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DECISÃO MONOCRÁTICA
APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. PROMESSA DE
COMPRA E VENDA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA.
RESILIÇÃO POR DESISTÊNCIA DO ADQUIRENTE
FORMULADA EM DISTRATO. POSSIBILIDADE DE
RETENÇÃO DE VALORES PELA CONSTRUTORA A
TÍTULO DE PERDAS E DANOS. AUSÊNCIA DE
ABUSIVIDADE NO MONTANTE RETIDO,
CONSIDERANDO-SE A PARTE PRECLUSA DA
SENTENÇA. QUITAÇÃO VÁLIDA E EFICAZ.
IMPROCEDÊNCIA. PRELIMINARES REJEITADAS.
A quitação formulada em distrato de promessa de compra e
venda de imóvel, quando envolver relação de consumo,
pode ser desconsiderada caso o percentual de retenção
seja considerado abusivo. Precedentes do TJRJ.
Precedentes do STJ que admitem a retenção de até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor pago pelo consumidor à
construtora a título de ressarcimento quando da sua
restituição nas hipóteses em que não houve imissão na
posse, sendo que as perdas e danos, segundo os
precedentes da Corte Superior, englobam principalmente os
custos arcados com despesas de comercialização,
divulgação, publicidade e comissão de corretagem.
No caso dos autos, transitada em julgado parte da sentença
que exclui a comissão de corretagem do total a ser
considerado para verificação do percentual de retenção, não
há qualquer abusividade no valor devolvido na forma do
distrato pactuado, devendo prevalecer como valida e eficaz
a quitação ali firmada.
Improcedência total da demanda autoral.
Artigo 557, § 1º-A, do CPC. PROVIMENTO DO RECURSO.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Veja-se: