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Resumo: A presente pesquisa teve como foco principal melhorar o processo de gestão de
carregamento da empresa estudada, um Centro de Distribuição (CD) de tubos e conexões, onde
foram encontrados problemas no processo que dizem respeito a uma falta de padronização no
carregamento das cargas mistas, o que impede uma maior previsão do tempo necessário para
carregar um caminhão. Dessa forma, o objetivo geral da pesquisa é o de melhorar o processo de
carregamento, analisando o perfil de carga, do CD que utiliza o modal de transporte rodoviário
(caminhões). Para atingir o objetivo da pesquisa, é utilizada o método da pesquisa-ação, que permite
ao pesquisador aprofundar seus conhecimentos em relação a um fenômeno e propor melhorias. Foi
elaborado um plano de ação, no qual, a principal ação implementada foi o desenvolvimento de uma
ferramenta que monitora o processo de carregamento. Ao final do trabalho foram observadas
algumas melhorias com relação a implementação da ferramenta e principalmente com relação a
definição dos perfis das cargas, entre outros resultados.
.
Abstract: The main focus of the present research was to improve the loading management process of
the studied company, a Pipe and Fittings Distribution Center (DC), where problems were found related
to a lack of standardization in the loading of mixed loads, which prevents a greater forecast of the time
required to load a truck. Thus, the general objective of the research is to improve the loading process
by analyzing the load profile of the DC that uses the road transport mode (trucks). To achieve the
research objective, the action research method is used, which allows the researcher to deepen their
knowledge of a phenomenon and propose improvements. An action plan was elaborated, in which the
main action implemented was the development of a tool that monitors the loading process. At the end
of the work some improvements were observed regarding the implementation of the tool and
especially regarding the definition of the load profiles, among other results.
1 INTRODUÇÃO
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No atual cenário industrial, a competitividade entre as empresas cresce
constantemente e a logística é uma área que vem apresentando inovações no
processo de gerenciamento, trazendo vantagens competitivas no mercado. A
logística é uma área de distribuição física de um bem ou produto, manuseio e
gerenciamento de transporte, que ao possuir uma efetiva gestão coordenada dessas
atividades geram vantagens estratégicas, na qual se destaca a redução dos custos,
maior velocidade de entrega dos produtos e satisfação dos clientes, como é
apresentado nos trabalhos desenvolvidos por Morales, Morabito e Widmer (2000).
Dentre essas vantagens, pode-se citar a redução dos custos e das despesas
para a distribuição de um produto, o que impacta diretamente no faturamento das
empresas. Segundo o Instituto Ilos (2018), especializado em logística e supply chain,
os custos logísticos (incluindo transporte, estoque, armazenagem e administrativo)
corresponderam a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2017,
superando os resultados entre 2004 (12,1%) e 2016 (12,0%), conforme mostra a
Figura 1.
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problema de pesquisa apresentado, conforme é apresentado nos trabalhos
desenvolvidos por Craighead e Meredith (2008).
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Logística
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antecipação às demandas futuras e armazenados no estoque de produtos
acabados, do qual os pedidos do cliente serão retirados e entregues diretamente.
Já o processamento dos pedidos inclui diversas atividades desde o pedido do
cliente até a entrega. Bertaglia (2003) afirma que durante o processamento do
pedido são consideradas as atividades de recebimento do pedido, entrada no
sistema, processamento, separação no estoque, expedição e entrega ao cliente.
Já nas atividades de apoio, Ballou (2011) destaca o manuseio de materiais,
armazenagem, embalagem, programação do produto e suprimento.
Mesmo com essas inúmeras atividades, a logística possui uma missão bem
definida de entregar os bens ou serviços, dentro dos prazos estabelecidos. De
acordo com Morales, Morabito e Widmer (2000), vários autores apontam que a
missão da logística é basicamente a de obter os bens ou serviços certos, no lugar
certo, na hora certa e na condição desejada pelos clientes.
Além dessa missão bem definida, a logística busca a interação e organização
entre diversos agentes para entregar o produto final ao cliente. Segundo Bartholdi
(2009), a "Auto-organização" é um fenômeno que estrutura em grande escala todo o
processo logístico, desde a linha de montagem até a entrega do produto ao cliente.
