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ESAPL – Economia e Gestão de Empresas Agrícolas

Exercícios sobre Temas Básicos Iniciais

Exercício 1 – Cálculo de Limiar de Rentabilidade

Admita uma empresa agrícola cuja única produção é maçã, proveniente de um pomar
que ocupa a totalidade da área agrícola da exploração – 15 hectares.
Determine o volume de produção de break-even, isto é o volume de produção de maçã a
partir do qual a actividade apresentará uma Margem de Contribuição positiva,
recorrendo aos registos da contabilidade analítica do ano anterior, que apuram a
seguinte informação (a qual o empresário admite poderá vir a repetir-se nesta
campanha):
Custos Fixos imputáveis ao pomar de macieiras 12.000 u.m./ano;
Custos Variáveis imputáveis ao pomar de macieiras – 2.300 u.m./hectare;
Preço médio registado na campanha anterior 0,3 u.m./kg
Determine também o Limiar de Rentabilidade, agora não na óptica do volume, mas sim
na óptica do preço, admitindo que o empresário espera uma Produtividade das Maçãs de
8.000 kg/ha.

Exercício 2 – Custos e Receitas Marginais

Uma determinada empresa agrícola afecta normalmente uma parcela de 20 hectares à


cultura da beterraba sacarina de sementeira primaveril. A tecnologia que utiliza permite-
lhe obter um produtividade da ordem das 65 toneladas de beterraba/ha, que vende ao
preço de 45 Euros/tonelada. Essa tecnologia prevê a realização de 3 tratamentos com
fungicidas (contra a cercosporiose e o oídio).
De acordo com informação recebida a partir de uma estação de avisos, mantêm-se as
condições meteorológicas para incidência destas doenças, o que “aconselha” a
realização de um 4º tratamento com tais produtos. Segundo estimativas do produtor, a
situação é a seguinte:
se efectuar o 4º tratamento, prevê a manutenção do nível de produtividade em 65
tons/ha;
se não efectuar o tratamento, a quebra de produtividade por ataque de cercosporiose
poderá atingir os 5%, ou seja 3,25 toneladas/ha;
o custo do 4º tratamento pode ser calculado da seguinte forma:
- aluguer de tractor com pulverizador: 20 Euros/ha
- produtos consumidos: 15 Euros /ha
Valerá a pena o agricultor efectuar o 4º tratamento?
Determine ainda, numa óptica semelhante à utilizada para o break-even, qual o
acréscimo esperado de produção que justifica mais uma aplicação de pesticida.
Exercício 3 – Juros sobre Capital de Exploração Fixo

Imagine que uma determinada empresa agrícola acabou de adquirir um tractor pelo
preço de 74.820 €. Estima-se que o seu valor final seja de 10% do seu valor inicial, e
que a sua vida útil seja de apenas 7 anos.
Admitindo que o Custo de Oportunidade para este tipo de capital é de 3% ao ano,
calcule os Juro Médio Anual sobre este capital de exploração fixo.

Exercício 4 – Amortizações

Para o caso do tractor do exercício anterior, determine a sua amortização anual, em


regime de amortizações constantes, considerando a situação em que o seu valor final se
espera que venha a ser de 10% do seu valor inicial e a situação em que o seu valor final
se espera que venha a ser nulo.
Determine ainda as amortizações anuais do mesmo tractor (considerando-lhe um valor
final de 10%), levando agora em consideração a sua utilização anual, partindo do
princípio que se espera que esta venha a ser de:
1º ano – 300 horas
2º ano – 400 horas
3º ano – 600 horas
4º ao 7º ano – 860 horas/ano
(o tractor deverá ter uma vida útil esperada de cerca de 4.740 horas).

Exercício 5 – Juros sobre Capital Circulante

Admita que uma determinada empresa desenvolve, entre outras, a actividade Milho para
Grão, numa parcela de 25 hectares. Ao longo do período em que a cultura está instalada
no terreno, a empresa vai efectuando despesas na aquisição de Consumos Intermédios,
que no total atingem os 600€/hectare.
Supondo que a imobilização do capital circulante se vai efectuando progressiva e
homogeneamente ao longo dos 8 meses que separam as primeiras compras (finais de
Fevereiro) da venda do Milho e recebimento do respectivo valor (finais de Outubro);
supondo ainda que a empresa não recorreu a qualquer financiamento de terceiros para
este fim – nem Crédito de Campanha junto aos bancos, nem Crédito de fornecedores
por pagamento a prazo;
e supondo também que a taxa mais adequada para medir o Custo de Oportunidade é de
3% ao ano (correspondente a uma aplicação financeira com risco muito reduzido):
determine o juro sobre esta imobilização de capital próprio.

Admitamos agora que a empresa em causa contraiu um empréstimo de curto prazo


(vulgarmente conhecido por crédito de campanha) para fazer face às despesas com a
cultura do milho, no valor de 600 Euros/ha, por um período de 9 meses, à taxa de
6%/ano. Calcule agora o juro (corresponde a um encargo real, uma vez que terá que ser
entregue ao banco), não esquecendo que o capital alheio permanece em dívida durante
os 9 meses em causa.

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