de maior valor no mercado internacional.
Por outro lado, é grande a dependência que muitos países latino-americanos têm das
exportações de mercadorias de baixo valor, como são os produtos primários (produtos agrícolas,
da pecuária, minérios). Essa dependência também acontece com os países mais industrializados.
No atual contexto mundial, escasseiam os recursos naturais, e a interferência humana na
natureza acarreta sérios problemas ambientais e sociais. Esses fatores exigem novos padrões de
desenvolvimento. Também as particularidades da geografia da América Latina e a necessidade
urgente de melhorias nas condições de vida de milhões de pessoas, que vivem em situação de
pobreza ou miséria no continente, trazem novos desafios à política, à sociedade e à economia de
seus países.Acabar com a miséria é um dos principais desafios dos governantes
Entre as particularidades do espaço geográfico latino-americano, podemos destacar: a
possibilidade de produzir fontes energéticas renováveis (biocombustíveis, por exemplo), a
disponibilidade de recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas), as reservas de petróleo
e gás natural em alguns países, as extensas áreas que podem ser destinadas à agropecuária, a
enorme biodiversidade presente nos ecossistemas, a grande diversidade étnico-cultural.
A grande biodiversidade é um dos fatores positivos da América Latina Criar condições para que
se promova o fim da exclusão social, a conservação da natureza e a preservação das identidades
culturais locais (povos indígenas, por exemplo) deveriam ser aspectos presentes nos projetos
governamentais.

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