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INTRODUÇAO
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL
Incumprimento
Mora (atraso na prestação- o devedor pode pagar, mas atrasou-se. Na mora não há o
incumprimento definitivo, a mora é um atraso apenas). Quando se celebra um contrato, por
norma deve-se colocar uma data no contrato. Se não estabelecermos um prazo para o
cumprimento não há mora.
Queria usar um carro para o dia 5 de outubro, se não me arranjarem o carro para esse dia
há perda de interesse, neste caso a mora transforma-se em incumprimento.
Quando vamos determinar os danos podemos procurar saber qual é o interesse contratual
positivo: estes são os danos resultantes do não cumprimento do contrato. O interesse
contratual negativo vai procurar outros danos, os danos que eu não teria se o contrato fosse
válido.
Ex: A quer vir morar para o Porto e mora em Coimbra, falou com o senhor B e ele disse que
lhe ia vender a casa no Porto. A pôs a casa dele à venda em Coimbra, assinou o contrato de
promessa com os futuros compradores, pediu um empréstimo, arranjou um fiador, etc. B
decide depois que não lhe vai vender a casa. A fica numa situação complicada, mas, no
entanto, não tinha nenhum contrato com B. Daí surge a responsabilidade pré contratual.
Art.227º diz que as partes devem agir de boa-fé mesmo antes do contrato.
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
As partes não têm nenhuma particular ligação entre si. Porque que uma vai ter que
indemnizar outra? Porque violou o direito de outra pessoa, ou violou uma norma jurídica
destinada a proteger o direito de outra pessoa. Ex: atropelamento- violo os direitos de
personalidade, violei uma norma do código da estrada destinada a proteger os interesses.
Pagar uma indeminização é tornar o outro in demne. Ex: Se eu passar o semáforo vermelho e
assustar os peões, não provoquei nenhum dano por isso não tenho que pagar indeminização.
Se não houver dano não há indeminização e por consequência não há responsabilidade civil.
O normal e que haja responsabilidade por factos ilícitos, eu violei um direito ou uma norma
destinada a protege-las. Mas, posso praticar danos a alguém sem ser por factos ilícitos.
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
5 REQUISITOS:
Dano- prejuízo.
Nexo de causalidade entre o facto e o dano – Ex: A dá um empurrão sem querer a B, B cai e
fica internado no hospital e o médico administra um medicamento que faz com que B fique
gravemente doente e contrai muitas infeções. Em consequência B falta a 2 exames
importantes. Apesar de A ter empurrado B não foi ele que causou as infeções. Não há nexo de
causalidade entre o empurrão e b ter faltado aos exames.
Também não se exige que ao agente tenha capacidade de exercício de direitos, ou seja, um
maior incapacitado acompanhado ou um menor pode provocar um facto suscetível de o
responsabilizar civilmente.
Art.488º CC-
Art.489º CC
Se os menores de 7 anos não são imputáveis quem é responsável? As pessoas que estão
obrigadas à sua vigilância- Art.491º do CC. Neste caso, não responde quem praticou o facto,
mas sim quem, no momento, estava obrigado à vigilância de quem praticou o facto.
Em princípio, este ato será uma to positivo, pois será uma ação. Mas, as omissões também
geram responsabilidade civil – Art.486º está prevista a omissão
Há um dever geral de cuidado? Celebrei um contrato com um professor para dar aulas de
natação numa escola e o contrato é nulo, logo, a lei diz que a responsabilidade por omissão
resulta ou da lei ou de contrato. A lei não diz nada e o contrato era nulo entoa não há
obrigação. Não! A doutrina resolve isto que por força de uma vinculação contratual vai-se
buscar o dever de cuidado. Se a empresa não toma conta daquelas crianças há dever de
garante, no mínimo dever de boa-fé contratual.
Resumindo: Noa se exige o dolo nem se exige capacidades de exercício de direito. Pode ser
positivo ou negativo, pode resultar de ações ou de omissões.
4 Acórdãos importantes:
01/10/2019
Art.483º
Lei generalizou aquelas situações em que só uma pessoa pode controlar: mãe convida
crianças para uma festa de anos, aquela mãe tem um dever de vigiar. É um caso que não
resulta da lei, mas ela tem o dever de exclusividade de tomar conta, se ela noa cumpre o dever
vai responder por omisso do comprimento do dever.
Várias vias:
Não é qualquer ato lesivo de direitos de 3º que gera responsabilidade civil (Ex: fabrica que
deita muito fumo, deve ser aborrecido para os vizinhos, mas, no entanto, é um ato lícito).
