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Agricultores belgas de batata

pedem apoio público

As batatas fritas são para os belgas, e o seu mercado de


turistas, o que os pastéis de nata são para os portugueses.

Mas com a restauração fechada e o turismo congelado, há um


excedente de batatas que deixa os produtores aflitos.

À falta da procura interna junta-se a quebra na exportação,


devido aos constrangimentos nas fronteiras, o que deixa o setor
à mercê da intervenção pública.

"É a primeira vez que o setor da batata pede apoio ao governo e


o facto de nunca termos pedido ajuda também nos cria
dificuldades a nível europeu. Apesar de toda os programas e
legislação para ajudar os agricultores em situações de crise,
não há nada específico previsto para o setor da batata, nem
uma frase. Estamos a tentar encontrar uma resposta e soluções
para estes agricultores", disse Romain Cools, secretário-geral
da Belgapom (asociação de produtore), em entrevista à
euronews.

A exportação absorvia 90% da produção de bata belga, que


agora corre o risco de ser destruída até por falta de espaço de
armazenamento.

A comissão de Agricultura do Parlamento Europeu debate os


problemas do setor, esta quarta-feira, e estes produtores já
pensam em soluções criativas.

"Algumas pessoas perguntaram-nos se, quando a pandemia de


coronavírus terminar, - o que gostaríamos que fosse já amanhã,
embora receie que dure um pouco mais -, poderíamos organizar
um grande festival nacional de batatas fritas! Seria celebrar em
grande festa o final da crise!", contou Romain Cools.
Os apoios comunitários à agricultura deverão ser definidos no
orçamento plurianual para a União Europeia de 2021 a 2027,
que ainda está por aprovar.

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