O trabalho aqui é aqui exposto tem a pretensão de abordar de maneira
simples e didática a dicotomia Verdade Real, no que diz respeito à nova legislação o juiz poderá requerer provas pericias para a elucidação dos fatos: Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer; mas o juiz poderá, no curso da instrução, ou antes, de proferir sentença, determinar, de ofício, diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. Antiga redação. I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; A doutrina recebe a principio o nome da verdade real ou material, à regra que se aplica em razão da qual o juiz vela pela conformidade da postulação das partes com a verdade real a ele revelada pelos resultados da instrução criminal. Mas, acrescenta o que essa verdade em que se zela não traz a marca da plenitude, tratando se então de uma, ‘verdade possível’, e, portanto da verdade, dita processual, ou atingível. A prova no âmbito processual é de extrema relevância, pois coopera para o perfeito cumprimento dos escopos da Jurisdição e, portanto necessária a correta incidência do direito aos fatos ocorridos, para a aplicação do direito material é imprescindível o conhecimento dos fatos, para que desta forma permaneça a incontestabilidade da análise da matéria fática no processo. E é por este motivo que um dos princípios fundamentais do processo civil é o da verdade substancial. Em matéria de prova, a regra geral é a da iniciativa das partes para oferecê-las, uma vez que delas é o maior interesse na solução da causa. Por essa razão, durante muito tempo, a doutrina processual procurou distinguir a forma pela qual o processo penal e o processo civil lidavam com o tema da verdade. Defendia-se que o processo penal trabalha com a verdade real, ao passo que o processo civil conformava-se com a verdade formal O Ordenamento Processual Civil Brasileiro adota, de forma oficial, o Princípio Dispositivo, conforme disposição que consta no artigo 128 do Código de Processo Civil, no qual determina: "O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito à lei exige a iniciativa da parte Através do processo, notadamente o de conhecimento, o juiz descobre a verdade sobre os fatos, aplicando, então, a estes fatos a norma apropriada. O chamado “juízo de subsunção” representa exatamente tomar o fato ocorrido e, a ele, aplicar a regra abstrata e hipotética prevista no ordenamento jurídico. Assim, podemos facilmente concluir que a verdade substancial é elementar da atividade jurisdicional. Conferir ao magistrado amplos poderes instrutórios não lhe retira a imparcialidade, apenas proporciona uma apuração mais profunda e detalhada dos fatos que lhe são levados para análise, não implicando em favorecimento a qualquer das partes. Analise critica: Verdade formal é um resultante do processo, mesmo que esta não possa ser encontrada na forma de exata correspondência com os fatos, como aconteceram historicamente sendo de uma formulação verossímil. A verdade real, no entanto é aquela a que chega o julgador, reveladora dos fatos tal como ocorreram historicamente e não como as partes querem que apareçam nesta estão contida a historia sem o vicio interpretativo das partes. A distinção entre verdade real e verdade formal surgiu a partir do choque decorrente entre processo penal e processo civil. Haja vista que no processo civil os interesses são, supostamente, menos relevantes do que os interesses no processo penal com vista dos bens tutelados, a vida, a liberdade e o jus puniendi do Estado. Assim, no penal se busca a verdade real e no civil a verdade formal.