Quando falamos em violação e um dever jurídico temos de ter uma violação de uma norma
que se destine a proteger o interesse do particular. O interesse não pode ser protegido só
reflexamente, tem de haver uma violação de um dever jurídico. Ex: cliente do novo banco,
celebrou contrato com o novo banco e vão ser todos declarados nulos. Agora quer uma
indeminização porque o novo banco não cumpriu com as regras da supervisão bancaria. O
novo banco tinha de ter um rácio de solvabilidade e não cumpriu com este rácio. O banco
violou um dever jurídico. Mas quando a lei estabelece o banco ter um rácio elevada é para
proteger os particulares? Noa! É para proteger o sistema bancário, por isso não pode pedir
uma indeminização com fundamento nesta norma.
FORMAS DE ILICITUDE
Significa que uma pessoa tem um direito qualquer e o que acontece é que o exercício
daquele direito é manifestamente contrário à boa-fé ou ao fim daquele direito.
As pessoas coletivas têm direito a indeminizações por danos não patrimoniais? Não, pois os
danos morais são danos ligados à pessoalidade.
A veracidade da notícia é relevante? Em geral não, a não ser que estejam em causa a
proteção de interesses legítimos.
Causas especiais – Art.335º até 339º: (ação direita, legitima defesa, estado de necessidade)
O meio normal de fazermos valer os nossos direitos é através dos tribunais, ou seja, não é
através da ação direta.
Posso partir uma porta para salvar alguém que esteja lá dentro. Mas não posso aleijar
alguém para proteger a jarra que está a cair. Só é admitida quando o interesse que estamos a
proteger é de valor superior ao interesse que estamos a por em causa.
15/10/2019
RESPONSABILIDADE TEORICA
Dolo:
Eventual - mais difícil de identificar, não sabemos se determinada conduta vai se realizar ou
não. Ex: empurrei o colega não sei se ele se vai despistar ou não, se ele cair paciência, pode
acontecer, mas se acontecer paciência.
A responsabilidade civil por factos ilícitos requer que haja culpa. A culpa pode ser dolosa ou
negligente. O que caracteriza o dolo? Há uma intenção dirigida ao resultado (eu quero
provocar aquele dano)
Na responsabilidade civil pro factos ilícitos o ónus da prova cabe ao lesado, o lesando tem
que provar a culpa do lesante.
497º/1
Porque que haveria de estar obrigada a vigiar outrem? Dever legal: pais. Negócio jurídico:
escola, natação, etc..
Ex. Senhora com alzheimer provocou danos a 3os agrediu um colega do lar, há aqui uma
violação do dever de cuidar. Mas, neste caso este 3º tem que fazer a prova que houve um
facto ilícito.
Salvo se cumpriu o seu dever de vigilância ou demonstrar que devia ter cumprido.
Causa virtual- mesmo que eu tivesse estado lá eu não conseguiria evitar este resultado.
Nº2 vem concretizar as situações práticas. Pode ter havido negligencia mas quem tem que
conversar pode não ser o proprietário. Ex: locatário, usufrutuários,
493º/2- Presunção de culpa que abrange todas as empresas que exercia, prioridades
perigoso
As vezes parece estático, não significa que haja só um responsável por dano.
29/10/2019
2º. Ilicitude
Podem ser:
a) Gerais: - violação de um direito de 3º
- Violação de normas legais destinadas a proteger interesses de
terceiros
(normalmente a solução está na primeira forma da ilicitude)
3º. Culpa
Pode ser :
a) Dolo: - direto
- Necessário
- Eventual
b) Negligencia: usa-se o padrão do homem medio no apuramento da violação
de um dever de cuidado. O homem medio visa responsabilizar.
Em relação à culpa temos presunções na lei. Em regra a prova da culpa cabe ao lesado. As
presunções são aquelas do Art.491º e ss, estas presunções têm como feito pelo Art.350º/1 e 2
do CC a inversão do ónus da prova.
4º. Dano – se não houver dano não há responsabilidade civil por muito ilícita que seja a
conduta (A anda a conduzir alcoolizado mas se não provocar nenhum dano não é
responsável por ninguém pois é o pressuposto essencial a responsabilidade civil).
É o prejuízo que se tem.
Podem ser:
a) Patrimoniais – danos quantificáveis em dinheiro e portanto sabemos
exatamente em quanto consiste a reparação (A pagou 4000€ em despesas
no hospital. A ficou incapaz de trabalhar durante 1 mês, rendimento
mensal=1000€, danos patrimoniais 1000€.)
b) Não patrimoniais- Art.496º do CC. (A sofreu dores, humilhação, exposição
publica, sofrimento, vergonha, sensação de exclusão. Estes não são
quantificáveis. Estes dependem de pessoa para pessoa.) O art.496º do CC
só limita a indemnização aos danos graves que diz o legislador que
mereçam a tutela do direito. No brasil criou-se um novo dano patrimonial
não indemnizável – A vai ao banco e levou muito tempo a ser atendido e
queria uma indemnização pelo tempo que lá perdeu. No brasil está a ser
construído com danos não patrimoniais. Na nossa ordem jurídica não é
possível isto devido ao Art.496º do CC.