Além da necessidade de cumprir sua missão e de buscar a interação entre os
agentes, a logística também enfrenta novos desafios. Fernie, Sparks e McKinoon
(2010) afirmam que os principais desafios da logística estão relacionados a
eficiência (preço flutuante do combustível), transparência (focada no cliente),
flexibilidade (no ritmo de entrega do produto) e sustentabilidade (preocupação da
logística com as condições climáticas do Mundo). Para enfrentar esses desafios,
algumas empresas contam com um Centro de Distribuição.
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Os investimentos realizados nos Centros de Distribuição foram mudanças
transformacionais das empresas para expandir suas atividades logísticas. Kuhn e
Sternebeck (2013) afirmam que as empresas investiram pesado nos Centros de
Distribuição para expandir suas atividades e agora estão buscando ajustar as
operações logísticas em virtude do ambiente altamente competitivo.
A principal vantagem de se ter um CD, está ligada a disponibilidade dos
produtos em estoque para suprir as demandas do mercado. Calazans (2001)
considera que o objetivo do CD é o de garantir o atendimento aos clientes de forma
rápida e eficiente, melhorando a imagem da empresa no mercado. Já para
Bischoff e Ruggiero (2017), o CD é estrategicamente importante na integração da
fabricação, comercialização e entrega ao cliente final. Resultando assim, em
satisfazer as necessidades dos clientes.
Para melhor organização do CD, os produtos acabados são organizados em
prateleiras com identificação para serem rapidamente separados. Gagliardi, Ruiz e
Renaud (2008) afirmam que é importante localizar corretamente os produtos no CD
para coletá-los rapidamente e otimizar o processo de separação de um pedido.
2.4 Carregamento
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Os caminhões utilizados para o transporte dos produtos possuem algumas
restrições que devem ser seguidas durante o carregamento. Alonso et al. (2017)
afirmam que existe um limite estrito no peso máximo que pode ser carregado em um
caminhão, peso máximo que cada eixo pode suportar, sendo que esses limites
excedidos representam um risco para a segurança do tráfego.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Classificação
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complexa, pois, além de registrar, analisar e interpretar fenômenos estudados, ela
procura encontrar seus fatores determinantes.
Em relação a perspectiva de abordagem, a presente pesquisa classifica-se
como qualitativa, pois segundo Mello et al. (2012), o pesquisador visa entender os
fenômenos a partir da sua observação, interpretação e descrição. Nesta abordagem,
o pesquisador busca aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda,
interpretando-os a partir da perspectiva dos participantes da situação trabalhada,
sem se atentar a representatividade numérica, generalizações estatísticas e
relações de causa e efeito.
Em relação aos instrumentos para a coleta dos dados, foi utilizada a consulta
a dados de arquivo, já que segundo Bryman (1989) os documentos organizacionais
são um grande grupo heterogêneo de fontes que são de importância particular para
o pesquisador em engenharia de produção e gestão de operações, porque há uma
vasta quantidade de informações na forma de documentos que está disponível em
muitas organizações.
Na presente pesquisa, os dados que serão analisados estão atrelados ao
sistema utilizado para a gestão logística da empresa, em relação ao tipo das cargas
e duração do carregamento dos caminhões e levará em consideração as cargas dos
meses de Novembro e Dezembro de 2017 e Janeiro de 2018.
Quanto aos procedimentos técnicos, o método selecionado foi a pesquisa-
ação, pois Craighead e Meredith (2008) afirmam que a pesquisa-ação é um dos
métodos qualitativos que vem crescendo atualmente, podendo ser utilizada para que
o pesquisador aprofunde seus conhecimentos em relação a um fenômeno e defina
questões de pesquisa mais apropriadas, além do seu foco prático de investigação.
De acordo com Thiollent (2007), para que uma pesquisa seja classificada
como pesquisa-ação é essencial a implantação de uma ação por parte das pessoas
ou grupos envolvidos no problema sob observação. A pesquisa tem como objetivo
do conhecimento: contribuir para a literatura com uma aplicação dentro da área de
carregamento de cargas mistas. Como objetivo prático tem-se: analisar o processo
de carregamento das cargas dentro do centro de distribuição e propor melhorias.
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A Figura 6 apresenta as etapas para a execução da pesquisa-ação. Na Figura
7 são detalhadas as atividades desse método.
Segundo Mello et al. (2012) esta fase é dividida em quatro etapas: iniciação
do projeto de pesquisa-ação, definição da estrutura conceitual-teórica, escolha da
unidade de análise e das técnicas de coleta de dados; e decisão do contexto e
propósito da pesquisa.