O Art.496º também prevê a indemnização pelo dano morte. Está a tratar
do sofrimento que os outros têm com a perda do falecido. Pelo facto de ser
um dano próprio está afastado da sucessão.
c) Presentes – Ex: Ângelo rodrigues tem um contrato com a adidas, com o
continente, etc. Estes contratos vão ser perdidos com justa causa. Isto é um
dano que ele tem já.
d) Futuros – Ele tem um dano na perna. Os médicos dizem que é uma questão
de tempo e daqui a 1 ou 2 anos tem de ser amputada a perna. O limite do
dano futuro é termos sempre um facto. Amputar a perna neste caso só é
futuro quando ele resulte do facto. Imaginemos que ele tem um acidente
de viação no futuro e têm que lhe amputar a perna, já não é um dano
futuro.
e) Danos emergentes- Os contratos que tinha vai deixar de ter
f) Lucros cessantes – É aquilo que se deixa de ganhar. No caso do Ângelo ele
no futuro vai perder possibilidades de ganho. Ex: Uma pessoa era
carpinteiro e perde uma mão, nunca mais vai puder trabalhar, vai ter um
dano de lucros cessantes.
5º. Nexo de causalidade entre o facto e o dano. Estamos sempre a pressupor que o
facto ilícito deu origem ao dano. O que é que significa que um dano seja resultante
de um facto? Art.483º/1 do CC – a causalidade tem a ver com os danos que
resultam da violação.
Ex: A da um encontrão a B a abrir uma porta e B vai para o hospital. No hospital há
um incendio e a pessoa morre. Há causalidade?
Quando se estuda a questão da casualidade há muitas teorias (não temos de saber
todas).
Doutrinas seletivas:
Naturalistas: Há autores que defendem que tudo é natural.
Condição sine qua non: A fere um cavalo, houve um incendio e o cavalo não
conseguiu fugir por isso morreu- condição sem a qual não se teria produzido o
resultado morte.
O que acontece de diferente é que desaparece o requisito da ilicitude e diz a doutrina que
desaparecendo este requisito que é o requisito da imputação objetiva também desaparece o
requisito da culpa que é o requisito da imputação subjetiva.
O que vamos ter aqui é um facto que gera um dano e então o pagamento da indemnização
aqui é reparador, ou seja, vamos compensar um prejuízo que alguém teve. Na
responsabilidade civil por factos ilícitos podemos ter uma réstia de censura, mas nesta
responsabilidade temos uma responsabilidade compensadora.
Alguém praticou um facto que a lei permite, mas deste facto resultaram danos para a
outra. A lei determina que esses danos venham a ser reparados. É verdadeiramente um
instituto de compensação.
A resposnabilidade civil por factos lícitos tem que star expressamente prevista na lei. O
legislador não tratou em bloco esta responsabilidade.
Estado de necessidade
Art.1349º/3 do CC- permite a passagem forçada momentânea. Ex: andaimes que tenho que
prender na casa do vizinho. O dono do prédio é obrigado a deixar que o vizinho ponha os
andaimes no prédio dele.
Quem esta a usar o prédio alheio está a praticar um ato licito mas pode ser
responsabilizado por danos que possa causar ao vizinho.
Apanha de frutos
Escavações
Enxames de abelhas
Art.1322º/1 do CC
Também podem haver situações de responsabilidade civil contratual por factos lícitos
Divórcio
Art.1792º/2 do CC – tem a ver com o pedido do divórcio de acordo com as alterações das
faculdades mentais. Se um divórcio entrar assim o autor deve reparar os danos não
patrimoniais causados ao outro cônjuge pela dissolução do casamento. O legislador teve que
prever a responsabilidade por um facto lícito e da indeminização dos danos não patrimoniais.
Contrato de empreitada
Neste contrato podemos querer muito uma obra e a obra tornar-se um mono.
A manda fazer uma piscina porque está num terreno com muita privacidade porque não
mora ninguém à volta. Durante a construção da piscina vão morar 8 pessoas para a casa ao
lado. A já não quer a piscina.
Nestes casos a obra é um transtorno para quem a encomendou. Por isso o legislador criou a
desistência da obra – Art.1229º do CC. Mas no entanto A tem que indemnizar o empreiteiro de
tudo, dos gastos, dos danos emergentes e dos lucros cessantes.
Neste caso a indeminização não é por danos patrimoniais mas sim por danos morais.
Mandato
Art.1172º do CC- o Art.1170º diz-nos que o mandato é livremente revogável a todo o
tempo, esta é a regra geral. No entanto, o Art.1172º diz que o mandato é livremente revogável
mas pode haver lugar ao pagamento de uma indemnização nestas circunstâncias.
05/11/2019
Como o parque aquático é uma situação perigosa afasta-se a presunção de culpa do 493º e
para afastar ele tinha que demonstrar que tomou todas as providências necessárias.
CASO PRATICO
Dano morte do H .
Quando há um dano morte 496º temos a morte do H e depois temos o cônjuge e os filhos
que neste caso são 5. Estes danos nos termos do Art-496º/2 são danos próprios.
Danos não patrimoniais – ferimentos graves, dores, morte e sofrimento (chamou a mulher).
Neste caso o tribunal não teve cuidado com a fundamentação dos montantes.
Filhos 10.000€/cada
Total 120.000€
Danos não patrimoniais – bom nome ficou afetado por ele estar na lista negra
Danos patrimoniais –
Imaginemos que a CGD enviou uma carta escrita com aviso de receção e registada em que
informava que os afiançados não pagam. O tribunal provou que ele não podia pagar os 2
créditos ao mesmo tempo. O que pediu para o contrato de promessa e o dos afiançados.
A CGD está a cumprir um dever enquanto comunica ao banco de Portugal sempre que
alguém não cumpre um crédito.
Neste caso o advogado falhou, deveria ir pela responsabilidade civil contratual, dizendo que
o banco violou a responsabilidade de boa-fé de avisar.
Temos de procurar qual é o requisito que falta. Falta a ilicitude e o nexo de causalidade
aqui. Ilicitude (CGD agiu no cumprimento de um dever).
CASO PRATICO 3
Facto que deu origem a queda- cliente que partiu a garrafa? Ou centro comercial que não
limpou?
17/12/2019
Quando temos mora a mora pode ser um estado permanente. Há pessoas que não pagam
nada: agua, luz, etc.. Isto não poem em causa a subsistência do contrato a não ser que a mora
se transforme em cumprimento definitivo, aí é que temos efeitos da resolução do contrato e
pagamento de indeminziaçao.
Obrigação tinha prazo certo – devia ser cumprida até dia 15 hoje dia 17 neste caso o credor
tem de dar um prazo pra o cumprimento. Ex: dizer que a prestação tem que ser efetuada até
ao dia 20 de dezembro porque senão considera incumprimento. Pode não ter interesse porque
já não precisa ou por causa da confiança da coisa.
Obrigação não tinha prazo – não há mora. Para haver mora é necessário interpelar o
devedor. Se não há prazo noa há mora. Então é necessário: 1º - interpelar o devedor para o
cumprimento num determinado prazo Art.804º/1 CC; 2º- adverti-lo que se não cumprir
naquele prazo perde o interesse na prestação.
Pessoa diz ao mecânico que tem que arranjar o carro até sexta-feira. A partir de sexta-feira
ele está em mora e depois na segunda feira é preciso dizer que tem que arranjar mesmo até
terça senão perco o interesse na prestação.
Arrendamento- inclino quer pagar a renda e o inclino não quer receber a renda: acha que o
contrato já acabou e não quer o inclino lá em casa, ou não acha que o montante da renda não
é aquele ou há renda em atraso. E também acontece nas situações de empreitada em que o
credor decide fechar o acesso à obra.
2º - a questão do risco – 815º - entregar uma jarra e a pessoa não aceitou ou não estava lá
e nessa noite parte-se as coisas. E o que seria uma responsabilidade por força do art.796º
transfere-se o risco para o credor que está em mora.
3º - Consignação em depósito – significa que o devedor pode ir a um banco de referência e
nesse banco de referência (CGD) e pode exonerar-se do pagamento da prestação.
Art.481/841º e ss CC. A quantia é entregue ao credor por decisa judicial
Uma das normas específicas na mora é o Art.791º que se chama a perda do benefício do
prazo. Se a divida for liquidável em prestações por este artigo a falta de pagamento de uma so
prestação implica o vencimento de todas.
CUMPRIMENTO DEFEITUOSO
O devedor cumpriu mas não cumpriu bem, pois a prestação efetuada não coincide com o
programa contratual, a prestação não tem os requisitos idóneos para fazer coincidir com o
conteúdo do programa contratual.
Tem pouca aplicação porque há umr eigme do dreto lei 67/2003 que regula a compra e
venda de compras defeituosas entre um comprador e um profissional. Porque é uma relação
de consumo. Se for um particular já é regulado pelo CC.
Art.1218º ss – contrato de empreitada- tratam dos defeitos da obra.
Art.1032- arrendamento
428º - exeçao do não cumprimento do contrato. Se uma das partes não cumprir a outra
pode também recusar-se ao cumprimento da obrigação.
Sinalagma
Direito de retenção – direito de recusar entrega de uma coisa que detem e a quem esta
orbigado