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necessitam de uma pesquisa mais aprofundada.
Na pesquisa-ação, Mello et al. (2012) diz que a fundamentação teórica aponta
as lacunas nas quais podem existir problemas que podem ser solucionados, de
preferência em conjunto com um contexto organizacional que proporciona a
pesquisa participativa entre pesquisadores e profissionais das organizações em
questão.
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3.2.2 Coletar dados
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Figura 7: Fluxo do processo de pedido até a entrega ao cliente
Fonte: Autoria própria
O processo se inicia no pedido dos clientes, que é feito junto à equipe comercial da
empresa. Após o pedido realizado, ele é roteirizado e distribuído nas rotas que as cargas farão
para chegar ao cliente final e por fim são distribuídas para as unidades responsáveis.
Na unidade em que ocorre a distribuição das cargas, há um profissional responsável
(analista) que distribui as cargas de acordo com os pedidos dos clientes. O analista, a partir
das informações acordadas com os clientes e as transportadoras, realiza o cálculo do tempo de
entrega para alinhar com a sua programação.
Após a carga ser programada, a separação dos produtos que a compõem já pode ser
iniciada, caso ela esteja na programação do dia (d+0) ou na programação do próximo dia
(d+1) de carregamento, dependendo do volume de pedidos da carteira de clientes. A
separação é feita em dois locais diferentes: no pátio separam-se os tubos e caixas d’água e
dentro do centro de distribuição são separadas as conexões, conexões especiais e acessórios.
Geralmente, após finalizada a separação de tubos e a apresentação do motorista
responsável pelo DT, inicia-se o processo de carregamento pela empresa terceirizada. O
motorista se apresenta com o DT, que é emitido pelo departamento de logística e entregue na
portaria da empresa seguindo o horário agendado junto às transportadoras, assim os dados do
motorista e do veículo são conferidos com os informados pelas transportadoras. Após a
realização desses procedimentos, os responsáveis da empresa verificam se as cargas já estão
separadas, autorizando o início do carregamento caso esteja tudo de acordo ou entrando em
contato com o setor de logística, caso haja alguma divergência.
O processo de carregamento atualmente é realizado diariamente por equipes de três a
quatro pessoas que são responsáveis por organizar as cargas de tubos e conexões dentro dos
veículos (trucks ou carretas). Todas as cargas têm uma cubagem que já foi determinada de
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acordo com o veículo definido, por isso a empresa realiza uma medição dos veículos antes de
iniciar o processo de carregamento para garantir que a companhia terceirizada possa realizar o
seu trabalho da melhor maneira e que não haja problemas durante o carregamento.
Ao fim do carregamento, o documento da carga é conferido, faturado, o veículo é
pesado em uma balança e é liberado para transporte, caso esteja tudo correto. Caso haja
alguma irregularidade no processo de faturamento ou pesagem, são tomadas as medidas
cabíveis para liberação dos veículos ou reconferência das cargas. Assim, os produtos são
encaminhados para as rotas para serem entregues ao cliente final dentro do prazo acordado
entre as empresas. As cargas ficam organizadas nos veículos de forma semelhante a que é
mostrada na Figura 9, a seguir.
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O sistema SAP é um software voltado para gestão empresarial que significa "Sistemas,
Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados". O sistema integra todos os
departamentos da empresa, desde o processo de pedido do cliente até a emissão de nota fiscal,
oferecendo soluções que podem ser customizadas para qualquer tipo de indústria e funciona
por meio de módulos.
Para a execução do projeto, as principais pessoas envolvidas no projeto foram o
coordenador, os supervisores e os analistas que passaram as informações necessárias, além do
estagiário que executou grande parte das ações planejadas. O estagiário foi o principal
pesquisador do estudo realizado, observando o sistema, realizando intervenções, inferências e
propondo melhorias. A pesquisa iniciou-se em fevereiro de 2018 e estimou-se a conclusão do
primeiro ciclo da ação em dezembro de 2018.
A partir da coleta das informações, foi possível identificar as variáveis e realizar testes
durante a etapa de análise dos dados para mapear os perfis de cargas mais próximo da
realidade da empresa.
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CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
Revista Produção Online. Florianópolis, SC, v.??, n.??, p. ??-??, ??./??., 201?
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